O Guardião

O Guardião Daniel Polansky




Resenhas - O Guardião


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sagonTHX 23/09/2012

O PIOR LIVRO QUE LI EM 2012
Eu pensei que O Reino, de Clive Cussler e Grant Blackwood (Novo Conceito), tinha me decepcionado a ponto de eleger esse livro (muito desejado e aguardado por mim) como o livro mais decepcionante quer li em 2012. Bom... não é que eu consegui encontrar um outro que superasse O Reino!

Pois é, em O Guardião, a decepção começou logo nas primeiras páginas e seguiu assim, de capítulo em capítulo, até o final.


Eu deveria ter relido os livros de R.R. Tolkein.
Deveria ter assistido todos os filmes do Quentin Tarantino: Um Drink Para o Inferno e Pulp Fiction, são os meus favoritos.
E, de quebra, lido O Caçador de Andróides, de Philp K. Dick, ou revisto o filme Blade Runner, de Ridley Scott, com Harrison Ford,
Rutger Hauer, e a maravilhosa Sean Young. Mas não fiz nada disto.

O que foi que eu fiz então? Li O Guardião do estreante Daniel Polansky.


O Guardião é uma história de fantasia. Polanksy criou uma nova fórmula, sem dúvida alguma: misturou fantasia com romance histórico de investigação criminal. Também criou uma cidade podre e decadente: a Cidade das Sombras. Insiriu nela um anti-herói sarcástico e hirônico, além de traficante de drogas em tempo integral, e alguns personagens interessantes e condizentes com o contexto.

Porém, não passa disto. O amadorismo na narrativa de Polansky é evidente nas muitas pontas soltas que ele vai deixando para trás,
a medida em que tece sua tapeçaria. No lugar dos buracos, remendos mal alinhavados.

Várias questões são levantadas no decorrer da leitura. Entre as mais importantes, destaco:

- Em que época se passa a história;
- Qual o planeta, ou gáláxia, em que se passa a história; ou talvez, em qual dimensão;
- As 13 terras estão localizadas em que parte geográfica do planeta;
- A Cidade das Sombras localiza-se exatamente em que parte dessa mesma geografia;
- A guerra de que fala o anti-heroi, o Guardião, ou traficante, ocorreu exatamente quando, onde;
- A Peste, que ocorreu depois dessa guerra, é exatamente o quê; onde surgiu; por quê;
- Qual é a história da Cidade das Sombras; suas origens;
- Polansky menciona que a guerra aconteceu na Gália; seria por acaso a mesma Gália do tempo do Império Romano, que hoje é a França?

Assim como estas, há inúmeras outras questões sem respostas, arestas não desbastadas, que Polansky vai deixando para trás sem o devido interesse, ou cuidado, em ratificar. Talvez ele o faça no segundo livro, quem sabe. Talvez você não tenha notado essas questões, esses buracos, na narrativa do livro. Seja como for, elas existem e, querendo ou não, atrapalham no entendimento geral da
obra.

Outros pontos negativos: faltou um mapa ilustrando as localidades em que a narrativa ocorre; incluindo as 13 terras e arredores. Um mapa da Cidade das Sombras viria bem a calhar. Um glossário também seria de grande ajuda.

Como livro de fantasia, O Guardião até que cumpre razoavelmete o seu papel. Ele peca mesmo quando tenta ser um Thriller policial Histórico. Daniel Polansky bem que tenta criar algo novo e, talvez, inovador, unindo dois gêneros literários diferentes em um. Tenta.
Porém, não atingiu o ponto. Com isso, tem-se a impressão de que o livro está em constante mutação genética, em que o lado fantasia
tenta impor-se mais que o lado policial histórico. O que torna a leitura cansativa.

Outro problema é a falta de ação e de momentos impactantes na trama. Os crimes, como já disse, não empolgam por que não há uma empatia entre vítima e leitor. Sabe-se o nome da criança e que uma criança foi assassinada, e só. A investigação do Guardião é entediante e amadoresca, como a escrita do próprio autor. Há momentos em que ele está mais preocupado em manter seu negócio de trafico de drogas do que mesmo procurar o culpado pelos assassinatos.

A única coisa de que eu gostei mesmo foi a capa. Maravilhosa. Evoca algo tenebroso, sinistro, gótico, inimaginável. Mas, fica-se apenas com a impressão. O livro não faz jus à capa.

A sinópse é outro ponto interessante. Como fruto de marketing, cumpre com perfeição seu papel. Vende gato por lebre.


De resto, esse foi o livro que eu mais detestei em 2012. Dei nota 2 por causa da capa.

Meu Deus, eu ainda estou tentando descobrir aonde está no livro o clima da Los Angeles do filme Blade Runner. Afinal de contas, O Guardião tem um clima gótico-medieval ou um clima cyberpunk?

Quem sabe, no próximo livro, Daniel Polansky nos dê o prazer da sua resposta!


Não recomendo o livro, obviamente. Se você está procurando um bom livro de fantasia, leia R. R. Tolkein ou George Martin; um bom thriller policial histórico... há vários bons títulos a disposição nas livrarias atualmente, é só escolher de dúzia.

Agora, se você gosta de jogar dinheiro fora e se iludir achando que O GUardião é o melhor livro que você já leu na vida, ótimo, parabéns, você deixou o Daniel Polansky alguns dólares mais rico.
Ana Lídia 28/01/2013minha estante
Respeito sua opinião, e respeito o fato de você não ter gostado do livro.
Nada justifica, no entanto, seu comentário nas duas últimas linhas da sua resenha: "(...) se você gosta de jogar dinheiro fora (...)", "(...) você deixou o Daniel Polansky alguns dólares mais rico".

