Cruzando o Caminho do Sol

Cruzando o Caminho do Sol Corban Addison




Resenhas - Cruzando o Caminho do Sol


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@ARaphaDoEqualize 14/10/2012

[RESENHA] Cruzando o Caminho do Sol
RESENHA ESCRITA PARA O BLOG http://equalizedaleitura.blogspot.com.br/ PROIBIDA COPIA TOTAL OU PARCIAL!

Sita e Ahalya vivem com seus pais na Índia. Elas são felizes, sua família é rica e elas vivem muito bem. São amadas e queridas. Mas tudo isso muda quando um tsunami leva embora tudo delas: sua casa, suas roupas, as pessoas que trabalhavam para seus pais... e levam eles também. Perdidas e sem saberem o que fazer, embarcam na tentativa de encontrar um amigo de seu pai que poderia ajuda - las... No entanto, elas não deveriam confiar em qualquer pessoa. No auge de seu desespero, as meninas vem sua inocência ser perdida quando são vendidas para o mercado negro da Índia e separadas. Cada uma vai ter sua dose de sofrimento e revolta. E nunca vão saber se seus destinos se cruzarão novamente.

Do outro lado do mundo conhecemos Thomas Clarke que está com sérios problemas pessoais, tentando reconquistar sua esposa e decaindo no seu trabalho. Quando aparece a oportunidade para trabalhar em uma ONG na Índia que luta contra o tráfico de humanos, vê seu destino se cruzando com os das duas irmãs. E conhece também o lado obscuro das ações humanas.

- Você não está aqui porque eu sinto prazer no comércio sexual. Você está aqui porque existem homens que gostam de pagar por sexo. Eu sou apenas o intermediário. Alguns homens de negócios vendem objetos. Outros vendem conhecimento. Eu vendo fantasias. É tudo a mesma coisa.


OK *respira fundo* Eu chorei com o livro. Sabe aqueles livros que entram para o clube dos únicos, exatamente por serem isso? Então, Cruzando o Caminho do Sol é o típico exemplo. Eu gosto muito desses livros que falam sobre sofrimento e tragédias. Mas ao mesmo tempo eles me chamam a atenção, por que eu conheço uma história diferente e sei quantas pessoas pelo mundo sofrem com aquele mesmo problema. E sempre cresce a vontade gritante de poder fazer alguma coisa para ajudar, pra fazer a diferença. Principalmente se esses problemas forem relacionados a mulheres. E o Corban traz exatamente isso. A temática me lembrou muito de Cidade do Sol do autor Khaled Hosseini. Mulheres que moram em países onde não são respeitadas e que sofrem desde que nascem simplesmente por serem... mulheres. São abusadas, desmerecidas, ignoradas.

O Corban criou uma história forte, emocionante, trágica e muito verdadeira. Quando eu pensava: 'Meu Deus, agora tudo irá se resolver!' sempre dava uma reviravolta na história. Eu li calma, pacientemente, absolvendo cada palavra, cada frase. Sofrendo junto e separadamente com a Sita e Ahalya e querendo lutar ao lado do Thomas. Eu me senti enojada com o que li, impotente, fraca com a narrativa de cenas fortes. Mas quando eu cheguei no final tudo se encaixou tão perfeitamente que eu respirei em alívio e emocionada. Eu sei que uma história ficcional, mas eu parei pra imaginar: quantas pessoas passaram por algo semelhantes? Foram afastadas das pessoas que amavam e violentadas?

Agora eu não conseguirei buscar o trecho exatamente, mas tem uma parte no livro que o Thomas pergunta para as pessoas que já trabalham na ONG a algum tempo os motivos para eles continuarem ali, se tudo parecia ir contra eles. A resposta é que eles não podem desistir só por que a polícia ou as pessoas com poderes não ajudam. Tinham que fazer o trabalho deles e era isso que eles faziam. Não iam desistir. E eu chorei mais ainda.

- Atualmente temos 25 meninas (...) Todas menores de idade.

