Cruzando o Caminho do Sol

Cruzando o Caminho do Sol Corban Addison




Resenhas - Cruzando o Caminho do Sol


245 encontrados | exibindo 181 a 196
1 | 2 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17


Thaís Cavalcante 14/06/2012

Resenha: Cruzando o Caminho do Sol | Corban Addison
Como disse no Quote da Semana #12, "Cruzando o Caminho do Sol" fala sobre um assunto muito atual, real e, infelizmente, presente no mundo inteiro: o tráfico humano. "É um empreendimento ilegal que afeta praticamente todos os países do mundo e gera um lucro de mais de 30 bilhões de dólares por ano, forçando milhões de homens, mulheres e crianças à prostituição e ao trabalho escravo."

Dividido em quatro partes, o livro faz o paralelo entre a estória de Sita e Ahalya, irmãs que vivem na Índia; e Thomas, advogado nos Estados Unidos. Sita e Ahalya presenciam um tsunami que mata seus pais, avó e a empregada que sempre vivera com elas, deixando-as orfãs. O primeiro pensamento de Ahalya, irmã mais velha, foi tentar chegar ao colégio St. Mary, onde estudavam, para que conseguissem abrigo e proteção da irmã Naomi. Mas infelizmente, no meio do trajeto, são vendidas e levadas para um bordel. Thomas, que vive do outro lado do mundo, advogado em um grande empresa, passa por momentos difíceis e acaba indo para Mumbai para trabalhar na Aces, uma ONG que luta contra o tráfico humano, e para tentar reconquistar sua esposa, Priya.


Posso definir este livro em poucas palavras: tocante! Eu geralmente me coloco no lugar dos personagens, imaginando o que faria, como agiria e vi em duas meninas a força, a vontade de viver e reviver o que tinham num passado não muito distante, a paz, o amor da família, amigos, a felicidade; e acredito que são estes os sentimentos que as pessoas que passam pelas mesmas coisas devem ter, apesar de toda dor e sofrimento. É difícil imaginar como alguém consegue tomar posse da vida do outro assim, passando dos limites, invadindo, literalmente, seu espaço.

Continue lendo: http://pronomeinterrogativo.blogspot.com.br/2012/06/resenha-cruzando-o-caminho-do-sol.html
comentários(0)comente



Moana Oliveira 12/06/2012

Sita e Ahalya eram meninas acostumadas com uma vida de luxo e tranquilidade, até que a família Ghai sai para passear num domingo de sol, mas uma tragédia acaba com toda essa paz. Enquanto Ahalya caminhava na areia, observando sua irmã catar conchas do mar, percebe uma movimentação incomum nas ondas – esqueci de respirar nesse momento -, e de repente uma onda enorme arrebenta brutalmente sobre a costa, levando tudo e (quase) todos que estavam no caminho.

Com a catástrofe, as meninas foram tudo o que restou de sua família. Desnorteadas, elas vão para um colégio de freiras, St. Mary, onde já haviam estudado. No caminho acabam aceitando uma carona, porém são sequestradas, sendo forçadas a trabalharem num Bordel, que fica na região pobre da Índia.

A história de Thomas Clarke também não é uma das melhores, ele era um renomado advogado de Washington, até o falecimento de sua filha e o abandono de sua mulher, que volta a morar com seus pais, na Índia. Para completar, ele foi afastado durante um ano do caso a que tanto se dedicou.

Com a esperança de reconciliar-se com sua mulher Priya, ele acaba indo trabalhar voluntariamente na ACES, uma empresa que combate o tráfico de mulheres e crianças na Índia. É a partir daí que sua vida cruza com a das irmãs Ghai, levando o leitor ao caminho de diversas emoções no decorrer do tempo.

Por que eu recomendo? Porque apesar do tamanho, a leitura flui de forma rápida, e acada capítulo o leitor é surpreendido com trechos de poesias, tanto indianas quanto ocidentais, deixando a estreia de Corban ainda mais emocionante. Se você gosta de romances, não deixe de ler!
comentários(0)comente



Samantha @degraudeletras 09/06/2012

Samantha M. - Word in my bag - http://wordinmybag.blogspot.com
Cruzando O Caminho do Sol é um romance publicado pela Novo Conceito que tem como tema central o comércio de seres humanos.

Confesso que relutei um pouco para começar a ler o livro, pensei que seria uma estória que envolveria cenas sujas de sexo ou bizarrices do submundo do tráfico... Mas esse livro me surpreendeu em todos os aspectos! Simplesmente todos!

O meu histórico de leitura para esse livro no Skoob levou nota 5 todas as vezes que atualizei, o Romance é simplesmente maravilhoso. Então vamos debater...

Duas estórias paralelas completamente distintas que se cruzam em um ato heróico.

Thomas é advogado em uma renomada empresa e passa por dificuldades no trabalho e enfrenta um pré-estabelecido divórcio com Priya, sua (ex)esposa, que após entrar em estado catatônico por causa da morte da filha, resolve deixar o marido por falta de atenção e por suspeitar de traição.

Em paralelo, duas menores, Ahalya e Sita, sofrem nas mãos do comércio do sexo na Índia e tráfico internacional de drogas após perder a família em um Tsunami. Vindas de uma família tradicional de Mumbai, as duas garotas eram bem educadas e tinham uma vida perfeita em meio ao amor do seio familiar.

Mesmo sofrendo, as irmãs lutavam para não perder da memória todas suas tradições familiares, na tentativa de fugir da realidade triste em que estavam vivendo.

