Caminhos de Sangue

Caminhos de Sangue Moira Young




Resenhas - Caminhos de Sangue


89 encontrados | exibindo 61 a 76
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Vinícius 02/10/2012

Link da resenha: http://up-brasil.com/resenha-de-livro-caminhos-de-sangue-moira-young/
Nota: 4,5

Ainda estou surpreso com este livro – o que é muito para se falar num universo literário comandado por distopias, onde eu realmente não esperava que fosse me impressionar com tanta facilidade assim. Portanto, logo me reduzindo em clichês, Caminhos de Sangue me cativou como leitor, mantendo-me preso às páginas até que estas chegassem ao seu término. Uma experiência fascinante, que não vejo a hora para repetir.

Os gêmeos Saba e Lugh – nascidos no solstício de inverno 18 anos atrás – desconhecem a verdade para além da secura de Lagoa de Prata, onde moram junto do pai – que diz ver o futuro nas estrelas – e da irmã mais nova, Emmi. Eles perderam a mãe quando ela deu a luz à irmã caçula, nove anos antes (motivo pelo qual Saba odeia a irmã). Vivendo às margens de um indócil deserto, Saba e sua família esperam por uma chuva que nunca vem. Mas a vida deles muda completamente quando uma tempestade de areia traz homens encapuzados que sequestram Lugh e matam o pai de Saba. Tomada pela sede de vingança, Saba adentra numa saga perigosa, mortal e desesperada para resgatar seu irmão; no processo, ela acaba enfrentando coisas que nunca antes imaginara: como minhocas gigantes, uma droga poderosa e um rei louco.

Moira Young desafiou convenções escritas aqui (razão pela qual seu livro foi ganhador de importantes premiações), provando ter coragem e abundante talento para uma estreante no mercado editorial. Fazendo uso de uma linguagem pouco convencional em que se predomina a informalidade sob a narração em primeira pessoa de Saba, Young criou um elenco apaixonante, um mundo pós-apocalíptico digno do termo, um enredo original e cenas e acontecimentos excepcionalmente conduzidos.

Saba consegue ser uma protagonista perfeita para o cargo. Feroz, forte e cheia de destemor, ela é uma típica personagem de distopia – com defeitos evidentes e qualidades definidas. Nós nos envolvemos com Saba com uma fatia de dubiedade; porque enquanto sua coragem é marcante, seu desdém com todas as pessoas que não sejam Lugh é irritante. Ainda assim, sua evolução conforme o transcorrer da história é também notável.

A forma de escrever da autora não agradará muito àqueles que não forem fortes o bastante para superar as barreiras da linguística. Assim, se espera que o leitor tente se abastecer com reservas de paciência para somente então habituar-se à leitura. Quando se consegue fazê-lo, ela flui muito facilmente. Além disso, é importante ressaltar que a maneira inusitada de Young narrar o livro é imprescindível para melhor caracterizar os personagens, evidenciando seus traços culturais (não há educação escolarizada nesse mundo, e os livros, por serem obras dos Devastadores, são raros).

Um aspecto que faltou ser mais bem trabalhado foi, eventualmente, determinadas cenas de ação; sobretudo as de luta envolvendo Saba. Mas, embora Moira tenha deixado a desejar neste ponto, isso não desequilibra o resultado da obra.

Caminhos de Sangue é permeado de reviravoltas de tirar o fôlego, um par romântico excelente (não existe triângulo amoroso aqui, o que é uma benção!), personagens (principais, secundários e terciários) louváveis e bem trabalhados: elementos que harmoniosamente vinculados conseguiram produzir uma obra cheia de potencial.

Com um final clichê, mas ainda assim agradável, Caminhos de Sangue é o primeiro volume da trilogia Dusttland, que promete entrar para o rol das melhores distopias da atualidade. O problema mesmo é ter que esperar pela continuação, que só sai em outubro no exterior, e pela adaptação cinematográfica, que vai demorar a sair. No mais, vale a pena conferir! (;
comentários(0)comente



Luana 26/09/2012

O livro de Moira Young autêntico e fascinante, Saba é uma protagonista maravilhosa
Saba passou a vida inteira na Lagoa da Prata, uma imensidão de terra desértica assolada por constantes tempestades de areia. O lugar não a incomoda, contanto que o irmão gêmeo, Lugh, esteja por perto. Quando, porém, uma gigantesca tempestade chega trazendo quatro cavaleiros de mantos negros em seu rastro, a vida que Saba conhece chega ao fim: Lugh é raptado e ela tem que embarcar em uma perigosa jornada para resgatá-lo. Repentinamente jogada na realidade selvagem e sem lei do mundo além da Lagoa da Prata, Saba não consegue pensar no que fazer sem Lugh para guiá-la. Por isso, talvez a maior surpresa seja o que descobre sobre si mesma: é uma lutadora incansável, uma sobrevivente feroz e uma oponente perspicaz. Com a ajuda de um audacioso e atraente fugitivo e de uma gangue de garotas revolucionárias, Saba se torna a protagonista de um confronto que vai mudar o destino de sua civilização. Com ritmo arrasador, ação constante e uma história de amor épica, Caminhos de Sangue é uma aventura grandiosa ambientada em um mundo futurista e violento.