- Eu não quero parecer cínico - interrompeu Thomas -, mas existem milhares de prostitutas menores de idade nesta cidade. Duas dúzias não parecem muita coisa.

- Uma vez, alguém perguntou à Madre Teresa como ela lidava com a pobreza mundial. Sabe o que ela respondeu? Você lida com o que está na sua frente.


Cruzando o Caminho do Sol é o tipo de leitura que nenhuma resenha, nenhum comentário, nenhuma palavra irá conseguir definir a primorosidade da obra. Você precisa sentir para conseguir entender. Eu li o livro no começo do ano, mas me marcou profudamente: por sua temática, por seus personagens, pela escrita. É totalmente irresistível, um belo exemplo de sobrevivência e amor incodicional, banhado com um pouco de tragédia e irreconhecível desespero. O melhor é saber que essa mistura resulta em um livro tão singular.
@ARaphaDoEqualize 14/10/2012minha estante
Oie Marli! Muito obrigada pelo comentário! Em poucas palavras você conseguiu resumir muito bem tudo que eu senti tbm e que talvez não tenha passado na resenha :*




Bru 01/10/2012

Cruzando o Caminho do Sol
O livro conta a história de Sita e Ahalya, duas adolescentes que vivem na Índia, elas moram com os pais e tem uma vida excelente e feliz.


Após um Tsunami que destrói seu país, suas vidas e sua família, a vida das irmãs muda completamente, elas ficam sozinhas no mundo. Ahalya tenta fazer escolhas para sobreviverem, afinal ela é a mais velha, elas tentam chegar até a escola de freira.

Elas acabam sendo sequestradas e são vendidas pelo tráfico de mulheres, e acabam indo parar em um bordel.

Ahalya tenta fazer de tudo para proteger sua irmã, e sua inocência.

Thomas Clarke é um advogado e está passando por coisas ruins na sua vida, ele foi abandonado pela esposa e sua filha acaba de falecer. Sem saber o que fazer ele começa a trabalhar em uma ONG contra o tráfico humano.

O caminho das irmãs e de Thomas se cruzam, e ele tenta ajudar as duas irmãs.

Desde o começo do livro mostra o amor entre as irmãs, um amor incondicional, que suporta tudo para uma ver a outra bem.

O livro é lindo e triste, o livro conta uma história que pode sim acontecer nos dias de hoje, e acontece.

Recomendo muito o livro, mas acho que você precisa estar preparado para a leitura, e para tudo que acontece com Ahalya e Sita.


Juliana G Neves 30/09/2012

Cruzando o caminho do sol
Esse foi sem dúvidas um dos livros mais intensos que li nos últimos tempos. Com garra, fome e paixão, Cruzando o caminho do sol, de Corban Addison, foge da chata mesmice, e põe o dedo na ferida. Se a grande sacada de lir um bom livro é poder viajar por ai, sem fornteiras, essa viagem pode ser mais desafiadora e incrível do que prevista ao olhar apenas essa linda capa.

Mostrando uma India milenar, cercada por tradições, o autor nos empurra a nojenta rede de exploração sexual que marca a vida das irmãs Ahalya e Sita. A trama é ficcional, mas o mundo não deixa der o nosso por causa disso.

Depois de uma tragédia cair sobre sua família, as irmãs acabam vendidas a um bordel clandestino, são separadas e são friamente exploradas. Enquanto isso Thomas, um advogado americano, entra em uma empreitada para tentar combater o tráfico de mulheres e mais tarde a unir essas duas irmãs. Quando as três pontas dessa história se cruzam, emoções não poderão ser contidas.

O enredo é sutil, firme, e envereda por caminhos louváveis. A narração te leva para o horror de uma triste realidade envolvendo meninas, crianças, e mulheres indefesas, e vai até a honra de uma luta social, uma busca nobre e sentimentos intensos e controversos. Esse mundo é dissecado, exposto e julgado abertamente neste livro. O leitor consegue ver além, se aproxima, torce, e se apaixona ao passar de cada página. É uma das narrativas mais tocantes que já tive o prazer de acompanhar.