" O mundo podia roubar sua liberdade; podia acabar com a sua inocência; podia destruir sua família e arrastá-la por caminhos para além de seu entendimento. Mas não podia privá-las de sua memória. Apenas o tempo tem esse poder, e Sita iria resistir a todo custo.
O passado era tudo o que restava para ela." P. 299

Apesar do conteúdo forte e pesado do livro, por tratar de um assunto tão sério, o romance é simplesmente lindo e cheio de altos e baixos constantes, quando você menos espera aquela adrenalina de leitura toma conta de você e logo em seguida a ternura e compaixão toma conta do seu coração. Envolvendo não apenas duas estórias, mas desenterrando o passado e arrastando centenas de vidas numa encruzilhada de emoções.

Eu diria que foi a melhor e mais rica leitura do ano!


Um detalhe do autor, que foi caprichado pela editora foi os pequenos versos de escritores clássicos no começo de cada capítulo.

" Se você nunca viu o diabo, olhe para si mesmo."
Jalal-uddin Rumi

" O coração tem razões que a própria razão desconhece"
Blaise Pascal

"O príncipe das trevas é um cavalheiro."
William Shakespeare

"Não permita ao coração arder pelo que já passou"
Épico Ramayana

Percorrendo três continentes, Addison nos leva ao encantador mundo da cultura indiana sutilmente, nos ensinando aspectos curiosos e importante do dia a dia dos moradores de Mumbai, desde os sáris à lendas dos deuses da região.
comentários(0)comente



jo 09/06/2012

FANTÁSTICO
Um relato muito bem escrito.Você começa a ler e é impossível parar até chegar ao fim e quando chega fica difícil se despedir dos personagens.O tema do livro é profundo e dolorido,mas o autor consegue no meio de tanta crueldade colocar um toque de ternura nesse drama.Vale muito a pena cada página.
comentários(0)comente



Books 08/06/2012

Destinos Cruzados
-Resenha:O que Thomas Clarke, um advogado norte-americano que trabalha para uma renomada empresa de advogacia, e acabou de ser deixado por sua esposa indiana Priya depois de uma tragédia em sua família tem a ver com Sita e Ahalya,duas irmãs indianas de uma família de classe média alta, que depois de um tsunami perdem tudo que conhecem.
Depois que Thomas é deixado por sua esposa indiana Priya acaba se envolvendo com uma das advogadas da empresa em que trabalha, mas sente que está traindo Priya apesar de estarem separados.Tudo muda quando em uma tarde ele vê uma garotinha sendo sequestrada em plena luz do dia, então ele descobre o mundo do tráfico humano.Decide então que irá ajudar crianças e jovens como a garotinha sequestrada a serem encontradas, aceitando trabalhar em uma ONG na Índia.
Em meio a esse mundo ele acaba descobrindo a historia de Sita e Ahalya,duas irmãs que estão sendo obrigadas a se prostituir em um "bordel" depois que perder sua família no tsunami, e vai a procura de Priya para tentar reatar com ela apesar dele se sentir culpado em relação ao caso que teve depois que ela foi embora.
Em meio a historia de Thomas acompanhamos a historia de Sita e Ahalya, pelo ponto de vista principal de Ahalya, como ela luta para sua irmã não ser abusada como ela é.Até ser salva pela ONG onde Thomas trabalha, mas Sita não consegue ser salva sendo vendida minutos antes da ação da ONG.Aí começamos ver o ponto de vista de Sita, como ela é vendida e como cruza três continentes por isso, mas não chega a ser abusada.
Thomas luta para encontrar Sita, quando ele visita Ahalya, ele não sabe na hora mas acaba fazendo uma promessa a Ahalya, que irá encontrar Sita.Sua relação com Priya está indo bem mas tudo pode acabar com um fim de semana,que deveria ser romântico, e um e-mail que ela lê.
Ao lermos o livro podemos entrar um pouco na mente e vida de alguém que está sofrendo ou sofreu abusos de todos o tipos.Pode ser "pesado" para muitos, mas recomendo muito!!
comentários(0)comente



stsluciano 07/06/2012

Bom livro para uma estreia.
Inicialmente mesclando passagens na Índia, acompanhando as irmãs Sita e Ahalya; e nos Estados Unidos, o jovem advogado Thomas, o livro já começa prometendo ser um interessante choque entre duas culturas tão diferentes, mas ao acompanhar as desventuras das irmãs fica bem claro que será bem mais profundo que isso. Acostumadas a uma vida confortável, vêm tudo destruído após a passagem de um tsunami que as deixam órfãs. Sequestradas, acabam aprisionadas em um bordel. Já Thomas, na tentativa de aplacar a dor causada por uma grande perda se afunda de cabeça no trabalho, negligenciando seu casamento e sua esposa – a indiana Priya – em parte se esquecendo de que ela também partilhava desta dor, de modo que se separam e ela retorna para sua terra natal. Pouco depois ele é “convidado” pela empresa onde trabalha a tirar um ano sabático, e neste momento, onde parece estar sem saída, decide partir para a Índia, trabalhar em uma ONG, ao mesmo tempo em que tentará se reaproximar de sua esposa.