Entra na no blog e confere o que achei do livro ajudem ai pessoal to começando agora a primeira resenha

http://simeuamolivros.blogspot.com.br/2012/09/caminhos-de-sangue.html#more
comentários(0)comente



Val 19/09/2012

Para uma grande jornada, é necessário uma grande protagonista.
Demorei algum tempo para conseguir terminar este livro, e mais outro para escrever a resenha. Não, o pior é que não é que livro seja desinteressante, mas meu o meu tempo estava um tanto “corrido”, por isso fui obrigado a lê-lo aos poucos, o que fazia meu coração dar pulos de desespero, pois a história seguiu em um ritmo totalmente intenso e elétrico. Caminhos de sangue (Blood Red Road, no original) é de autoria de Moira Young, e é o primeiro volume da série “Duslands“, que ganhou recentemente o Costa Children’s Book Award, categoria dedicada à literatura jovem do Costa Book Award — um dos prêmios de maior prestígio do Reino Unido. Desde então, fiquei muito curioso para saber mais sobre mais essa trilogia distópica, e agora que a editora Intrínseca finalmente trouxe a obra para terras brasileiras, posso afirmar que fui surpreendido.

Saba mora em Lagoa da Prata, junto com Lugh (seu irmão gêmeo), Emmi (sua irmã mais nova, de 9 anos) e seu pai. Sua mãe morreu quando ela era ainda muito jovem, ao dar a luz prematuramente a Emmi. Desde sempre vivendo isolados do mundo exterior, Lugh passou a ser a razão de viver de Saba, levando em conta a ausência da mãe, o pai que pouco a pouco enlouquecera, e o ódio que sente de sua irmã, por culpá-la como a razão de tudo de ruim que aconteceu a eles. A família vive na dificuldade extrema, tanto em mantimentos, quanto em relação ao clima louco de sol escaldante e tempestades de areia. Mas ainda assim, conseguiam viver dia após dia, até que isso lhes foi tirado.

Após Lugh brigar com o seu pai, alegando que já não aguentava mais as loucuras dele, cavaleiros de preto aparecem em Lagoa de Prata, afirmando que haviam ido em busca de Lugh, que seria o “garoto do solstício de inverno” que completara 18 anos recentemente. Após de tentar lutar para impedir o rapto, Saba acaba ferida e, o seu pai, assassinado. Tendo sobrado apenas sua irmã como família, ambas vão atrás de Lugh, conhecendo a dura realidade do mundo em que vive, e aprendendo a não confiar em ninguém.

Caminhos de Sangue me trouxe uma satisfação imensa com seus personagens e relações entre si. A começar de Saba, tão decidida e tão humana. Muitas vezes petulante e, aparentemente, insensível, não conseguimos ficar com raiva dela porque acabamos nos identificando com a sua personalidade e, querendo ou não, a maioria de nós teria atitudes parecidas com a dela em determinadas situações. Por exemplo, nos momentos em que ela maltrata sua irmã, tive uma espécie de choque, pois apesar de ser um ato inconsequente e malvado, a autora fez com que se tornasse entendível para nós o que se passava na cabeça de Saba, e os motivos que a levaram a criar essa raiva de Emmi, que acaba por ser recíproco. Já um pouco mais à frente, Moira dá um belo de um tapa na cara tanto da protagonista, quanto de nós leitores, pois ao ser enganada por um casal de idosos e ser capturada junto de Emmi, ela é obrigada a fica acorrentada e a ver sua irmã sendo torturada caso ela faça algo contra eles, como cuspir, ofender ou tentar fugir. Nesse momento, percebemos que no fundo ela realmente gosta da irmã, ou do contrário, se esse ódio todo fosse verídico, não teria se submetido a algo assim. E esse é só o primeiro dos muitos momentos complexamente emocionantes do laço entre as duas, que não tem tem nada de superficial. Já em Vila Esperança, onde Emmi é obrigada a trabalhar e Saba a lutar com outras garotas presas para servir de atração para o público (que vivem controlados à base de uma espécie de droga conhecida como chaal), nossa protagonista descobre sobre os segredos dessa sociedade sanguinária e as pessoas que vão te dar apoio para que seus objetivos possam ser cumpridos.


