Elogio da Madrasta

Elogio da Madrasta Mario Vargas Llosa




Resenhas - Elogio da Madrasta


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Zelinha.Rossi 12/03/2017

Sobre como tentar salvar uma obra que você não gostou de um escritor que você ama
Mario Vargas Llosa é, definitivamente, um dos meus favoritos. Sou completamente apaixonada pela originalidade deste autor peruano, o que já enalteci, principalmente, nas brilhantes obras “Tia Julia e o escrevinhador” e “Pantaleão e as visitadoras”.
E o que fazer para achar “Elogio da Madrasta” também sensacional pela originalidade? Podemos tentar começar com a combinação completamente inusitada de erotismo com as rotinas de limpeza pessoal cotidianas (é, não é pra qualquer autor conseguir tratar a remoção de pelos nas orelhas e no nariz e até a defecação como algo que pode dar asas à imaginação sensual – eca!). Tem também o fato de mesclar descrições de pinturas de diferentes épocas (quadros presentes na casa do personagem da obra) com as fantasias sexuais do casal Lucrécia e Rigoberto; só que as descrições também nos deixam, muitas vezes, desconfortáveis (especialmente no capítulo “Candaules, rei da Lídia”, em que se discursa extensivamente sobre a garupa da rainha Lucrécia e sobre como o rei queria que todos vissem que a dela era a melhor do reino e que ele era o único capaz de montá-la... eita, quanta esquisitice).
Sobre o enredo, não me nego a dizer que, para mim, foi muito perturbador. Acompanhar a relação entre uma criança e uma mulher de 40 anos foi muito desconcertante e desconfortável (ou seja, não vai dar pra ler Lolita do Nabokov).
E aí fiquei esperando a grande revelação ou virada no fim do livro que me fizesse dizer: Ufaaaa, Llosa não me decepcionou. Mas não veio - aliás, nem sei porque esperei isso, sempre acho que o que o autor tem de melhor é o meio de suas obras, os finais são sempre comuns e não usam de recursos apelativos comerciais. Mas dessa vez, eu quis um recurso desse, mesmo não gostando desse tipo de apelação.
Então, tentei, tentei e tentei salvar a obra, primeiro em minha cabeça e agora nesse texto, porque gosto demais do Vargas Llosa. Mas não foi desta vez que consegui, Varguitas. E será que vou ter coragem de ler a continuação “Os cadernos de Dom Rigoberto”? Bom, acho que não vou resistir a tentar... hehehehehe... Vai que melhora minha opinião sobre “Elogio da madrasta”, não é?
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Adriana1161 26/02/2017

Instigante
Em primeiro lugar, adoro a escrita de Mario Vargas Llosa. Esse livro é uma sutil literatura erótica, é curtinho, mais parece um conto. Como sempre, muito bem escrito, personagens fortes e bem delineados, surrpreendente em muitos momentos. Adorei e recomendo!
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Ariane 15/02/2017

Mais ou menos
O livro é intercalando capítulos da história de don Rigoberto, dona Lucrecia e enteado e capítulos que envolvem história de quadros, tudo envolvendo o erotismo.
Alguns capítulos muito descritivos do uso do banheiro por dom Rigoberto que, Jesus, muito cansativo...
A medida que se aproxima do final, você quer saber se a madrasta vai ficar ou não com o enteado, a trama vai envolvendo, o livro começa a fluir. Mas isso só aconteceu nas últimas páginas - isso para mim.
Vou ler o próximo livro e ver se tem alguma ligação entre eles ou só o dom Rigoberto que aparece novamente no livro do Llosa.
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tray 28/09/2016

No chão
( as aparências e os desejos ) preciso dizer que esse livro me arrebatou, não parei de ler, não larguei. Levei na bolsa, levei pra praça , levei !

