Ricardo.Borges 21/01/2024
Ficção burocrática
Imagine um cartório, um cartório surreal, em q todas as pessoas estivessem com seus documentos de nascimento, casamento, divórcio e morte registrados lá. Essa é a Conservatória.
Agora imagine um regime de trabalho também surreal, onde os funcionários são quase como robôs, cumprindo determinações em uma cadeia hierárquica absurda, com normas inimagináveis. Esse é o cenário em que o Sr. José, um destes funcionários de baixa escala, subverte seus próprios comportamentos e a cultura organizacional para buscar um documento de uma pessoa desconhecida e assim conhecer (e talvez se apropriar um pouco) sua vida.
Narrada com muitas descrições e detalhes, as aventuras do Sr. José dentro e fora da Conservatória enchem as quase 300 páginas do livro com momentos de suspense, tédio (pq não?), vergonha, ansiedade e indignação.
Teria valido a pena?