Resenhas - O Mistério de Sittaford

Michela Wakami 16/08/2021

Bom
Como sempre, fui feita de trouxa pela, Agatha.
Emily, foi uma boa detetive, ela conduziu bem as investigação, e se mostrou uma mulher firme e determinada.
Embora tenha umas partes sem nexo na história e algumas pontas ficaram soltas, a história é um tanto envolvente, e com um final satisfatório.

ANDER CELES 02/11/2021

Uma das pérolas do começo de carreira da Rainha!
Que surpresa boa! Nunca tinha ouvido falar sobre esse livro e até a nota dele aqui no Skoob não é das melhores. Mas para mim se tornou um dos meus livros favoritos da Rainha.

Sempre dá um pouco de medo ler coisas da Agatha de início de carreira, pq pode ser uma pérola ou pode ser só cocô de ostra, rsrs. Mas nesse caso foi uma pérola.

A história é toda muito bem contada. A escrita está excelente. E aqui a Agatha segue uma linha levemente diferente do seu estilo normal. E faz isso muito bem. O assassino acontece já no começo, não tem enrolação nenhuma. E ação para a investigação acontece em todos os capítulos.

Os personagens são muito memoráveis. Incrível como consegui me lembrar de todos eles. Pq às vezes tenho essa dificuldade de ler o nome e não saber exatamente de quem tá falando. Mas aqui não. Me lembrava de todos perfeitamente. E cada personagem tem sua função na história. Cada um deles. Nada é desperdiçado.

Um destaque para a Emily Trefusis, que é uma personagem muito ativa, muito forte, muito decidida. As heroínas da Agatha (Tuppence, Miss Marple, Bundle...) são sempre muito cativantes. É muito fácil gostar e torcer por elas.

A linha temporal é também muito fácil de seguir. Não há lapsos abruptos, vc não se sente perdido no tempo da história, nem no espaço. Que aliás é outra coisa muito bacana e até diria essencial nesse livro: o ambiente. É aquela coisa meio fria, meio intimista, adoro quando a Agatha traz as histórias dela pra esses vilarejos.

As pistas colocadas aqui fazem vc ficar pensando junto com os personagens. De vdd msm! E vc não se esquece das pistas. Não é aquela montanha de pistas que vc depois nem consegue lembrar. São pistas precisas, que claro, como sempre, não vai tornar mais fácil pra vc, leitor, descobrir quem é o assassino, rsrs.

Olha, muito bom! Gostei bastante. A única ressalva que eu faria seria para a cena da revelação. Eu gosto muito do estilo Poirot, que ele volta e explica detalhe por detalhe, dando uma enrolada sobre cada coisinha da trama. Aqui a revelação é mais rápida, mas não menos surpreendente!

Marina 23/08/2018

Confuso!
Muitos personagens e várias perguntas não respondidas. Um grande mistério além do assassinato ronda o livro inteiro e no final é tratado como algo completamente sem importância. E agora os spoilers que me deixaram mais confusa: por que o assassino teria entrado pela janela? Não havia razão alguma para o anfitrião pensar "Ah, você não quer entrar pela porta da frente? Beleza, cara, vou ali abrir a janela do meu escritório". Outra coisa: na "sessão espírita" o criminoso anuncia que o assassinato ocorreria às 17h25min e nessa hora é que o assassino se dirige a casa do capitão, levando 10min pra chegar lá, ou seja, teria que ter matado o capitão depois das 17h35min. Porém, Emily chega e diz que o assassinato ocorreu às 17h15min, o que não faz sentido, pois nessa hora o assassino estava longe da casa de sua vítima e cercado de pessoas que confirmaram estar com ele. Será que isso foi algum erro de digitação na edição que eu li ou realmente não faz sentido na história original? E alguém pode me dizer o que o Martin estava fazendo na tarde de sexta-feira??? E a tia Jennifer, coitada, ninguém vai saber o que aconteceu com ela?

Fabio Shiva 27/08/2010

De início achei que não havia lido...
...ainda esse livro, pois peguei a edição americana que traz como título Murder At Hazelmoor (Assassinato em Hazelmoor). Coisa curiosa, essa mania dos editores de mudar o título das histórias! Asimov era um que sempre se queixava dessa mania.

Nesse caso, cheira até a malandragem, pois pode induzir o incauto leitor a pensar que está diante de uma nova trama da Dama, quando não passa de uma versão requentada e com o título trocado. Foi exatamente o que aconteceu comigo.

De qualquer forma, como eu não lembrava muito bem da história, que li há muitos anos (e que também, diga-se de passagem, não é das mais marcantes de nossa querida Agatha), restou como sempre o belo aprendizado a respeito da construção de um romance policial. Mesmo em uma obra menor, é impressionante como Agatha Christie praticamente esfrega a identidade do assassino na cara do leitor, que absolutamente não dá por isso, distraído que está por tantas pistas falsas que a autora sabe espalhar como ninguém ao longo do livro.