Acho que opiniões e gostos literários se divergem. Você foi muito infeliz nessa observação e eu discordo completamente. Além disso, você nem mesmo pareceu ter respeito pelo autor.


sagonTHX 28/01/2013minha estante
Ana Lida, como você mesma disse, e muito bem, é minha opinião. Agradeço por você respeitar a minha opinião sobre o livro. E ainda bem que nossas opiniões e gostos literários divergem. Que horrível ou sem graça seria se todo mundo gostasse de ler apenas Dom Quixote ou A Divina Comédia. O que seria dos outros autores, não? Ainda bem que existe a diversidade literária. E, ainda bem, acima de tudo, que nós temos liberdade para dizer o que pensamos e sentimos a respeito de um livro, um filme, um time de futebol... E, além do mais, eu não posso dar valor para um autor que me decepcionou e me fez pagar por algo que não valeu a pena. Sinto muito se isso a aborreceu. Se você gosta do autor e do livro, ótimo, fico feliz por você. Escreve uma resenha e diz nela o quanto o livro e o autor significaram para você. Essa é a melhor forma de você demonstrar que dá valor para o autor, ao invés de me criticar só porque eu não gosto do mesmo amarelo que você gosta, ou do azul que você acha lindo. Mas, mesmo assim, obrigado por ter lido a minha resenha e por ter-se interessado por debater o assunto.:)


Amauri 07/02/2013minha estante
Respeito o direito do resenhista de não gostar do livro.
Dito isto, pergunto:
1- Pq deu duas estrelas e não uma apenas?
2- Qual a necessidade para a historia de se responder a TODAS as perguntas? Por exemplo, no filme O Tigre e O Dragão, os lutadores voam. Ninguem explica, ninguem pergunta, há uma suspensão de descrença e se curte um ótimo filme.


sagonTHX 10/02/2013minha estante
Amauri, comparar um filme com um livro é o mesmo que comprar banana com laranja. A métrica de leitura é outra. Uma é visual, outra é escrita. Na escrita pode-se introduzir justificativas e explicações, por quês, que em um filme, limitado pelo tempo, não seria possível. Mas o mais importante aqui é que eu não gostei do livro e o fato de ter comprado e lido e de tê-lo achado uma porcaria me dá o direito de dizer que o livro é uma porcaria, um lixo, uma droga. Afinal de contas é minha opinião e eu prezo o meu direito de dizer se gostei ou não gostei da porcaria do livro que eu comprei e li. Ponto! Se você tá incomodado com a minha resenha ou com os meus gostos literários, faça a sua resenha, diga o que você achou do livro e acabou. Afinal de contas, gosto não se discute. O meu preza o dinheiro que entra e sai do meu bolso.


Monique 06/03/2013minha estante
Ótima resenha, que me convenceu.
Também me frustra esses "furos" no enredo, que faz o livro parecer um rascunho.


Fernando Vidya 30/07/2013minha estante
Cara .. disse tudo. Perdi meu tempo lendo esse livro, ponto.


Beth 15/09/2015minha estante
Obrigada por sua opinião bem embasada. Não perderei tempo com esse livro.




LUA 17/12/2014

Fantasia Noir?
Na cidade baixa, em cima de uma taverna chamada o Conde de Sinuosa, mora o Guardião. Um outrora gélido que lutou com bravura na Grande Guerra, nas batalhas de Ipres e Aves, hoje um narcotraficante, viciado em sopro de fada e vinonífera que disputa seu território com outros traficantes de Rigus.
Um dia, indo encontrar um amigo, encontra o corpo de uma menina estuprada e brutalmente assassinada. A princípio, o Guardião não quer ter nada a ver com aquilo, mas o corpo lhe trás lembranças desagradáveis e quando percebe que os agentes da Casa Negra não irão procurar por justiça, ele resolve agir.

Na contracapa desde livro a uma crítica que diz: " O encontro de Tolkien com Tarantino."
Eu discordo desta afirmação.
Polansky cria um mundo, divindades, etnias e não explica de onde vem ou para onde vão. Ele conta que o Guardião é um homem de 35 anos, feio(em momento nenhum você descobre seu nome)que habita a cidade baixa, uma parte decadente e pobre da cidade de Rigus, que pertence as treze terras mas não dá um mapa.
Fala de Prachetas, o Primogênito, Kiren e Islanders sem explicar o que são e depois você descobre que os primeiros são "santos" e os segundos raças que assemelham-se pela descrição aos asiáticos e aos negros muito diferente do mundo explicadinho que Tolkien criou.
A narrativa das primeiras cenas é altamente descritiva das vielas, meandros e becos da cidade baixa e da zona portuária onde o "comércio" do Guardião realiza-se.
Em alguns momentos eu achei o cenário semelhante as partes pobres e portuárias da Londres do Século XVIII, inclusive no que concerne à taberna onde se passa boa parte da trama, o Conde de Sinuosa, e a descrição dos bairros mais abastados onde mora a realeza. (em algum momento, Polasky cita que Rigus teria um príncipe regente, porém mais uma vez nada é explicado). Isso difere em muito da Los Angeles Futurista de Blade Runner, ao qual o livro também e comparado.
Nessa parte pobre da cidade, onde a lei não chega, e os gélidos (guardas) da Casa Negra (uma espécie de quartel general) não estão muito interessados, ocorre um assassinato.
A menina Tara é morta, e não só ela como outras crianças começam a desaparecer para ressurgirem mortas.
Nesse momento nosso anti-herói viciado é "designado" a elucidar os crimes.
Como todo livro de fantasia, há magia em Rigus. Na verdade, a magia é o que sustenta Rigus desde o fim da grande praga(???). Uma doença que se alastrou a muitos anos e que dizimou boa parte da cidade baixa e da qual o Guardião é sobrevivente, graças a ajuda de um grande mago, o Grou Azul, que cria uma tela de proteção em volta de Rigus.
E assim em meio aos assassinatos, magia, traições e flashbacks o primeiro livro da trilogia é desenvolvido.
Com um protagonista de caráter duvidoso, ambientes escuros e um mundo de características degradantes, talvez realmente possa-se concordar que o livro inaugure o gênero "fantasia noir" (obrigada, Falacultura), mas nem por isso, acho eu, que seria um filme que o Tarantino gostaria de produzir, pois apesar das mortes infantis, não há tanta violência quanto a que a capa sugere, nem o protagonista é tão verborrágico ( como Vincent em Pulp Fiction), aliás ele é taciturno e sombrio e em boa parte das cenas ou está chapado de "sopro de fada" ???ou querendo se drogar.
Apesar de toda essa ação de marketing falsa e de falta de explicações, o livro não é de todo ruim. A história é boa, o final foi bem criado e as muitas pontas soltas me fazem querer ler o segundo livro. Mais para ver se ele responde a alguma das minhas perguntas do que realmente o interesse pela história.
No geral, digo que se você gosta de fantasia, não crie muitas expectativas e se gosta de histórias organizadinhas - como eu- talvez esse livro não seja para você.

