A Igreja do Diabo

A Igreja do Diabo Machado de Assis




Resenhas - A igreja do diabo


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Lucas1806 13/05/2024

Machado é Machado: consegue compor algo tão brilhante em pouquíssimas páginas!
Me fez refletir sobre a eterna contradição humana. Em uma utopia de bondade absoluta, mesmo assim o ser humano tenderia para o "mal", buscaria seu próprio proveito, cederia ao pecado. Mas em uma situação de mal absoluto, onde individualismo e mesquinharia se tornariam os valores dominantes e absolutos, ainda assim o ser humano cometeria seus deslizes, cedendo aos impulsos ainda mais primitivos do que a mesquinharia: a solidariedade, a compaixão ao próximo, já que, ao final, o homem ainda é um ser social, que teve seu sucesso evolutivo graças à vida em conjunto.
Afinal, essa é a natureza humana. Há o individualismo, mas também há o altruísmo. Queremos nosso próprio bem, mas também queremos o sorriso no rosto daqueles que amamos. Somos bons, e também somos maus. Seres complexos, pintados em variantes tons de cinza.

Ademais, minha resenha foi mais baseada em uma reflexão que tive ao ler, não sendo a interpretação "oficial", que aborda o papel da religião na sociedade. Apenas mais um "insight" que tive e resolvi por em palavras.
Jenni 13/05/2024minha estante
Pensei a mesma coisa quando li




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namorada.negan 08/05/2024

É uma leitura que nos faz refletir
Pelo o meu entendimento o Diabo não queria que os pecados não fossem algo feito como um mal sem intenção, na visão dele estava tudo desorganizado, então ele teve a brilhante ideia de fundar uma Igreja, mas antes ele foi ao céu e pediu permissão a Deus, com a permissão concedida ele fundou sua Igreja e o que antes era pecado, no caso os 7 pecados capitais se tornaram algo bom e criaram regras, inclusive coisas que acontecem até nos dias atuais, tornando a obra atemporal, tudo tava tranquilo até aí, mas com o tempo as pessoas que frequentavam a Igreja do Diabo começaram a descumprir de certa forma a "doutrina" imposta pelo Diabo, como as pessoas que eram casadas evitavam a traição e também pessoas que davam de esmola aos pobres.

Com isso podemos ver que independente do regime que é imposto numa sociedade sempre irá haver alguém que certamente irá desobedecer e/ou descumprir.
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ismaelmarquesdias 02/05/2024

"A venalidade, disse o Diabo, era o exercício de um direito superior a todos os direitos. Se tu podes vender a tua casa, o teu boi, o teu sapato, o teu chapéu, cousas que são tuas por uma razão jurídica e legal, mas que, em todo caso, estão fora de ti, como é que não podes vender a tua opinião, o teu voto, a tua palavra, a tua fé, cousas que são mais do que tuas, porque são a tua própria consciência, isto é, tu mesmo? Negá-lo é cair no absurdo e no contraditório. Pois não há mulheres que vendem os cabelos? Não pode um homem vender uma parte do seu sangue para transfundi-lo a outro homem anêmico? E o sangue e os cabelos, partes físicas, terão um privilégio que se nega ao caráter, à porção moral do homem? Demonstrando assim o princípio, o Diabo não se demorou em expor as vantagens de ordem temporal ou pecuniária; depois, mostrou ainda que, à vista do preconceito social, conviria dissimular o exercício de um direito tão legítimo, o que era exercer ao mesmo tempo a venalidade e a hipocrisia, isto é, merecer duplicadamente."
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m.dalri 21/04/2024

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Luan.NietzsChe 14/04/2024

"Que queres tu? É a eterna contradição humana."
"Olhai bem. Muitos corpos que ajoelham aos vossos pés, nos templos do mundo, trazem as anquinhas da sala e da rua, os rostos tingem-se do mesmo pó, os lenços cheiram os mesmos cheiros, as pupilas centelham de curiosidade e devoção entre o livro santo e o bigode do pecado.", disse o Diabo, numa tentativa de convencer Deus de que seus fiéis não são tão fiéis assim.

Cansado da desordem em seu reino, tem a, até então, genial ideia de fundar uma igreja na Terra e, assim, puxar os infiéis do Senhor para o seu ministério. Crédulo de que seu plano daria certo e que o céu seria como uma casa vazia, pediu permissão d'Ele e Ele assentiu.
Já na Terra, não negou que era o Diabo e, com suas palavras bem pensadas, conseguiu, de fato, puxar a galera para suas doutrinas e regras.
Mas algo que o Diabo não esperava é percebido pelo próprio: a intrínseca contradição humana. Imponha-nos regras que caminharemos noutro caminho. Nostalgia.

Machado deixou-nos uma belíssima reflexão, seja lá qual for a regra imposta sobre o povo, há de sempre haver certa nostalgia, uma contradição intrínseca, que os faz repetir regras antigas ou simplesmente não obedecer. Embora estejamos a todo instante em busca de Novidades, somos impelidos pela própria por, contraditória consigo mesma, tornar-se, em pouco tempo, ultrapassada, superada. Faz-nos, então, voltar ao que nos é conveniente e onde estamos acomodados. Claro que outros se convém e se habituam com novas doutrinas, afinal o inatual já fora atual. Mas percebem que é mais fácil e preferível voltar ao que já está acomodado do que acomodar-se n'algo novo?
Sara.Goncalves 15/04/2024minha estante
muito bem redijida sua resenha??????


Luan.NietzsChe 16/04/2024minha estante
redijei?????




Clara1924 12/04/2024

Sem dúvidas, Machado de Assis é um dos melhores escritores brasileiros da história
é um conto incrível sobre como o homem não se contenta com nada
e adoro o fato do diabo ter humor ácido em absolutamente qualquer obra
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Alexandra 17/03/2024

Capaz de algodão com franjas de seda
O conto é maravilhoso. Abre um caminho maduro para a leitura do acervo que compõe o pacto faustico. Recomendo fortemente a leitura.
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totyy 16/03/2024

A Igreja do Diabo
?a eterna contradição humana?

genial, comecei um novo hobby de ler contos e esse foi fantástico! é muito interessante como podemos interpretar a história de diferentes formas. é minha primeira leitura do autor e achei ela bem inteligente, não existe ser mais complexo que o humano.
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Samuel1056 04/03/2024

Um breve comentario sobre a obra igreja do diabo
Meu mano machado mandou como sempre uma baita crítica social com muita ironia e humor acido, ótimo conto poderia ser maior na minha nada humilde opinião.
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Maria19407 20/01/2024

Alugou um triplex na minha cabeça sobre a contradição humana! meu primeiro contato com as palavras do Assis.
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Isabelly 17/01/2024

A humanidade é cinza
Um Conto inteligente para refletir.
Para mim, ele não fala apenas sobre a desobediência humana com as regras impostas, mas que a humanidade não vive de extremos, bem e mal, e sim que temos nossos momentos.
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Charlles2 17/01/2024

Ironia machadiana.
- Que queres tu? É a eterna contradição humana.

Machado, Aquiles! A tragédia que nunca se apagará.

?A ira tinha a melhor defesa na existência de Homero; sem o furor de Aquiles, não haveria a Ilíada: "Musa, canta a cólera de Aquiles, filho de Peleu..."
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