Laura Regina - @IndicaLaura 11/08/2017Livro raso, preguiçoso e que não ajuda a entender e usar a Filosofia no seu cotidianoEste livro tem como proposta a criação de dois personagens fictícios para retratar a filosofia de dois grandes pensadores: o grego Sócrates e o inglês Thomas More. Contuto, é um engodo.
Apenas o primeiro capítulo do livro é de fato verdadeiro e entrega o proposto pelo autor: conta resumidamente a vida dos dois grandes filósofos, seus principais pensamentos, suas conquistas, vidas pessoais e mortes. Ambos tiveram problemas com a sociedade da época em expor o que acreditavam e pagaram com a vida por defender seus princípios. São homens louváveis e filósofos ávidos em repassar a luz da Filosofia - o questionamento.
Porém, nos demais capítulos, vemos a troca de cartas entre dois personagens "fictícios", o agricultor Sócrates e o político More. Na escrita da carta, é visível que Chalita não foi o autor de nada, apenas copiou fielmente os ensinamentos dos filósofos acima, com vários exemplos bem corriqueiros e repetitivos. Além disso, usa de ideias de vários outros filósofos, sem dar créditos a eles, como a ideia da Caverna de Platão, a concepção que todos nascem maus de Locke e a percepção que os homens são bons por natureza de Rousseau.
Ou seja, Chalita não é autor de nadinha, apenas compila as ideias de vários excelentes filósofos (muitas vezes sem dar créditos a eles) e as expõe de modo batido e banal demais em forma de dois personagens visíveis como personas (alteregos) do próprio deputado (que parece se justificar diversas vezes por que é pouco significante no posto no Legislativo). É um texto preguiçoso, massante, repetitivo, e que a edição fez com que tivesse 25% de páginas a mais não escritas.
Se quer aprender sobre bons filósofos de forma honesta, interessante e estimulante, leia "O mundo de Sofia" de Jostein Garder.