A Filha da Minha Mãe e Eu

A Filha da Minha Mãe e Eu Maria Fernanda Guerreiro




Resenhas - A Filha da Minha Mãe e Eu


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Juliana Vicente 25/06/2012

http://asmeninasqueleemlivros.blogspot.com.br/2012/06/filha-da-minha-mae-e-eu-maria-fernanda.html
Quando recebi esse livro, achei a capa linda e a história promissora, infelizmente com exceção da capa, o resto é maçante, confuso e em muitos momentos sem lógica nenhuma.

Terminei o livro, mesmo não sendo uma leitura coesa e envolvente. Terminei porque precisava saber que final a autora daria a esse livro, afinal depois de tantas reviravoltas achei que o final seria muito diferente do que foi.

O livro se inicia quando Mariana descobre que está grávida, a partir de então ela irá relembrar todos os detalhes de sua infância, juventude e idade adulta. A idéia do livro é muito interessantes, mas infelizmente na minha opinião a autora não conseguiu unir as idéias, colocou fatos demais na história e não conseguiu unir as pontas, quando menos esperava outro drama era inserido na vida dos personagens sem que anterior fosse resolvido.

A mãe de Mariana é uma mulher confusa, em muitos momentos achei que ela tinha transtorno bipolar, mas estava errada, ela é apenas uma mulher fechada que não consegue falar sobre seus sentimentos e assim acaba complicando a vida de todo mundo.

Não gostei do livro, talvez por não ter conseguido achar a história realista no que propõem, sem contar que Mariana é uma personagem que agrada e desagrada muitas vezes, não consegui me identificar com nenhum dos personagens, acho que o motivo é que minha relação com minha mãe é aberta e completa.

Um ponto positivo do livro é que a leitura flui rapidamente, pois é quase todo composto de diálogos deixando de lado a parte descritiva da história, assim foi fácil chegar ao final da história de Mariana e sua mãe.

Terminei a leitura com a sensação que a autora queria escrever um livro de auto-ajuda disfarçado de romance. Eu entendi a mensagem principal do livro, só acho que não precisava enrolar tanto para chegar ao final.
Nine Stecanella 01/08/2012minha estante
Precisei navegar muito por aqui para encontrar sua resenha e assim mais um leitor que teve o mesmo sentimento que eu!




Angela Grazi 08/06/2012

A Filha da Minha Mãe e Eu
Quando Mariana descobre que está grávida, a primeira coisa que ela pensa é “Não posso ser mãe antes de rever meu papel como filha”. E assim toda a estória começa, com Mariana relembrando os principais momentos de sua vida, desde a infância até o presente momento.

E por meio dessas lembranças, vamos conhecendo o drama dela e de toda sua família, junto com o péssimo relacionamento que teve com sua mãe, Helena. E na resenha não a muito o que dizer, é preciso ler o livro para ir conhecendo a estória da vida dela. Mas posso adiantar que assuntos como; drogas, abandono e ate mesmo aborto aparecem no livro.

E o mais interessante é que é um tema simples, problemas familiares, mas tratado de um modo tão diferente que te faz entrar verdadeiramente no livro. E o que mais me surpreendeu foi que me identifiquei bastante com o livro, e ao ler outras resenhas também vi que não fui a única.

"A verdade é que, por querer que ela fosse de outro jeito, acabei não valorizando o que eu tinha bem na minha frente: uma mãe que, se por um lado não soube ser minha melhor amiga,por outro foi a melhor mãe do mundo" pág 122
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Paula 10/11/2012

A filha da Minha mãe e eu! Blog: llivroseletras.blogspot.com

Recebi esse livro de um sorteio que ganhei,acreditem ganhei um sorteio,e não tinha muitas expectativas sobre o livro,em um primeiro momento não achei que seria uma estória interessante,e em um post sobre livros abandonados do querido blog EsteJáLi, um seguidor disse que tinha deixado de ler,A filha da minha mãe e eu,depois disso comecei a ler o livro...


É incrível como as vezes um livro pode surpreender,tanto pelo lado ruim como pelo lado bom, e nesse caso me surpreendeu positivamente.Não é difícil se identificar com os dilemas vividos por Mariana,do seu relacionamento difícil com sua mãe,Helena,e todas as dúvidas e incertezas que pairam sobre a fase adolescente.


