Ka 17/07/2012
Como dizem, é difícil falar sobre um livro que se gosta. Mais do que gostar de 'A Papisa Joana', acredito que essa obra prima (que verdadeiramente merece este nome) foi capaz de expandir os meus pensamentos.
O livro é resultado de intensas pesquisas realizadas pela autora, fato que surpreendeu a minha monotonia literária. Até então, nunca tinha lido um romance 'baseado em uma lenda', o máximo já visto por meus olhos e lidos por mim foram as obras de Dan Brown, mas, se você espera algo deste gênero, está aguardando em vão. A Papisa Joana supera qualquer teoria conspiratória, obra de ficção ou livros do gênero. A autora relata fielmente, em ordem cronologia, não só a vida e evolução da personagem principal, como as artimanhas e depravações religiosas presentes desde as mais baixas classes eclesiásticas como na cúpula dos poder papal.
Joana foi uma guerreira, agredida pelo pai desde muito nova, que tinha uma curiosidade gigantesca e uma vontade de aprender superior a qualquer garoto. Sofreu com o preconceito desde o princípio, já que o sexo feminino era desvalorizado na Idade Média (e ainda é, de certo modo), porém, tomou como seu o nome do irmão falecido, entrou em um monastério, tornou-se médico e chegou até o papado, isso sem antes conhecer Gerold, que tornou-se o seu grande e irrealizável amor.
O desfecho é surpreendente, a leitura é formidável, decorre com facilidade e as palavras prendem o leitor do início ao fim.
Tudo fará, desde o começo, você refletir sobre a sociedade, a imoralidade e o seu conceito sobre o que é certo e errado. Proponho que todos pesquisem a lenda de Joana, certamente será enriquecedor. Mais do que aconselhável, 'A Papisa Joana' é um livro imprescindível.
"Oportunidades estiveram à disposição para mulheres fortes o bastante para sonhar. 'Papisa Joana' é a história de uma dessas sonhadoras."
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