Elogio da madrasta

Elogio da madrasta Mario Vargas Llosa




Resenhas - Elogio da Madrasta


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Nik Soren 13/04/2016minha estante
Esse livro foi escrito por Llosa como uma sátira aos livros eróticos da época, ele nunca teve o pretexto de ser sério ou "agradável". E eu concordo que Cadernos é imensamente melhor, mas não acho justo comparar os dois: é o mesmo que comparar uma charge com um romance.




Renata CCS 02/10/2014

Só tenho elogios.

Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura. (Friedrich Nietzsche)


Este é o meu primeiro Mario Vargas Llosa e estou convencida de que outros, recentemente adquiridos, vão me agradar muitíssimo.

ELOGIO DA MADRASTA é um livro bem curtinho, com enredo que gira em torno de três personagens: dom Rigoberto, viúvo e pai do pequeno Alfonso - carinhosamente chamado de Fonchito e dona Lucrécia, a madrasta do título.

Inicialmente, a preocupação do casal se o menino iria aceitar ou não a madrasta logo se dissipou, pois o pequeno Fonchito logo se mostrou apaixonado pela nova mãe. Exageradamente apaixonado. E todo esse amor, ora ousado, ora ingênuo, a entusiasma, até demais, e vai percorrendo caminhos que definirão o destino de cada personagem, criando um triângulo amoroso bizarro e, talvez, doentio.

Neste livro, Vargas Llosa faz uma viagem bem-humorada pela literatura erótica. Fiquei fascinada, de verdade, com essa narrativa tão simples e ao mesmo tempo enredada de deliciosos detalhes. Gostei demais de suas descrições, da maneira sublime de harmonizar frases simples que se convertem em perfeição.

O texto segue entremeando imagens clássicas de quadros que, imagino, foram inseridos por alguma predileção do autor. É muito envolvente a analogia que o autor faz entre a pintura e sua narrativa. Ele adapta as obras de arte para compor suas histórias, com uma sensualidade de dar água na boca, dando um toque apimentado e todo especial a trama propriamente dita. Vargas Llosa pegou uma história que poderia ser clichê e a conta de uma forma irresistível. Simplesmente brilhante!

Eu recomendo o livro para quem quiser se divertir, mas é para ser lido deixando de lado os valores familiares mais tradicionais. É necessário para que se entenda e acompanhe as peripécias graciosas e safadas de Vargas Llosa, pois ele nos apresenta uma história erótica, onde o prazer extraído do proibido pode ser, algumas vezes, mais importante que o amor.

Em resumo, é puro prazer de ler.
Clara K 03/10/2014minha estante
O livro tem uma safadeza, uma graciosidade de Nelson Rodrigues, deliciosamente mesclada com uma "pegada" de Vladimir Nabokov.


Paty 04/10/2014minha estante
Achei fascinantemente extravagante o modo de Vargas Llosa tem de descrever até as passagens com detalhes mais íntimos, como quando narra os rituais de abluções e de defecação de D. Rigoberto. É de dar inveja em qq pessoa com intestino preso.


Renata CCS 05/10/2014minha estante
KKKKKKKKKKK... Concordo, Paty!


AJ 27/02/2015minha estante
Estou a ler esse agora, porque li antes, sem saber que havia ordem, "cadernos de D. Rigoberto". na mesma onda, bem, bem, divertido! O que me ri com ele! E, as fantasias....Ah, as fantasias... :P
Se gostou do "elogio da madrasta", deste acho q tb vai gostar, se não mais!


Jennifer.Ernesto 12/05/2016minha estante
Acabei de encontrar esse título aqui, meio que sem querer, eu estava em busca de outro. Quando eu terminar, eu volto para dizer o que achei.

Gostei da sua resenha, espero que goste do livro também.




Má Contato 26/07/2014

Ok. Que livro estranho! Mas vamos lá...

Quando Don Rigoberto decide se casar novamente com Lucrécia, o que todos pensam é que Alfonso, filho de Don com outra mulher, será o grande problema deste novo casamento, afinal, que filho gosta de ver sua mãe ser substituída? O que ninguém esperava era que Lucrécia e Fonchito (como ele é chamado por ela) se dariam tão bem. E COMO! O que posso dizer de antemão é que se trata de um livro para maiores de 18 anos, uma vez que as noites de Don Rigoberto e Lucrécia são bem detalhadas.

