The Rape of Nanking

The Rape of Nanking Iris Chang




Resenhas - The Rape of Nanking


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Marcos606 29/01/2024

Massacre de Nanjing ocorrido entre dezembro de 1937 e janeiro de 1938, foi um assassinato em massa e devastação de cidadãos chineses e soldados capitulados por soldados do Exército Imperial Japonês após a tomada da cidade de Nanjing (Nanking em inglês),

China, 13 de dezembro de 1937, durante a Guerra Sino-Japonesa que precedeu Segunda Guerra Mundial. O número de chineses mortos no massacre tem sido objeto de muito debate, com a maioria das estimativas variando entre 100.000 e 300.000.

Nanjing, foi a capital dos nacionalistas chineses de 1928 a 1937. Os soldados japoneses que capturaram a cidade, perpetraram inúmeras execuções em massa e dezenas de milhares de estupros. O exército saqueou e queimou as cidades vizinhas e a cidade, destruindo mais de um terço dos edifícios. Em 1940, os japoneses fizeram de Nanjing a capital do seu governo fantoche chinês liderado por Wang Ching-wei (China sob controle japonês).

O livro foca nas mulheres chinesas que foram estupradas por soldados japoneses, falando pouco sobre os soldados chineses mortos ou a destruição da cidade, como se só as mulheres fossem vitimas do incidente.

O massacre e as vitimas femininas dele realmente ocorreram, mas a lente do livro é um tanto distorcida.
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Thais Gonçalves 01/04/2022

"O Estupro de Nanquim (The rape of Nanking) é um livro escrito por Iris Chang, em 1997, sobre o Massacre de Nanquim.
Tendo como sub-título "O holocausto esquecido da segunda guerra mundial", este livro de Iris Chang, que se tornou best-seller, é o resultado de exaustiva pesquisa realizada pela autora sobre as atrocidades praticadas pelo Exército Imperial Japonês, ao capturar a cidade chinesa de Nanquim, durante a segunda Guerra sino-japonesa."
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rxvenants 27/01/2022

Incrível trabalho de resgate histórico.
AVISO DE CONTEÚDO: o livro fala sobre crimes de guerra, precisamente na Segunda Guerra Mundial e é extremamente gráfico em suas descrições de morte, sangue, tortura (física e psicológica), mutilação, guerra, abuso sexual, pedofilia, incesto, necrofilia, prostituição forçada, suicídio, experimentos humanos, bombardeio e canibalismo. Se você é sensível a um ou mais temas, não leia o livro ou leia-o com cuidado.
Mesmo que não consiga ler o livro, eu recomendo fortemente que você pelo menos pesquise sobre o Massacre de Nanquim. Não deixe essa história continuar no esquecimento coletivo.

Ler sobre a Segunda Guerra Mundial e seus holocaustos nunca é uma leitura fácil, ainda mais quando essas leituras te dão detalhes excruciantes sobre os massacres e torturas.

The Rape of Nanking é a forma que Iris Chang encontrou de imortalizar e reviver a memória de países ocidentais sobre os crimes cometidos pelos militares japoneses contra o povo chinês, mais precisamente da cidade de Naquim, durante a Segunda Guerra.

Iris Chang passou meses estudando e compilando registros históricos ao redor do mundo sobre o assunto e isso é notável pelo livro que escreveu.

Escrito por filha e neta de nativos de Nanquim que conseguiram escapar com vida para os Estados Unidos e nunca a deixaram esquecer da importância da história de sua cidade natal, The Rape of Nanking não só é um livro que diz "não, não esqueceremos do que aconteceu", mas é também uma grande análise dos motivos, dos acontecimentos e dos impactos pós-guerra do massacre no povo chinês e japonês.

O livro é dividido em três partes: a visão japonesaa, chinesa e dos pontos seguros da cidade, a visão internacional e como é basicamente uma traição aos sobriveventes a censura japonesa e esquecimento mundial daquilo que foi o assassinato e estupro de mais de 300 mil pessoas no curso de um mês.