Addison faz um bom trabalho ao traçar a personalidade de cada um e como a forma como foram criadas as levam a reagir aos acontecimentos: as irmãs, mesmo sofrendo muito, encaram a situação como sua cultura as leva a fazer, ou seja, tudo o que acontece com elas se dá por um desígnio divino, por um plano maior dos muitos deuses da cultura indiana. E, mesmo nos momentos em que se questionam mais profundamente – e isso mesmo os cristãos fazem muito – quando se perguntam o porque de aquilo estar acontecendo com elas, a fé acaba suplantando as dúvidas, mas, ao mesmo tempo, deixando-as apáticas, na típica alienação advinda da religião, sem forças para lutar contra a situação, pois se trata da vontade de uma entidade superior, algo que, independentemente do que fizessem, aconteceriam à elas.

Quanto a Thomas, no começo o achei fraco, mas não é isso. Um homem que perde a família de uma hora para a outra e vê seu emprego por um triz fica desajustado. Se de uma forma qualquer ele consegue avaliar sua situação e partir em busca de soluções para ela, então ele tem todo o meu apoio. O que acho importante dizer é que ele não é um herói de capa e espada, tampouco Ned Stark. Mas estas pequenas falhas de caráter que se podem perceber nele facilmente apenas o identificam como humano, e seria cínico de minha parte apontar o indicador por isso.

Do outro lado da história, o mais real e menos romântico, as descrições de como o esquema de tráfico humano funciona, e quantas pessoas ganham muito dinheiro comercializando vidas impressiona. Sei que se trata de uma obra de ficção, mas o autor fez uma extensa pesquisa sobre o assunto, de modo que seu livro fosse o mais próximo possível da realidade. Os ambientes descritos são repugnantes, e não se restringem somente à Índia: em sua busca, Thomas parte para a França e os Estados Unidos, e em todos eles as condições de vida são degradantes – e não se enganem, mesmo as mansões nestes casos oferecem riscos.

Porém, considero que o autor falhou somente ao indicar as razões pelas quais essas garotas não fogem. Claro que as ameaças físicas devem ser constantes e bem contundentes, e também, no livro, houve a aceitação trazida pela cultura, mas já vi em alguns lugares menções ao vício em entorpecentes que impedem que elas fujam – os sequestradores viciam essas garotas, para que, dependentes, e no estado letárgico que o uso de alguns tipos de drogas causam, se tornem mais fáceis de controlar. Pessoalmente, creio ser uma razão mais eficiente que castigos físicos e ameaças.

Corban escreve bem, mas seu texto não tem nada de maravilhoso, nada que te leve a dizer: “nossa, Addison é um de meus autores favoritos”. Ele tem um texto muito correto, limpo, mas é só. Falta o algo a mais, aquilo que nos faça cair o queixo e aplaudir a genialidade de um escritor. É bom, sim, nos entrega o que promete – o que é excelente em se tratando de uma estreia, e nos faz esperar por resultados ainda melhores no futuro.

Mais no blog: http://www.pontolivro.com/2012/06/cruzando-o-caminho-do-sol-resenha-53.html
comentários(0)comente



Hannah Monise 07/06/2012

O Submundo do Tráfico Humano
Saber diferenciar no tema de um livro e desenvolvê-lo muito bem é para poucos. E entre esses poucos está Corban Addison, que escreveu um livro maravilhoso!

Ahalya e Sita, depois de um tsunami ocorrido na Índia, acabam virando órfãs. Como resultado deste acontecimento, elas são seqüestradas, indo parar num bordel que é sustentado pelo tráfico de mulheres para a prostituição. Thomas Clarke é um advogado americano que, como estagiário, vai à Índia para trabalhar numa ONG que combate o tráfico humano, além do objetivo de reconquistar a esposa. Seus caminhos se cruzam e muitas coisas levam a um forte laço entre eles. Um tema que talvez nunca tenha sido usado num livro de ficção, juntamente com romance, resultou numa bela escrita, que leva o leitor a conhecer mais a fundo um assunto que, muitas vezes, passa despercebido em um mundo onde quase ninguém tem tempo para se preocupar com coisas que, segundo algumas pessoas, não lhe dizem respeito.

“Sem que se possa prever, um terreno firme se transforma em areia movediça. A razão dá lugar à loucura e pessoas bem-intencionadas perdem a cabeça.” (Página 36)

Tema: tráfico de mulheres. Local onde se passa a história: América do Norte, Ásia e Europa, mais especificamente EUA, Índia e França. Numa mistura de cultura, personagens que vivem de modos diferentes passam por situações que nos prendem ao livro, principalmente por seu diferencial, a temática central.

Logo ao começo, meus olhos encheram-se de lágrimas enquanto as meninas passavam por perdas devido ao tsunami em seu país. Fez-me pensar em como as pessoas que passam por isso realmente sofrem! As emoções narradas pelo autor, em terceira pessoa, nos envolvem completamente, ainda mais quando se referem à Ahalya, que demonstra um lindo sentimento de amor e proteção em relação à irmã, Sita.

Como uma boa amante de romance, é claro que eu esperava muito disso quando escolhi o livro na minha estante para ler. O romance se passa entre Thomas e sua esposa Priya que, assim como Ahalya e Sita, também é indiana. Foram poucos os momentos em que eu pude babar durante a leitura, mas suficientes, pois não era o foco do autor em seu livro. As emoções ficaram por conta dos momentos de agonia, nos momentos em que eu pensava em como as meninas estavam sofrendo.

Quanto aos personagens, Ahalya talvez seja a mais forte, com tantas coisas acontecendo à sua volta, ela sempre tentava passar tranqüilidade à irmã; Thomas parecia pensar como um adulto normal, cheio de preocupações em relação ao trabalho, porém, seu pensamento em relação às coisas da vida vai mudando ao decorrer da história; e Sita demonstra ser uma garota tão forte quanto sua irmã quando precisa encarar sozinha muitas outras coisas.