"-Você é um homem frio.
-Este é um mundo frio.Eu apenas me ajustei a temperatura."
veja outras resenhas em:

site: www.blogmundodetinta.blogspot.com
Chellot 17/12/2014minha estante
Sabe se esse livro tem continuação? Achei o final meio como se faltasse alguma coisa.


LUA 17/12/2014minha estante
Chellot, tem sim, pelo que sei é uma trilogia, mas não tenho ideia de quando será lançado. Não vi nenhuma notícia.


Chellot 17/12/2014minha estante
Pelo que li é uma trilogia mesmo. Eu também não entendi muita coisa e tem muitos fios soltos na trama. Mas foi um bom passatempo. Quer ler algo realmente bom? Leia a saga do Mago (Mago Aprendiz, Mestre, Espinho de Prata,...) Recomendo também Elantris.


Chellot 17/12/2014minha estante
Ao menos eu achei muito bom. Bem melhor que O guardião.


Chellot 17/12/2014minha estante
Foi por isso que perguntei. Não vi nada sobre uma possível continuação.


LUA 17/12/2014minha estante
Eu achei que ele deixou muita coisa sem explicação. Ele criou um mundo e nos deu e nos deixou na adivinhação e não com as pontas, mas o lençol todo solto.
Elantris tá na minha lista há um bom tempo, mas ainda não peguei para ler ;) vou ver suas outras dicas.




Renato 16/07/2012

3,5
Esqueçam a sinopse do livro. Esse livro passa longe de O Senhor dos Anéis e nem é tão sombrio ou épico quanto os livros do Ridley Scott.
Trata-se de uma história que gira em torno de um cara conhecido como “o guardião”, um ex-agente do governo que, por algum motivo (que jamais fica 100% claro) foi exonerado do cargo, tornando-se um traficante e viciado responsável por uma fatia do crime da Cidade Baixa (a zona pobre de uma cidade localizada em algum ponto entre o medieval e o pós-apocalíptic). Quando crianças começam a aparecer morta, o guardião resolve investigar o caso. Em suas andanças, ele fareja indícios de prática de arte (magia) negra e depara-se com o surgimento de uma criatuta maligna invocada do “vazio”.

O personagem principal, o guardião, é um sujeito carismático, portando sempre uma resposta esperta e engraçada na ponta da língua, às vezes com um toque de humor-negro. O leque de personagens também é bacana, desde o Garrincha, o menino de rua lacônico, até o Grou Azul, o grande mestre da magia e protetor da cidade, passando por Adolphus, o sócio grandalhão que só surge atrás do bar do Conde da Sinuosa – a taverna de propriedade dele e o prsonagme-título, que é usada como quartel general da venda de entorpecentes ilícitos.

A trama, que é cheia de altos e baixos, vai se sustentando mais no carisma d’O Guardião que em seu mistério central, que vai se desfazendo aos poucos, de forma bem “quadradinha”, já que cada capítulo sempre traz uma pequena parte do quebra-cabeça. A mistura de estilos é bacana, e o autor vai dosando bem o humor com os trechos de mais ação e o background meio fantasioso. O D. Polansky escreve bem e bola conceitos legais que, se não são exatamente originais, pelo menos são bem empregados.

As falhas que eu identifiquei no livro foram as seguintes: alguns diálogos são meio bobos, e expõem a inexperiência do autor (o que é justificável, já que a primeira obra dele, até onde eu sei); embora não seja exatamente um grande problema, o livro é vendido como um romance de fantasia ao estilo O Senhor dos Anéis, o que não poderia estar mais longe de acontecer, já que é muito (muito mesmo) mais sobre um mistério meio policial, meio noir, do que sobre uma aventura em um mundo de fantasia com elfos, árvores falantes e outros seres fantásticos; o climax é bem ruim, a reviravolta final é infantil e previsível, além de ser muito apressada, já que todas as pontas construídas ao londo da narrativa são amarradas em 2 ou 3 páginas, ao melhor estilo scooby-doo de desmascarar o verdadeiro vilão.