Outro grande ponto a favor é o relacionamento amoroso que dá outra visão a história. Jack, assim como Saba, tem uma personalidade muito marcante para nossa realidade de garotas repetitivas e rapazes tipo “príncipe perfeito e esnobe” de nossa literatura atual. Há fogo de verdade entre eles, aquela “química”. Se mostra como uma relação que nos deixa com uma sensação de realidade entre eles. Resumindo: foi um casal muito bem construído, com uma interação impecável entre eles. Quanto aos personagens secundários, dificilmente há algum que você vá se esquecer ou não sofrer pela sua morte. Como esquecer das garotas do grupo Gaviãs Livres, que ensinaram para Saba que a união é que faz a verdadeira força? Ou o gigante Ike, que parecia ser um bobão bruto, mas que nos emociona com o seu desenvolvimento e coração generoso. Sem falar do Rei Pinch, totalmente louco, e que inferniza a vida de nossos lutadores. Enfim, é uma elenco de personagens magníficos e únicos.

Quanto à linguagem do livro, afirmo que a editora adaptou muito bem a forma como eles falam. Tudo é narrado pelos olhos de Saba, no presente. Então vem aquela sensação de que tudo que é novidade para nós, está sendo novo inesperado para ela também. Vi muita reclamação de algumas pessoas que se disseram desanimadas a dar continuidade a leitura do livro, pelo simples motivos que a linguagem é mais “humilde”, sendo bem fiel a realidade deles. Nos diálogos e na narração está repleto de “num”, “fazeno”, e muitos outros termos escrito como pessoas humildes falam. Mas ao meu ver, a autora quis colocar isso dessa forma porque tudo o que lemos é como se estivéssemos dentro da mente e pensamentos de Saba, que assim como todas as outras pessoas desse universo distópico, não tem estudo e obviamente escreveria como fala, caso soubesse escrever. A falta de travessão e algumas outras pontuações é algo que você se adapta logo, construindo uma “voz” de Saba na sua cabeça relatando tudo.

O universo geográfico é muito rico e detalhado, dando pra mentalizar tudo muito bem. Cada capítulo é nomeado com um dos lugares que estão situados em sua jornada naquele momento. Realmente incrível quantas coisas passaram em apenas 350 páginas de livro. Tudo muito frenético, mas que se encaixou muito bem. Moira Young não quis enrolar onde poderia, o que foi muito bom, já que isso deu esse ritmo de leitura acelerado e incansável, mas que não se mostrou desenfreado e sem deixar momentos marcantes pobres, sendo cada um deles muito bem construídos. Tendo dado início à leitura, dificilmente você vai querer parar, porque são tantos mistérios soltos jogados em você e reviravoltas surtantes a todo momento, que o leitor se mantém sempre curioso para descobrir qual será a próxima investida dos personagens, seja do elenco de heróis, ou dos vilões. Tudo com muita tensão e sensação de soco no estômago, mas com diversos momentos cômicos e quentes em várias passagens.

Quanto à comparação com Jogos Vorazes, não achava necessário, tanto que, como opinião MUITO pessoal, se mostrou superior. Mas como The Hunger Games é o símbolo dessa nova moda – a literatura distópica juvenil -, nada mais entendível do que usá-lo para promover obra de tema semelhante, embora nessa situação sejam tratados de forma tão distinta e com elementos que não têm quase nada a ver um com o outro. Podem ler sem medo de ficarem lembrando de fragmentos de um livro aqui ou acolá, pois Caminhos de Sangue conseguiu ser tão singular quanto podia, revolucionador.

No mais, Caminhos de Sangue foi a leitura mais satisfatória que tive até agora nesse ano de 2012, e estou esperando loucamente pela continuação, Rebel Heart, que sairá nos próximos meses lá fora, enquanto sequer tem data prevista por aqui. Resta esperar que eu não enlouqueça de abstinência de novas aventuras (na vida desgraçada x:) de Saba. Lembrando que os direitos para uma adaptação cinematográfica foram vendidos, sendo que logo devem surgir novidades para nós. Então corram – SÉRIO, CORRAM – e vão ler esse livro que merece tudo o que falam de bom!

Resenha postada originalmente em: http://calibrecultural.wordpress.com/2012/09/15/dustlands-livro-1-caminhos-de-sangue/#more-2381
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Gabriele 05/09/2012

Eu adoro quando eu sento para ler um livro e só consigo ir fazer outra coisa quando terminei. Isso aconteceu com Caminhos de Sangue: é um livro viciante.
Saba nasceu na Lagoa de Prata, um território afastado de todo o resto. Com poucos recursos, falta de água, ela e sua família tiveram uma vida bastante complicada. Um dia, após o seu aniversário de dezoito anos, homens estranhos aparecem e levam seu irmão gêmeo embora. Sem maiores explicações. Saba, que passou a vida toda vivendo nas sombras dele, sabe que precisa encontrá-lo. Precisa ir atrás dele e salvá-lo.
Caminhos de Sangue narra toda a jornada de Saba ao encontro do seu irmão. O inicio do livro é um pouco lento, o leitor precisa se acostumar com a narrativa diferente da autora. Diferente em vários sentidos, um deles é a linguagem dos personagens. Eles nunca tiveram educação, nunca tiveram acesso a nada que os ensinasse a falar "corretamente", então eles falam, por exemplo: olhano no lugar de olhando. Num no lugar de não e várias outras.