Não consegui entender direito a idade que Alfonso tem, pois no início do livro ele é apresentado como um garotinho com cachinhos dourados e cara de anjo e ingênuo, nos dando a entender que ele tem em torno de 10 anos. Mas depois, ele passa a ter relações sexuais (veja só!) com Lucrécia e... Enfim, não é possível que ele tenha 10 anos, né? Imagino então que tenha 13/14.

Em alguns capítulos do livro, o autor coloca uma pintura e faz uma "analogia" da mesma, que pareceu-me totalmente sem nexo, como se ele fugisse da história principal para viajar um pouco. Se alguém que leu entendeu o que isso significa, por favor me explique.

Quando eu digo que o livro é totalmente detalhado, não é mentira. Você acha necessário ler sobre a "defecação" de Don Rigoberto?! Pois é... Quando eu estava lendo, imaginei que, por algum momento, aquilo era uma brincadeira com o leitor. Porque, meu Deus... Se não acreditam, veja só:

"Don Rigoberto entrecerrou os olhos e fez pressão, suavemente. Não era preciso mais nada: sentiu de imediato a comichão benfeitora no reto e a sensação de que, lá dentro, nos vãos do baixo-ventre, algo submisso se dispunha a partir e já transitava por aquela porta de saída que, para facilitar a passagem, se alargava. O ânus, por sua vez, tinha começado a se dilatar, antecipando, preparando-se para concluir a expulsão do expulso, para depois se fechar e comprimir, com suas mil ruguinhas, como se estivesse caçoando: “Deu o fora, sacana, e nunca mais vai voltar.” Don Rigoberto sorriu, contente. “Cagar, defecar, excretar, sinônimos de gozar?”, pensou. Sim, por que não. Desde que seja feito devagar e concentrado, degustando a tarefa, sem a menor pressa, prolongando, provocando um estremecimento suave e sustentado nos músculos do intestino."

Mas essa é só uma parte do livro... Calma! haha A história em si gira em torno de Fonchito e sua paixão por Lucrécia. Primeiramente, se apaixona pelos beijos de boa noite. Depois, passa a subir no telhado para vê-la tomando banho e daí por diante vocês vão ficar sabendo quando lerem o livro.
Rosa Santana 11/08/2016minha estante
Má, a inserção dos quadros de pintura, com as descrições é uma intertualizacao que Llosa faz, para contar, também, a história. É um recurso narrativo empregado pelo autor, diria eu, com bastante propriedade. O último quadro, por exemplo, quando ele descreve Maria, a mais simples das amigas sendo escolhida como a preferida, é uma explicação para o último capítulo, onde Fonchito diz preferir Justiniana...
Espero ter ajudado!




none 22/07/2014

Surpreendente
Puxa vida, não tenho outra palavra melhor para definir este livro senão surpreendente. Quando a gente imagina que a história vá enveredar para a pornografia barata o autor e os personagens nos levam para a arte, a religião, a fantasia e os sentimentos humanos, não exatamente nessa ordem. Lindo demais.
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IvaldoRocha 22/06/2014

Inesperado e surpreendente.
A amarração entre os capítulos e a inclusão de capítulos aparentemente (O capítulo do jovem rosado é um que chama a atenção) fora do contexto da história vão criando uma densa trama. Tem-se a impressão de estar sendo levado por um caminho em que o final da jornada é o inesperado.
É um livro que deixa a vontade de ler novamente, com mais calma e atenção, pois você irá lê-lo de uma só vez.
Enfim depois de lê-lo, você ficará pensando neste livro por algum tempo com certeza.
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Israel145 19/06/2014