Diagramação impecável, tradução cuidadosa, capa belíssima. Uma obra que vale ter em mãos.
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Pedro Almada 27/09/2012

Cruzando o Caminho do Sol - Uma excelente leitura ! =)
Sita e Ahalya eram irmãs, as melhores. Vivendo ao lado dos pais e de uma simpática servente no litoral da Índia, elas tinham o que poderia ser chamado de vida próspera. Os dias corriam bem e elas não poderiam ser mais felizes... Até o dia do tsunami. A grande onda arrebatou seus familiares, deixando as duas jovens sem ter a quem recorrer. Incapazes de se virarem, elas acabam caindo nas mãos de pessoas com péssimas intenções.

Enquanto isso, Thomas Clarke tentava ajeitar sua vida arruinada. Com uma perda irreparável, um camamento indo de mal a pior e problemas no trabalho, ele não parecia muito satisfeito. Um evento traumatizante em uma de suas viagens, no entanto, faz o advogado litigioso mudar completamente sua perspectiva de vida. Confuso sobre o que quer e o que precisa fazer, ele embarca numa aventura pro bono, seguindo um caminho cheio de novidades impactantes. O destino vai se encarregar de unir os caminhos de Thomas e das irmãs indianas.

Sita e Ahalya, depois de serem separadas, dependem da perseverança de Thomas e de uma agência na Índia para juntá-las novamente.



"O mundo podia roubar sua lliberdade; podia acabar com a sua inocência; podia destruir sua família e arrastá-las por caminhos para além de seu entendimento. Mas não podia privá-las de sua memória. Apenas o tempo tem esse poder, e Sita iria resistir a todo custo."
Página 299



Cada personagem da trama é desenhado e refinado, alguns mais detalhados que outros, os diálogos possuem uma elaboração bem feita, como se fosse possível inclusive ouvirmos a cadência das vozes enquanto Thomas conversa com Sita, ou enquanto Priya desabafa todas as suas frustações. Narrado em terceira pessoa, o livro possui uma alternância muito interessante. Num momento, estamos acompanhando a jornada de Sita e Ahalya e, no capítulo seguinte, estamos seguindo Thomas em sua buscar pelas jovens e a busca por si mesmo. Particularmente gostei dessa estratégia de organização do texto, é fácil de se acostumar, além do mais essa variação no ritmo, no cenário e nos personagens ajuda a manter a leitura mais atraente.
Corban Addison criou uma obra emocionante sobre um tema que preocupa desde os pais até as entidades governamentais mundiais. Muitas das vezes é difícil compreender o que leva uma pessoa a vender um semelhante como se fosse uma mercadoria. Pior ainda, é abominável imaginar alguém vendendo uma criança para ser usada para satisfazer caprichos sexuais doentios. Mas, de um jeito cauteloso e igualmente tocante, Addison consegue levar até o leitor uma história ficcional com um cenário real.
Cruzando o Caminho do Sol é uma janela para vermos um pouco melhor a situação do abuso infantil e o tráfico de mulheres, e como podemos nos surpreender quando descobrimos que isso não acontece apenas em países emergentes.
O autor teve muita dedicação em pesquisar sobre o tema. Addison passou uma temporada na Índia e isso ajudou e muito a criar a atmosfera certa para sua história, além de mostrar sua empatia pelo caso em questão.
O livro merece uma recomendação. Tenho certeza que os leitores vão viajar para muitos lugares e se comoverem com as situaçõs difíceis vividas pelas irmãs indianas e o advogado em busca de respostas pessoais.
Leiam! Vale muito a pena =)
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Pam 18/09/2012

No livro Cruzando o Caminho do Sol, o autor Corban Addison narra a história de três pessoas: Ahalya, Sita e Thomas e nos surpreende com sua narrativa experiente e o tema abrangido no livro: tráfico sexual.

