As Filhas da Princesa Sultana

As Filhas da Princesa Sultana Jean P. Sasson




Resenhas - As filhas da Princesa


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Carolina317 13/11/2023

Adorei!
É a continuação do primeiro livro, traz mais da realidade nua e crua da vida da princesa Sultana, uma princesa da Arábia Saudita que expõe a sua vida e os costumes da sua cultura e família para o mundo.
A escrita do livro é descoberta por sua família, e por sorte e pelo apoio das irmãs e do marido, isso não lhe causa graves consequências.
Também conta sobre a criação das suas filhas e as dificuldades de formar mulheres em uma sociedade onde estas são diminuídas e subjugados ao extremo.
Gostei muito!
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Carla.Parreira 07/10/2023

As filhas da princesa
O livro conta sobre a vida das mulheres no mundo árabe. Eis um pouco da tragédia silenciosa de humilhação e violência imposta pela própria cultura: ??Aqueles que desejam a liberdade devem se dispor a pagar por ela com a própria vida?
O poder total envenena a mãe de quem o detém? Embora meu castigo, talvez até minha morte, possam ser cruéis, o fracasso seria mais amargo, porque o fracasso é para sempre?
É muito difícil no mundo mulçumano arranjar um bom casamento para moças que não sejam mais virgens? A ausência do olhar arguto da policia religiosa patrulhando as cidades em busca de mulheres sem véu para espancar ou pintar com tinta vermelha era boa demais para ser verdade?
Minha prima Mishail teve os olhos vendados e foi obrigada a se ajoelhar num monte de terra. Foi assassinada por um pelotão de fuzilamento. O amante, depois de vê-la morrer, foi decapitado com um golpe de espada?
Na Arábia Saudita, o amor e o sexo são considerados repugnantes, inclusive entre sexos opostos, e nossa sociedade faz de conta que os relacionamentos baseados no amor sexual não existem?
Em meu país, a lei religiosa proíbe que homens e mulheres solteiros se encontrem. Homens encontram-se com homens, e mulheres com mulheres. Como não podemos namorar do jeito tradicional, a tensão sexual entre pessoas do mesmo sexo é passível. Qualquer estrangeiro que tenha passado algum tempo na Arábia Saudita sabe que as relações homossexuais correm soltas pelo reino?
O amor entre mulheres podia ser mais delicado e suave do que a posse agressiva que o homem impunha à mulher?
Quando um homem alcançar a sabedoria de Deus, poderão descartar o véu que tanto odeiam!?
Na fé mulçumana, os cães são considerados impuros e é nisso que se baseiam a raiva e o desgosto extremos de Ali. A fé islâmica dita que o recipiente do qual um cão bebeu deve ser lavado sete vezes, a primeira com água misturada com pó?
Avançar a civilização é responsabilidade dos que são maltratados pela sociedade, pois somente quando se mostram descontentes com a imperfeição é que as pessoas podem melhorar a sociedade na qual vivem?
Era com terrível seriedade que os homens de minha família recitavam a lei da obediência, afirmando que a tranqüilidade de nossa sociedade conservadora decorria da perfeita obediência dos filhos aos pais e das esposas aos maridos?
Eu estava tão empedernido que não tive pena de minha própria filha! Ao contrário, depois de enterrá-la viva, suspirei aliviado e voltei para casa satisfeito por ter salvado minha honra e meu orgulho da humilhação?
Na minha terra, as mulheres não passam de objetos, belos brinquedos sexuais para o prazer dos homens?
Casado, fazia das esposas escravas, pouco se importando com a felicidade delas, sempre cuidando de desposar adolescentes bem novinhas, que ainda desconheciam a natureza do homem e aceitavam como normal o perverso comportamento masculino. Além das quatro esposas, Ali arranjava uma concubina atrás da outra. Como pai, ignorava as filhas e dava afeto somente aos filhos?
Mulheres atraentes davam péssimas esposas, pois, penteadas e vestidas com esmero, só pensavam em ter palácios suntuosos, muitos criados e jóias que não acabavam mais?
Em minha terra, pouca coisa é mais valorizada do que a beleza feminina?
Como podemos mudar as tradições obsoletas de nossa sociedade sem frustras as expectativas da geração anterior??
A lei egípcia, assim como a saudita, dava aos homens poder total sobre as mulheres, e não era incomum um homem já de certa idade tomar uma segunda esposa ou mesmo se divorciar da primeira e levar uma moça mais jovem e bonita para casa. As experiências de minha vida ensinaram-me que os homens quase sempre são a causa do sofrimento feminino? Eles deixam a menina chegar à puberdade com o clitóris intacto; então, um ou dois meses antes de ela se casar, fazem uma festa para comemorar a circuncisão. O rito acontece nessa época, e não no nascimento, como em outras tribos?
Mas existe ainda um outro método mais bárbaro e perigoso de circuncisão feminina, chamado faraônico. Eu não conseguiria nem imaginar a dor das mulheres submetidas ao terrível ritual. Nesse processo extremo, findo o procedimento, a adolescente vê-se sem o clitóris, os pequenos lábios e os grandes lábios. Se tal operação fosse realizada em um homem, tratar-se-ia da amputação do pênis e do escroto ao redor dos testículos?
Descendentes africanos no país ainda se arriscam à punição mantendo a tradição, crentes de que somente a redução do prazer sexual pode garantir a castidade da mulher?
Organizações mundiais de saúde estimavam que a mutilação genital afetava de oitenta a cem milhões de mulheres em todo o mundo. quanta dor infligida a meninas e adolescentes!?
É verdade que muitos sauditas gozam de prazeres secretos com mulheres que não são suas esposas, mas nenhuma de minhas irmãs teve o azar de desposar um depravado capaz de se deitar com uma empregada em sua própria casa?
As esposas não têm a mesma opção, considerando que só se concede um divórcio em favor da mulher após uma detalhada investigação de sua vida. Na maioria das vezes elas não conseguem o divorcio, mesmo quando a causa é justa. Essa falta de liberdade feminina tão apreciada pelos homens facilita ao marido exercer controle e poder unilateral e não raro cruel sobre as esposas. É fácil para um homem lançar mão do divorcio quando quer punir a mulher. Basta declarar ?eu me divorcio de ti?, ou ?eu te repudio?, e o marido expulsa a esposa de casa, quase sempre sem os filhos?
Os homens tinham esse beneficio: além de poder se divorciar com a maior facilidade, tinham o direito de voltar atrás e retomar o casamento como se nada demais tivesse acontecido. Sob a lei mulçumana, o marido pode agir dessa maneira duas vezes?
O grande movimento pelo direito das mulheres na Arábia Saudita já se iniciara e não seria derrotado por homens doutrinados pela ignorância. Os homens de minha terra viverão para lamentar minha existência, pois jamais deixarei de desafiar os maus precedentes que eles permitiram prevalecer contra as mulheres da Arábia Saudita??
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Mariana 06/08/2023