O elogio da madrasta é aquele tipo de obra que se lê despretensiosamente, simplesmente como passatempo ou na tentativa de se iniciar na literatura de algum autor famoso, mas após o fim do livro o resultado é altamente satisfatório.
Nesse livro, Mario Vargas Llosa brinca o tempo todo com a volúpia, o erotismo despudorado e com as fantasias e anseios dos leitores. Ele apresenta Don Rigoberto e sua segunda esposa, Lucrécia, que está entrando na fase dos 40, porém, o tempo foi generoso com ela e não impôs suas marcas. Don Rigoberto se dedica paulatinamente a satisfazer sua esposa e a si próprio e se perde toda noite a rituais carregados com um alto teor de erotismo. Mas nem tudo é perfeito, pois o filho adolescente de Don Rigoberto nutre um amor além do maternal pela sua madrasta.
A prosa do autor é de uma qualidade fora do comum. Apesar do tema interessante, ele pega o leitor logo de início e consegue mante-lo envolvido durante todo o livro. Um recurso bem legal que ele usa é o de intercalar entre cada capítulo uma historieta envolvendo mitologia, artes, literatura, etc. sendo que todas estão relacionadas com os acontecientos da trama. Apesar de parecer anticlimático, isso só aumenta o interesse do leitor e dá uma nova visão dos fatos ocorridos. Recurso genial.
Mesmo sendo uma obra curta, é de ótima qualidade e altamente bem humorada. Serve também para os não iniciados na obra do autor.
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Hermes 02/04/2014

Ótimo
Escolhi uma obra do prestigiado, premiado (inclusive com Nobel) e conceituado escritor peruano, Mario Vargas Llosa: Elogio da Madrasta. Nesse livro, Llosa pega um tema meio desgastado - relação complicada entre enteado e madrasta - e o transforma numa história diferente, surpreendente e ousada.

Lucrécia, uma bela e atraente mulher, no início dos seus quarenta anos, vive em plena harmonia com Rigoberto, com quem se casou recentemente, mas teme encontrar dificuldades de relacionamento com Alfonso, filho de seu marido. Para a surpresa de Lucrécia, o menino não demonstra rejeitá-la, pelo contrário, nutre por ela um grande carinho. O afeto é tanto que a madrasta começa a desconfiar que o sentimento de Alfonso não é tão puro quanto parece e traz escondido em si uma grande atração física por ela. E...Paro por aqui. Não vou contar o que acontece. Só sei que entramos na trama e compartilhamos das dúvidas de Lucrécia. Inclusive o fato do autor esconder a idade do menino nos deixa ainda mais confusos em relação às suas reais intenções.

Devo adiantar que Elogio da Madrasta figura na categoria de novela erótica e, como tal, contém descrição, com riqueza de detalhes, das relações íntimas do casal. Mas não se preocupem (ou se preocupem, sei lá o gosto de cada um), nessa obra você não vai encontrar baixaria, vulgaridade ou grosseria. Tudo é descrito com muita elegância, delicadeza e refinamento. E Llosa não fica apenas nesse tema; ele descreve detalhadamente também momentos de higiene pessoal, abordando inclusive, em suas palavras, atos de purificação intestinal, mas o faz com tanto humor e sofisticação que provoca mais riso do que asco.

Outro aspecto interessante e inovador é a forma como a obra foi organizada. Depois de cada capítulo, o escritor interrompe a história usando contos históricos, mitológicos e religiosos, que, de alguma maneira, estão relacionados com a trama e com os seus personagens. Com esse recurso, o livro ganhou frescor, beleza e sofisticação.

site: http://garrafadacultural.blogspot.com.br/2012/10/elogio-da-madrasta.html
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Nik Soren 10/01/2014

O que é um livro erótico?
Ao terminar esse livro, fiquei com uma pulga atrás da orelha: o que é um livro erótico?

"50 Tons de Cinza mostrou pro mundo que, secretamente, toda mulher quer um velho rico p'ra urinar em cima dela".

Veja bem, eu já tentei ler outros livros eróticos, mas sempre me pareceram desinteressantes e mal escritos, sem criatividade real, então acabei abandonando todos.

Eu tinha a vaga idéia de que um livro erótico era, acima de tudo, uma obra que narrava descaradamente actos sexuais, como um filme pornô impresso. Ledo engano.

Se você espera grandes descrições de cenas sexuais, pode desistir desse livro, pois não achará isso aqui.

Como pode um livro tratar tão profundamente de sexo, sem descrever o sexo? Como pode um livro escancarar a intimidade de maneira tão bruta, sem cair no vulgar?

Não me entendam mal, Llosa está longe de ser fresco, mas o homem possui a incrível habilidade de abrir as maiores intimidades de uma pessoa e ainda assim te levar à aceitá-la.