O livro começa com a apresentação de Ahalya e Sita, protagonistas da história e irmãs. Elas vivem na Índia e vivem uma vida tradicional de uma família de classe média. Perto do mar, as irmãs se sentem em paz, porém elas não desconfiaram que o mesmo mar que um dia pudera trazer tantas alegrias, em um momento pudesse aniquilar tudo e todos. Uma tragédia, num dia qualquer, um tsunami levara sua família, sua moradia e tudo que tinham.

As irmãs se veem perdidas quando percebem que estão sozinhas e procuram por ajuda. É neste momento que elas precisariam saber em quem confiar, mas as circunstâncias fizeram essas duas meninas se cruzarem com uma pessoa cruel, a última pessoa na qual deveriam confiar. A partir dai Ahalya e Sita veem sua liberdade arrancada e se tornam prisioneiras de um mal muito maior do que imaginamos: o tráfico sexual.

Enquanto isso, no outro lado do mundo, em Washington, o advogado Thomas Clarke passa por uma crise pessoal e profissional. Ele vê sua vida virar de cabeça para baixo quando sua mulher - Priya - deixa-o e parte para Índia, aonde vivem seus pais. Em consequência disso e de outros acontecimentos marcantes, ele resolve viajar para Índia, para trabalhar com uma ONG chamada Aces que tem como objetivo denunciar a exploração e o tráfico de pessoas.


A Aces, apesar de ser uma ONG fictícia, é muito parecida com algumas outras ONGS que tem como objetivo minimizar a exploração de pessoas. Digo minimizar, porque as chances de acabar com o tráfico sexual são mínimas, para que isso um dia pudesse acontecer, antes de tudo as pessoas teriam que se conscientizar, pois o mercado não funciona sem seus clientes.

"- Atualmente temos 25 meninas (...) Todas menores de idade.
- Eu não quero parecer cínico - interrompeu Thomas -, mas existem milhares de prostitutas menores de idade nesta cidade. Duas dúzias não parecem muita coisa."
- Uma vez, alguém perguntou à Madre Teresa como ela lidava com a pobreza mundial. Sabe o que ela respondeu? " Você lida com o que está na sua frente". (pg. 115)

No livro, os primeiros capítulos são dividos entre as irmãs e Thomas. Em um capítulo conta-se o que acontece com Ahalya e Sita, no outro mostra-se os acontecimentos envolvendo Thomas. Até que chega em um momento que a vida dos três se cruzam e os capítulos passam a contar sobre os três ao mesmo tempo.

É difícil escolher entre os três personagens, qual eu mais gostei e acredito que nem hei de escolher. Ahalya é uma das personagens mais fortes que eu já conheci, ela apesar de ter passado por situações desumanas, foi leal a sua irmã e se mostrou forte todo o tempo possível. Já Sita, é a inocencia em pessoa, apesar de ter presenciado alguns acontecimentos aterrorizantes; foi uma personagem que eu gostaria de ter como irmã. Thomas, é a bondade em pessoa, quando a maioria não acreditava que ele conseguiria, ele não desistiu, ele é um dos personagens que eu mais admiro.

"Sita fez uma promessa a Deus e à si mesma. Ela sempre se lembraria da irmã. Ela se lembraria da pessoa que ela foi e da Índia que conheceram antes de toda aquela loucura. O mundo podia roubar sua liberdade; podia acabar com sua inocência; podia destruir sua família e arrastá-los por caminhos para além de seu entendimento. Mas não podia privá-las de sua memória. Apenas tem esse poder, e Sita iria resistir a todo custo. O passado era tudo o que restava para ela". (pg. 229)


Apesar da história tratar de um assunto pesado, o modo como o autor descreveu as ações cruéis dos cafetões foi a mais adequada possível, ele não precisou citar os mínimos detalhes, mas nem por isso deixamos de entender o que está se passando na cena. Fiquei surpresa com a experiencia que o autor mostra ao falar sobre o assunto tráfico sexual e sobre as culturas citadas no livro, percebe-se que você feita uma pesquisa detalhada sobre os assuntos. Além disso, sendo seu primeiro livro publicado, me prendeu demais e particularmente foi o melhor livro que eu já li neste ano. Por isso recomendo.
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Blog Vida de Le 15/09/2012