Por último, cumpre falar um pouco da edição brasileira (a minha é a 1ª, de março de 2012), que traz inúmeros erros de concordância e traduções meio truncadas e confusas em algumas partes. Até mandei um e-mail pra editora, espero que isso seja corrigido nas próximas.
No mais, é um livro bacana que vale a pena ser lido, apesar dos problemas. Queria dar 3,5 estrelas, então vou arredondar um pouquinho pra baixo hehehe.
Renato 17/07/2012minha estante
Ah, esqueci de comentar: acho que um ponto positivo é que o autor não se prende em parar pra nos explicar as regras desse mundo fantástico concebido por ele, deixando que nós mesmos assimilemos esses conceitos.

Mas acho que o livro se beneficiaria de um apêndice que pudesse nos situar um pouco a respeito de Rigus, das 13 terras, dos povos (drens, ashers, kirens, etc.), da guerra, etc.

Mas isso pode ser corrigido nas próximas obras do autor.


Paulote 16/11/2019minha estante
Não li e, aparentemente, acho que não tem a qualidade e maturidade de um Philip K. Dick, um Asimov, um Arthur C. Clarke nem mesmo um George R R Martin.
Só para constar, Ridley Scott é apenas um cineasta, não é escritor. O filme Blade Runner, foi escrito com base no livro "Do Androids dream of Sheep?" de Phillip K. Dick, por sinal o mesmo gênio que escreveu The man in the High Castle, livro que inspirou a excelente série homônima do Amazon Prime Vídeo.
Dentre outros livros, são pelo menos 12, escreveu também Minority Report, O Homem Duplo e Agentes do Destino (esses três também foram para a telona).
Philip K. Dick é escritor genial.
Ridley Scott, por sua vez, é um excelente cineasta.




Marcos 21/05/2012

Resenha do livro O Guardião - Cidade das Sombras de Daniel Polansky - 3canecas.com

www.3canecas.com



Crianças estão desaparecendo e em seguida são encontradas mortas, os agentes da Rainha não encontram nada e não existem suspeitos. Um ex-agente da coroa, vai em busca de respostas, depois de encontrar o corpo de uma das vitimas. O Guardião - ele conhece bem esse lugar. Após ser expulso da Casa Negra, seu lugar é o submundo e ao lado de ladrões, viciados, gangues e policiais corruptos. Seu alívio? Um bom trago de um sopro de fada, uma droga que ele mesmo fornece, agora na sua nova vida de narcotraficante. E não pense em invadir seu território, porque a situação pode ficar feia.

O Guardião é um daqueles personagens únicos, um anti-herói que podemos considerar um resto de ser humano, mas que nos faz gostar dele em cada diálogo, com seu cinismo e sua língua afiada. Ele é o único que pode, conseguir descobrir o que realmente está acontecendo com as crianças da Cidade Baixa. E por falar na Cidade Baixa, esse ambiente noir criado por Daniel Polansky, rico em detalhes, com suas organizações criminosas e lembrando uma Chicago da década de 30, com uma Londres de tempos atrás. Mas sim, temos fantasia também nesta trama. Feitiçaria e criaturas horríveis de outro mundo podem ser invocadas e com seu poder desproporcional, podem fazer verdadeiros estragos e transformar a morte em algo realmente feio, até mesmo para aqueles que convivem com ela, todos os dias.

Os personagens são autênticos, com suas raças e religiões próprias. E como não gostar de Adolphus e Garrincha.

Posso dizer que “O Guardião” é um livro que possui 70% de um thriller policial e 30% de fantasia. Daniel soube combinar esses dois temas e o resultado é gratificante, uma leitura que conduz o leitor à um novo mundo policial e investigativo. Vejo um certo exagero quando falam que o livro é um encontro de Tarantino e Tolkien, porque a trama está bem próxima dos filmes de Tarantino, entretanto distante de Tolkien.

Espero que o Daniel saiba aproveitar, esse novo mundo criado por ele e que nos próximos volumes, ele adicione um pouco mais de fantasia na trama.
Jeniffer 27/03/2017minha estante
Essa história é um pouco medieval?




kah 08/05/2014

O livro foi para mim uma completa surpresa! Daniel mistura nesse livro romance policial e literatura fantástica produzindo algo inteiramente único.
Mas não é essa mistura que faz o livro surpreendente,o que o faz é o envolvimento que a investigação do Guardião tem com o leitor, que junto a ele encaixa as pistas e tenta desvendar o caso de garotas assasinadas brutalmente!E após um enredo de dúvidas há o desfecho inesperado e inacabado, onde descobrimos que quem planejou estava acima de qualquer suspeita, tão acima que você começa a cogitar como pôde ser tão cego e não pensar nessa hipótese, que agora parece tão óbvia!
Ao longo do livro eu como fã de literatura fantástica senti a falta de um maior deenvolvimento da parte mágica e sobrenatural do livro, porém, tenho esperanças que no segundo livro haverá um enfoque maior nessa parte tão importante da histórias dessa cidade das Sombras, da cidade Baixa.
Espero que a editora lance esse segundo livro, e que em mais um caso eu me surpreenda com a inteligência e o senso de justiça de um anti-héroi fadado as misérias e podrdões da humanidade!
Joviana 08/05/2014minha estante
adorei a resenha!




Naty__ 24/08/2014

Surpreendente!
"-Você é um homem frio.
-Este é um mundo frio. Eu apenas me ajustei à temperatura"

O Guardião é uma obra envolvida de mistérios e surpresas do início ao fim. Logo no começo da obra, somos apresentados a um crime bárbaro: uma garotinha chamada Tara é encontrada morta. Ela foi estuprada e assassinada. O Guardião, personagem principal da trama, passa a investigar o crime.

O que me chamou a atenção na escrita de Polansky foi sua ideia criativa em elaborar vários crimes e adentrar em um gênero inovador: a fantasia noir. Ele soube desenvolver e descrever o enredo de maneira única e fantástica. A narrativa é fluída, envolvente e instigante.