Mas isso foi necessário para caracterizar os personagens. Outro ponto é a falta de travessão. Isso fez com que eu tivesse que prestar bem mais atenção para não misturar quando era uma fala e quando era um pensamento.
Mas depois que acostuma, isso não passa a ser um problema e passa a ser essencial para a história ser o que é. Eu gostei muito dos personagens do livro. Na capa, diz que é perfeito para os fãs de Jogos Vorazes, a semelhança que eu encontrei entre os dois foi as protagonistas. Saba é durona, forte, teimosa e não desiste nunca, como a Katniss.
Temos um mocinho com a personalidade que eu gosto. Que se acha o tal, cheio de comentários sarcásticos e com um bom humor. Depois que Jack aparece a história passou a ser bem mais bem humorada. E o relacionamento dele com a Saba é do jeito que eu gosto também. Eles passam uma boa parte do tempo se implicando. Não sei o motivo, mas eu gosto disso.
Emmi, a irmãzinha menor da Saba me conquistou demais. Minha personagem favorita do livro.
O livro é forte, é diferente, é rápido e eu adorei.
comentários(0)comente



Luh 29/08/2012

Uma distopia emocionante, eu não conseguia parar de ler.
Resenha escrita pela Luh e retirada do blog Fome de Livros
http://blog.fomedelivros.com.br/2012/07/resenha-caminhos-de-sangue.html

A Trama: Há tempos eu não encontrava uma história que deixasse meu coração tão acelerado. Vou admitir que minha leitura estava bem lenta no início porque a linguagem me atrapalhou muito e até ficou incomodando, mas lá pela página 80, quando a ação realmente começa, eu já estava acostumada e mal notava as palavras erradas.
A trama começa com Saba, uma menina de dezoito anos, que mora em um lugar isolado do mundo com seu pai (que ela chama de Pai mesmo), o irmão gêmeo Lugh e a irmã mais nova Emmi. A mãe de Saba morreu há muitos anos e seu pai virou um homem fechado que nunca sorri, mas isso não impede as crianças de levar uma vida relativamente feliz. A terra onde a família mora é infértil e até a água está se tornando rara, mas o Pai não tem intenção alguma de se mudar dali. A vida deles vai seguindo até que um dia quatro homens montados em grandes cavalos aparecem e levam Lugh embora. Saba, de uma hora para a outra, acaba sozinha com a irmã pequena.
Não posso falar mais sobre a trama porque não quero dar spoilers mas podem acreditar que o livro é recheado de ação. Saba luta pela vida diversas vezes e sempre que você pensa que está tudo seguro a autora vai lá e causa uma enorme reviravolta na história, jogando os personagens principais no perigo mais uma vez. Eu adorei o mundo criado por Moira Young, o cenário muda a cada instante e nos introduz um pouco mais daquelas cidades estranhas e do maravilhoso ambiente distópico de Caminhos de Sangue.
Eu sei que houve muita comparação com Jogos Vorazes e não sei bem o que dizer. Sim, o livro tem muita ação, personagens cativantes e uma história de tirar o fôlego, mas é bem diferente da trilogia de Suzanne Collins, então não compre o livro se está esperando algo muito semelhante.
Uma das coisas que mais gostei no livro é que apesar de ele fazer parte de uma trilogia, a história tem um fim decente e você não fica morrendo de ansiedade pelo próximo volume (que está sendo lançado só agora nos EUA).

Os Protagonistas: Eu odiava a Saba. É isso mesmo. No início da história ela era apenas uma garota mimada e irresponsável que quase largou a irmãzinha na estrada pra procurar o precioso Lugh, reclamava de tudo e era teimosa como uma mula (ok, isso não mudou muito). Mas conforme o desenrolar da história Saba vai amadurecendo e nos mostrando um lado que eu não pensei que ela tivesse. Saba é feroz, forte, se arrisca o tempo inteiro pra proteger pessoas que ela mal conhece, não tem medo de desafiar os outros e aos poucos eu fui gostando cada vez mais dela. No final ela já era uma personagem madura, muito diferente da garotinha mimada do início, mas sem perder sua essência.

