24 contos

24 contos F. Scott Fitzgerald




Resenhas - 24 Contos de F. Scott Fitzgerald


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Viviane.Lopes.Costa 07/05/2023

Eu jamais ousaria criticar a obra de F. Scott Fitzgerald! São contos muito bem escritos por sinal, porém o tema do alcoolismo se tornou demasiadamente repetitivo nesta coletânea? eu sei que quase tudo que ele escrevi era autobiográfico, mas quem fez a coletânea deveria ter pensado nisso?
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Annya_ 08/11/2022

Meu primeiro contato com Scott Fitzgerald não poderia ter sido melhor, amei cada um dos contos e cada um dos personagens
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Renan Lima 07/07/2021

24 Contos de F.Scott Fitzgerald
F. Scott Fitzgerald é minha figura favorita da Geração Perdida. Sua escrita é simples e suas narrativas não pretendem quebrar padrões estéticos e narrativos. Porém, engana-se quem o julga um autor vazio. Sua genialidade repousa na capacidade de observar contradições e as crises de valores da Era do Jazz. Fitzgerald esconde entre suas palavras um vislumbre do caos pós quinta-feira negra de 1929. Ele convida a pensar na ressaca de uma sociedade inteira após a intensa festa que foi os Estados Unidos após a Primeira Guerra.
Nos 24 contos que compõe o livro, vemos personagens buscando ascenção social, paixões que se desenrolam em salões de festa e finais não tão felizes. Aliás, Fitzgerald não é um autor de "e viveram felizes para sempre" e quando ele tenta fazer justiça, ou dar desfechos alegres, confesso que os contos não conseguem ter a potência de ficar contigo como no caso de finais menos idealizados.
Os contos ocorrem num período onde o mundo deixa de correr às margens do Tâmisa, ou do Sena, e passa a fluir ao lado do Hudson e East River. O tradicionalismo social europeu é suplantado e a deferência social vem pelo dinheiro e não pelo sangue. É curioso notar que toda essa riqueza e ambição costumam voltar contra os personagens, tal como a Bolsa de Valores se voltou contra os Estados Unidos.
Nos contos que se seguem após o fim da Era do Jazz vemos um Fitzgerald vagando por uma Hollywood clássica, os salões de bailes são substituídos por sets de cinema, Nova York é substituída por Los Angeles, mas as relações movidas a ambições, paixões e decepções são as mesmas.
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Sérgio 13/05/2020

Os contos retratam fielmente os anos de 1920 a 1940 aproximadamente, localizados às vezes nos EUA e outras vezes na Europa. O cotidiano, a busca por sucesso, dramas de jovens casais... É interessante, às vezes melancólico, às vezes engraçado, assim como é a vida.
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jota 26/04/2020

Minha avaliação: 4,2/5,0
Os Estados Unidos deram ao mundo três grandes autores que marcaram o século XX: Ernest Hemingway (1899-1961), William Faulkner (1897-1962) e F. Scott Fitzgerald (1896-1940). Eles escreveram romances inesquecíveis e também se destacaram narrando histórias curtas, ou seja, contos, como os deste volume.

O talentoso jornalista e escritor Ruy Castro selecionou, traduziu e fez a interessante apresentação dos contos de F. Scott Fitzgerald desta edição da Companhia das Letras, publicada em 2004. Ela traz o título de Sagas de Nova York, Antibes e Hollywood, lugares onde se passam várias das histórias de Fitzgerald, algumas também em Paris e alhures.

Através do texto de Castro é possível conhecer melhor não apenas o grande escritor americano, como também mergulhar no universo de seus personagens, do mundo em que viveram, quer dizer, conhecer uma parte considerável de acontecimentos entre 1920 e 1940, especialmente o período relacionado ao crash da bolsa americana em 1929, várias vezes citado aqui.

Conhecer um pouco da literatura de Fitzgerald é obrigação de todo leitor que aprecia a leitura mais do que apenas entretenimento e isso pode ser feito inicialmente através deste volume ou mesmo de outro livro de contos menos abrangente, como Seis Contos da Era do Jazz e Outras Histórias (José Olympio Editora, 2009), que também é muito bom. Eis os 24 contos, na ordem em que aparecem no livro:

Bernice corta o cabelo; O diamante do tamanho do Ritz; Rags Martin-Jones e o príncipe de Gales; “A coisa sensata”; O amor à noite; O menino rico.