Cruzando o Caminho do Sol foi escrito baseado em pesquisas do próprio autor sobre o tema. Ele viajou até a Índia e entrevistou pessoas que passaram por coisas parecidas. Acho que, por ouvir relatos destas pessoas e, com certeza, ter se emocionado ao falar com as mesmas, ele soube escrever uma história muito real e com detalhes sobre como é o submundo do tráfico humano.

Por apresentar um tema que eu nunca havia lido em ficção e uma cultura diferente, este livro me prendeu e me fez ficar ansiosa por cada acontecimento. Se você se deixa envolver, facilmente se emocionará!

“- Por que as mulheres insistem em falar por meio de enigmas?
- Porque o amor é um enigma – respondeu ela -, assim como a vida.” (Página 262)
comentários(0)comente



Ká Guimaraes 06/06/2012

Primeiro romance de Corban Addison, e está cheio de emoções
Posso dizer que o autor fez uma bela de uma estréia, muitos vão ler este livro e verão que ele vai mexer com os seus sentimentos. Cruzando o caminho do sol, é muito diferente do que estamos acostumados em uma romance, pois sempre vemos cenários como Nova York, Paris e outros, mas nesse encontramos um cenário mega diferente, tudo se passa na Índia.

Logo no inicio do livro, uma tragédia enorme, avassaladora acontece, um tsunami arrasou a cidade em que as irmãs Ahalya e Sita moram, seus pais, e todas as pessoas que conhecem não sobreviveram à temível tragédia. O modo em que o autor mostrou essa tragédia, me fez lembra de muitos tsunamis que tivemos na vida real, muitas órfãs que existem. E muitos jovens que assim como Ahalya e Sita, ficaram se perguntando O que vou fazer agora? O autor conseguiu transmitir para o leitor a dor da perda, uma perda que elas não esperavam, e que levou todos que elas amavam.

Muitas coisas acontecem a irmãs, coisas horríveis, é mega perturbador o que elas passam, me fez pensar em como a humanidade é egoísta, como tem pessoas no mundo sem nenhuma piedade, que são malvadas por próprio prazer. O modo em que o autor explora o trafego humano é algo muito real, vemos isso diariamente na televisão, algo que não deveria estar acontecendo, imagina você ser vendido? A época da escravização já passou. Este assunto sempre me deixou irritada, e sei que sempre me deixará irritada, por tem pessoas neste mundo aproveitadoras, que quando vê uma tragédia já está lá para pegar as pobres meninas indefesas.

Mudando de assunto, e voltando para o livro, eu sempre me distraio e acabo falando mais que tudo né? Nesse livro também conhecemos Thomas, um advogado americano que tenta construir sua carreira em uma empresa, mas todo esse trabalho acabou custando um preço, sua filha e esposa. Quando sua esposa mais precisou, ele não estava lá inteiramente, agora que ela partiu para sua terra natal, ele deve que decidir muitas coisas.

A história vai muito alem da tragédia pessoal, mostra o amor, tanto entre casal e entre a família, mesmo sendo angustiante, ela é emocionante. Quando terminei de ler o livro, fiquei com ele muito tempo em minha cabeça, não consegui esquecer.

Acho que todos vão conseguir entender a minha resenha, quando fico indignada com uma coisa, não consigo escrever muito. Mas se você tem a oportunidade de ler este livro, leia que não irá se arrepender.
comentários(0)comente



Leo Oliveira 04/06/2012

Cruzando o Caminho do Sol
"Porque os lugares escuros da terra ficaram cheios de moradias de violência."
Asafe, o salmista

Sita e Ahalya vivem na Índia com seus pais, onde desfrutam de muita paz, amor e conforto como toda família de classe média alta. Nem tudo é tão bom que não possa piorar. Em uma manhã de domingo a vida calma e afetuosa das irmãs muda completamente, um Tsunami atinge a cidade onde elas residem e a destrói por completo levando consigo os pais, a avó e a empregada da família. Sita e Ahalya estão sozinhas e não sabem como prosseguir diante de tamanha catástrofe, até que decidem recomeçar as suas vidas indo até a cidade onde reencontram um suposto conhecido de seu pai... elas não devem acreditar em tudo o que lhes é imposto...

"Ahalya despertou numa espécie de entorpecimento e sensações enevoadas. Era a ressaca da droga que lhe deram para dormir e, num primeiro instante, não sabia ao certo onde estava."

Capítulo 3 - página 55.

Enquanto isso entramos na estória de Thomas, um homem que possui marcas de sofrimento ainda não cicatrizadas. Ele é "obrigado" pela empresa onde trabalha a tirar umas férias para se distanciar do trabalho. Ele tem duas opções: ou viajar para um resort ou se engajar em uma causa.
Após presenciar um sequestro, ele opta pela segunda opção e vai para Mumbai. Na Índia, Thomas encontra trabalho na Aces - Aliança Contra a Exploração Sexual - onde vê como os humanos podem ser desprezíveis.

"Na segunda-feira, Thomas foi ver Nigel McPhee após a reunião da manhã. Um pensamento o estava perturbando desde que deixara o White Orchid e se intensificou depois que Dinesh voltara para casa, no domingo à tarde, com um sorriso tranquilo no rosto."

Capítulo 8 - página 136.