Os Personagens Secundários: Os personagens secundários foram todos muito bem construídos e a autora soube colocá-los na história nos exatos pontos em que eles se tornariam ainda mais interessantes. Emmi foi a única que despertou em mim uma relação de amor e ódio, às vezes ela parecia tão pequena e frágil e eu queria que ela fosse protegida, quando Saba falava alguma maldade para ela eu morria de pena, mas em algumas cenas Emmi ia lá e fazia alguma burrada surpreendente e eu simplesmente não acreditava que uma pessoa faria algo do tipo! Adorei a maneira como a autora introduziu Jack no livro e ele tornou o clima de certas situações muito melhor com seu jeito divertido e despreocupado. Muitos dos outros personagens eram bons mas não vai dar pra citar todo mundo, saiba apenas que cada um vai te conquistar de um jeitinho diferente e esteja preparado: num mundo distópico cheio de defeitos e pessoas pobres, nenhum dos personagens é "fofinho".

Capa, Diagramação e Escrita: A capa e o nome são legais e combinam bastante com o início da história (e eu fiquei aliviada de a editora não ter escolhido a capa do hardcover, que é muito feia) . A diagramação do livro também é ótima, adorei os desenhos de corvo, que é um personagem muito importante no livro. Já a escrita da Moira foi uma das coisas que mais me incomodou. Como a personagem é analfabeta, o livro estava cheio de erros de português e você tem que ignorar muitos "fazeno, correno, pensano", eu tive a sensação de que alguém perdeu o "d" do teclado! Achei esse tipo de escrita desnecessária e só estragou a narrativa.

Concluindo: É um livro ótimo, carregado de ação e com personagens que te surpreendem a cada instante. Uma vez que a história te prende é difícil parar de ler e eu recomendo o livro para qualquer fã de distopias, vocês não vão se arrepender!
comentários(0)comente



Bárbara 23/08/2012

Saba perde seu irmão logo no início do livro: Lugh é levado por um grupo de homens estranhos que ela acaba por descobrir que são os tontons - homens que trabalham para o rei e que são controlados por uma droga chamada chaal. Depois de também perder o pai (que morre logo quando o filho é levado) e ficar apenas com a sua irmã mais nova, ela decide ir atrás do Lugh (seu irmão).

Saba é uma garota apaixonada por seu irmão gêmeo, mas não gosta nem um pouco da sua irmã mais nova, Emmi, porque quando ela nasceu, sua mãe morreu. Então ela faz o possível para nunca estar perto de Emmi, mas isso começa a mudar a partir do momento que ela tem que sair do lugar onde mora, com a irmã, para poder encontrar o Lugh.

A aventura começa aí, mas ainda muita coisa acontece depois disso. Ela tem que enfrentar várias dificuldades que encontra no caminho, como quando é sequestrada e começa a lutar por sua vida numa espécie de arena, e é daí que vem a semelhança com Jogos Vorazes, mas toda essa semelhança acaba exatamente onde começa. O fato de ela ter que lutar para viver não é o tema central do livro.

Caminhos de Sangue é um livro forte e escrito de uma maneira super diferente. No início até pensei que não fosse me acostumar com as palavras escritas desta maneira: "num" para não e com os verbos no gerúndio sem o d: "ino", "fazeno", etc. É irritante, é chato, dá vontade de jogar o livro longe. Mas com o tempo você percebe que essa é a única maneira que Saba poderia estar contando o livro, afinal, é essa a linguagem que ela conhece. Apesar de eu ser adepta à norma um pouco mais culta da língua, deixei o "preconceito linguístico" de lado e mergulhei nesta leitura até conseguir me adaptar.

Como toda distopia, a história faz com que você fique preso a ela de alguma forma. É interessante conhecer essas novas sociedades e tentar entendê-las da melhor forma possível. Foi isso o que me fez continuar lendo Caminhos de Sangue. E acabei gostando bastante da história.
comentários(0)comente



Elidia 16/08/2012

Diferente...
Não acho que “Caminhos de Sangue” seja comparado a Jogos Vorazes, cada um tem sua personalidade literária,sendo a única proximidade o amor pelo/os irmãos. Um livro que você vai adorar ler, com sentidos oportunos. Além da diagramação está impecável, com corvos distribuídos pelas páginas, ilustrando o corvo que Saba tem de estimação Nero.

“Num consigo falar, num consigo respirar, o Lugh foi embora, embora. Meu coração de ouro foi embora. Eu ajoelho na poeira, as lagrimas escorrem pelo meu rosto, e uma chuva forte, vermelha, começa a cair.”

Mais em: http://bookeando.com/site/2012/08/16/resenha-caminhos-de-sangue-dustlands-livro-1/
comentários(0)comente



Alecio Miari 16/08/2012

Era disso que eu tava "falano"!
Livro animal, diferente, criativo, envolvente, misterioso.... enfim, o conjunto completo para uma grande história escrita para uma grande personagem e ótimo roteiro para um possível grande filme!

A autora cria um mundo estranho e misterioso onde Saba, nossa heroína, é um ser alienado em seu pequeno mundinho sem saber nada sobre tudo que a cerca - as pessoas, as rotinas, quem está no poder, como esse poder é controlado, etc....