O inicio do livro começa com Mariana grávida,e fazendo uma reflexão: "Antes de me sentir mãe,preciso me sentir filha".Nesse livro é impossível achar quem é vilã ou a mocinha da estória,até porque esse não é o objetivo do livro,os sentimentos que compões cada página do livro é bem real,e Maria Fernanda consegue transpor os mais bonitos e os mais feios sentimentos intrínseco ao ser humano de uma forma sutil que ao final do livro faz você pensar e analisar todo seu comportamento como filha,irmã,enfim como pessoa.

É importante lembrar que apesar da difícil relação,Mariana não nos deixa em dúvida sobre o amor que sua mãe sente por ela,e durante a estória relata vários acontecimentos que ficou comprovado que apesar de não ter uma relação de amizade entre as duas,existia sim amor,e principalmente uma super proteção de sua mãe Helena para qualquer mal que Mariana pudesse ou estivesse passando.

Maria Fernanda,fez uma estória muito bem pensada,não passou o livro inteiro falando sobre Mariana e Helena,tiveram momentos que o enfoque maior foi na bonita e amigável relação de Mariana e seu pai Tito,assim como os problemas enfrentados pelo irmão Guga,e como isso afetou não só a relação entre Mariana e sua mãe,mas também com todos os outros familiares.

O livro tem uma narrativa bem leve,a leitura flui bem rápido,as letras estão em um ótimo tamanho,e toda estória é contada com detalhes.O que me incomodou um pouco no livro,que é narrado por Mariana,é que a mesma nos conta estória que ela NÃO presenciou,mas nos relata como estivesse na hora e no local do acontecimento,isso prejudicou um pouco,mas nada que atrapalhasse a leitura.

Por fim,espero que leiam o livro,é uma ótima indicação,e eu particularmente adoro todo e qualquer livro que nos passem uma lição de vida,e esse livro me ensinou,que muitas vezes é mais fácil colocar a culpa em outra pessoa do que pararmos e refletirmos nossos atos,pois muitas das vezes a reação de "Helena" era só uma resposta a ação de "Mariana".
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Cau :) 31/05/2013

A filha da minha mãe e eu
"Quando vi as duas listras azuis no teste de gravidez, tive uma certeza: preciso me sentir filha antes de me tornar mãe. Porque uma parte da minha alegria era inventada, e a outra não era minha."(Pág. 7)

Normalmente quando leio um livro, começo a entrar no clima depois de algumas páginas. Este me tocou já no primeiro parágrafo.

Quando descobre que está grávida, Mariana se vê dividida entre a alegria e o medo da maternidade, por conta dos grandes conflitos que sempre teve com sua mãe, Helena. Ela acredita que, antes de mais nada, para se tornar mãe, precisa perdoar e ser perdoada.

Desde muito novinha, Mariana sentia-se menos amada do que seu irmão, Gustavo. Por mais que tentasse agradar Helena, por mais que implorasse pela sua atenção e seu amor, sempre se sentia incompreendida. E seu ótimo relacionamento com o pai, Tito, também era motivo de grande ciúme por parte da mãe.

Toda a rigidez e aparente frieza de Helena era usada para tentar esconder seu triste passado. Quando criança, sua mãe traiu o seu pai que acabou preso por matar o amante da esposa, num ataque de fúria. Sua mãe então fugiu, abandonando os filhos pequenos. Helena foi separada de seus irmãos, indo morar com outra família, causando traumas que ela carregou a vida inteira. E tudo isso acabou influenciando na sua maneira de ser mãe. Mas, apesar dos ataques de raiva e descontroles emocionais, quando precisava defender os filhos de alguma situação, Helena se tornava uma verdadeira leoa!!

"De repente, veio uma imagem na minha cabeça: minha mãe era como um doce de mil folhas, com várias camadas, e só se chegava ao creme tirando cada folha antes." (Pág. 110)

Enquanto Mariana crescia, os problemas aumentavam, assim como também crescia a distância entre mãe e filha. Mariana queria ser mais próxima de sua mãe, queria poder conversar com ela sobre suas coisas, queria tê-la como amiga. Mas Helena era enfática: “Eu sou sua mãe, não sua amiga!”. Sentindo-se sozinha e desamparada, Mariana precisa lidar com as dores, os problemas da adolescência, as primeiras paixões, contando consigo mesma e com seu pai amoroso.