A escada de Jacob; Majestade; Na sua idade; Os nadadores; Dois equívocos; Puro sangue.

A festa de casamento; Uma viagem ao estrangeiro; A menina do hotel; Babilônia revisitada; Uma página virada; Um belo casal.

Domingo louco; Mais que uma casa; Financiando Finnegan; A década perdida; Último beijo; Mocinho Bonito.

Lido entre 14 e 26/04/2020.
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Anica 28/05/2011

24 Contos de F. Scott Fitzgerald
Sempre que me perguntam sobre qual livro ler de um escritor, eu costumo fugir da indicação óbvia dos grandes romances caso ele tenha também criado uma série de contos. O que funciona em ter uma coletânea de contos como porta de entrada para o universo de um autor é que serve como pequenas amostra grátis, aperitivos ou seja lá qual for o termo que achar mais apropriado para uma breve experiência do que será ler algo escrito por essa pessoa. Como contos são breves, se for ruim você não perderá tanto tempo assim. E como são vários, há a oportunidade de conhecer várias facetas e estilos de um escritor antes de se aventurar por seus romances.

É por isso que se alguém me perguntasse sobre F. Scott Fitzgerald, por mais que ele tenha em sua bagagem grandes clássicos da língua inglesa como O Grande Gatsby e Suave é a Noite, ainda assim eu indicaria a coletânea 24 Contos de F. Scott Fitzgerald traduzidos por Ruy Castro e publicados pela Companhia das Letras como porta de entrada para a obra desse grande escritor norte-americano.

Além dos motivos já citados, há três fatores extremamente importantes recorrentes nessa coletânea que a tornam uma excelente pedida para quem nunca leu Fitzgerald antes. A primeira é de que a seleção se apresenta em ordem cronológica, do excelente Bernice corta cabelo (1920) até o belo (perdão pelo trocadilho) Mocinho Bonito (1940). São 20 anos da produção do autor impressos nesses contos, mostrando sua evolução como escritor e também como homem. Como bem aponta Ruy Castro na introdução, até mesmo as viagens de Fitzgerald acabam servindo de inspiração para o escritor, que retrata lugares com cores tão vivas que suas histórias poderiam muito bem ser fotografias de Nova York ou Paris.

Outro fator é a presença constante de motivos que se repetem na obra de Fitzgerald não só nos contos, mas também nos romances. Uma marca forte no texto do autor é o amor, que aparece nos diversos relacionamentos retratados na coletânea, mas que no final das contas convergem todos para a mesma verdade dita em A coisa sensata (1924): Há todas as espécies de amor nesse mundo, só não há o mesmo amor duas vezes. E como se combinado com o amor em sua noção de efemeridade, temos também o tempo, sempre presente mesmo que de modo sutil ou ainda mais óbvio como em A década perdida (1939).

Finalmente o terceiro fator é que bem, os contos são realmente deliciosos e devem fisgar qualquer leitor para as demais obras de Fitzgerald. Não só por virem mesclados com o fantástico em alguns casos ou com o humor em outros, mas por conta de suas personagens também, que são muito bem desenvolvidas (talvez até pelo autor se dar ao luxo de “esticar” um pouco a noção de conto, que costuma ser mais breve se pegarmos autores canônicos como Edgar Allan Poe). Elas são palpáveis, suas intenções são verossímeis. Poderiam ser breves recortes da vida de qualquer pessoa daqueles anos tão bem retratados por Fitzgerald.

Além disso há ainda algo poderoso no escritor, frases que ora servem como um tapa na cara ou como um calmante. Não é qualquer escritor que consegue isso, com poucas palavras dizer tanto. Para compreender isso é questão de passar os olhos no início de Majestade (1925) no qual lemos: Incrível não é que as pessoas, no fim das contas, se dêem melhor ou pior do que se esperava. Incrível é como se mantêm à tona, cumprem as expectativas e parecem levadas por seu inevitável destino.

Por causa desses motivos, e pela beleza do estilo que mostram um escritor que não tem pressa e não quer entregar o ouro sem que tudo esteja no lugar, é que vale a pena ter em 24 Contos de F. Scott Fitzgerald a obra que inagurará a série de leituras do escritor. Porque acredite, você vai querer mais depois do que lerá.
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