A escrita de Corban me deixou boquiaberto do começo ao fim da narrativa. A veracidade com que ele expressa os fatos, a convicção com que dirige os personagens é fantástica. Em nenhum momento ele perde o "fio da meada". Corban consegue entrelaçar a estória das irmãs com a do advogado de maneira simplória e concreta. Cruzando o Caminho do Sol te leva a um universo ainda não explorado - o tráfico humano - que mostra os sonhos de meninas e mulheres sendo roubados e trancafiados a sete chaves.

O livro tem o poder de transformar e mexer com as emoções de quem o lê e estou com uma dificuldade enorme em escrever a resenha por este simples fato:Corban conseguiu mostrar a vida de várias meninas que até hoje vivem presas apenas para satisfazerem os desejos de homens sujos e escrotos, de maneira sútil e carregada com dor, frieza e desprezo.

Até que ponto nós humanos somos capazes de respeitarmos nós mesmos?


Diagramação: A diagramação é ótima, em páginas amareladas as palavras são colocadas com emoção e completam-se de maneira inexorável. Em cada início de capítulo há uma arte na página lindíssima e citações que nos remetem a autores indianos e orientais. Mais uma vez a editora Novo Conceito preenche nossos olhos com maravilhosas estórias.

Capa: A capa deixa o livro ainda mais misterioso, ela aborda traços indianos com toques sutis e constrói em suma o enredo do livro.

Autor: É o primeiro romance de Corban e para mim ele se saiu maravilhosamente bem, a maneira com que ele lida com os personagens, como os envolve é simplesmente brilhante. Ele tem um estilo único, em minha opinião, pois ele trata de um assunto complicado de maneira fácil e rápida, trazendo um mix de dor e amor.
Espero que ele nos brinde em breve com mais uma estória que nos surpreenda tanto quanto esta.

Editora: O que falar da Novo Conceito? Mais uma vez deixando-nos sem palavras.

"As necessidades são muitas e os desafios, muitas vezes, parecem sobrepujar nossa capacidade. Mas não existe problema sem solução. Nós podemos fazer a diferença: um mundo, uma dádiva, uma vida de cada vez.”

Corban Addison
comentários(0)comente



Lay 03/06/2012

Em uma palavra: IMPERDÍVEL!!!!
Fiquei um pouco receosa para inciar a leitura desse livro justamente por saber que o tema abordado era muito forte e não me sentia em um momento propicio para esse tipo de leitura, mas parei de adiar e resolvi encarar que é um tema importante e devo dizer, não me decepcionei. É possível perceber que o autor se debruçou muito em pesquisas para escrever esse lindo livro.

A historia é contata em 3ª pessoa alternando capítulo sobre as irmãs indianas Ahalya (17 anos) e Sita (15 anos) e outro sobre o advogado norte-americano Thomas Clarke. Mas você pode se perguntar como essas historias se cruzam. Ahalya e Sita, que estão passando as férias com os pais numa cidade afastada, veem toda sua família morta após um tsunami. Garotas de classe média alta e cultas veem-se perdidas diante dos fatos e sem saberem a quem recorrer e onde ficar decidem ir para o Colégio onde estudavam, no entanto, para chegar lá elas teriam que percorrer um longo caminho sem saber em quem confiar. Porém, após encontrarem um conhecido de seu pai e conseguirem uma carona até a cidade onde ficava o colégio tudo começou a desandar. Após verem-se sozinhas com o motorista, as garotas foram sequestradas e vendidas para um bordel em Mumbai. Dessa forma começa a se apresentar a rede de tráfico humano.

Há milhares de quilômetros dali, Thomas se vê em um momento infeliz em sua vida. Após a morte de sua filha de meses de vida, ele vê seu casamento desabar e sua mulher, Prya o abandona e volta para a casa dos pais na Índia. Para completar o cenário, seu trabalho também não vai bem, e com a derrota de um caso importantíssimo, ele é colocado como bode expiatório. Com as opções dada pela empresa, Thomas decide-se por um ano sabático na Índia trabalhando para a Aces (Aliança Contra a Exploração Sexual). Esse parecia apenas um acidente de percurso, pois, para ele, após um ano voltaria para a empresa e poderia novamente seguir seu caminho rumo à uma cadeira em um tribunal federal (seu objetivo desde os 15 anos) e para chegar lá, tinha que estar nos melhores lugares, nos melhores escritórios de advocacia.


Chegando em Mumbai, Thomas se vê em um mundo completamente diferente do seu. Morando com um amigo dos tempos da faculdade, ele inicia seu trabalho como estagiário na Aces e passa a conhecer o trabalho burocrático por traz das ONGs. E é em uma operação de resgate da Aces que Thomas conhece Ahalya, embora seu trabalho não seja em campo, sempre em algum momento, os advogados, que trabalham no escritório vão à campo para ver com seus próprios olhos.

Mesmo socorrida dos abusos que sofreu no bordel de Mumbai, o sofrimento de Ahalya, ainda não tem fim, pois sua irmã foi vendida. A partir daí ela pede à Thomas que encontre sua irmã.

Uma historia envolvente, forte e que nos faz refletir muito sobre o que vemos no mundo e o que fazemos de conta que não vemos. O tráfico de seres humanos existe. A escravidão existe. E Corban traz esse assunto em forma de romance para ser debatido. No final do livro, o autor nos dá informações sobre como ajudar e o que ler para ter maiores informações sobre o assunto.

Assim como Linhas e Brilhos, o cunho social desse livro é muito forte e impactante.