Por causa dessa ingenuidade ela acaba entrando em um mundo horrível de lutas, porém é justamente aí que ela se encontra e faz fama. Acaba tendo sorte em amizades que encontra ao longo do caminho e consegue desenvolver habilidades antes desconhecidas (até mesmo vindas do coração).

A narrativa é parecida com a de Jogos Vorazes no que diz respeito que estamos dentro da mente de Saba, mas sem aquela intensidade nos sentimentos e em tudo que ela está "matutano"(penso que esse é o grande ponto positivo que daria para virar um mega filme de sucesso pois, ao contrário de Jogos Vorazes, não há essa necessidade de ficar explicando coisas que ela pensa já que é muito mais uma narração dos fatos que ocorrem ao seu redor ao invés de um desabafo de suas ideias dentro de sua mente).

Os diálogos do livro são sempre descritos pela personagem tais como: "Você é cabeça dura, Jack fala" ou "Por que você nunca mi ouve? pergunta Emmi" - Mas o legal é que não é cansativo e as conversas ficam muito claras, não há dificuldade de entendê-las.
Um grande diferencial é a maneira que a personagem fala pois é escrito da mesma maneira ("Num to entendeno nada que ele ta falano"), mas juro que não é ruim de se ler.
Outro ponto positivo é que a autora escreve muito bem e segue a linha mais "clean" onde não fica enchendo linguiça com descrições. Elas estão lá mas nada absurdamente demorado ou monótono. Isso é extremamente positivo pois temos então praticamente 352 páginas de pura história!!
Mais do que torcer por Saba, trato sua imagem como um ícone e aguardo ansiosamente pela tradução do 2º livro.
comentários(0)comente



AndyinhA 12/08/2012

Trecho de resenha do blog MON PETIT POISON

Tentei não me influenciar pelo que a capa dizia e entrei na história como se Jogos Vorazes (que não achei tudo isso) não tivesse sido mencionado. Mas a história não me prendeu tanto assim e confesso que fiquei um tempinho até entender porque este livro tinha sido comparado à ele.

A personagem principal “fala” de um jeito estranho. Ela não coloca os ‘d’ – comeno, falano, andano – e por aí vai. E sem contar que a autora não coloca aspas ou travessão para os diálogos, e no início esses dois itens me incomodaram e muito. Tanto que eu quase não conseguia me concentrar na leitura.

Mas quem me irritou mesmo foi a irmã caçula – Emmi – que guria chata, ela é do tipo de personagem que está lá para fazer burrada e aí sim as coisas acontecem, tipo: a Saba fala para a irmã ficar em um determinado lugar, aí ela não fica, é capturada ou algo acontece e lá vai a Saba atrás da irmã. Na primeira vez é legal, na segunda você já fica com pé atrás, na terceira comecei a perceber que a história só acontecia porque a irmãzinha fazia burrada. Não colou.

Para saber mais, acesse: http://ow.ly/cULGE
comentários(0)comente



Livy 10/08/2012

Camihos de Sangue... uma distopia marcante!
Caminhos de Sangue é o tipo de livro que vai fazer você amá-lo ou odiá-lo, sem meio termo. Digo isso, pois sua trama é marcante e forte. O que eu digo, logo de início, é: UAU! Sim, pois Moira Young me surpreendeu com esta distopia inusitada.

Caminhos de Sangue é narrado em primeira pessoa, pela visão de Saba. Este é um ponto muito importante no livro, pois é este fator que vai fazer você decidir se vai largá-lo ou seguir em frente (amá-lo ou odiá-lo, como disse a pouco). Mas eu afirmo: vale a pena seguir adiante com a leitura.
A narrativa é uma das mais criativas que já vi, e neste ponto, Moira Young está de parabéns. Isso porque o livro é narrado com a linguagem simples de Saba. Vou dar um exemplo: "eu tô presisano... eu tô gostano..." este é o estilo de escrita utilizado.
Confesso que de início fiquei um tanto incomodada com este fator. Realmente é um pouco difícil você ver um livro que seja narrado e escrito da forma "errada", usando a linguagem que se fala, e não a que se escreve, com a gramática impecável e correta. Mas este incomodo não durou muito, aliás, com o andar da leitura, nem se percebe tanto. Pelo menos para mim a narrativa funcionou muito bem e teve o efeito que a autora desejava: tornar a personagem Saba mais forte e real. Afinal, ela é uma garota simples, sem estudos, que não sabe ler ou escrever... e claro, consequentemente, faz uso de uma linguagem simples e popular. Isso aproxima o leitor da personagem, de seus pensamentos e sentimentos.
Acho que para muitas pessoas este pode ser o fracasso do livro, mas em minha opinião é exatamente o que o torna único e especial, além de dar mais credibilidade para a história. Em pouco tempo me vi totalmente imersa nos acontecimentos que enolvem Saba e todos aqueles que ela encontrará e enfrentará pelo caminho. A narrativa peculiar, então, pode ser considerado o ponto forte do livro.

