Meus verdes anos

Meus verdes anos José Lins do Rego
José Lins do Rego




Resenhas - Meus verdes anos


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Rafael1906 07/09/2023

O início de tudo.
José Lins do Rego apresenta nessas reminiscências todo o processo de aprendizagem que dará continuidade nos demais livros que tratam da vida nos canaviais nordestinos . Meus verdes anos retrata as memórias do menino de engenho, dos banhos de rio, dos inumeráveis parentes, dos antigos escravizados que viviam não muito diferente dos tempos de cativeiro, brigas, meninos vadios e demais rancores. Um retorno que só autor insiste em manter e preservar.
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Amanda.Contiero 13/05/2023

Meus Verdes Anos
Que massa essa viagem pelo túnel do tempo nas memórias do autor pela primeira infância. Meus verdes anos nos traz um enredo saudoso de um menino contando suas vivências no engenho do avô. Conhecer as relações familiares esmiuçadas, o retrato político, social ambientalizado foi muito rico. Não me prendeu por todo enredo, mas não deixa de ser uma história interessante, principalmente, no sabor histórico e cultural fomentado.
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Eduardo 17/07/2022

Um clássico da literatura regionalista revisitado.
Recordações da infância de José Lins do Rego no interior da Paraíba no início do século XX. Ele relembra membros de sua família, seu avô, suas tias que o criaram e personagens da cidade de Pilar/PB que transitam por outros romances que escreveu. Relembra amores do início da puberdade. O romance não é muito linear, é algo mais sensitivo, intimista. Há personagens memoráveis como o menino negro José Joaquim.
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Guilherme Duarte 11/11/2021

Leitura leve de uma infância agitada
Meus Verdes Anos é um livro de memórias de José Lins do Rego, e é uma verdadeira história contada em frases curtas e despojadas, mas que são carregadas de sentimentalismo e empatia; tudo sendo passado na visão de um menino órfão que vê a vida passar em um engenho. A leitura é gostosa e esse mundo, que às vezes parece tão intangível e gigante na visão de um menino, é cheio de nuances, tais como a relação de marido e mulher, destacando a agressividade do homem e a posição da mulher naquele sociedade, a relação entre os senhores e os antigos escravos, as transformações decorridas no interior, religião, a política e o cangaço. E nesse turbilhão todo, um simples menino que foi ali jogado e cresce descobrindo, diga-se que de forma bastante agitada, a vida sexual e a dureza da realidade naquele contexto. Às vezes me parece que há um excesso de nomes e relações pessoais que deixam o leitor levemente perdido, porém não é nada de diminua a leitura. Uma boa comparação de leituras é entre Meus Verdes Anos e Menino de Engenho, ambos do autor.
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Bruna Peixoto 25/07/2021

O livro é escrito com o emprego de frases curtas que acabam facilitando o entendimento das suas histórias.
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Carlos Nunes 27/09/2019

Memórias de um grande escritor
MEUS VERDES ANOS é um livro de memórias de infância do escritor. Lins do Rêgo nos conta diversas passagens de sua vida de menino no engenho do avô. Como não se trata de uma narrativa linear, não há aqui uma sequência fixa ou aprofundada de acontecimentos e/ou personagens, mas situações e locais descritos com simplicidade e naturalidade, evocando na gente aquela sensação gostosa de vida na fazenda...
O escritor viveu dos 4 aos 12 anos com o avô e as tias, devido ao falecimento da mãe. De início, na fazenda, e depois, já maiorzinho, no povoado próximo. E as duas etapas dessa infância foram bem diferentes: na primeira, brincadeiras ao ar livre, fruta no pé, banho de rio, relatos deliciosos de casamentos na roça, "visita" de cangaceiros, passeios ao litoral... Na segunda, o desamparo por se ver perseguido pelo marido da tia, que fazia de tudo para que a esposa enviasse o menino para o internato. E, entremeado com tudo isso, as constantes crises de asma, que mantinham o menino por longos períodos afastados do mundo.
A recém-abolida escravidão ainda mantinha os negros semi-escravizados, e esse relacionamento brancos/negros também é bastante interessante (algumas passagens, se escritas hoje, com certeza renderiam polêmicas raciais).
Lins também foi corajoso ao expor o início de suas aventuras amorosas - as "brincadeiras" com as ex-escravas, as primas e até mesmo os animais da fazenda.
Um livro gostoso, de leitura fácil, com uma galeria de locais, fatos e tipos que provavelmente serviram de inspiração a personagens e situações mais tarde relatadas em seus romances. Uma delícia de leitura!