"Depois de tantos anos, compreendi que não é que minha mãe não sabia dar. Ela não sabia era receber." (Pág. 136)

Toda a história é contada por Mariana, o que me agradou muito porque, por mais que ela estivesse narrando pelo seu ponto de vista, em diversos momentos ela também tentava entender o ponto de vista de sua mãe. Adorei a diagramação, fácil de ler, e a capa é linda!

Ao iniciar a leitura de A Filha da Minha Mãe e Eu, de Maria Fernanda Guerreiro (Novo Conceito, 256 páginas, R$ 29,90), o primeiro pensamento que tive foi: “Eu nunca vou conseguir escrever sobre esse livro como ele merece ser escrito...” E realmente não consegui transferir para o papel todas as emoções que ele me despertou. Um livro forte e extremamente profundo! Doído, até. Uma história comovente que, muitas vezes, me levou às lágrimas. Parte dessas lágrimas, tenho certeza, por pura saudade da minha mãe, que já se foi há nove anos, e que, graças a Deus, era bem diferente de Helena!

Vou deixar para vocês uns trechos desse belíssimo livro. Recomendo que todos comprem, ele merece ser lido!

"Passei boa parte da minha vida alternando entre querer ser igual a minha mãe ou ser tudo o que ela não era. Mas, o mais curioso é que, em ambos os casos, a referencia era a mesma. Até quando eu queria ser completamente diferente dela, era nela em quem me espelhava." (Pág. 203)

"A verdade é que éramos duas estranhas que não sabiam demonstrar o sentimento que a outra precisava. De repente, tudo me pareceu tão simples e o tempo entre nós tão desperdiçado. Era fato o amor que existia entre mãe e filha, mas os caminhos escolhidos para demonstrá-lo não tinham sido os mesmos." (Pág. 117)

Engraçado... minha mãe que nunca tinha conversado comigo sobre sexo, nem sabia quais eram meus sonhos e medos, em vários momentos importantes da minha vida esteve junto comigo e não percebi." (Pág. 122)
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Maísa Andreoli 31/03/2014

Dificuldades familiares
Romance de estréia de Maria Fernanda Guerreiro, "A Filha da Minha Mãe e Eu" narra com muita sensibilidade o relacionamento complicado entre mãe e filha. Helena teve uma infância difícil, sofreu com o abandono e, por isso, não consegue lidar facilmente com seus sentimentos, principalmente quando dizem respeito a Mariana, protagonista da obra. Mas a história não se restringe ao relacionamento entre elas, envolvendo todo o convívio familiar, incluindo Tito, o pai, e Guga, o irmão. O livro detalha todo o crescimento do núcleo íntimo, desde a infância de Mariana até a ocasião de sua gravidez, na fase adulta, que é o momento onde ela passa a refletir toda a relação familiar, principalmente as dificuldades que teve na convivência com sua mãe. Escrito de forma simples e clara, é uma história bastante envolvente.

site: http://pequenomundodoslivros.blogspot.com.br/2014/03/dica-de-leitura-filha-da-minha-mae-e-eu.html
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CooltureNews 10/03/2013

Publicada em www.CooltureNews.com.br
Após um grande momento afastado de romances e dramas, ou seja, quase todos os livros da Editora Novo Conceito, resolvi entrar de cabeça novamente neste gênero e assim também liberar algumas resenhas atrasadas desta editora. E justamente este foi um que me chamou muito a atenção, primeiro pela capa e depois pela sinopse, mas o livro foi uma grande surpresa, afinal não foi nada daquilo que estava esperando.

Para começo de conversa não tinha a mínima ideia que se tratava de uma autora nacional e isso foi uma grande surpresa, pois a editora realmente caprichou na edição e isso não é algo que estou acostumado a ver no tratamento para autores brasileiros, pelo menos não para àqueles que estão fora da grande mídia. Em todo caso, pela sinopse esperava que a história em si girasse em torno da gravidez da personagem e seu drama agora como mãe tentando recuperar o contato com a sua própria mãe, mas não. A história do livro é basicamente uma viagem ao passado da personagem e sua relação um tanto perturbada, porém normal, com sua mãe.

