Mari 08/09/2013@mor | Sem Querer me Intrometer Certo dia, Emmi Rothner mandou um e-mail pedindo o cancelamento de uma revista que assinava, porém, por engano a mensagem foi enviada para Leo Leike, um psicólogo da linguagem.
Após algum tempo, mas um engano acontece, e Emmi entra novamente em contato com Leo. A partir de então, ambos começam a trocar e-mails cada vez mais pessoais, e aos poucos, vão se “conhecendo” virtualmente.
Emmi é casada, e garante a Leo que é feliz mantendo seu relacionamento de forma inusitada (apesar de morar com o marido, Emmi garante ter uma vida totalmente independente a ele). E o rapaz, por sua vez, acaba de sair de um relacionamento de forma muito dolorosa, o que faz com que não tenha uma percepção atual muito positiva sobre o amor.
Podemos perceber, através dos e-mails, que Emmi e Leo são totalmente diferentes: Ela é independente, vaidosa, segura de si, tem família montada e acha, inicialmente, que os e-mails trocados pelos dois não passam de um flerte inofensivo e divertido, enquanto ele não valoriza aspectos físicos, não se sente confortável em encontros reais, tem apenas uma irmã para conversar e usa os e-mails para desabafar suas maiores mágoas e sentimentos.
Mesmo assim, com todas as diferenças, os dois continuam trocando e-mails por meses. Emmi quer conhecer Leo pessoalmente, mas ele acredita que isso não é importante no momento. Esse assunto (entre outros) gera diversas discussões do “casal”, onde Emmi quer sempre ter a palavra final, enquanto Leo se mostra parcialmente indiferente (outra grande diferença entre os dois!).
O que me irritou profundamente nesse livro foi exatamente isso: esse chove não molha. Quando Emmi quer encontrar Leo, ele insiste que vê-la quebraria a magia de suas conversas e quando Léo quer encontrar Emmi (principalmente quando está bêbado!), ela diz que não quer que as coisas sejam daquele jeito. Eu simplesmente não entendo!
Outra coisa que achei um pouco estranha, também, foi que eles se ligaram muito facilmente. Na verdade, os primeiros e-mails dos dois não foram tão fascinantes para que ambos embarcassem nessa jornada de amor virtual. Acredito que os dois se entregaram muito rápido um ao outro, o que é, no mínimo, esquisito.
Ainda sim, @mor vale a pena por conter uma narrativa extremamente simples. Por ser inteiramente escrito em forma de e-mails, a leitura flui rapidamente, fazendo com que o livro seja terminado em pouco tempo, mesmo que não apresente grandes momentos de emoção ou adrenalina (o que normalmente aumenta a agilidade de leitura de qualquer um).
A maneira com que o livro acaba é o que mais me impressionou em toda a estória. Realmente, Daniel Glattauer me fez ansiar loucamente por Emmi & Leo (livro de continuação).
Então, aí vai a dica final: Se quiser uma leitura rápida, descontraída e com vocabulário simples, aposte em @mor, mas se quiser realmente se envolver com uma estória, procure outro livro.
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