Eu sei o que esperar e mesmo assim fico impactada a cada página. Com a violência e o descaso propagado por esses homens em nome do Corão e de Alá.

O primeiro livro, com certeza, me causou maior incômodo e angústia, mas essa leitura não fica pra trás. Temos uma Sultana mais velha, com seus filhos também mais velhos, já adolescentes e que já decidem por si só, já tem suas opiniões formadas. Temos uma Sultana mais destemida e em partes transgressora, mesmo com a descoberta precoce da publicação do primeiro livro e o risco de ser apedrejada, fuzilada, decaptada ou qualquer outra coisa ela diz: fodac, vou escrever mais um.

Digo que ela é transgressora em partes porque tem algo que me incomoda muito e é muito bem descrito aqui, é a riqueza dessas famílias em contraste com a pobreza vivida por pessoas que trabalham nos próprios palácios. Só a ideia de viver em palácios já elé surreal. São diferentes palácios em diferentes cidades e diferentes países. Com carros luxuosos em cada garagem. Caramba, as pilastras de um dos palácios do Ali é feita de prata. E por mais contra o sistema que Sultana seja, sem medir suas palavras e tudo mais, elas não abre mão desse luxo (ou parte dele), que na verdade nem vai fazer falta, mesmo sabendo da extrema pobreza vivida por pessoas de seu convívio, como alguns de seus empregados. Poucos dólares que poderiam comprar a liberdade dessas famílias ou impedir casamentos forçados que ela é tão contra.
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MIRANDA 18/11/2022

Uma continuação ( 2º da trilogia de Jean Sasson ) onde expõe sua família com seus conflitos e opressões da vida saudita imposto ás mulheres .
Palavra para o livro : familia ( na verdade tudo igual )
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MIRANDA 18/11/2022

Uma continuação ( 2º da trilogia de Jean Sasson ) onde expõe sua família com seus conflitos e opressões da vida saudita imposto ás mulheres .
Palavra para o livro : familia ( na verdade tudo igual )
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Leituras e Reflexões 21/10/2022

Quando lemos sobre a vida difícil de outras pessoas, vemos com mais nitidez o quanto somos abençoados!
Mas isso, de jeito nenhum, nos leva a menosprezar a situação dos que sofrem. Pelo contrário, nos condoemos e, no meu caso, conhecer mais dessas culturas opressoras me impulsiona a orar mais especificamente por esses povos.
No livro 1 de Sultana, eu já tinha começado a admirar o caráter de seu esposo, o qual é raríssimo. Sua fidelidade, seu cuidado, seu amor, sua sabedoria. Mas com a leitura deste livro, minha admiração por esse homem cresceu ainda mais. Pena que a impulsividade de sua esposa (Sultana) e seus ideais, muitas vezes levados a ?ferro e fogo?, façam com que ela não valorize e menospreze seu próprio esposo.
Todavia aqui (no livro 2) encontramos uma Sultana um pouco mais madura, agora mãe. Pensa um pouco mais sobre suas atitudes. O que torna a sua força agora uma coisa bonita de se ver em ação.
É nítido ver o quanto Sultana experimenta da lei da semeadura rsrs? ela ?atribulou? tanto a vida da sua mãe e agora sente na pele a dificuldade de educar filhos, cabecinhas que pensam diferente, discordam, resistem, confrontam, desafiam? rsrs.