Digo normal, pois é basicamente a mesma relação que 90% das pessoas possuem com seus pais, mas quando visto através de uma ótica egoísta, a nossa situação é sempre mais complexa que a do próximo. Voltando ao livro, dou os parabéns pela autora não entrar na onda de narrar um evento do passado e já fazer a ligação com o que esta ocorrendo no futuro, o livro inteiro é essa ligação, ou seja, logo no primeiro capitulo temos a descoberta da gravidez e só vamos ver onde isso vai dar nos capítulos finais. Por mais que essa técnica de intercalar eventos do passado e do futuro cada qual no seu capitulo funcione a maioria das vezes e traz certa dinâmica ao livro, não é um artificio que aconselho para livros dramáticos.

A leitura do livro é simples e descontraída, mas a autora perde um pouco a mão após a metade do livro aproximadamente, quando começa a colocar muitos acontecimentos marcantes, em menos de trezentas páginas a obra aborda temas como homossexualismo, drogas, aborto, gravidez, relacionamos com homens mais velhos, estupro e por aí vai, sem levar em conta todo o drama familiar decorrente do relacionamento entre pais e filhos, tudo bem que esses outros assuntos em sua grande maioria é decorrência dos relacionamentos familiares, mas abordar todos de uma única vez tornou a historia um pouco fantasiosa, ou seja, passou daquele ponto onde conseguimos nos identificar e reconhecer como um drama que poderia ser real para algo forçado.

Porém, devo dar o braço a torcer em relação ao desenvolvimento dos personagens bem como suas concepções, a autora realmente acabou caprichando principalmente com Helena, a mãe. E realmente acredito que se o livro tivesse focado mais os relacionamentos, sem o uso de tantos ápices e problemas externos, definitivamente seria um livro mais interessante e entraria para a lista dos favoritos. Em todo caso é uma leitura simples e até divertida, levanta algumas questões que poderiam ser melhores debatidas, mas ainda assim nos leva a pensar sobre elas.
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@igormedeiroz 29/01/2013

A filha da minha mãe e eu, foi um dos livros mais prazerosos que eu puder ler esse ano. Admirei muito o modo de como a autora aborda um assunto tão atual, de um jeito que chega até ser meio cômico. O grau de explicidade quanto a escrita feita por Maria Fernanda foi perfeita. Mostrando que cada vez a literatura nacional pode melhorar (e já está melhorando).

O livro aborda um estória incrível, como já disse um tema muito atual, já que geralmente filhas tem problemas com as mães, com os pais ou vice-versa. Tratando da família em si, dos problemas que à cercam. Acho que é fácil de pensar que filha e mãe tem um laço inconfundível e inseparável. Porém o livro destrói todo esse conceito de que tudo é perfeito – mostrando que pode haver problemas capazes de abalar a ligação que julgamos ser a mais forte de todas, que é a relação de mãe e filha.

Quando comecei a ler o livro, para falar nem queria ler o livro. Eu só peguei para ler um pouco, só para ver o modo de como a autora escrevia. E quando percebi, fui fisgado. Maria Fernanda Guerreiro escreveu de um jeito muito cativante que prende o leitor até o final do livro – que quando parei na primeira vez estava na página 98 –. Não é um livro parado, fiquei impressionado, com tantas cenas e acontecimentos, até mesmo com o tempo que corria entre as poucas páginas do livro, a ideia foi super organizada.

A história é contada em primeira pessoa, por Mariana. Após a descoberta que estava grávida, "ela soube que para ser mãe, ela tinha que ser filha." Como assim? Ela começa contando suas histórias de quando era bem pequena, quando via sua mãe rejeitando-a (ou achava isso). Como a história é narrada pela própria personagem é capaz de sentir as angústias, tristezas e até os sentimentos quando Mariana descreve as cenas de quando era criança à sua juventude.