Elogio da Madrasta se divide em três direcções diferentes: o relacionamento entre um garoto e sua madrasta, o relacionamento entre um homem e si próprio, e as fantasias do homem em cima de seus quadros. Esse terceiro pode ser julgado como uma coletânea de contos que passam do épico ao extremamente bizarro.

Por ser um livro curto, acredito que seus efeitos psicológicos sejam mais superficiais, mas a obra dá uma boa idéia de como seriam livros eróticos se feitos com escritores de verdade.

[Não recomendado p'ra pessoas frescas]
Ana 02/01/2016minha estante
Leio pouco Vargas Llosa, mas deu vontade ...




pricamila 13/12/2013

Surpreendente
O estilo desse autor lembra muito Nelson Rodrigues. A história é erótica e assustadora, pois acaba com a ideia de infância pura e angelical e de adultos com ética e responsabilidade. Incrível!


Luiz 16/11/2013

Lolita invertida
Nesta incursão na literatura erótica, Vargas Llosa narra o despertar da sexualidade de Fonchito por sua madrasta, Lucrécia, de 40 anos, que vive um casamento feliz onde amor e sexo confundem-se.
Paralelamente à trama principal há capítulos que intercalam mitologia, imaginação e sonhos dos personagens e que enriquecem a narrativa, mas é um texto com altos e baixos; as descrições detalhadas das abluções de Rigoberto são desnecessárias e cansativas. O despertar dos sentidos de Lucrécia e de Fonchito, por sua vez, são descritos de forma magistral, neste romance que é quase "Lolita" às avessas.

Uma narrativa picante sobre o fim da inocência no império dos sentidos.
Walaceboto 16/06/2014minha estante
Concordo, o livro é bom mas tem uns momento que se torna um pouco cansativa. Uma Leitura bem válida.




Roberta - @rkrutzmann 25/09/2013

{Resenha} Elogio da Madrasta
Quando eu li esse livro, eu acho que eu demorei apenas duas horas. Não se engane, não foi porque eu amei ele, acho que foi porque eu realmente queria terminá-lo logo. Eu não gostei nem um pouco da leitura, acredito que seja também pelo fato de Elogio da Madrasta não fazer o meu estilo de livro, mas não posso dizer que foi apenas isso.

Primeiramente, dom Rigoberto tem um dia da semana onde ele se dedica ao seu corpo, e o autor é realmente esplêndido ao relatar o seu ritual, porém algumas vezes o fato de ser tão detalhado se torna maçante e também até um pouco nojento.

Outro fato que me fez não gostar do livro, na verdade o principal motivo, foi o filho do Rigoberto se apaixonar pela madrasta e conseguir seduzir ela, sendo que lendo percebe-se claramente que antes de o menino despertar interesse na Lucréia, ela não tinha interesse nenhum (sexual) com ele. Pra mim a probabilidade de um menino conseguir seduzir uma mulher de 40 anos é nula e por isso essa parte da história não me convenceu. Só que não para por aí, os dois começam a ter relações sexuais, e foi aí que eu parei de gostar do livro, porque vejam bem, é impossível ler um livro e não imaginar a história, imaginem ter que ficar imaginando uma mulher de 40 anos com um adolescente?! Isso foi muito frustrante.

Mas o ponto forte do livro foi o final, e foi ele que fez com que eu não me arrependesse da minha leitura. O autor conseguiu me deixar completamente surpresa, pois eu não esperava, nem havia passado pela minha cabeça, que iria terminar dessa forma.

Resumindo, pra mim foi um pouco maçante ler a história e a descrição tão minuciosa do autor, as vezes desejando que não fosse tão detalhada, mas quando você termina e compreende o que aconteceu, é impossível não ficar de queixo caído. A ideia do autor foi realmente genial.

site: http://www.apenasumtrecho.com/2013/05/elogio-da-madrasta.html
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Ellen Macedo 20/09/2013

Adorei!
Mário Vargas Llosa é um escritor extremamente sedutor e seus personagens também. Adorei saber a origem do triangulo amoroso, já que li primeiro Os Cadernos de Dom Rigoberto. Mas ainda considero este melhor!
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