Confiram o texto completo em: http://layalmeida.blogspot.com.br/2012/06/resenha-cruzando-o-caminho-do-sol.html
comentários(0)comente



Rose 03/06/2012

Como vocês podem ver é uma capa belíssima, e ainda mais bela pessoalmente. O autor John Grishan disse que este é "um romance belíssimo com uma importante mensagem." Acreditem, ele não mentiu.
Comecei a ler este livro no dia seguinte da postagem que fiz sobre pedofilia e chorei em algumas passagens do livro.
A capa e a história do livro são hipnotizantes e você se vê envolvida no drama desta história. Você começa a pensar na vida, na sua vida e como eu disse na postagem da pedofilia, começa a ver como o ser humano pode ser tão cruel e mesquinho. Sim, é um romance fictício, mas tem muita gente que vive este drama diariamente. Penso no momento que enquanto estou aqui digitando estas palavras, alguém está sofrendo a dura realidade descrita nas páginas deste livro.
Em nenhum momento pensei em largar o livro. Em nenhum momento lembrei que a história era fictícia, já tinha até decidido verificar na internet sobre o grupo ACES que depois o autor conta que é ficção. O livro é tão bem escrito, com detalhes na medida certa, sem se tornar chato e cansativo, e ao mesmo tempo consegue nos deixar com os níveis de tensão lá em cima que fica difícil largar. Tá bom, deixa eu falar um pouco melhor da história em si do livro.
Cruzando o Caminho do Sol, conta a história de duas irmãs indianas, Sita e Ahalya, que são amadas e protegidas por seus pais. Suas vidas são viradas ao avesso quando um tsunami destroi a cidade em que moram e mata toda sua família. Sozinhas e sem saber o que fazer, elas partem em direção a escola onde estudam, mas no caminho infelizmente cruzam com maus elementos que a levam ao submundo do crime, para ser mais clara, elas se tornam vítimas do tráfico de pessoas e viram escravas sexuais. É isso mesmo, elas são duas entre milhares de pessoas que sabemos existirem pelo mundo que são raptadas ou enganadas com promessas de emprego mas que na verdade terminam sendo obrigadas a se prostituírem para não morrerem.
As meninas vão parar em Mumbai, sem conhecer nada nem ninguém, tendo apenas uma a outra em que confiar e amparar. Não sabem o que esperar do futuro além do medo e do terror de terem seus corpos usados.
A história destas meninas se cruzam acidentalmente quando Thomas, um advogado americano, recém separado de sua mulher indiana Pyra, é obrigada a tirar "férias" de um ano de seu emprego. Ele escolhe então trabalhar como voluntário na sede da Aces em Mumbai e aproveita a oportunidade para tentar reconquistar Pyra.
Ao chegar em Mumbai, Thomas perceber que a Aces será muito mais que "um ano sabático" como dizem no escritório, e que seu trabalho pode de alguma forma fazer a diferença no mundo e para algumas garotas.
Em um dos trabalhos da Aces, os caminhos de Thomas e Ahalya se cruzam, Ahalya é resgatada de um bordel, mas sua irmã desaparece. Comovido com a história das irmãs, Thomas acaba tomando para si a responsabilidade de encontrá-la. Sem nenhuma garantia e com muitos mistérios para serem resolvidos, começa a busca de Sita pelo submundo do comércio sexual.
Neste meio Thomas ainda tenta reconquistar sua mulher, ou melhor o pai dela que nunca o aceitou, e ele sabe que se quer voltar com Pyra, precisa da aprovação de seu pai.
Entre idas e vindas, perdas e ganhos, encontros e desencontros, Thomas segue o rastro de Sita e conhece o comércio online da prostituição, onde meninas são vendidas como gado e valem ouro se são virgens. Em uma tentativa de salvar Sita e outras meninas, além de desbaratar uma grande e importante rede de tráfico de pessoas e de prostituição, Thomas junto com o FBI e a Swat, armam um plano onde muita coisa está em jogo, principalmente a vida de vários rostos desconhecidos.
Como eu disse, um romance envolvente e hipnótico, e sim, tem uma mensagem sem igual. Se para qualquer mulher é difícil encarar um estupro, fico imaginando o peso do ato para pessoas com a cultura de Ahalya e Sita que são indianas, que como sabemos não tem tanto amparo como no mundo ocidental.
Nem sei mais o que dizer deste livro sem acabar revelando toda a história, só posso dizer que acho difícil encontrar alguém que não o aprove, seja como romance, seja como alerta. E pensar que este é o primeiro livro escrito por Corban Addison.
comentários(0)comente



Nina 02/06/2012

Cruzando o Caminho do Sol - Corban Addison
"Ela sempre se lembraria da irmã. Ela sempre se lembraria da pessoa que ela foi e da Índia que conheceram antes antes de toda aquela loucura. O mundo podia roubar sua liberdade; podia acabar com sua inocência; podia destruir sua família e arrastá-las por caminhos para além de seu entendimento. Mas não podia privá-las de sua memória." (p. 299)

As irmãs Ahalya e Sita Ghai tinham uma vida confortável na Índia. Filhas de uma família abastada, adoradas pelos pais, tinham acesso à todo conforto que que o dinheiro pode dar à duas adolescentes que se preparam para um futuro brilhante. Mas na manhã de Natal, um tsunami destrói seus sonhos. As meninas perdem seus pais, sua casa e toda a segurança do mundo que conhecem.

Kanan se aproxima das meninas e promete ajudá-las a chegar em segurança ao colégio de freiras onde elas estudavam. Mas, ao invés disso, ela as vende para Suchir, dono de um bordel em Mumbai que explora mulheres e crianças. As meninas são mantidas trancafiadas em um sótão imundo e Ahalya é protituída e violentada enquanto Sita assiste a tudo sem poder reagir, apenas esperando o dia em que chegaria sua vez.