Muitas pessoas não gostaram muito do livro, não acharam tão perfeito, quanto eu. Mas sim, é um livro que recomendo, e sem dúvidas, é uma leitura rápida (li em um dia). Além de tudo é um livro nacional, o que eu admirei bastante. Super apoio livros nacionais, e isso se tornou mais um motivo para vocês lerem esse livro. Que além de tratar do assuntos em relação mãe e filha. Fala também de vícios (drogas ilícitas), amor e reflexão.
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Pedro Almada 26/06/2012

Psicológico e cativante
Relações, não importam quais sejam, sempre são difíceis. Não adianta tentar simplificar as coisas, ver o lado bom, isso não é tão prático quanto parece. Às vezes, o que fazemos é piorar as coisas, sem nem mesmo nos darmos conta disso. Às vezes fazemos de propósito, para atingir o outro lado, ainda que você ame muito, e queira apenas o bem daquela pessoa. Essa pessoa pode ser qualquer um. Inclusive sua própria mãe. Maria Fernanda Guerreiro aborda essa complicada relação mãe e filha e, de uma forma bem cerebral e analítica, ela foca os problemas que podem afligir qualquer um.

Mariana é caçula, tem um irmão, Guga, cheio de problemas de comportamento, uma mãe dura feito pedra e um pai mole feito manteiga. Protagonizando a história, ela passa a vida em meio a questionamentos, perguntando o motivo de seu relacionamento com a mãe ser tão diferente, sentindo-se a filha preterida, incompreendida, amada apenas pelo pai, Tito. Dona Helena, mãe durona, jamais demonstra amor, pelo menos não de forma afetuosa. Mariana precisa se apegar aos pequenos gestos para se sentir amada e, durante sua jornada como filha, ela descobre que precisa ser diferente, ou pelo menos aceitar que aquela relação é a melhor que poderia esperar.
Depois de muito tentar, ela encontra um novo caminho, ela precisa rever seus conceitos como filha e, só então, seguir adiante. Com o relacionamento contubardo dos pais, o vício do irmão e a inseguração de Mariana, a família vai precisar encontrar força em outras bases familiares para se manter de pé e, com um pouco de Fé, eles seguem, até o final feliz.

~***~
"Quando vi duas listras azuis no teste de gravidez, tive uma certeza: preciso me sentir filha antes de me tornar mãe. Porque uma parte de minha alegria era inventada e, a outra, não era minha."
Capítulo 1, página 7
~***~

Narrado em primeira pessoa, Maria Fernanda Guerreiro cria uma história comovente escrita sob a ótica da jovem Mariana. A autora utiliza abordagens psicológicas para traçar o comportamento das personagens, às vezes óbvio demais, outras vezes bastante profundo. A obra nacional enquadrou-se muito bem na literatura jovem que a juventude brasileira vem abraçando e, de certa forma, acredito, inclusive, que A Filha da Minha Mãe e Eu entrou por outra porta nessa categoria. Usando de um romance psicológico com uma visão voltada pra realidade, Maria Fernanda criou uma história agradável e cativante.
A história não está bem encaixada no meu estilo literário preferido, mas posso dizer que foi uma leitura que valeu a pena. Você pode tirar suas conclusões a partir da reflexão de Mariana sobre o que é família e, sem perceber, você pode acabar questionando a si mesmo.
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Morenalilica 07/06/2012

Estória sensível e verdadeira
Visceral. Me fez chorar litros aqui, com uma história ao mesmo tempo sensível e tão chocante. A realidade choca né? Essa história é tão real, que poderia ter acontecido comigo ou qualquer um de vocês que estão lendo essa resenha agora. A família de Mariana poderia ser a família de qualquer um de nós!

Maria Fernanda Guerreiro nos joga, literalmente, dentro da vida de Mariana, uma jovem mulher que acaba de ficar sabendo que está grávida. Isso não é um spoiler, está na primeira página do livro, creio que na primeira frase. Ao saber de sua nova condição, Mariana precisa fazer uma viagem de volta à sua infância, pois sua relação com sua mãe, nunca tinha sido convencional e a seu modo de ver, nunca tinha sido a ideal.

Nessa verdadeira volta ao passado, conhecemos os demais personagens de sua história: seu pai Tito, seu irmão Guga, sua Tia Maria João e sua mãe Helena. Mariana sempre se sentiu deixada de lado pela mãe e por isso, era muito apegada ao pai. Cresceu vendo sua mãe super proteger seu irmão e cobrar dela uma maturidade que era incompatível com sua pouca idade. No desenrolar dos fatos, descobrimos que Helena tinha alguns segredos que a levaram a ser como era.

