As pequenas memórias

As pequenas memórias José Saramago




Resenhas - As Pequenas Memórias


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Lista de Livros 23/12/2013

Lista de Livros: As pequenas memórias, de José Saramago
“Tu estavas, avó, sentada na soleira da tua porta, aberta para a noite estrelada e imensa, para o céu de que nada sabias e por onde nunca viajarias, para o silêncio dos campos e das árvores assombradas, e disseste, com a serenidade dos teus noventa anos e o fogo de uma adolescência nunca perdida: “O mundo é tão bonito e eu tenho tanta pena de morrer.” Assim mesmo. Eu estava lá.”
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Gabriel.Neves 27/09/2020

Simplicidade
Ele descreve tão bem aquelas situações tão simples. A Avó dele lembra um pouco a minha.. em alguns momentos também voltei a minha infancia
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Leila 15/07/2023

As pequenas memórias do José Saramago, é um livro autobiográfico que retrata as memórias de infância e início da juventude do autor. Apesar de ser um entusiasta dos livros de Saramago, devo admitir que esta obra específica não me encantou em comparação às suas outras obras mais aclamadas.

Uma das primeiras observações que me vêm à mente ao ler As pequenas memórias é que as memórias apresentadas não são particularmente "memoráveis". Saramago é conhecido por sua habilidade em criar enredos e personagens inesquecíveis, mas neste livro, suas memórias parecem bastante singelas e corriqueiras. Faltam os elementos cativantes e a profundidade emocional que encontrei em seus romances e contos.

Ademais, embora compreenda que se trata de memórias pessoais, senti falta de uma conexão mais profunda com o autor. Saramago é um contador de histórias excepcional, capaz de provocar reflexões e emoções intensas em seus leitores. No entanto, aqui essas qualidades não se destacam. As narrativas apresentadas são muitas vezes superficiais e não despertaram em mim um interesse genuíno pelos acontecimentos da vida do autor.

No entanto, reconheço que esta é apenas a minha opinião pessoal e que outros leitores podem encontrar valor e encanto no livro. Para os admiradores ávidos de Saramago, pode ser uma oportunidade única de conhecer melhor o autor, sua trajetória e sua formação. Enfim, foi um livro que pra mim não funcionou.
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Mila.Mesquita 28/05/2022

Esperava mais...
O livro não é ruim, mas por ser Saramago fui com sede ao pote. Da pra ler.

"Não se sabe de tudo, nunca se saberá tudo, mas a horas em que somos capazes de acreditar que sim, talvez porque nesse momento nada mais nos podia caber na alma, na consciência, na mente, naquilo que se queria chamar ao que nos vai fazendo mais ou menos humanos."
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Sol Belchior 26/12/2021

Recomendo!
Pra quem nunca leu um livro do Saramago, recomendo iniciar por este. Em sua narrativa sobre sua infância, adolescência, e sobre tudo o que compõe essas fases, ele compartilha sobre quais momentos influenciaram nas suas obras futuras.
E foi ótimo saber sobre o passado dele.
Vale muito a leitura.
Lorde 26/12/2021minha estante
Obrigado pela recomendação, já li Ensaio sobre a cegueira antes, espero q não atrapalhe




Sel 30/03/2023

Memória
Não é o meu livro preferido de Saramago, tenho que confessar. No entanto, conhecer as circunstâncias sob as quais algumas temáticas surgiram na vida deste autor foi muito interessante.
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Evy 02/11/2011

DESAFIO LITERÁRIO 2011 - Tema: Nobel de Literatura / Mês: Outubro (Livro 4)
Mais um livro genial de Saramago, embora não esteja entre os meus favoritos. A obra é uma autobiografia dos primeiros quinze anos de vida do autor, desde seu nascimento em 1922 na aldeia da Azinhaga até os estudos na escola industrial de Lisboa, de onde saiu serralheiro mecânico. O intuito do autor ao escrever o livro era "que os leitores soubessem de onde saiu o homem que sou". Conseguiu. Foi uma leitura muito agradável pelas recordações desse autor tão querido.