Cruzando o Caminho do Sol - Vida de Leitor
Esse é aquele tipo de livro que nos modifica, altera nossas percepções sobre alguns assuntos e nos estimula a tentar mudar seja uma situação, um sistema ou simplesmente a nós mesmos. Foi assim que me senti quando terminei a leitura, apesar da revolta pelo que acontece na trama percebi que existem formas de se reverter a situação e que é possível ajudar se realmente quisermos.

Sita, de 15 anos, e Ahalya, de 17 anos, vêem suas vidas irem por água abaixo, literalmente, após o Tsunami que devastou a costa da Índia. Com a morte de seus pais e avó e a perda de todos os seus pertences as duas se vêem sem ter para onde ir e tentam chegar ao único lugar que acreditam poderem pedir ajuda; o internato em que estudaram. Mas no caminho as duas são sequestradas e vendidas a um aliciador dono de um bordel em Mumbai, a maior e mais populosa cidade da Índia. Mas aquilo seria apenas o começo do inferno que elas teriam de enfrentar.

Ao mesmo tempo, nos Estados Unidos, o advogado Thomas Clarke busca se recuperar da terrível perda de sua filha e da partida de sua mulher, Prya, para Mumbai, lar de seus pais. Após testemunhar o sequestro de uma criança dos braços da mãe em um parque de Washington, Thomas se sente revoltado e impotente com o ocorrido. Além disso, ele descobre ter sido utilizado como bode expiatório em um caso importante para a firma onde trabalha e com isso é obrigado a se ausentar do trabalho por alguns meses. A firma lhe oferece duas opções; tirar férias em algum lugar paradisíaco ou prestar trabalho voluntário para alguma instituição de ajuda humanitária entre elas uma ONG em Mumbai de combate ao sequestro e venda de menores para prostituição. Thomas acaba escolhendo trabalhar em Mumbai acreditando que dessa forma poderia conseguir falar com sua mulher e quem sabe reatar seu casamento. E é assim que o destino desses três personagens irão se cruzar onde Thomas promoverá uma busca pessoal para ajudar as duas irmãs encontrando a si mesmo no caminho.

“Como podia ser que, ao perseguir a honra, ele a houvesse perdido, e, ao mesmo tempo, ao perder o amor ele houvesse começado a encontrá-lo novamente? Como podia ser que a mesma dor profunda, que uma vez lhe parecera tão destrutiva, agora ressurgisse trazendo bonança?”

As meninas Ahayla e Sita são o exemplo da educação indiana onde a mulher depende de uma figura masculina para protegê-las. Elas se sentem completamente perdidas e sem ação com a perda de seus pais o que a torna alvos fáceis de qualquer pessoa que tente se aproveitar delas. Mas ao mesmo tempo é impossível não admirar a força e a fé que a duas buscam manter para conseguirem passar por tudo que lhes acontece. Ahayla transfere para si a responsabilidade pelo bem estar de Sita e faz de tudo que está a seu alcance para protegê-la passando por cima inclusive de si própria. E Sita também faz o possível para ser forte e ajudar a irmã a não enlouquecer com aquela situação.

O livro é narrado em terceira pessoa intercalando entre o ponto de vista das irmãs e o de Thomas. A narrativa é ótima e flui facilmente. A história é revoltante e comovente. Eu sofri e chorei por tudo que as meninas passaram e torci por todas as pequenas vitórias que eles conseguiam. O livro é um tapa na nossa cara nos fazendo enxergar um mundo que buscamos não saber que existe e nos levando a uma montanha russa de emoções.

“ - Você não está aqui porque eu sinto prazer no comércio sexual. Você está aqui porque existem homens que gostam de pagar por sexo. Eu sou apenas o intermediário. Alguns homens de negócios vendem objetos. Outros vendem conhecimento. Eu vendo fantasias. É tudo a mesma coisa.”