O livro trata de temas sérios como o abuso sexual, aborto e o uso de drogas de uma maneira muito legal. A autora, contando a vida de Mariana, nos mostra várias nuances desses temas e de como muitas vezes não enxergamos as pessoas como elas realmente são e de como elas podem nos surpreender ao longo de nossas vidas. Apesar dos temas serem fortes, tudo é descrito com muita sensibilidade e muita suavidade.

Gostei muito do estilo de escrita da autora. Apesar de não curtir muito livros em primeira pessoa, esse me cativou. Chorei junto com Mariana e com Helena. Torci para que o relacionamento delas melhorasse e que uma visse a outra como realmente eram, mãe e filha.

Não vi nenhum ponto negativo. Talvez se a fonte utilizada fosse um tiquinho só maior, a cegueta aqui tivesse mais facilidade pra lê-lo, mas a leitura fluiu tão bem, que nem senti tanto, tamanha era minha vontade em terminar a leitura e saber logo seu final.

Apesar da estória ser essencialmente adolescente, eu indico para adultos também, pois em muitos trechos do livro me reconheci, ora como filha, ora como mãe.

Pessoal, se tiverem a oportunidade, leiam A Filha da Minha Mãe e Eu, um excelente livro, que tenho certeza cativará e emocionará ^^

Resenha Originalmente postada em http://doceinsensatez.com/blog/resenha-a-filha-da-minha-mae-e-eu-de-maria-fernanda-guerreiro/
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RUDY 24/10/2012

Sinopse:
Mariana vive com Davi e descobre-se grávida, a partir daí, toma a decisão de ser filha antes de ter seu próprio filho. Por que? Porque seu relacionamento com Helena, sua mãe, foi sempre conturbado e precisa resolver essa situação.
Mariana era mais apegada ao pai Tito, sempre compreensivo e companheiro. A cada nova 'briga' com a mãe, ela se aproximava mais do pai . Acreditava que Helena amava mais Guga, seu irmão, do que a ela; o que não impedia o amor fraternal e intenso entre eles.
Faz um retorno ao passado e começa a perceber uma nova realidade entre ela e a mãe. Percebe que não se esforçou muito por uma maior aproximação e começa a mudar essa situação... Descobre que o pai que idolatrava, não era o herói que idealizava e que a mãe a amava com intensidade...
Outros personagens compõe o enredo dessa trama familiar: a tia Maria João, os avós paternos, a terapeuta, a avó materna...

Para ver a análise técnica e avaliação, visit os blogs:

BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM: http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/2012/10/resenha-59-filha-da-minha-mae-e-eu.html

BLOG CRL: http://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com.br/2012/10/resenha-filha-da-minha-mae-e-eu.html
Michelle 02/01/2023minha estante
lindo bem reflexivo




Neyla 24/07/2012

A filha da minha mãe e eu
Quando comecei a ler A filha de minha mãe e eu, não imaginei que a leitura fosse me surpreender tanto. A história entre Mariana e Helena é tão forte e intensa o que torna impossível não se apaixonar. Sem contar, que é uma história tão próxima da realidade que muitas vezes me vi ali, nas situações vividas por Mariana.
O livro, narrado por Mariana, conta a história de sua família, em especial de seu relacionamento com sua mãe, Helena. A história é de uma profundidade incrível e não foram poucas as vezes em que as lágrimas me vieram aos olhos. Os relatos familiares, contados de maneira singular, repletos de emoção, são fantásticos e é impossível largar o livro em determinados trechos.
O pontos chave da trama é o fato de Mariana não se sentir amada pela mãe. Helena, por ser uma pessoa que passou por muitas dificuldades na vida, tem seu próprio jeito de demonstrar seu amor, o que gera em Mariana a sensação de que não é bem vista aos olhos dela. Para Mariana, sua mãe prefere Guga, seu irmão mais novo, por isso ela se vê cada vez mais próxima do pai.
Acredito que muitos filhos já se sentiram assim, não amados por seus pais. Mas esquecem que cada pessoa tem uma maneira diferente de demonstrar afeto por nós. São muitas as pessoas que não conseguem manifestar seu afeto por meio de palavras e carinhos, mas que nos mostram que nos amam com seu apoio sempre que precisamos.
Mais do que uma leitura prazerosa, A filha da minha mãe e eu foi um aprendizado. Recomendo o livro tanto para filhos, como também para os pais. E preparem os lenços (ou o balde, se você for chorona que nem eu) por que emoções não vão faltar.
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Leandro | @obibliofilo_ 03/07/2012

http://www.leandro-de-lira.com/
Antes de começar a leitura do livro, não sabia o que esperar do livro. Sabia que era um drama. Porém, não imaginei que fosse tão intenso e nostálgico. Durante a leitura, me peguei algumas vezes, impressionado com a realidade dos acontecimentos narrados.