Muito boa leitura! Indico
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VitAria975 27/06/2022

Quero muito reler atualmente
Um dos primeiros livros da minha "estante", aprendi muita coisa com ele
Ele trás a realidade de muitas mulheres da Arábia Saudita, é um livro bem explícito pelo que eu me lembro, tinha até experiências da escritora , então para o meu eu de 2019 achei muito cedo pra quem tava começando a ler, porém recomendo muitooo
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Gigi 25/06/2022

A cultura
É um ótimo livro onde a gente vê como as culturas são diferentes e têm seus prós e contras.

Esse livro infelizmente conta a realidade de um povo, uma população, onde muitas mulheres são tratadas igual lixo ou um cachorro sarnento. Muitas mulheres tem que se submeter as ordens dos maridos, onde elas não passam de objetos e belos prazeres sexuais e onde a lei é arbitrária e sádica.
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Garota Escapista 10/11/2021

As Filhas da Princesa
Se você me conhece, deve saber o quanto sou apaixonada pela cultura árabe. Nas horas vagas, sempre procuro estudar esse assunto. Por isso, a história da Princesa Sultana me chamou tanta atenção.
Sultana é o codinome usado por uma princesa saudita. Nessas páginas, somos apresentados ao cenário opulento de uma mulher que luta pelos direitos não só dela, mas de todas as outras. Inclusive, pelos direitos de suas filhas.
As duzentas e poucas páginas passaram rapidamente. Nem preciso enfatizar o quanto amei essa leitura e todo o conhecimento cultural que ela me agregou.

Mais resenhas em @garotaescapista
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Jessica.Jerusa 18/08/2020

Mais do mesmo
Ela continua contando histórias que chocam a sociedade ocidental, mas eu esperava mais detalhes sobre a vida de suas filhas, especialmente da vida de Maha.
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Beca 22/07/2020

As Filhas da Princesa Sultana
Esse livro é como se fosse a continuação do livro princesa Sultana, porém é uma leitura a parte, conta sobre a vida da princesa árabe Sultana após casada, nesse livro sultana conta os momentos complicados e felizes de sua vida de mulher árabe,conta sobre seus três filhos frutos de seu casamento com Karim duas meninas e um menino. A história de sultana é muito complicada mesmo ela sendo uma princesa,no inicio desse livro mostra também como foi quando sua familia descobriu que ela havia escrito um livro sobre sua vida o que a trouxe algumas complicações, é um livro interessante pois nos ajuda a refletir sobre nossas vidas e tentar nos colocar no lugar das mulheres árabes e suas dificuldades que são diferentes das nossas, que algumas coisas que pra nos é tão normal é algo que não acontece na arabia com tanta naturalidade,é um livro que ajuda a repensar nossa vida e o machismo tão comum em todos os locais a do mundo
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Alê Nunes 11/05/2020

Maravilhoso
O segundo livro da trilogia é adorável, vemos novamente sultana lutando por seus ideias mas como sempre com dificuldade, este livro aborda sua dificuldade e a dificuldade com as filhas cujo as personalidades são apostas.
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Biblioteca Álvaro Guerra 01/02/2019

ste livro conta a história dramática das duas filhas adolescentes da família real da Arábia Saudita, narrada por sua própria mãe a princesa Sultana, que descreve as desesperadas reações das jovens Maha e Amani, sufocadas por um ambiente hostil e restritivo. Transitando por cenários exóticos e opulentos, vivendo em um mundo de ostentação, mãe e filhas tentam escapar da tragédia que traga aquelas que ousam desejar a liberdade.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/8571238863
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Bit 14/03/2011

neste novo livro de Jean Sasson, «Sultana» fala-nos das suas duas filhas: uma que se atreveu a ter uma relação proibida, com outra mulher; a segunda que se tornou uma religiosa fanática, disposta a destruir tudo aquilo por que a mãe lutou. Como pano de fundo, a terrível realidade das mulheres que a cercam - sujeitas à circuncisão feminina, vendidas como concubinas, forçadas a casamentos forçados ainda na puberdade, e legalmente violadas ou mesmo assassinadas pelos maridos. As Filhas da Princesa Sultana constitui assim um documento fascinante sobre um mundo que lamentavelmente ainda existe, não muito longe de nós, neste final do século XX.
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