Do outro lado do oceano, em Washington, Thomas Clarke também vê seu mundo desmoronar. Advogado em uma grande corporação, ele está trabalhando em um grande caso e seu sucesso será essencial para que ele chegue a sócio. Para atingir seus objetivos ele trabalha incansavelmente, esquecendo-se de sua esposa Priya, que, sozinha, tenta superar a morte da filha do casal, Mohini. Thomas perde o caso e se torna o bode expiatório do escritório, o que o obriga a se afastar para um ano sabático trabalhando em alguma ONG. Ao mesmo tempo, Priya cansada da indiferença de Thomas, volta à Índia para viver com seus pais.

Numa manhã, enquanto tentava decidir o que fazer, Thomas assiste a um sequestro. Uma garotinha de dez anos é levada de sua mãe e a polícia acredita que o objetivo é a exploração sexual, crime muito comum na região. Essa cena mexe muito com Thomas, a garotinha poderia ser Mohini. Por isso ele decide viajar à Índia para trabalhar na Aces, uma instituição que denuncia o tráfico de pessoas, e tentar reatar com sua esposa.

E é aí que a vida dos três personagens vão se cruzar.

Trabalhando na Aces, Thomas participa de uma ação policial que invade o bordel de Suchir e liberta Ahalya, porém Sita não estava mais lá. A menina já tinha sido vendida para Nahim, que a tirou do país. Ahalya é encaminhada para um ashran (orfanato), mas ela está desesperada por notícias da irmã. Em uma visita de Thomas, ela prende uma pulseira em seu pulso e pede para que ele a ajuda a encontrar Sita.

"-Você nunca ouviu falar de uma pulseira rakhi? [...] É uma tradição indiana que remonta há milhares de anos. Uma mulher entrega a um homem uma pulseira para ser amarrada em seu pulso. A pulseira significa que aquele homem é seu irmão. Ele assume o dever de agir em sua defesa." (p. 219)

Começa então uma perseguição alucinante, em que Thomas vai tentar usar todos os meios para encontrar Sita. Ele vai viajar por três continentes e mergulhar numa jornada pelo submundo do tráfico humano e da exploração sexual de crianças para cumprir a promessa que fez à Ahalya.

Cruzando o Caminho do Sol é um livro impressionante, que nos toca por denunciar crimes tão brutais cometidos contra crianças. Ler a transformação de Sita e Ahalya em mulheres é tão sofrido que acredito que vou demorar meses para me esquecer do que li. Humilhação, desespero, angústia, medo - tudo está transcrito ali de uma maneira tão objetiva que acho difícil que alguém não se impressione.

Mas, mais do que os horrores que essas crianças vivem nas mãos de seus exploradores, o pior de tudo e ler o quanto a justiça está atrasado em relação aos bandidos. É tanta burocracia e corrupção que parecia ser impossível que algum dia Thomas conseguisse resgatar alguém. A impressão que dá é que eles estão falando apenas de números e símbolos em um papel, e não da vida de uma criança. É revoltante! Criminosos são soltos por falta de provas e incompetência de policiais, juízes são comprados e acusados ameaçam testemunhas livremente.

E o pior de tudo é nós sabemos que isso ocorre todos os dias em todas as partes do mundo. O tráfico humano é negócio muito lucrativo para que as autoridades se mobilizem em uma ação que traga resultados efetivos. Os maiores envolvidos são pessoas ricas e poderosas, que não são pegas facilmente. Infelizmente, é essa a mensagem que o livro nos traz.

"- Você não está aqui porque eu sinto prazer no comércio sexual. Você está aqui porque existem homens que gostam de pagar por sexo. Eu sou apenas o intermediário. Alguns homens de negócios vendem objetos. Outros vendem conhecimento. Eu vendo fantasias. É tudo a mesma coisa." (p. 394)

Ou seja, mais do que combater o tráfico e a exploração de crianças, seria necessário tratar esses pervertidos que se divertem abusando de crianças.

Mesmo abordando um tema tão pesado que me impressionou tanto, Corban Addison soube tratá-lo na medida certa, sem dramas e sensacionalismos. Ele consegue passar sua mensagem sem apelar para descrições de cenas pesadas, que eu particularmente detesto! (Exemplo: O Caçador de Pipas)
A narrativa em terceira pessoa é ótima, pois dá para acompanhar a visão de todos os personagens e entender melhor todas as reviravoltas que a história dá, e são muitas!

Quanto aos personagens, é impossível não gostar das irmãs Ghai. A força e a resignação que elas demonstram diante do sofrimento é impressionante, principalmente em Ahalya. Thomas em vários momentos é indeciso e meio canalha com Priya e achei que ele não fosse conseguir cumprir sua promessa. Mas ele vai amadurecendo durante as páginas, mais até do que as meninas.

E mais uma resenha enorme!
Mas dessa vez foi inevitável mesmo, pois Cruzando o Caminho do Sol é um daqueles livros que marcam a gente por nos levar a refletir melhor sobre um problema tão grave e tão pouco abordado. Mas do que uma linda história, o livro traz também uma mensagem de alerta que todos deveriam ler.

Resenha postada no meu blog Pronto.Falei!
http://ninattavares.blogspot.com.br/2012/06/cruzando-o-caminho-do-sol-corban.html
André 03/06/2012minha estante
Muito bom!