[RESENHA] Sensível e tão real a ponto de fazer você se sentir parte da família, A filha da minha mãe e eu conta a história do difícil relacionamento entre Helena e sua filha, Mariana. A história começa quando Mariana descobre que está grávida e se dá conta de que, antes de se tornar mãe, é preciso rever seu papel como filha, tentar compreender o de Helena e, principalmente, perdoar a ambas. Inicia-se, então, uma revisão do passado – processo doloroso, mas imensamente revelador, pautado por situações comoventes, personagens complexos e pequenas verdades que contêm a história de cada um.

O livro narra o conflitante relacionamento entre Mariana e Helena; filha e mãe. Onde não existe vilã ou mocinha. E sim, duas personagens extremamente fortes, que a cada dia, enfrentam problemas diversos. Helena foi abandonada por sua mãe e criada por seu bondoso pai. Em meio a esses problemas, ela aprendeu a ser fria e quase nunca demonstra sensibilidade. Ela não se relaciona bem com sua filha Mariana — que narra a história do seu ponto de vista.

Mariana por sua vez, também sofreu muito. Nunca entendeu o motivo da sua mãe tratá-la, quase sempre, como certa frieza. Durante a infância, acreditava que ela gostava mais do seu irmão Guga. Mas ao crescer, começou a perceber uma outra realidade; uma outra mulher. Seu pai — conhecido como Tito — sempre a tratou com muito carinho e afeto. O relacionamento entre eles é lindo.

O livro é uma "enxurrada" de problemas sociais; problemas que permeiam a nossa sociedade atual. Muitos acontecimentos narrados no livro, acontecem diariamente e muitas vezes com os nossos vizinhos. Mas nós não vemos ou percebemos.

"— Olha aqui, Mariana, presta atenção porque vou falar uma só vez quem tem que dar o último beijo no seu pai sou eu e não você! Eu sou a esposa dele! Você é a filha. Ponha-se no seu lugar, você está me entendendo?"

Algumas atitudes da Mariana me irritaram bastante. Mas acredito que essa foi a intenção da autora ao criá-la. Ela criou uma personagem muito humana e real, com defeitos e qualidades, erros e acertos. E não só foi a Mariana que me passou essa sensação. O Guga e o Tito também foram bem construídos.

Em alguns momentos a leitura é um pouco pesada, mas nada que atrapalhe o leitor — eu não me atrapalhei em nenhum momento. A leitura flui naturalmente. A narrativa, como eu disse anteriormente, é feita por Mariana e mostra ao leitor, suas dúvidas, incertezas, anseios etc.

Concluindo, eu gostei muito do livro. A autora possui um grande talento e espero ler outros livros dela. Até porque esse foi o primeiro a ser publicado — se não estou enganado. Um livro que irá fazer você pensar nas suas atitudes e em muitos problemas que permeiam a família de muitas pessoas.

Recomendo!
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Biah @garotapaidegua 27/08/2012

Mariana descobre que está grávida e percebe que antes de tentar ser uma boa mãe precisa entender por que que sua própria mãe não parecia boa o suficiente para ela durante sua infância e adolescência. A partir desta decisão, Mariana começa a recordar sua vida e as situações que vivenciou com sua mãe que fizeram com que o relacionamento das duas não fosse dos melhores.

Preciso dizer que estava com um pouco de medo do que eu iria encontrar nesse livro. A sinopse promete algo bem dramático envolvendo Mariana e sua mãe Helena, mas eu não achei tudo isso não. Na verdade eu não me identifiquei com a Mariana, em momento algum do livro. Deu para perceber pela descrição de Helena que ela não é uma mulher muito fácil de lidar, mas eu fiquei com a impressão constante de que Mariana exagerava na sua revolta.