“[...] O mundo se torna um lugar melhor quando visto apenas de soslaio” (p.09).

O autor mescla fantasia com a magia e uma história policial de tirar o fôlego. A corrupção e a destruição de uma sociedade são retratadas de maneira fiel e incrível. O protagonista é totalmente cativante e fora do comum. Não é nenhum super-homem, tampouco um príncipe. Seu jeito é astuto, sua língua é afiada, uma pessoa cética, cínica e solitária. Muitos o consideram como um cara sem sentimentos. Até poderia ser considerado assim, no entanto, quando ele passa a investigar os desaparecimentos de algumas crianças na Cidade das Sombras, podemos notar que esse coração não é tão frio como alguns acreditam.

O Guardião é um personagem viciado em drogas e a usa para suportar o seu dia a dia mórbido, em uma cidade onde a vida é desvalorizada e os crimes não são desvendados como deveriam. Ele é um ex-combatente de uma Grande Guerra e sobreviveu a uma peste que matou muitas pessoas em Rigus. O que mais chama a atenção em seu jeito, tornando-o cativante aos leitores, sem dúvida, é o fato de ele matar. Suas mortes são sangrentas e horripilantes. Polansky arrebentou nas descrições de cada morte do Guardião.

“Coce uma ferida por muito tempo e logo ela irá começar a abrir novamente” (p.102).

O livro nos apresenta também outros personagens. Um dos que gostei bastante, tirando o protagonista, claro, foi Garrincha. Uma criança completamente fora do comum. Seu jeito parece uma miniatura do personagem principal. Suas respostas são aguçadas, ele não tem medo de nada e sua sede por um trabalho chega a ser comovente.

Polansky retratou um mundo completamente infame e patife, mas ele não é uma ilusão ou uma utopia. Esse mundo existe e o vivenciamos de algumas maneiras. Embora seja narrado de modo fantasioso, com elementos mágicos, com figuras dos Gélidos e os magos, podemos contemplar que as histórias descritas na obra estão presentes em nosso mundo e, sequer, damos conta disso.

“[...] O fato de seu cavalo chegar no fim da corrida não significa que você fez uma aposta inteligente” (p.158).

Não existe um personagem perfeito, um herói montado em um cavalo branco e que salvará a criança de todas as barbaridades. O Guardião é cheio de defeitos, fala de maneira rude; até mesmo Garrincha é vítima da aspereza dele, contudo, notamos que ele tem um lado sensível e que busca a justiça acima de tudo.

O projeto de capa ficou excelente e a diagramação está incrível. As páginas amareladas, o espaçamento ótimo e a letra fazem com que a leitura fique mais agradável e veloz. O mistério e o lado sombrio no design fazem toda a diferença. Sem dúvida, é uma capa que chama a atenção. Notei alguns erros tanto de tradução quanto de revisão, mas nada que prejudique meu favoritismo pela obra.

“– As pessoas são tolas. Não é preciso um profeta para lhe dizer o futuro. Olhe para ontem, olhe para hoje. Amanhã provavelmente será igual, e depois de amanhã também” (p.337).

Recomendo a leitura para aqueles que gostam de uma boa fantasia e para aqueles que gostam de personagens com personalidades fortes e descrições de mortes pesadas.
Julielton 30/08/2014minha estante
Li a resenha do segundo livro primeiro e acho que terei que reler, para ligar os pontos. Não que sua resenha tenha ficado confusa, apenas não enxerguei esse livro como antecessor do outro, mesmo que o Guardião e os personagens continuem iguais, não consegui entende-lo.
Adorei saber que há mortes e que essas são horripilantes, acho que um livro deve narrar o acontecimento de forma crua e direta, sem medo e tato, se é realmente uma morte triste e tenebrosa ela deve ser narrada como tal.
Fiquei curioso em conhecer esse estilo de fantasia noir, quem sabe é um gênero que irei adotar como um dos meus favoritos.




Gil 26/07/2012

Quando vi o release do livro fiquei bem empolgada para ler, pois parecia um livro bem fantasioso, cheio de ação e detalhes sórdidos rs. E como eu estava querendo uma leitura diferente, solicitei com a Geração Editorial, que o enviou super rápido. O livro nos mostra O Guardião, em nenhum momento seu nome é citado, mas isso não é problema nenhum. Ele vivia em uma pousada, situada na Cidade Baixa, uma cidade, pobre, cheia de crimes, ladrões, prostitutas, viciados... O Guardião agora trabalha sozinho distribuindo algumas coisas ilícitas, mesmo assim, ele combate o crime sempre quando preciso. Um homem taciturno, que detêm o respeito ou medo das pessoas. Ele por ter trabalhado para a Casa Negra, uma espécie de "delegacia". Lá ele era muito bom no que fazia e fez raros amigos e muitos inimigos, antes de ser destituído de seu cargo. Após o assassinato de algumas crianças, ele passa a tentar descobrir que está por trás disso e o porquê?

