Gregory 02/01/2019
Fica na cabeça...
"A Mulher de Preto" foi o primeiro horror escrito pela autora britânica Susan Hill. Com 208 página, a versão publicada pela Editora Galera Record ganhou muito destaque após a versão estrelada pelo conhecido ator Daniel Radcliffe - o eterno Harry Potter, - embora sua versão original tenha sido publicada há, pelo menos, 20 anos.
Este livro conta a história de Arthur Kipps, um londrino de 23, formado em advocacia que vê uma proposta intrínseca de promoção de cargo, caso completasse uma tarefa um tanto fora de rotina. Kipps é o próprio autor desta história que, já com idade, decide por para fora sua história de terror, em forma de conto, na tentativa de afugentar seus fantasmas do passado.
Em sua história, Kipps conta que seu protagonista - ou seja, ele mesmo - vivia uma vida monótona de um típico advogado londrino tentando subir de cargo desesperadamente. Eis que seu chefe, o Sr. Bentley, o envia em um trabalho de campo, com destino a pequena cidade mercante de Crythin Gifford, para recolher documentos e escrituras de uma recém-falecida cliente de sua empresa, a Sra. Drablow, assim como também comparecer ao funeral dela, representando a empresa. O jovem advogado londrino aceita, vendo uma oportunidade de se mostrar útil ao seu chefe e pega o trem na estação de King's Cross, com destino à cidadela, onde não sabia que teria o maior pesadelo de sua vida.
Já em Crythin Gifford, Arthur Kipps começa a perceber que ninguém gostava de falar da senhora falecida, tampouco de sua casa, a famosa Casa do Brejo da Enguia, cuja trilha sumia à noite, com a maré e reaparecia todas as manhãs, já sendo bem macabra só nessa descrição. No funeral da Sra. Drablow, ele vê uma mulher toda vestida com trajes de um preto-luto e a assimila a uma parente da falecida, mas ao questionar sobre sua entidade, descobre que só ele a vira e percebe, pelo titubear da gente, que ela é um mal presságio.
" - Veja - eu disse, e apontei -, lá está ela novamente... não deveríamos... - fui interrompido quando o Sr. Jerome agarrou meu pulso e segurou-o com uma força agonizante, e, olhando para o seu rosto, tive certeza de que ele estava prestes a desmaiar, ou sofrer algum tipo de ataque."
Em seguida, Kipps foi à Casa do Brejo da Enguia e, lá, teve um encontro mais que assustador com pesadelos jamais imaginados em sua mente racional de jovem estudante londrino.
Com certeza, esta é uma história que te prende até o final e te deixa com um vazio no final, como se determinadas coisas ruins simplesmente acontecessem, por razão alguma. É fácil sentir as emoções do protagonista e ver a agonia que se propaga em seus sentimentos o desespero de sua alma. Embora a história seja curta, não sairá de sua cabeça por uns bons 3 dias. Tem coragem de ler?