Eu achei que o livro é absurdamente bem escrito e construído.
Ele aprofundou muito bem os possíveis motivos japoneses para cometerem tantos horrores, como sentimento de ódio aos americanos que nascia no começo da Segunda Guerra, depois de diversas demonstrações militares americanas que trariam vergonha ao Japão por sua técnica militar ultrapassada e o nascimento da guerra sino-japonesa.

Também achei interessante como a autora fala sobre a reformulação do Japão para serem um país essencialmente militar com vontade de morrer por seu imperador, com jovens sofrendo literais lavagens cerebrais (além de degradação) para removerem toda a empatia por outros seres humanos (principalmente chineses) e serem máquinas de matar.

É óbvio como essa tortura infligida aos militares tão jovens culminou na raiva e direcionamento de tortura/estupro nos cidadãos de Nanquim, especialmente (embora tenha acontecido barbáries em outras cidades da China e outros países pelos quais passaram antes).

E essa tortura e morte também foi extremamente aprofundada na segunda parte, com descrições extensas de tudo que eles tiveram que passar.
Acho que são as situações mais chocantes que já vi em um livro sobre a Segunda Guerra (e o olha que estudamos sobre o holocausto desde sempre).
É realmente horrorizante o que é descrito nesse livro e pensar que a grande parte aconteceu em apenas um mês... eu realmente não consigo processar isso.

Acho que só consegui terminar esse livro pois minha mente não consegue entender de verdade a magnitude das coisas que aconteceram.
Ler sobre um rio literalmente ficar vermelho de sangue, corpos na rua todos os dias (com valas tão grandes - se não maiores - que aquelas dos campos de concentração alemães) e soldados escalando paredes como animais para roubar mulheres das zonas seguras para serem estupradas por 200-300 homens por semana é impactante em níveis severos.

Chang também foi ótima em falar sobre aqueles que criaram zonas seguras e salvaram metade dos cidadãos da cidade pelo preço de suas próprias vidas, saúdes e sanidades mentais (depois do massacre, diversas dessas pessoas, assim como os sobreviventes, sofreram traumas severos, problemas de saúde que duraram a vida toda e até se suicidaram).

Eu fiquei particularmente surpresa por vários desses salvadores serem alemães Nazis que comandavam vários grupos de nazistas (um dos doutores americanos inclusive fala sobre esse choque de princípios).
O chefe dessa área foi inclusive interrogado pela Gestapo quando foi para a Alemanha e falou demais sobre os crimes de um dos países aliados de Hitler e inclusive mandou uma carta pra ele. Ele viveu na pobreza por um tempo e foi salvo quando os cidadãos de Nanquim juntaram dinheiro e comida para ele e a família.
Toda essa história é muito complexa de ser vista no livro.

Entretanto, embora eu tenha gostado de saber da vida desses salvadores, eu acho que gostaria também de saber mais dos sobreviventes.
Essa segunda parte do livro passa bastante tempo falando sobre as torturas graficamente e sobre os americanos e alemães em Nanquim e mesmo que eu reconheça o motivo (o livro também é uma forma de gravar tudo que aconteceu, para que os países ocidentais não esqueçam), eu acho que os sobreviventes também mereciam mais luz.

Não estou dizendo que o livro não fala sobre eles, Iris Chang é extremamente respeitosa e muitos sobreviventes e a própria China em si ainda lembram dela como uma peça importantíssima na documentação disso tudo, mas >eu< senti falta de mais relatos diretos dos sobreviventes.
Chang mesmo diz que foi e ainda é difícil que muitos deles venham a público por vergonha e medo, mas nos agradecimentos ela cita mais de dez deles e só vimos poucas passagens sobre histórias de dois. Não creio que seja porque eles têm medo de contar tudo que aconteceu, pois ela mesma diz que gravou em filme os sobreviventes falando sobre o massacre, então não sei muito bem o motivo dessas histórias serem contadas de forma tão impessoal no livro, com ela narrando os horrores e não colocando tudo mais na voz daqueles que presenciaram tudo.