Paula 31/05/2012

Cruzando o Caminho do Sol é um livro que arranca lágrimas e ódio, mas também é um convite para refletir sobre o poder da convicção, seja ela qual for. Emocionante e doloroso, no entanto, por se tratar de um assunto tão pesado, o autor conseguiu passar muito bem toda a sujeira que envolve o mundo do tráfico sem sensacionalismos, utilizando-se da sutiliza (sempre com os dois pés na realidade).

Leia a resenha completa: http://electricbeans.blogspot.com.br/2012/05/cruzando-o-caminho-do-sol.html
Silvia 15/01/2013minha estante
Amei este livro, achei ele intenso e lindo.




Juliana Vicente 29/05/2012

http://asmeninasqueleemlivros.blogspot.com.br/2012/05/cruzando-o-caminho-do-sol-corban.html
Esse livro me proporcionou uma leitura diferente de tudo que já li, aos poucos entramos em um mundo ilícito e apavorante, onde mulheres e meninas são vendidas como mercadoria todos os dias.

A transição de Sita e Ahalya de crianças inocente para adultas é algo impactante e doloroso de ler, pensar que isso acontece todos os dias é revoltante, ainda que existam organização que lutem contra a exploração de mulheres e crianças não são suficientes para acabar com o problema. O autor nos apresenta o difícil trabalho dessas pessoas que lutam contra o sistema do trafico humano.

Thomas é um advogado que tem como objetivo chegar o mais alto possível no escritório onde trabalha, para isso abdicou de uma parte importante de seus princípios e sua família, agora que sua esposa partiu e sua vida está uma bagunça percebe que algo precisa mudar. Em alguns momentos tive muita raiva desse personagem, suas ações por vezes são erradas, longe do ideal de perfeição que muitos personagens possuem, acredito que essa tenha sido a intenção do autor ao criar alguém que não acerta sempre.

Senti falta de mais profundidade em relação aos sentimentos de Ahalya, ela começa sendo uma personagem de grande importância, mas os outros personagens crescem tanto que acabam tomando seu lugar na história.

O autor descreve parte da rota do trafico humano, assim conseguimos ter uma pequena noção do tamanho dessa rede que liga TODOS os países do mundo. Isso mesmo, independente do lugar é possível encontrar crianças e mulheres sendo exploradas, afinal algo que gera tanto lucro é capaz de corromper facilmente.

Um livro que funciona como alerta a jovens que se iludem com empregos “maravilhosos” fora do país e tantas outras armadilhas que os aliciadores são tão eficazes em elaborar.

Sou sincera em dizer que não foi uma leitura empolgante, apesar de fluir perfeitamente, talvez por ser difícil se empolgar ao ler tantos relatos triste e absurdos que me fizeram sentir pequena diante de um mundo tão injusto.
Silvia 23/11/2012minha estante
Gostei deste livro e a temática é forte e o pior o tráfico humano é real, triste vergonhoso para a humanidade, e isso me faz pensar, somos seres evoluídos? Não, na minha opinião estamos muito longe da evolução espiritual e emocional.




Joe Silva 29/05/2012

Cruzando o Caminho do Sol
http://escrevendoaospouquinhos.blogspot.com.br/2012/05/sobre-livros-53-cruzando-o-caminho-do.html

O livro aborda um tema muito pesado e, apesar de todos saberem que existem e acontecem a todo momento, simplesmente fechamos os olhos e levamos nossas vidas como se nada tivesse acontecendo. Tráfico de pessoas, mercado do sexo, escravização no século XXI, tudo isso o autor traz ao leitor de uma forma sublime ao qual não há como tirar da mente após a leitura. Para quem é fraco para leituras intensas esse livro não é recomendado.

Na história (que é uma ficção, mas você sente como se fosse real e sabe que há casos semelhantes pelo mundo) conhecemos Sita e Ahalya, duas irmãs indianas que perdem tudo após uma tsunami arrasar o local onde viviam, matando seus pais, parentes e amigos. Então elas começam uma jornada para encontrar um local seguro onde possam viver o resto de suas vidas tentando se refazer desse trauma, mas no caminho elas são capturadas e vendidas a um traficante de pessoas e são levadas para um bordel em uma das maiores cidades da Índia, Mumbai.

No outro lado do planeta, em Washington, conhecemos Thomas, um advogado bem sucedido que está correndo atrás de seu reconhecimento para virar sócio da firma onde trabalha e se esforça ao máximo para conseguir, mas seu trabalho não é tão eficaz por causa de uma grande perda que acontecera com ele recentemente. E para piorar sua situação ele é pego como bode-expiatório de um processo que não deu tão certo e é colocado contra a parede tendo que escolher entre duas opções: tirar férias do escritório ou fazer algum trabalho pro bono em algum projeto fora do escritório em que trabalham.

Então as histórias se cruzam: Sita, Ahalya e Thomas. Três pessoas completamente distintas, com culturas distintas, mas que são vítimas de profundas dores causadas pela vida. Uma história emocionante que mostra a luta pela sobrevivência e liberdade e também a busca pela felicidade. Cruzando o caminho do sol não é somente uma leitura para passatempo, mas algo para que possamos refletir para dar valor ao que temos. E mesmo que se tivermos sofrendo alguma coisa sempre há o jeito de dar a volta por cima. Uma frase bastante conhecida que os otimistas de plantão costumam falar é: "Só não há jeito para a morte".
comentários(0)comente



245 encontrados | exibindo 181 a 196
1 | 2 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR