Fran 26/05/2013Amor Deliria Nervosa
Olá Caros Leitores!
O amor sempre foi considerado um sentimento sublime, único. Porém isso mudou quando foi encontrada a cura. Então ele se tornou uma doença “Amor Deliria Nervosa”. Com uma narrativa poética nos encontramos nesse mundo distópico onde aos dezoito anos você deixa de amar.
Delírio conta a história de Lena, uma garota de dezessete anos que conta os minutos para o dia que completará dezoito anos e passará pela tão esperada intervenção. Então ela estará curada, não correrá mais riscos. Ela vive em uma sociedade segregada, pois até os dezoito anos garotos e garotas são mantidos separados. Apenas aos já curados é permitida essa convivência.
Tudo começa a mudar no dia de sua avaliação. Essa consiste em: um teste de perguntas para que os avaliadores encaixem a pessoa em um número. Depois de feita ela recebe o nome de quatro rapazes e com um deles deve ser pareada e passar o resto da vida. Mas nada dá certo. Naquele dia ocorre um incidente, uma invasão de vacas no laboratório. Sua avaliação é invalidada e remarcada, e ela conhece Alex.
Como em qualquer distopia, nessa também há resistentes, esses chamados de Inválidos ou Simpatizantes. Os inválidos são aqueles que fugiram e não passaram por uma intervenção. Já os simpatizantes, são aqueles que, mesmo depois da intervenção, ainda resistem. Em qual dos dois Alex se encaixa? Vocês irão descobrir quando ler.
“Sabe que não é possível ser feliz ao menos que às vezes se sinta infeliz certo?”
Poderia escrever muitas outras coisas sobre a história, mas como leitora, tem certas coisas que eu gostaria de descobrir sozinha. Como por exemplo, por que para Lena o amor parece ainda mais assustador do que para os demais? Tem um motivo e bem sólido. Há também uma grande revelação e essa se dará em mais da metade do livro que poderá ou não modificar tudo.
A narrativa da autora é bem poética, portanto se você espera mais ação esse não é o livro para você. Confesso que tive algum problema para engrenar a leitura no início, não pela falta de ação e sim por um excesso de metáforas. Sabe aquelas frases que você acha que terá ponto final e então ela acrescenta algo mais.
Exemplo: “mas a sensação de suas mãos em minha pele – frias e fortes - de alguma maneira suaviza tudo, passando pela dor como um eclipse encobrindo a lua.” Eu terminaria essa frase em tudo, mas ela ainda acrescenta o restante. E várias como essa aparecem ao longo da história, o que me fez sentir como se estivessem ali para encher a página, como se sobrassem.
“Às vezes sinto que se simplesmente ficasse observando o mundo, simplesmente ficasse quieta e deixasse o mundo existir, às vezes juro que, por apenas um segundo, o tempo congela e o mundo para. Apenas por um segundo. E se de alguma forma fosse possível dar um jeito de viver naquele segundo, eu viveria para sempre.”
Outra coisa que me incomodou...
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