No final do livro o autor expõe algumas informações obtidas por ele em sua pesquisa para a história, incluindo endereços de sites e livros sobre os assuntos abordados na trama. E como ele mesmo comenta é possível ajudar seja como for.

Esse foi um dos livros mais lindo e emocionante que li esse ano. Com certeza esse se tornou um dos meus livros favoritos. Recomendadíssimo a todos, independente do estilo literário preferido.

Resenha completa no site Vida de Leitor
http://www.vidadeleitor.blogspot.com.br/2012/06/cruzando-o-caminho-do-sol-corban.html

Abraços,
Carol
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Gabi 09/09/2012

Corban Addison, em seu primeiro romance, nos transporta para a Índia, para o mundo corrupto e enganador do tráfico humano. Conhecemos a história de Sita e Ahalya, duas irmãs muito unidas (você se apaixona por elas logo nas primeiras páginas) que, depois do tsunami destruir sua casa e levar toda sua família, viram suas vidas virar de cabeça para baixo. Elas foram sequestradas e vendidas a diversos criminosos, desde intermediários que só estavam ganhando dinheiro até criminosos traficantes de drogas e donos de “casas de sexo”. Por serem menores de idade e virgens, elas valiam muito dinheiro, e foram transportadas de um lugar sujo para outro ainda pior. Pior: elas presenciam e são submetidas a coisas que nunca pensaram que pudesse existir.

Nesse livro, conhecemos a fundo a vida que, não só Sita e Ahalya, mas muitas e muitas meninas, algumas menores de idade, vivem em todo o mundo. Algumas delas são enganadas por promessas de uma vida melhor; outras simplesmente são tiradas de suas casas, de suas vidas, para dar lucro a essas pessoas que comandam o tráfico. Fiquei chocada com as descrições tão bem feitas de Corban, como ele conseguiu transmitir um sentimento tão forte ao leitor deste livro. Ahalya e Sita tinham sonhos, tinham promessas de crescer, mas tudo é destruído por pessoas sem coração. Eu me choquei pela maldade de algumas pessoas que, infelizmente, não existem somente na ficção, mas estão por aí, em nossas cidades.

Os personagens do livro também são super bem construídos. Além das duas irmãs, temos o advogado Thomas Clarke, que sempre seguiu o sonho de seu pai, mas que não se vê feliz nesse estilo de vida. Indo atrás de seus sonhos, ele viaja para a Índia, onde acabará se envolvendo com tráfico humano, um problema crítico no país. E é aí que as duas histórias fundem-se em uma busca frenética, em uma corrida contra o tempo. E vidas estão em jogo. É nessa hora do livro que você esquece como se faz pra respirar.

O sofrimento das irmãs é quase tangível. Mesmo querendo ler o livro, ansiando pelo próximo capítulo, eu tinha medo de abri-lo e ler mais e mais tristeza – mas esse medo era algo bom, porque me mostrou o quão real a história foi pra mim. É um livro muito triste, porque, apesar dessas duas meninas serem somente personagens, esse tipo de vida (se é que se pode chamar de vida!) vivida por tantas meninas é real.

Você vai sentir seu coração apertar enquanto lê essas páginas, mas eu garanto que é uma leitura que você nunca, nunca vai esquecer! Ele nos traz uma bela lição de superação, de amor, de devoção. É o melhor livro do ano pra mim.
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Gabi Wegner 21/08/2012

Emocionante
Sita (15) e Ahalya (17) são duas irmãs que acabam de perder toda a sua família por causa de um tsunami que destruiu a costa leste de seu país (Índia). Sozinhas e sem saber o que fazer, elas vão em busca de um novo recomeço, mas acabam caindo nas mãos do tráfico sexual.
Enquanto isso, em Washington, Thomas Clarke passa por dificuldades em sua vida pessoal e profissional e decide fazer uma mudança em sua vida: vai para a Índia trabalhar para uma ONG.
Mal sabem eles que suas vidas estão prestes a se cruzar e a mudar, em vários sentidos.