Para continuar lendo a resenha, acesse:
http://www.nomundodoslivros.com/2012/08/resenha-caminhos-de-sangue-dustlands-de.html
comentários(0)comente



dani 06/08/2012

Caminhos de sangue – Moira Young
Caminho de sangue foi um livro que me surpeendeu um pouco, pois apesar dos comentários positivos que vi assumo que tinha um pouco de receio sobre essa distopia, de ser apenas mais uma ou acabar sendo uma cópia de Jogos Vorazes mas fui covencida do contrário.
Caminhos de Sangue tem sua própria identidade e vai ganhando seu espaço entre tantas distopias conforme as páginas vão passando.
Essa é a história de Saba, uma garota que mora com seu pai e seus irmão, Emmi, sua irmã de nove anos com quem Saba não possui afinidade (para dizer o mínimo o relacionamento das duas é extremamente complicado) e seu irmão Lugh com quem Saba possui uma relação de devoção, Lugh é tudo para ela. Eles vivem em um local afastado, desértico, chamado de Lagoa de Prata e seguem bem seus caminhos até que um dia tudo muda, quatro cavaleiros vieram e sequestraram Lugh e mataram seu pai e para Saba só resta sua irmã e o desejo, a certeza, de que irá até o fim do mundo para poder salvar seu irmão.
A narrativa desta história é bem particular, o livro possui, intencionalmente, nenhuma marcação de diálogo, não há separação entre as falas e a narrativa e muitas palavras escritas de forma errada para poder demonstrar o como os personagens possuem uma baixa escolaridade e nível de cultura e para poder imergir o leitor neste novo mundo criado por Moira Young, um mundo depois dos Devastadores, um mundo em que quase tudo foi destruído e restou apenas uma civilização governada por uma monarquia e por chaal (uma planta que deturpa o senso de julgamento das pessoas, e algumas vezes as deixa loucas) e conforme a leitura vai fluindo todas as dificuldades iniciais criadas por essa escolha da autora são superadas pois a história vai tomando corpo e forma e o leitor acaba se acostumando com o ritmo da história. Os personagens são bem construídos e possuem uma personalidade forte o que faz com que todos tenham seu lugar e é difícil um personagem ser esquecido durante a história. Para não dizer que não falei das flores e apenas dissertar elogios vou ressaltar que encontrei pequenas (e bem pequenas) falhas de continuidade na história o que por ser o primeiro livro da autora são totalmente entendíveis e que senti falta de mais detalhes sobre a construção desse novo mundo, muitas coisas ficam no ar ou simplesmente não são explicadas. Recomendo para aqueles que querem uma distopia diferente e personagens que vão marcar suas memórias.

http://olhosderessaca25.blogspot.com.br/2012/08/caminhos-de-sangue-moira-young.html
comentários(0)comente



Lets 27/07/2012

Forte....Perfeito para os fãs de Jogos Vorazes!
Depois de ler Jogos Vorazes, estava difícil encontrar outro livro tão bom quanto. E finalmente eu encontrei!
"Eles vão precisar de voce Saba. O Lugh e a Emmi. E vão ter outros também. Muitos outros. Num se entregue ao medo. Seja forte, como eu sei que voce é."
Pobreza, desertos, fome. Esse é o cenario de Caminhos de Sangue, primeiro livro da série "Dustlands", que conta a história de Saba, uma garota teimosa que ama o irmão gemeo Lugh mais do que tudo. Mas de repente seu pai é morto, e Lugh é sequestrado pelos Tonton. Saba faz a unica coisa que sabe que tem que fazer...Encontrar Lugh.
"O Lugh vai primeiro, sempre primeiro, e eu venho atrás." E é aí que começa sua jornada pelas "terras de poeira"(Dust lands).
É realmente difícil descrever esse livro. Uma leitura gostosa e tensa, que me fez prender a respiração varias vezes. Saba encontra muitos problemas no caminho, como um casal louco, uma joula, uma irmã teimosa, uma gangue de garotas, um cara sexy e muito mais.
Saba é um pé no saco com todos a não ser Lugh. Isso me irrita muito no começo, mas as mudanças não só no modo de viver mas também socialmente faz Saba crescer. (Abrindo um parentesis aqui, tenho que comparar com Jogos Vorazes em que Katniss ama muito sua irmã mais nova, Prim. Diferente de Saba, que odeia a Emmi, que eu amei).
Cada personagem tem sua peculiaridade que me fez me apaixonar por cada um de forma diferente. Ao longo da estória, se percebe o amadurecimento de Saba. E foi uma das coisas que eu mais gostei. Sem falar do Jack~ le suspira~.
A escrita de Moira é bem peculiar, que no começo não me agradou muito, li e reli a contracapa umas mil vezes me perguntando se tinha sido erro do tradutor, sei la. Mas ai comecei a ler, e me acostumei (só espero não soltar um desses erros terriveis quando estiver conversando com alguém. Minha mãe riu quando pegou o livro pra ver e disse: Esse livro está cheio de erros gramaticas kk')
A narração é feita pela Saba, mas não tem travessão nas falas (Ja tinha lido um livro assim, entao nem me encomodou).
As cenas de ação são descritas de forma rápida mas tensa.
Como todo livro, Caminhos de Sangue tem suas partes obvias, mas a maioria não, a maioria eu me surpreendi. Não conseguia parar de ler.
Com certeza é uma leitura obrigatória.
Mas o fim de Caminhos de Sangue é apenas o começo. Dia 30 de Outubro sai Hebel Heart - *Jack*- (Coração Rebelde) nos EUA. Porque a guerra está apenas começando. E até lá (como eu vi na resenha da Andhromeda) vou usar a dica do Jack e evitar a ressaca de esperar Outubro e vou continuar a beber, ou se eu cansar de beber, eu tomo sangue de Javali com ovo de pombo cru...hummm, delícia.
comentários(0)comente