Uma narrativa doméstica que te prende de uma maneira que até a descrição de um banho te prende, a proposta é narrar a sedução da madrasta com seu enteado que na descrição é uma criança, mas que as vezes age como adulto

A história vai se intercalando com contos gregos , que sempre cansam com os personagens, a proposta do autor é escancarar o desejo e nos faz pensar quem cativou quem rs

Tentando me recuperar do tiro que foi o final deste livro mas confesso que não dei conta rs

Me vi lendo algo de Nelson, só que com referências de telas de arte, um pouco dramático, um pouco incestuoso e muito do cotidiano

Mário Vargas me laçou . Tomar banho não terá o mesmo valor rs
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Gisele.Maravieski 19/07/2016

Adorei.
Vargas Llosa é mesmo um excelente escritor. Conseguiu, nesse livro, tornar erótico os hábitos mais rotineiros. Espetacular!
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Sil 29/06/2016

PRÊMIO NOBEL DISFARÇADO DE SAFADEZA
Olá,

há tempos que ouvia falar muito bem do peruano Mario Vargas Llosa, mas até então nunca tinha lido nada dele. Obviamente, quando vamos conhecer um novo autor, procuramos pelos livros mais “famosos” dele. Em um bendito passeio no sebo, me deparei com Elogio da madrasta, livro premiado com o Nobel de literatura, não tive dúvidas e comprei. Qual foi minha surpresa, quando percebi que o livro se tratava de sexo. Obviamente o livro trata de outras coisas, mas o tema principal é sexo, 😮 dai você vai me dizer: dã! sua burra, lógico que é sexo, olha só a capa. Pois é, mas um livro que trata de sexo ganharia o Prêmio Nobel? Peguei meu banquinho e saí de mansinho.

Mas se você acha que estamos falando de 50 tons de cinza e afins, está equivocado. Este livro trata sobre as fantasias sexuais de Dona Lucrécia e Don Rigoberto, recém casados, esses dois estão na fase do “amor á flor da pele”, e o praticam com uma grande frequência. Don Rigoberto, tem um filho do seu primeiro casamento, este se chama Alfonso (Fonchito para os íntimos). No início, Dona Lucrécia teve receio de não ser bem aceita por seu enteado, mas ficou surpresa quando este se mostrou muito carinhoso e receptivo. Aliás… carinhoso e receptivo demais. Confesso que teve momentos em que senti medo nesse livro, á cada página eu pensava: Isso vai dar zebra!

Um livro que trata sobre a fantasia e a inocência, valeu o prêmio Nobel!

Abraços

site: http://www.colunadovale.com.br/premio-nobel-disfarcado-de-safadeza/
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Ricardo Rocha 07/02/2016

já fiz comentários a respeito do livro. resolvi atualiza-los por ter tentado reler recente A memnina má. Aí não entendo mais nada de nobel. Premio que joyce e proust não tem mas Llosa e Modiano sim. Fiquemos assim: O elogio da madrasta é uma boa novela erótica. Por favor, nada mais que isso. Não dá por exemplo pra fazer um trabalho de pós-graduação em psiquiatria ou literatura e se levar muito sério (existem).
Não é pornográfica mas esteve bem perto de ser, no pior sentido da palavra. Com a suposta garantia da intertextualidade, Llosa se aproxima do abismo da explicitação sem qualquer pudor (no pior sentido), isto é, deixa de lado a poesia, a sugestão, e parte para a revelação e a mostra do que tem de ser não mais que sugerido não por qualquer idiota questão moral mas por uma seriíssima a questão estética, artística.
Llosa ademais (aqui falo de modo amplo) é um escritor que se leva realmente muito a sério, ao contrário dos grandes, por exemplo, Proust, Poe, Dostoievski e até Rilke, que não se aventuravam mais do que o necessário em teorizações de seus (ou de outros) escritos. É um pecado que não raro afeta uma obra.
Mas sim, é um bom livro. Não diria de leitura obrigatória, nem mesmo entre apenas o desse autor. Mas, como é curto, vale a conferida, sem dúvida.
Bom, eu não faria isso, mas minha opinião no caso conta pouco, ou nada.
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Camila A. Meireles 24/01/2016

Pensar em livros que li, me fazem lembrar as circunstâncias da minha vida no momento da leitura. Este... foi numa sexta-feira, de janeiro, de 2014, eu decidi faltar aula, ficar em casa sozinha, fazia frio, o chão cheirava pinho sol, eu o devorei inteiro. E lembro de ter pensado que erotismo de verdade era isso, e não Cinquenta Tons de Cinza... Absolutamente incrível.
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Fabio 07/01/2016