Enfim, depois desse capítulo e pelo resto do livro, ela fala sobre o que o mundo sabia na época, os julgamentos pós-guerra e como vários daqueles que participaram de crimes de guerra foram acobertados pelo Japão e viveram ótimas vidas, além de como o país tem uma história extensa em acobertar e não reconhecer sua participação brutal em conflitos, diferente da Alemanha com o nazismo - bem como esse esquecimento e falta de desculpas é como um segundo massacre nas cidades afetadas (o livro é de 97 e Chang infelizmente se suicidou em 2004, então o livro não contém a única desculpa emitida sobre o massacre pelo Ex-Primeiro Ministro Hatoyama Yukio).

Eu particularmente gostei muito como Chang fala não só do histórico de censuras no Japão sobre o massacre em livros de história, jornais e filmes e sua recusa em reconhecer seus crimes, mas também como outros países como os Estados Unidos (com diversas provas em mãos vindas de seus próprios cidadãos) deixaram que isso acontecesse por conta de necessitarem apoio político e como a própria China mentiu sobre os Estados Unidos estarem envolvidos com o Japão em Nanquim (deixando os sobreviventes desolados sobre a falta de apoio e esquecimento de seus salvadores americanos) durante a época da Guerra Fria.

Eu também admiro MUITO Iris Chang por batalhar tanto durante sua pré, durante e pós escrita do livro para obter um reconhecimento do Japão sobre o Massacre.
Eu também admiro muito ela sobre sua visão jornalística geral de tudo e de suas explicações no Prólogo e Epílogo, em como esse livro é importante para a história mundial e para os sobreviventes de Nanquim e como o supressão japonesa teve efeitos desastrosos nos civis e prisioneiros de guerra que cruzaram os caminhos dos soldados.

Eu achei esse livro um trabalho fenomenal de Iris em sua jornada por exposição definitiva e eu achei seu trabalho extremamente importante. Eu nem acredito que nunca tinha ouvido falar do Massacre de Nanquim quando ele foi diversas vezes maior que os bombardeios em Hiroshima e Nagasaki e um massacre igualmente brutal à perseguição aos judeus pela Alemanha nazista - e em um período muito menor de tempo.

Por fim, eu só tenho a dizer algo sobre o Prólogo do ex-marido de Chang na edição de 2011 do livro (que foi a que acabei lendo), que eu não entendi muito bem a necessidade.
Acho que as famílias queriam muito acabar com os mitos relacionados ao suicídio de Chang e colocaram esse Epílogo no livro, mas eu achei super desnecessário e desconfortável.

O ex-marido dela detalhou muito dos episódios bipolares e quase maníacos (em relação ao colapso mental que ela sofreu) dela e ficou algo super desconcertante de ler. Eu não sei se ele precisava detalhar os remédios que ela tomava (mais de 20) ou como ela estava paranoica com o governo americano e até o jeito que ela entrou profundamente em teorias quase antivax e da conspiração nos últimos meses de vida.
Ela claramente não estava bem, estava realmente tendo um colapso mental (uma vez que antes de 2004, ela era uma jornalista extraordinária, como podemos ver pelo livro que escreveu).

Ele ficou detalhando tudo isso e falando que várias mulheres ao redor dele viraram mães de filho autista, tipo a avó, vizinhas, a nova namorada... sei lá.
Eu achei meio de mal gosto colocar isso tudo no final do livro dela quando o livro em si já sofreu tanta crítica e revolta de japoneses de extrema-direita e historiadores japoneses que ainda se recusam a acreditar que o massacre foi real.
Essa descrição em tantos detalhes dos problemas mentais dela serviu ainda mais como fogo pra descredibilizar o trabalho excepcional que ela fez.

Bom, é isso. Gostei muito do livro, recomendo demais pra quem tem estômago. É definitivamente importante que mais pessoas saibam sobre a história contida nele para que os sobreviventes e seus descendentes nunca sejam esquecidos.
Um trabalho realmente incrível de uma jornalista que se foi cedo demais.
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