A narrativa das recordações é feita da mesma forma como as demais obras do autor, sem pontuações nos diálogos, sua marca registrada. Esse recurso, neste livro, não tornou a leitura cansativa como as vezes em obras mais longas do autor. Para quem é fã de Saramago, a leitura é curiosa e traz aquele gostinho de quero mais em cada página, pois você quer conhecê-lo mais a fundo, saber de suas descobertas, alegrias e medos.

Saramago relembra o convívio com seu avô camponês, um homem sábio e analfabeto com quem aprendeu muitas coisas. Também descreve bastante a aldeia onde nasceu e a mudança para Lisboa, onde o pai vai trabalhar como guarda e a família passa a morar em quartinhos de bairros populares, sempre no último andar por causa do aluguel mais barato. Conta também que a dificuldade financeira o fez largar o estudo muito cedo, porém sempre foi um menino-rapaz contemplativo e aprendia muito ao observar.

O que achei mais interessante é que ao longo da história Saramago vai ligando vários fatos da sua vida aos seus livros já publicados, como foi o caso de quando contava que visitou Mafra e viu a estátua do Pe. Bartolomeu. Naquele momento, o garoto pensou que algum dia ainda iria criar uma história sobre aquilo. E foi o que aconteceu quando publicou "Memorial do Convento". Isso mostra como seus livros já viviam nele desde pequeno até que um dia, para nossa felicidade, vieram a se concretizar em palavras.

Outro fato interessante é sobre o próprio nome do autor. O sobrenome Saramago não existia na família até que seu pai foi registrá-lo e o funcionário estava bêbado. "Sob os efeitos do álcool e sem que ninguém se tivesse apercebido da onomástica fraude, decidiu, por sua conta e risco, acrescentar Saramago ao lacónico José de Sousa que meu pai pretendia que eu fosse". O fato foi descoberto apenas muitos anos depois e obrigou seu pai a mudar o próprio nome, o que fez Saramago afirmar que este foi "o primeiro caso na história em que um filho tenha dado nome ao pai".

Com muitas outras descobertas interessantes sobre este querido autor e lindas recordações infantis e juvenis, este livro é leitura recomendada e obrigatória para os fãs.
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Joao.Marcelo 11/10/2020

Todo mundo tem um escritor preferido!
Para mim, Saramago é meu alter ego literário. Me identifico com tudo o que escreveu e em suas entrevistas, com tudo o que falou. A ideia de uma autobiografia da infância é simplesmente genial e me pergunto, quem também não a realiza ao menos mentalmente? Quem não guarda memórias da primeira vez que sentiu o prazer do vento em seu rosto e do cheiro da terra molhada pela chuva? E quem não guarda memória do momento em que percebeu sua própria finitude, a aspereza do mundo e das pessoas, e uma perda inestimável? Sim a infância é feita de memórias de todo tipo ...

“Foi nesses lugares que vim ao mundo, foi daqui, quando ainda não tinha dois anos, que meus pais, migrantes empurrados pela necessidade, me levaram para Lisboa, para outros modos de sentir, pensar e viver, como se nascer eu onde nasci tivesse sido consequência de um equívoco do acaso, de uma casual distracção do destino, que ainda estivesse nas suas mãos emendar. Não foi assim. Sem que ninguém de tal se tivesse apercebido, a criança já havia estendido gavinhas e raízes, a frágil semente que então eu era havia tido tempo de pisar o barro do chão com os seus minúsculos e mal seguros pés, para receber dele, indelevelmente, a marca original da terra, esse fundo movediço de imenso oceano do ar, esse lodo ora seco, ora húmido, composto de restos vegetais e animais, de detritos de tudo e de todos, de rochas moídas, pulverizadas, de múltiplas e caleidoscópicas substâncias que passaram pela vida e à vida retornaram, tal como vêm retornando os sóis e as luas, as cheias e as secas, os frios e os calores, os ventos e as calmas, as dores e as alegrias, os seres e o nada. Só eu sabia, sem consciência de que o sabia, que nos ilegíveis fólios do destino e nos cegos meandros do acaso havia sido escrito que ainda teria de voltar à Azinhaga para acabar de nascer.”