O personagem é um antagonista, ele favorece parcialmente o crime ao vender seus narcóticos e ao mesmo tempo luta contra alguns outros crimes. É um novo gênero literário, ficção noir, mistura fantasia, magia e thriller policial. O porquê do Guardião ter sido afastado do cargo isso não ficou bem claro para mim. Como a investigação no dia a dia era bem detalhada, achei que o desfecho do porquê das crianças serem mortas, poderia ter sido mais explorado, já que tinha uma carga de magia envolvida, poderia ter enriquecido mais o final. Gostei de alguns personagens secundários, como o Adolphus. O trabalho visual do livro está muito bom, mas há alguns erros na diagramação, nada que atrapalhe também. Há muitos conceitos novos inseridos pelo autor, principalmente sobre outras raças. Não achei a história tão sombria e violenta quanto a sinopse diz, sem dúvida a narrativa é rica em detalhes, além de bem articulada. Este é o primeiro da trilogia Cidade das Sombras, estréia do autor Daniel Polansky.
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patyalgayer 07/07/2012

Leia no blog: http://www.magicaliteraria.com/resenha-cidade-das-sombras-o-guardiao-de-daniel-polansky/

O Guardião é de um estilo literário que eu nunca tinha lido até então, e que me deixou bem impressionada com seus atrativos: a fantasia noir, que consiste nada mais, nada menos, que fantasia, misturada com thriller, misturada com aquele clima noir típicos dos filmes de suspense. E posso dizer que, embora eu tenha ficado com um pouco de receio deste novo estilo literário antes de começar a leitura, este livro me deu prova suficiente que este será um estilo que eu, definitivamente, voltarei a ler assim que possível!
O Guardião – nosso “mocinho”, que em momento algum cita seu nome verdadeiro – é um sujeito taciturno, que vive em uma pousada humilde na Cidade Baixa, traficando drogas e utilizando-se de sua própria mercadoria para manter a sanidade em um mundo cruel. Depois de encontrar o cadáver de uma garotinha desaparecida, com sinais de estupro e assassinato brutal, o Guardião decide buscar o responsável por tamanha atrocidade, e acaba descobrindo uma trama muito pior do que ele imaginava a princípio, uma trama que parece envolver usuários da “Arte”, magia negra e outros elementos sinistros que podem acabar com a vida de muita gente daquela inóspita região…
Gostei muito da narrativa de Daniel Polansky, que adequa perfeitamente os diálogos, descrições do ambiente e impressões do personagem principal ao clima sombrio predominante na trama. Todo o livro é narrado em primeira pessoa, sob o olhar do Guardião, e mostra bem o temperamento do mesmo, com muito sarcasmo, ironia e um vocabulário bem adequado ao local onde vive. Porém, ao contrário do que eu esperaria de uma narrativa assim (nunca fui fã de palavrões e termos chulos em geral, e nunca achei de bom tom utilizá-los na narrativa de um livro…), o uso desses atributos acabou encaixando muito bem à história, dando mais veracidade à trama e nos situando melhor no ambiente. Claro, o uso desta linguagem, mais as cenas um tanto quanto violentas (e algumas bem perturbadoras, por sinal), transformam esse livro em uma obra pouco indicada para os leitores mais jovens… menores de 18 anos, esse livro não é pra vocês!
Além da narrativa, outro aspecto que me agradou bastante foi a caracterização dos personagens, todos bem marcantes e com personalidades por vezes bastante dúbias. Gostei muito de Adolphus, o dono da pensão cuja aparência não deixa entrever o grande coração que tem, e também de Garrincha, o garoto soturno que acaba se transformando em uma espécie de aprendiz de nosso anti-herói… temos vários outros personagens importantes, como Yancey, Adeline, Crispin, Beaconfield, dente outros; no entanto, estes dois foram os que mais me agradaram, e que tornaram a experiência de ler este livro ainda mais prazerosa!
A Geração Editorial fez um bom trabalho com este livro, com uma capa excelente (e bem condizente com a história), diagramação bem feita e materiais de boa qualidade. A tradução e revisão deixaram um pouco a desejar, sobretudo em confusões com “ele” e “ela”, e alguns errinhos a mais que acabam chamando atenção do leitor (como, por exemplo, o nome de uma droga que aparece na história: no início, chama-se “vinonírica”, depois passa a ser traduzida como “vinonífera” e, posteriormente, “vinorífica”… o.O). No mais, é um livro muito bom, altamente recomendado para os entusiastas de livros mais “darks” e ficção fantástica em geral. Dou nota 9 a O Guardião, com certeza é um livro que merece ser lido! E, o melhor de tudo, é que ele faz parte de uma trilogia – apesar de ter um desfecho bem satisfatório, sem muitas pontas soltas – , então podemos esperar ao menos mais 2 livros neste cenário fantástico que Polansky criou, para saciar nossa sede por fantasias noir!!
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Isa Gama 21/12/2012

Não lei esse livro com expectativa...
Primeiro eu queria dizer que o livro não tem nada a ver com o que está escrito na sua contra-capa e nem nas orelhas. Não é um livro "policial noir como os de Raymond Chandler e James Ellroy com o ritmo sanguinolento de Quentin Tarantino e a fantasia de Senhor do Anéis num cenário como a Los Angeles de Blade Runner"
Todas essas comparações são bem diferentes da realidade do livro. Isso não quer dizer que seja ruim, só não é TÃO bom assim.
O personagem principal, O Guardião (em nenhum momento seu nome é falado), é uma espécie de traficante decadente que já esteve no exécito e já foi um dos Agentes (uma espécie de detetive). Isso eu achei bem válido, quer dizer, não conheço nenhuma outra história de fantasia com um personagem assim, porque nesse tipo de história o personagem principal é uma criança ou um adolescente, no máximo, e não um adulto drogado de 30 e poucos anos que vive na Cidade Baixa.
Mesmo que a história tenha um bom ponto de partida, ela não se desenvolve tão bem.
Primeiro temos um trecho da vida sem propósito que leva O Guardião, vendendo suas drogas, comendo porcarias, cobrando dívidas, esse tipo de coisa. Depois crianças começam a desaparecer e ele entra de cabeça na investigação desses casos. Não vou escrever mais para evitar spoilers.
Resumindo, o que eu posso dizer é não leia esse livro com expectativa.
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Gih Figueiredo 11/09/2012

