Lívia Stocco 21/04/2013ApaixonanteEm “Marley e Eu” o autor conta a história de sua própria vida ao lado do cão, Marley, um labrador que chegou em casa pequenino e que se tornou um enorme cão de 43 quilos.
“Era um cão como não havia outro nas redondezas: arrombava portas, esgadanhava paredes, babava nas visitas, comia roupa do varal alheio e abocanhava tudo a que pudesse. De nada lhe valeram os tranquilizantes receitados pelo veterinário, nem a "escola de boas maneiras", de onde, aliás, foi expulso. Mas, acima de tudo, Marley tinha um coração puro e a sua lealdade era incondicional.”
Analisando apenas a parte textual, “Marley & Eu” tem uma escrita fluída, que não é cansativa em nenhum momento e que envolve o leitor com muita habilidade. É um livro excepcional, principalmente para os amantes de animais. Eu, como apaixonada por cachorros, não pude deixar de me emocionar. Para quem já teve o prazer de ter um melhor amigo como Marley, muitas das travessuras do “pior cão do mundo” (que, na verdade, não é tão mal assim), não serão tão surpreendentes, mas vistas com certo carinho. E, como se trata da narrativa de uma história real, você já começa a ler prevendo o que acontecerá no final, e as memórias de cada um dos cães que passaram por minha vida foram evocadas com tanta paixão que foi difícil manter os olhos secos para conseguir ler as páginas seguintes. No final, a sensação que você tem é de que Marley poderia ser seu cão, e de que aquelas memórias tão inusitadas que ele criou para John poderiam ser suas próprias memórias.
Uma pequena observação: li a edição de luxo, que tem fotos do Marley e é impresso em papel couché, de melhor qualidade, mas diferentemente do que recomendei sobre “O Código Da Vinci”, não vi grande enriquecimento para a história nas fotos. Neste, são ilustrações carinhosas da narrativa, mas é perfeitamente possível imaginar cada episódio sem a presença das imagens, que não ilustram exatamente cada situação, pois são fotos de família, reais.
Um livro emocionante, lindo e recomendadíssimo.