arthurnumeriano 24/07/2012

Surpreende não pela história, mas pelos seus personagens
Gosto de livros que, mesmo não tendo uma originalidade surpreendente, conseguem se sair muito bem porque são bem estruturados e possuem uma história que encanta e tem aquele ponto que o torna diferente de obras semelhantes. Blood Red Road é esse tipo de livro, que não surpreende pela história em si, mas pelos seus personagens.

Saba passou a vida inteira na Lagoa da Prata, uma imensidão de terra desértica assolada por constantes tempestades de areia. A miséria e a aridez do lugar não a incomodam, contanto que o irmão gêmeo, Lugh, esteja por perto. Um dia, porém, uma gigantesca tempestade de areia traz em seu rastro quatro cavaleiros de manto negro, e a vida que Saba conhece chega ao fim - seu pai é morto, Lugh é raptado e ela não tem escolha a não ser embarcar em uma perigosa jornada para resgatá-lo. Repentinamente jogada na realidade selvagem e sem lei do mundo fora da Lagoa da Prata, Saba não sabe o que fazer sem Lugh para guiá-la. Por isso, talvez, sua maior surpresa seja o que descobre sobre si mesma - é uma lutadora incansável, uma sobrevivente feroz, a mais astuta das oponentes. Com a ajuda de um audacioso e atraente fugitivo e de uma gangue de garotas revolucionárias, a busca pelo irmão fará de Saba a protagonista de um confronto que vai mudar o destino de uma civilização.

A primeira coisa notável em Blood Red Road é o estilo de escrita que Moira Young preferiu utilizar. Como a história é narrada por Saba e ela não sabe ler e escrever, o texto é inteiramente escrito em linguagem coloquial. "Fazeno", "andano" e "ino" são alguns exemplos. Além disso, não há sinais como travessão ou aspas que separem o que é narrativa do que é diálogo.

Essa escolha da autora se mostra um obstáculo, à primeira vista. Confesso que tive de parar e voltar alguns trechos para conseguir entender direito o que acontecia. Mas é um obstáculo que é superado rapidamente, porque o livro é tão envolvente que você acaba se esquecendo desses detalhes e se sentindo como Saba e qualquer outro personagem desse mundo desértico.

Aliás, os personagens de Blood Red Road - aliados às suas atitudes, pensamentos e objetivos - são o maior destaque do livro, são o que o torna diferente e excelente. Eles têm complexidade, eles têm vida. É difícil não se ver neles. Todos de alguma forma têm ações com as quais nos identificamos.

Saba, apesar de ser ignorante, tem uma personalidade forte, consegue se impôr e tem espírito de líder. Jack me lembrou o Flynn Rider do filme Tangled, o que me fez gostar ainda mais dele. Já sobre a Emmi, tenho que concordar com o que Saba pensava dela inicialmente: que garota chata! Você pede para ela ficar longe do perigo e, sem demora, ela atrapalha e estraga tudo e você tem que ir lá salvá-la. Até mesmo o corvo Nero tem sua importância na história - e ele é muito mais agradável do que a irritante Emmi.

Blood Red Road, como afirma a frase que estampa a capa nacional do livro -, é forte. É rico, tem uma gama de personagens, cenários, seres e até mesmo culturas que só deixam a história ainda mais concreta. É imprevisível; os personagens tomam rumos que contrariam o que a gente espera deles. A única coisa previsível nessa história toda é que eu mal posso esperar para ler a continuação, Rebel Heart.
comentários(0)comente



89 encontrados | exibindo 61 a 76
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6