FANTÁSTICO!
Como sempre, demorei uma eternidade até decidir que seria esse livro a comprar. Fui até a livraria do shopping da minha cidade e "O Guardião" foi um dos primeiros que eu olhei, pois havia chegado a apenas uma semana e estava em um lugar estratégico. Na hora achei sua capa incrível e sua sinopse melhor ainda, mas decidi ver mais alguns antes de dar o veredicto final. Uma hora depois saí de lá com esse livro maravilhoso em mãos, sem nem ao menos me dar conta de que todas as expectativas que eu alimentava eram poucas em relação a ele.
Aquilo que diz na sinopse do verso do livro - a que usei aqui na resenha - está certo! Contudo, acho que não foi uma mistura de Quentin Tarantino e J. R. R. Tolkien. Acho a literatura de Tolkien muito "bonitinha" para uma comparação dessas, embora seu lado sombrio seja incrível. O autor que eu usaria para comparar nos termos do "sobrenatural" desse livro seria Stephen King. Então, sabendo disso, imagine qual seria o resultado de uma mistura assim?
O nome do personagem principal é desconhecido. Os que dialogam com ele durante o livro nunca o pronunciam, deixando uma lacuna no texto que trás uma tensão no ar. Só sabemos que ele é chamado de "O Guardião" porque ele deixa bem claro no início e algumas poucas pessoas durante poucas vezes o dizem. Sempre achei que isso dá um suspense, e essa foi uma semelhança que encontrei com a narrativa de King, pelo menos em uma de suas criações.
A Cidade das Sombras é sua morada. Um lugar que condiz perfeitamente com as características do narrador e personagem principal. Mistérios e magia, envolto pela perdição das várias raças que ali vivem e que se sucumbiram ao medo e às drogas que ali permanecem. O Guardião é um traficante e usuário de drogas, mas nem sempre sua vida foi assim. Ele nunca foi dos mais dignos homens, mas já esteve do lado oposto ao crime e exerceu suas funções com perfeição.
O primeiro corpo é encontrado pelo Guardião. Uma garotinha, que é estuprada e morta de maneira tão peculiar que atrai sua atenção. Seguindo pistas ele vai atrás do assassino, mas este é morto diante de seus olhos por algo ainda mais estranho. Uma criatura do vazio, invocada pelos mestres da Arte, que trás às suas vítimas um sofrimento inigualável. Contudo, mais crianças somem e o Guardião, maior suspeito e com vários inimigos de longa data, é obrigado a ir à procura dos verdadeiros autores daqueles terríveis crimes.
Tudo na história é impactante. Desde o cotidiano até os personagens que preenchem o contexto e são quase que irrelevantes trazem para a leitura algo novo, que eu não sei exatamente como explicar. E os que sempre aparecem reforçam ainda mais isso, como seu amigo Adolphus, dono do bar em que ele morava, o Conde Sinuosa, e seu "pupilo" Garrincha, um delinquente mirim exatamente como ele foi quando jovem.
De início fiquei meio receosa, mas até mesmo o vocabulário cheio de palavrões contribuiu para que eu chegasse a essa conclusão. O personagem principal é fantástico. Um homem feio, de 35 anos, envelhecido precocemente pelo sofrimento do passado e pelo uso de substâncias suspeitas, ignorante e sarcástico. Adorei o jeito dele, suas falas cheias de ironia, mas cheias de vivacidade e frieza ao mesmo tempo.
NUNCA li nada igual e creio que nunca irei ler. Com certeza Polansky deu início à um novo gênero, que promete muito à nós leitores loucos pelo surreal. É uma narrativa fácil de entender, embora tenha suas características únicas. Alguns graves erros de edição poderiam ter comprometido a estória, mas parece que nos 3 últimos capítulos me esqueci completamente deles. O final foi SURPREENDENTE. Meu coração foi à mil!
"O Guardião" se tornou um dos melhores livros que já li por ter sido tão impactante. É uma das jóias literárias capaz de acabar com os pré-conceitos e modismos adquiridos pelos leitores da atualidade. Sua singularidade encanta mesmo com todo o lado sombrio e nos leva a uma experiência nunca antes imaginada.

Obs.: Texto original da resenha publicado em http://gihfigueiredo.blogspot.com.br/2012/08/resenha-o-guardiao-daniel-polansky.html
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Farlei 01/12/2012

com conseguiram estragar este livro
ruim mesmo principalmente o fim escrevia mais uma quarenta paginas mas fazia um final dessente
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Matheus Braga 30/12/2012

Cidade das Sombras: O Guardião - Daniel Polansky
Hey pessoal, tudo bem?

Este foi um livro que já me conquistou pela capa, e a medida que devorando suas páginas, me peguei preso em um mundo no qual não queria mais sair e que infelizmente chegou a um final. Só me resta deixar aqui minha maior dúvida: QUANDO LANÇA O SEGUNDO VOLUME?

O desaparecimento de uma garotinha e o seu reaparecimento, morta, é o que da inicio a nossa aventura. O Guardião, nome dado ao personagem principal, decide investigar tal morte a fundo já que ele foi quem encontrou o corpo dela em uma viela no meio da noite. Contudo, embora muitos acreditem que isso foi obra de uma pessoa meramente cruel, o Guardião sabe que os dedos dos Artistas, nome dado aos praticantes de magia, estão no meio de toda essa bagunça, ele jurou encontrá-los, mesmo que isso custe sua vida, ou apenas alguns membros.

