Pedro 18/05/2015Made in BrazilComo bem o título sugere, Serial Killers Made In Brazil vai tratar de assassinos em série com foco nos brasileiros. Ilana Casoy nos apresenta em ordem cronológica sete assassinos em série. Começando na década de 20 com Febrônio Índio do Brasil e fechando o livro nos dias mais atuais com o Pedrinho Matador.
O livro é extremamente bem escrito e cumpre com a promessa a que veio, nos passando a frieza desses seres e seu modo de agir, cada qual do seu jeito e seguindo um padrão. A riqueza de detalhes é algo que impressiona, já que é narrado os crimes com descrições bem completas, mesmo que nos primeiros casos nem nascida a autora era.
Esses assassinos sempre seguem um padrão criminoso, chamado modus operandi, como uma marca registrada do criminoso e são divididos em duas classe:
Os organizados: Que planejam seus crimes e fazem de tudo para não deixar rastros de que foi ele o culpado do crime, sendo até deixado de lado caso haja investigação.
Os desorganizados: Aqueles que agem mais pelo calor do momento, que realizam as atrocidades sem pensar ou se preocupar com os seus vestígios.
Serial Killers: Made In Brazil é um livro para poucos, com uma narrativa ágil, a autora enriquece o livro com detalhes descritos de uma forma descomunal, fazendo-nos sentir agonia, mal-estar, ansiá de vomito, nojo e todo tipo de aversão aos crimes que ela relata, nos colocando na pele das vítimas que passaram pelas mãos desses homens de comportamento desumano.
Mas não só de narrativa (prosa) o livro é composto, como é o caso d'O Vampiro de Niterói, responsável e confesso do abuso sexual seguido de estupro (ou vise-versa) de treze crianças entre os 5 aos 13 anos de idade. E ele relata, em depoimento à Ilana Casoy e outro estudiosos, da área da psicologia, a forma que agia, descrevendo cada um dos meninos que ele matou de uma forma tão fria que chega a gelar a alma de quem ler.
Esse livro é um verdadeiro exemplo de que o mal existe sim, sendo muitas vezes uma influencia do meio social sobre o individuo, que muitas vezes veem de famílias carentes e que sofreram algum tipo de transtorno na infância. A autora também põe em questão a influencia da mídia no caso de Pedrinho Matador, que na infância era privado pela mãe religiosa de assistir TV, levando a crer que esse lado maldoso já feio intrínseco em sua nascença aguçado em busca de vingança.
Se você tem estomago para o assunto e principalmente muita curiosidade, Serial Killers Made In Brazil é uma ótima pedida. O livro está com uma diagramação excelente e nas maioria das paginas encontramos ilustrações, arquivos, fotografias que vão solidando os relatos, além disso, as folhas são amareladas e a capa possui um material aveludado dando um charme maior no trabalho gráfico.
PS.: Não sei se isso ocorreu apenas comigo, no entanto, ao decorrer da leitura era necessário uma pausa para me recuperar dos enjoos causados pelos fortes detalhes, e depois de um certo tempo, o cheiro desse livro passou a me causar mal-estar me fazendo ligá-lo a morte ou algo ruim.
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