Madrasta e fonchito
Muito bom!!!!to imaginando a madrasta até agora... Rsrs
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ENAVARRO 17/09/2015

Elogio da Madrasta
Não é a melhor obra do Mario Vargas Llosa, mas é muito bom, como sempre.
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jota 24/06/2015

Trio parada dura...
Sem dúvida que um dos maiores acertos da Academia Sueca ocorreu em 2010 quando premiou Mario Vargas Llosa com o Nobel. Contudo ela continua errando grandemente em não premiar (meu eterno candidato) Philip Roth, preterido ano após ano e com uma obra muito mais expressiva do que, por exemplo, Patrick Modiano, premiado em 2015.

Llosa é outro desses autores de quem sou fã há bastante tempo, desde que li Pantaleão e as Visitadoras. E não parei mais: depois dele vieram muitas outras obras notáveis e agora Elogio da Madrasta, meu décimo livro do autor peruano. De quem nunca li nada ruim: quando seus livros não são ótimos ao menos são suficientemente interessantes – bons, enfim.

Elogio da Madrasta é praticamente uma novela, pois apresenta uma história curta, mas que não ficará nada mal se colocada ao lado de outros grandes livros da chamada literatura erótica. Como, por exemplo, Lolita (Nabokov), O Amante de Lady Chatterley (Lawrence), O Complexo de Portnoy (Roth), Dona Flor e Seus Dois Maridos (Amado) etc.

E na obra de Llosa mesmo, Elogio... dialoga – guardadas certas medidas – com Pantaleão..., Tia Julia e o Escrevinhador e Travessuras da Menina Má. E claro, com Os Cadernos de Dom Rigoberto, que é assim como que uma continuação de Elogio da Madrasta, com seus personagens de volta.

Elogio... é um livro que se lê rapidamente não apenas por ser curto mas porque é uma leitura deliciosa, bem-humorada, sutil, com três personagens pra lá de cativantes – Dom Rigoberto, seu jovem filho Alfonso e a madrasta Lucrécia. É até mesmo possível aprender alguma coisa útil com eles, não somente passar algumas horas de leitura muito agradável.

Lido em 23 e 24/06/2015.
Luís Henrique 25/06/2015minha estante
Rapaz, eu já tava querendo ler esse livro, e agora você me atiçou mais ainda. Qual vem primeiro, O Elogio ou O Caderno?


jota 25/06/2015minha estante
Luis: Elogio da Madrasta foi publicado primeiro. Os Cadernos de Dom Rigoberto não é exatamente uma segunda parte da história; é mais a volta dos personagens.Os livros são independentes: eu mesmo li Os Cadernos uns 5 anos passados e só agora o Elogio. Não tem problema. Se não leu nenhum dos dois comece pelo Elogio, para conhecer os personagens e se divertir um bocado. .




Allana209 17/06/2015

É com culpa que eu preciso dizer que gostei. Com vergonha, talvez. É inevitável lembrar de Lolita e o carisma cheio de culpa que sentimos por Humbert, mas poxa, em "Elogio da madrasta" é diferente. Em Lolita eu pesava moralismo, me questionava, quase tive uma náusea numa cena - mas aqui, com Llosa, eu ardia para ver a coisa errada acontecer.
Devo dizer que minha incontestável sensação quanto a este livro é: senti mais como uma experiência do que como uma leitura. Ele é extremamente sensorial; neste meu primeiro romance erótico eu senti os transes do don Rigoberto, o desespero e a vulva úmida (sim) de Lucrécia, dei um gemido sem querer na cena lésbica, quis ver a pedofilia acontecer no seu pior jeito. Li com uma pressa e selvageria quase sexual.
Que viagem, minha gente. Que viagem.
Roany 23/06/2015minha estante
MIGA!!! Não se envergonhe, você não foi a única. Isso representa a qualidade de um autor, que consegue fazer você sentir uma coisa que talvez nem ele mesmo sentiu.. Llosa é o rei da pootaria p mim, amo




Luciana Sabbag 19/05/2015

Uma história bizarríssima, mas tão bem escrita que li rapidinho, de uma vez só.
Apesar de pequeno, o livro é cheio de detalhes. Narra, muitíssimo bem, as personalidades de uma família repleta de manias e neuras, exagerada e extremamente luxuriosa. O filho é um demônio e faz o diabo (hehe) para conseguir o que quer, apesar da pouca idade.