Não estava muito entusiasmada para ler o livro, principalmente por causa do tamanho, e comecei a lê-lo porque iria à sessão de autógrafos do autor que veio aqui para Curitiba. Não esperava muito da leitura e acho esse foi um dos motivos de eu ter me surpreendido tanto.

Cada capítulo do livro conta a história de determinado personagem, eles alteram entre Sita e Ahalya e Thomas. Isso me chamou muito a atenção e me prendeu, de modo que eu não queria parar de ler para saber a continuação da história do personagem.

Outro fato que me chamou bastante a atenção, foram as citações no começo de cada capítulo, gosto de citações e acho que elas deram um toque especial no livro.

O livro, principalmente por sua temática, é muito emocionante e, confesso, me fez chorar. É difícil acreditar que ao mesmo tempo que estamos lendo sobre o tráfico sexual, onde meninas são escravizadas e obrigadas a serem prostitutas, isso está acontecendo realmente, do outro lado do mundo. É triste, perturbador, emocionante e, infelizmente, real.

Não tenho palavras para descrever o que senti ao ler esse livro, ele foi diferente de tudo o que eu já li, a ponto de fazer o meu coração acelerar, apertar e me dar vontade de entrar no livro, abraçar as meninas, acalmá-las e dizer que tudo iria ficar bem.

Uma emoção incrível. Mas é claro, teve uma coisa que não me agradou: o final. O desfecho da história foi bom, mas ficou meio vago e não sabemos o que aconteceu nos "anos mais tarde", mas fora isso, o livro é nota 10!

Leiam, leiam, leiam e se emocionem!
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Luciana Memento 10/08/2012

Esperança
Cruzando o caminho do sol me preencheu com um turbilhão de emoções...A impotência e ao mesmo tempo a esperança tomou conta de mim a cada página.
Livro de amor e de fé incondicional...esse livro não é apenas um relato da monstruosidade e crueldade que o ser humano é capaz de chegar por dinheiro, mas, uma ficção embasada na realidade despida e bruta.
As feridas invisíveis causam mais dor do que as expostas, mutilam o corpo e principalmente conspurcam a alma.
Cada página vai mostrando o que traz na bagagem, a esperança incumbida da urgente missão humanitária para vidas que precisam ser resgatadas.
Dilacerante e reflexivo, uma lição de vida mostrada em 447 páginas, misturadas num alerta para os leitores na ânsia de que um dia o mundo seja melhor.
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Ann 08/08/2012

Moda e eu

Autor(es): Corban Addison
| FICÇÃO | ROMANCE
Sita e Ahalya são duas adolescentes de classe média alta que vivem tranquilamente junto de seus familiares, na Índia. Suas vidas tranquilas mudam completamente quando um tsunami destrói a costa leste de seu país, levando com suas ondas a vida dos pais e da avó das meninas. Sozinhas, elas tentam encontrar um modo de recomeçar a vida. Mas elas não devem confiar em qualquer um...

Enquanto isso, do outro lado do mundo, em Washington, D. C., o advogado Thomas Clarke enfrenta uma crise em sua vida pessoal e profissional e decide mudar radicalmente: viaja à Índia para trabalhar em uma ONG que denuncia o tráfico de pessoas e tenta reatar com sua esposa, que o abandonou.

Suas vidas se cruzarão em um cenário exótico, envolto por uma terrível rede internacional de criminosos.

Abrangendo três continentes e duas culturas, Cruzando o Caminho do Sol nos leva a uma inesquecível jornada pelo submundo da escravidão moderna e para dentro dos cantos mais escuros e fortes do coração humano.

Ganhei esse livro em um sorteio do blog da Nannie´s um blog que pessoalmente, em minha opinião, para a minha pessoas, vocês já entenderam. É um dos melhores.