“Íamos nós no Rossio, já de regresso a casa, eu impante como se conduzisse pelos ares, atado a um cordel, o mundo inteiro, quando, de repente, ouvi que alguém se ria nas minhas costas. Olhei e vi. O balão esvaziara-se, tinha vindo a arrastá-lo pelo chão sem me dar conta, era uma coisa suja, enrugada, informe, e dois homens que vinha atrás riam-se e apontavam-me com o dedo, a mim, naquela ocasião o mais ridículo dos espécimes humanos. Nem sequer chorei. Deixei cair o cordel, agarrei-me ao braço da minha mão como se fosse uma tábua de salvação e continuei a anda. Aquela coisa suja, enrugada e informe era realmente o mundo.”

“A mãe e os filhos chegaram a Lisboa na Primavera de 1924. Nesse mesmo ano, em Dezembro, morreu o Francisco. Tinha quatro anos quando a broncopneumonia o levou. Foi enterrado na véspera de Natal. Em rigor, em rigor, penso que as chamadas falsas memórias não existem, que a diferença entre elas e as que consideramos certas e seguras se limita a uma simples questão de confiança, a confiança que em cada situação tivermos sobre essa incorrigível vaguidade a que chamamos certeza. É falsa a única memória que guardo do Francisco? Talvez o seja, mas a verdade é que já levo oitenta e três anos tendo-a por autêntica ...”
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Klelber 15/12/2023

Biográfico
Interessante perceber a vida do Saramago, começou tão simplória, mas ele fez disso literatura da melhor!
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Marcos Ferraz 24/12/2010

Vão me jogar pedras...
Vão me jogar pedras, mas eu achei este livro "bem mais ou menos", como diria uma amiga minha...
Sou fã de Saramago, mas alguns livros dele são excelentes e outros são completamente o contrário. Acho que isto acontece com quase todos os escritores.
Aliás, com outros artistas também. Woody Allen tem filmes geniais e tem porcarias inexplicáveis.
Já disse antes que a escrita de Saramago não é fácil, tem uma narrativa extensa e sinuosa, mas o texto é muitas vezes denso e profundo. No caso deste livro, a narrativa novamente é meio árida, mas não conduz a nada.
A bem da verdade, ele mesmo já adverte a respeito disto no prefácio.
Li por que era Saramago.
Mas não indico a ninguém.
meandros 02/11/2011minha estante
Concordo, mas entendo a posição do autor em não conduzir a narrativa a nada. Talvez sua perspectiva da vida seja um pouco assim.


Marcos Ferraz 23/12/2022minha estante
Eita! Anos depois e eu, relendo a resenha, percebo que larguei um "por que" ali no final que deveria ser junto (porque). Let it be...




alex santos 05/12/2022

A adorável criança José de Souza "Saramago"
O texto fluente e aprazível de Saramago, contando os causos de sua infância, vai lhe prender do início ao fim, com diversão, picardia e inteligência.
Uma delícia completa!
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Ká - @shotdaspalavras 27/12/2021

As pequenas memórias, como o próprio título já diz, é um livro de memórias de José Saramago que cobre os primeiros quinze anos da vida do autor.
Acompanhamos momentos simples do cotidiano de Saramago, às vezes engraçados e outras vezes emocionantes.
Saramago cita alguns de seus livros nessas memórias, o que nos faz lembrar daqueles que já lemos e nos faz querer ler aqueles que ainda não lemos.
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Andréia 05/04/2020

Lindo
Um livro leve, que conta uma pequena parte da vida desse autor incrível. Para quem é fã, assim como eu, é uma leitura obrigatória. Levo desse livro a frase da avó de Saramago "O mundo é tão bonito e eu tenho tanta pena de morrer'.
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Mariah 02/03/2022

Rio que não corre.
A escolha de um tema que é por si já uma nascente de um rio de água rápida e forte. O problema foi que deu dengue no dele, aliás não teve cachoeira no dele também. Ele transformou a ideia de um rio que é por si só heraclídica em parmenídica só com suas tendências de monotonia. O jeito que escreve seria ótimo se os detalhes fossem sobre coisas atraentes. Mas, seus detalhes são sempre sobre coisas em sua natureza monótonas e tediosas. Foi forçoso não abandona-lo.
As memórias e a infância são algo que literalmente milhares de psicanalistas se escoram, diversos livros abordam. O que não faltava, até mesmo na época dele, era material para inspiração.
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