Gostei.
Nota 4.
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Suiany 01/04/2015

Elogio da Madrasta é minha segunda imersão na obra de Llosa, mas o primeiro romance.¹

Este pequeno livro conta a história de Don Rigoberto, um viúvo que recentemente casou-se com a quarentona Lucrecia e o relacionamento desta com seu novo enteado, Afonso, o “Fonchito”.

Durante a narrativa temos acesso às intimidades do casal, tanto sexual quanto psíquica, de tal forma que conhecemos seus ritos sexuais e seus pensamentos mais íntimos, mas quanto à Fonchito, impera um grande mistério.

Logo no início da história, Lucrecia percebe que seu relacionamento com o enteado, apesar de bom, tem se enveredado por um caminho um tanto estranho, considerando alguns comportamentos duvidosos por parte do menino que diz que a ama, quer abracá-la e beija-la (se possível nos lábios) o tempo todo. Entretanto, considerando a pouca idade, aproximados 10/11 anos, a madrasta vê-se numa situação complicada, não sabendo se Fonchito age de tal forma por pura malícia ou inocência, muito menos quais são seus limites nesta relação.

Ocorre que em dado momento madrasta e enteado chagam às vias de fato e iniciam-se os problemas.

Quando li Lolita, de Nabokov, achei que estivesse lendo o ápice daquilo que podemos chamar de pedofilia na literatura. Entretanto, Elogio da Madrasta superou toda a repulsa que senti na primeira experiência.

A forma como Llosa descreve as relações sexuais do casal, os ritos de higiene de Don Rigoberto, as carícias praticadas por Lucrecia e Fonchito são, realmente, enojantes. Ao mesmo tempo, o livro não perde o ritmo muito menos deixa de prender a atenção do leitor que, pelo contrário, fica cada vez mais ávido por uma tragédia/vingança.

Outro ponto importante sobre a narrativa é que os capítulos são entrecortados por obras de arte nas quais o autor mescla os capítulos anteriores com seu imaginário sobre o contexto da obra de arte. É difícil de explicar, mas incrível de se ler.

Concluo dizendo que adorei ter lido, mas só recomendo o Elogio da Madrasta para quem estiver disposto à despir-se, ao menos um pouco, de preconceito e moral para apreciar uma obra literária de grande qualidade.

¹ A primeira leitura foi, agora no mês de fevereiro, A Civilização do Espetáculo, um ensaio sobre a civilização contemporânea.

site: https://divinaleitura.wordpress.com/
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Cris 22/03/2015

Essa estória não conseguiu me interessar. Aliás, não me senti bem com ela desde o começo da leitura com a bolinação do garoto com a madrasta. Também não gostei do modo que o autor escreve, com muita delicadeza, compara a mulher com uma égua, faz descrições totalmente desnecessárias de funções humanas como um legista e descreve o amor como quem está fazendo uma autópsia. Literalmente.
Pelo menos teve um final diferente, mas não inesperado.
Fer Kaczynski 29/03/2015minha estante
Vai ver ele quis fazer algo como Lolita mas não conseguiu, não li esse livro mas pretendo, esse autor é muito bem comentado nas resenhas, mas confesso que também não gosto desse tipo de escrita "escrachada"


Cris 29/03/2015minha estante
Pois é, Fer. Achei desnecessário, não acrescenta nada (além do nojo). :(


Nik Soren 13/04/2016minha estante
Esse livro foi escrito por Llosa como uma sátira aos contos eróticos da época (e que voltaram à moda agora), por isso ele é assim. Eu entendo que alguém que adore 50 Tons de Cinza por exemplo não sinta esse livro da maneira que deve ser apreciado (o que não desmerece a pessoa), mas é preciso entender: essas coisas que você não gostou são propositais, ninguém escreve um conto de pedofilia achando que todos vão achar bonitinho e excitante.

Mas eu entendo você, esse livro não é p'ra todo mundo, talvez se eu tivesse lido em outra época da minha vida eu também tivesse achado o mesmo.




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