Nica 07/07/2012Um amor transcedental Queria que estivesse aqui (original I thought you were dead), primeiro livro do escritor, intérprete e compositor Pete Nelson lançado no Brasil. O autor é conhecido por seus mais de 150 trabalhos, de ficção e não ficção, tendo sido premiado diversas vezes, inclusive com esse romance tragicômico.
Quando recebi o livro, de parceria com a Editora LeYa/Lua de Papel, fiquei meio desconfiada, pensando: será mais um aspirante a (leia-se cópia de) Marley & Eu? E, graças a Deus, fui surpreendida com um romance maravilhoso, de trama muito bem escrita e emocionante. Apesar das semelhanças físicas, Stella me conquistou muito mais que Marley, se fosse cabível compararmos as histórias.
Em Queria que estivesse aqui conhecemos Paul, um escritor que se considera medíocre e Stella, uma labrador mestiça e muito inteligente, que se torna indispensável conselheira de seu dono e que fala - sim, uma cadela falante.
Pelo título, já podemos imaginar que algo vai acontecer com a dócil cadela, né?! Mas, mesmo assim, Pete Nelson foi magistral ao descrever o adeus da melhor amiga de Paul. E não, isso não é spoiler... O livro é muito mais do que a despedida de Stella!
Paul é uma personagem tipicamente deprimida, com autoestima super baixa, que ganha pouco e não está nada satisfeito com seu emprego, de poucos amigos, relacionamentos complicados e que tem uma relação um tanto quanto distante com sua família. Por conta disso, conhecemos algumas outras personagens interessantes que eu faço questão de compartilhar com vocês pois elas farão parte da reconstrução da vida de Paul, do seu autoconhecimento e seu, enfim, crescimento.
Stella é uma das minhas personagens favoritas e, por isso, não vou me alongar muito... para evitar spoilers. Mas o que posso dizer da melhor amiga de seu dono? De sua verdadeira companheira? Daquela que está com ele em todos os momentos e que mantem diálogos dos mais variados com o mesmo (e somente com ele): Stella coloca-o na parede, é dura com ele, mostra seus defeitos, o questiona e o impulsiona ao seu interior; mas, ao mesmo tempo, é quem o consola na tristeza, é quem o ajuda a superar seus medos... Enfim, se eu continuar, vou acabar por estragar o livro! risos
"Ele tinha de pensar. É verdade que eles haviam concordado em ser abertos um com o outro e que nada ficaria fora de controle, mas quando eles estavam juntos ele tentava evitar o assunto Stephen e ela também. Ele sabia que para prevalecer na competição teria de ser o menos babaca, aquele para o qual ela poderia queixar-se a respeito do outro, e não o sujeito a respeito de quem ela se lamentaria para o outro."
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