A história presente neste livro é algo fora do comum e diabolicamente deliciosa. Se você está esperando um protagonista montado em um cavalo branco e vestindo uma armadura reluzente, ou, brilhando que nem uma fada no sol, pode desistir. Nosso protagonista foge a todos os estereótipos de "cara bonzinho" já que ele é: Viciado em uma droga que ele mesmo trafica, não se importa com coisas triviais como amor, é um exímio lutador mas não luta (são seus inimigos que adoram bater a cabeça em seus punhos) e o principal, ele mata sem piedade e é isso que o torna tão especial e carismático.

Como um livro não se resume a apenas um personagem e, por mais que eu queira falar o quanto o Guardião se tornou meu personagem favorito de livros envolvendo um bom Thriller, temos também a presença de dois de meus outros personagens favoritos, que são: Adolphus, o brutamonte mais feio que um troll e Yancey, o bardo/rimador. Enquanto o primeiro é um taberneiro/dono de pensão carrancudo e que a seu modo cativa o leitor, Yancey é o típico amigo desleixado que mesmo tendo dinheiro e talento, são liga para nada alem de seguir seu sonho, o que no caso é a música/poesia.

A narrativa de Polansky, como já havia dito acima, é bem diferente de tudo aquilo que temos no mercado atualmente. Inaugurando um novo gênero, a Fantasia Noir (pronuncia-se Noar), que até então era vista apenas em filmes e nunca envolvia nada além da morbidez e dos assassinatos, Daniel conseguiu juntar todos os requisitos para um grande best-seller em uma única obra. Seus personagens são bem construídos e dotados de personalidades fortíssimas, seus diálogos são dinâmicos e em muitos casos rimos para não chorar e por último, mas não menos importante, temos a figura dos Gélidos (uma espécie de poder militar da Rainha) e dos Artistas, que são os magos deste mundo, dando ao texto aquele charme até então visto apenas nas grandes fantasias épicas.

Por mais que eu deseje dizer que esta obra é nada mais do que perfeita, aparentemente nem tudo são rosas, e tenho que pontuar alguns pontos negativos presente na narrativa. Um deles é a introdução de palavras e entidades típicas desse novo mundo sem uma explicação do que realmente são, como Sakra, O Primogênito e Chinvat, que a medida que vamos lendo nos fica claro que são divindades mas que, em um primeiro momento, deixa o leitor confuso e perdido. Alguns errinhos de tradução e também estão presentes, como a grafia do nome de Adolphus que em um dado momento era chamado de Adolfo. Outra coisa que me deixou muito incomodado foi quando Garrincha pergunta ao Guardião o que significa a palavra Negligente e ele responde que significa "que não é serio". O_O

Pessoal, por mais que eu queria recomendar este livro para TODO MUNDO, infelizmente não posso, pois temos algumas palavras bem pesadas e muita violência entre as páginas dessa obra. Mas se você não se incomoda com o fato que nem eu, fica a dica então de uma ótima leitura que como disse, é diabolicamente deliciosa.

Abraços,
Matheus Braga - http://vidadeleitor.blogspot.com.br/
@MatheusBragaM
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abibliotecadadih 29/07/2023

?
Finalmente, achei que esse livro não ia acabar nunca, muito detalhes desnecessário, muito personagem complexo. Não é um livro para uma leitura tranquila para relaxar... Me sinto exausta
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Thais de Lioncourt 24/04/2013

"o guardião" Daniel Polanski
Crianças estão desaparecendo e morrendo na Cidade Baixa...

Ao encontrar o corpo de Tara, o guardião, ex-agente secreto da coroa, sobrevivente da peste e da guerra, agora traficante de drogas, se vê como único a descobrir quem está matando essas crianças. Com um raciocínio invejado, uma inteligência sem igual e com o conhecimento necessário na arte da investigação, esse notório personagem anti-herói que cativa pela ironia, por sua falta de beleza e pela sagacidade, acaba descobrindo que a morte dessas crianças envolve algo bem maior do que ele imaginava.

Minha opinião...
Achei o livro meio ruim de narrativa, ás vezes eu me perdia um pouco quando o assunto era a descrição dos becos e da cidade, adorei o personagem, mas achei a história um pouco previsível já que descobri o final antes de chegar nele. E chegando ao final me decepcionei com o desenrolar, uma vez que o guardião com todo seu conhecimento em investigação que te prende no livro todo, consegue ERRAR o verdadeiro alvo, acho que o final poderia ter sido diferente.
Achei fantástico, porém não o melhor do mundo por conta do final...

É uma leitura rápida e gostosa, ri muito com os diálogos dos personagens, e com certeza irei ler o segundo da trilogia. as cinco estrelas fica mesmo por conta da ironia do guardião :)
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Literatura 25/04/2013

Um bom começo
Em uma cidade atormentada pela violência, onde os pobres vivem sem quase nenhuma lei, parcialmente esquecidos pelas autoridades, e os ricos podem fazer o que bem entendem, enquanto as forças policiais são comandadas por oficiais corruptos e truculentos, vive O Guardião (Geração Editorial, 448 págs.), um ex-policial, ex-combatente de guerra, que já perdeu há muito tempo a fé na humanidade e vive agora como narcotraficante, totalmente dependente dos produtos que vende.

Clichê?

Seria, se o estreante Daniel Polansky não tivesse ambientado tudo isso em um mundo tão parecido quanto diferente do nosso. Em uma realidade que é apresentada por meio de doses ao leitor, evitando que páginas inteiras tornem-se “enciclopédias” da fantasia arquitetada pelo autor, existem cidades, raças e até mesmo deuses totalmente inéditos, criados em detalhes e exibidos sem embromação descritiva.

Veja resenha completa no site:
http://migre.me/egBf7
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