site: https://youtu.be/epiqcwJDGT0
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Marcos Scheffel 01/11/2018

Um passado amargo
Meus verdes anos é um livro de memórias de José Lins do Rego sobre sua infância. Para quem já leu a produção ficcional do autor, fica evidente com estas memórias ecoam em seus romances (Menino de Engenho, Fogo Morto, Moleque Ricardo entre outros).
Focando no aspecto memorialístico, fica evidente um desejo do homem feito de revisitar criticamente seu passado e entender as relações familiares e sociais que vivenciou. Tudo isso num passado que tinha herdado as marcas da escravidão, do machismo e do mandonismo local.
Todas as relações pessoais giravam em torno de posições hierárquicas fortemente marcadas. O menino Dedé (apelido de José) sentia o abandono da criança relegada a um segundo plano. Suas tias sentiam a condição de mulheres brancas submissas aos seus maridos. E nessa escala pobres, negros e mulheres sentiam ainda as marcas de uma sociedade escravocrata. As lembranças de uma de suas tias (branca) - humilhada pelo marido - espancando uma de suas empregadas (negra) revelam um profundo criticismo do autor destas memórias.
É muito bonito o olhar de simpatia pelos humildes, pelos pobres, pelos negros, pelos presos que o menino constrói por se sentir como eles também vítima dos abusos e violências daquele mundo.
A escrita lírica de Zé Lins gera um contraste violento entre a beleza da linguagem e a dureza das cenas narradas, deixando este gosto amargo de um passado que nos assombra.
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Adriana1037 31/12/2012

Retrato da infância.
O livro fala sobre as memórias da infância do escritor no início do século XX. Aborda temas como infância, sociedade, divisão de classes, preconceito racial, a descoberta da sexualidade e outros sobre a ótica de um menino. É o menino sofrido que se faz presente em vários momentos. A construção social da infância como um época específica da vida.
"... tudo o que ainda me resta daquela "aurora" que para o poeta Casimiro fora a das saudades, dos campos floridos, das borboletas azuis. Em meu caso as borboletas estiveram misturadas a tormentos de saude, a ausência da mãe, a destemperos de sexo. E tantos espantos alarmaram os meus princípios que viriam eles me arrastar às tristezas que não deviam ser as de um menino. A vida idílica se desviava em caminhos espinhentos..."
O texto nos envolve com muitos personagens e retrata a sociedade paraibana através da história pessoal e da sua família. São memórias que desconstroem o mito da infância feliz. Fala sobre a criança largada, abandonada dentro da sua própria família. Ninguém conhecia seus sentimentos, não era ouvida a sua voz. Algumas coisas retratadas no livro ainda são bastante atuais.
"O neto de um homem rico que tinha inveja dos moleques da bagaceira."
O livro contribui para reflexão sobre a infância de ontem e de hoje.
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MAX 07/05/2012

Livro divertido e gostoso
quando li esse livro eu era bem novo tenha uns 11 anos, entao a parte que me marcou e me deixou exitado com o livro foi em que ele ja estava no engenho,onde ele aprontava muitas peraltices e também sua iniciação sexual,achei gostoso e divertido ler o livro lembro que teve uma novela assisti e depois li o livro.Hj tenho vinte e sete anos vou ler de novo, com certeza vou ter outro ponto de vista.
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