Eu sei que o relacionamento entre mães e filhos deveria ser especial sempre, mas qual a família que não tem problemas, cujos pais brigam, em que um irmão não teve, em algum momento, ciúme do outro? Eu achei as situações pelas quais Mariana passou difíceis, concordo, mas nada que pudesse causar um revolta tão grande. Sei lá, como eu disse, não me identifiquei com a Mariana e a visão que ela tinha das atitudes da mãe.

Eu não vi problemas na escrita da autora, é simples, fácil de ler e transmite emoção. Eu não me identifiquei com a protagonista, mas talvez você já tenha passado por alguma das situações pelas quais ela passou e goste mais do que eu gostei ;)


Resenha originalmente postada no blog Garota Pai D'égua - www.garotapaidegua.com
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Envenenadas 07/12/2012

A filha da minha mãe e eu
O livro de estreia da autora Maria Fernanda Guerreiro me surpreendeu. Ao recebê-lo para resenhar, sinceramente, não acreditei que me interessaria pela história como me interessei, tanto que conclui a leitura em apenas 2 dias!
O livro é muito instigante, mesmo tratando de um assunto tão delicado como o relacionamento entre mães e filhas.
A história do livro se inicia quando Mariana ao descobrir que está grávida, resolve fazer uma análise de seu passado e principalmente de seu relacionamento com sua mãe Helena.

“Quando vi as duas listras azuis no teste de gravidez, tive uma certeza: preciso me sentir filha antes de me tornar mãe. Porque uma parte da minha alegria era inventada e, a outra, não era minha.” - pág.07

A narrativa da história se dá em primeira pessoa, o que faz o livro lembrar um diário e com isso, nos tornamos mais íntimos de Mariana compartilhamos com ela suas experiências e expectativa contadas com detalhes desde a infância, passando pela adolescência, juventude até sua vida adulta. Essa proximidade ajuda a nos identificar não só com a personagem principal e sua mãe, mas também com toda a sua família.
A família de Mariana é bem comum, composta pelo pai Tito, amável com os filhos, porém, às vezes flexível demais; a mãe Helena, autoritária, distante, contudo superprotetora, que teve uma infância difícil o que se reflete no seu relacionamento com os filhos; o irmão Gustavo, que sempre foi superprotegido pela mãe; completando a família: avós paternos Dom Ramón e Lola e a tia Maria João. Uma família que passa por altos e baixos, mas que permanece junta enfrentando os desafios impostos pela vida.
A difícil convivência entre mãe e filha faz com que Mariana crie uma ficção. Para poder se relacionar com sua mãe ela se distancia do que realmente é e tenta inventar a filha que agradaria Helena. Isso cria um abismo no relacionamento mãe e filha, que faz com que a personagem atravesse momentos difíceis, praticamente sozinha; na sua busca pela felicidade, ela se divide em tentar se igualar a sua mãe e ao mesmo tempo ser o mais diferente possível.


“Passei boa parte da minha vida alternando entre querer ser igual a minha mãe ou ser tudo o que ela não era. Mas, o curioso é que em ambos os casos, a referência era a mesma. Até quando eu queria ser completamente diferente dela, era nela em quem me espelhava”. - pág. 203.
Uma grande lição aprendida neste livro é que todos nós somos diferentes, cada qual traçou um caminho, viveu uma experiência, teve a sua impressão da vida, no entanto, não podemos impor uma mudança ao outro para que este passe a nos agradar, e nem deixar para falar depois o que é necessário ser dito. Se quisermos nos relacionar com alguém o melhor é aceitar o outro como ele é e encurtar o caminho para a felicidade.
Um livro que trata de temas polêmicos como homossexualidade, depressão, aborto, uso de drogas, abuso sexual, adoção, no entanto, em contra partida nos faz refletir muito sobre o poder de perdoar, conquistar, reconquistar, confiar e acima de tudo amar.
A publicação está ótima, o papel e a fonte utilizada facilitam a leitura.
A capa do livro nos remete ao aconchego do colo de mãe, aquele confortável lugar onde buscamos refúgio.
O livro nos faz rir e chorar além de viajar nesse mundo único que é o relacionamento entre mães e filhos.
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