Então, participei do sorteio por que eu acreditava que o livro era bom, todos elogiando, amando o livro, porém eu estava com um pé atrás... POR QUE? Não gosto muito de alguns assuntos do livro, não consegui ler o livro todo, porém achei fraca a mulher do Thomas. Não sou fã... de cultura indiana... há! Meus pre-conceitos talvez alguma pessoas levem para o lado religioso, por que não talvez...
Mais não consegui ler. Fiquei horas, dias, semanas tentando...

Então, lamento.

Beijocas.

Participe do TOP comentarista.
Modaeeu.blogspot.com
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Carla 06/08/2012

Cruzando o Caminho do Sol
Um romance policial viajado, não é o tipo de livro que eu pegaria para ler normalmente, e de fato ele atravessou meu caminho num período em que estudava para provas o que atrasou o término da leitura. Mas não há nada de negativo para falar desse livro, muito bem montado, com personagens cativantes e conceitos atuais. Recomendado para sonhar e pensar no que esta acontecendo a nossa volta.

Corban é um autor que eu não conhecia, e essas descobertas são sempre felizes para a literatura, muito competente em te prender a cada página, esse é um daqueles livros que você não vai querer parar de ler.

Thomas Clarke é o típico homem comum que acaba de sofrer um revés da vida, difícil de suportar. Com a ambição de se tornar juiz da Suprema Corte Americana, colaborador de um dos mais conceituados escritórios de advocacia do país, Thomas se vê impotente diante da sua vida desmoronando com o drama que o assolou.

Do outro lado do mundo, na Índia, as adolescentes Sita e Ahalya Ghai passam por outro tipo de tragédia, muito mais grave e que dá inicio ao vínculo dessas personagens. Um tsunami transforma o que eram vidas felizes e tranquilas em um verdadeiro inferno na terra. E essas irmãs terão que provar a fortaleza do laço que as unem.

Um relato de partir o coração, Cruzando o Caminho do Sol é sobre se ter fé e esperança independente do rumo que a vida te de, a eterna vontade de triunfar mesmo na escuridão.

http://www.concentrofoba.com.br
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MárciaDesirée 05/08/2012

Sita e Ahalya são duas jovens irmãs que tem um mundo ainda pela frente, com 15 e 17 anos, tudo o que conhecem é a alegria e o amor da família. De família abastada, vivem em Chennai, uma cidade litorânea na Índia e tamanho é seu amor pelo mar, que nem imaginam que este se tornará motivo de sua maior dor.
Continue lendo: http://www.tesouroliterario.com/2012/06/cruzando-o-caminho-do-sol-corban.html
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Vanessa Sueroz 01/08/2012

Cruzando o Caminho do Sol
O livro traz duas histórias que se juntam, das irmãs Sita e Ahalya e do adogado Thomas.

Sita e Ahalya são duas irmãs de classe média indiana, tem uma vida confortável, pais amorosos, atenciosos e uma boa educação, porém as coisas mudam quando um tsunami atinge a cidade onde elas
moravam e toda a sua família morre na tragédia, e com isso as duas ficam sozinhas no mundo, sem ninguém para pedir ajuda. Elas conseguem ajuda de um amigo do pai delas, porém ao invés de irem parar no internato que iria as acolher, elas são vendidas para um bordel em Mumbai.

Thomas é um advogado bem sucedido que trabalha para uma grande empresa, e esta passando por momentos difíceis, pois sua mulher Prya (indiana) o abandonou. Depois de um conflito na empresa que
trabalha ele vai passara uns tempos trabalhando para Aces, uma empresa de combate ao tráfico de adolescentes em Mumbai, que é justamente quando as histórias se juntam.


- Só existe uma regra em Mumbai. Você tem que se adaptar. p.107

A história do livro é bem pesada, traz muitas coisas que a sociedade e as pessoas não estão acostumadas e nos mostra claramente que o mundo de certa forma ainda não esta livre da escravidão.

Resenha completa:http://blog.vanessasueroz.com.br/cruzando-o-caminho-do-sol/
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