Durante uma ociosa tarde de inverno, os moradores do pequeno vilarejo de Sittaford resolvem distrair-se com uma sessão de table turning (o equivalente britânico para a nossa brincadeira do copo). Mas logo a brincadeira fica séria, pois os espíritos trazem uma mensagem sinistra: o Capitão Trevelyan foi assassinado...

Assim começa a trama, que traz o inspetor Narracott como investigador oficial e a bela e carismática Emily Trefusis como detetive amadora, interessante personagem que é talvez o maior atrativo da história.

Mesmo não sendo um de seus melhores, um romance de Agatha Christie sempre traz alguma diversão para os amantes de uma boa ficção policial.

(21.04.09)

Fran RW 20/05/2012

"O Mistério de Sittaford" - Agatha Christie
Numa gelada e típica tarde do inverno inglês, os moradores da vila Sittaford reunem-se para o chá na mansão que dá nome ao lugar, e que está alugada para as Sra. e Srta. Willet. Como forma de distração, Violet Willet propõe uma brincadeira, "levitação de mesa", na qual espíritos apareceriam para responder perguntas.

Durante a sessão, um espírito anuncia o assassinato do capitão Trevelyan, proprietário da mansão Sittaford e que ali não se acha presente. A confirmação da notícia abala a todos, que esperavam ter sido essa apenas uma brincadeira de mau gosto.

Quando seu noivo é preso acusado do crime, Emily Trefusis, incrédula, decide investigar o caso por conta própria. Ao chegar à vila, conta para isso com o auxílio do jornalista Charles Enderby, que almeja obter um "furo" jornalístico para seu jornal.

É uma história policial comum e sem grandes acontecimentos. E há muita coisa óbvia demais nela. Não adivinhei o assassino (só deduzi de imediato o segredinho da Viollet) mas creio que não seria tão difícil, tão má construída essa trama foi. Eu é que fui desatenta, tenho certeza.






(06/04/2011)

Leticia.Santos 01/02/2024

O primeiro da Agatha Christie de 2024. Infelizmente, não é um dos melhores. O enredo foi muito parado e sem revelações. Boa parte do livro foi completamente desnecessário e sem relação com o mistério. Eu consegui perceber, pela primeira vez, quem era o assassino, mas não descobri o motivo. Na verdade achei o motivo bem fraco. A Emily foi uma uma ótimo detetive, mas o enredo não ajudou muito.

Lu 20/06/2019

Girl power!
Uma das coisas que eu sempre gostei nas histórias da Agatha foram as suas personagens femininas. Ora sagazes, ora cruéis, ora brilhantes, elas sempre têm algo de interessante. E, embora suas histórias retratem uma época... seus personagens continuam sendo fascinantes. Mesmo tendo se passado vinte anos desde que minha avó me emprestou seu exemplar velhinho, editado pela Nova Fronteira, de "Morte na Mesopotâmia".

"O Mistério de Sittaford" não é, de longe, tão bom quanto a aventura estrelada por Poirot, mas é um bom livro. A responsável por isso é sua protagonista, a determinada Emily Treyfuss, cuja mente brilhante e pura teimosia servem para eclipsar praticamente todos os outros personagens. As únicas exceções seriam o coitado do Charles - feito de gato e sapato por Emily -, a tagarela Srª Curtis e o Inspetor Narracott.

A história é sensacional e acompanhar a investigação de Emily é bastante divertido. A única parte que eu achei que a autora pecou foi o romance: achei difícil comprar a briga da Emily, porque achei o tal namorado totalmente idiota. É claro que isso não me impediu de continuar a ler. Só não achei o argumento tão redondo.

Portanto, embora não seja brilhante, como "E não sobrou nenhum", é, sim, um bom livro.

Recomendado!

Aline MSS 07/06/2024

Mistério, gente fofoqueira e sessão espírita.
[LIVRO 14] Leitura agradável e típica do q se espera de Agatha Christie. Não tem Poirot, nem Miss Marple e nem a dupla Tuppence/Tommy, mas a resolução é mto boa!

Tem um mistério, mta gente fofoqueira, uma pitada de espiritismo e se não fosse a misoginia seria um dos melhores livros da autora sem os seus personagens clássicos.

A história começa durante uma nevasca em um vilarejo de uma cidade da Inglaterra, que acaba prendendo alguns dos habitantes da região na mansão Sittaford.
Para passar o tempo, essas pessoas resolvem fazer uma brincadeira na época chamada de "jogo mesa-girante" e recebem uma mensagem inusitada do que seria um espírito. A mensagem dizia que o proprietário da mansão, o Capitão endinheirado (e pão duro) Joseph Trevelyan havia sido assassinado e isso causa uma reviravolta no cotidiano do vilarejo e na vida daquelas pessoas.

A resolução do caso é mto bem montada e a quantidade de personagens envolvidos na história não confunde o leitor. A autora foi bem engenhosa nesse livro, porque ao tempo em que descreve personagens misóginos e detestáveis, também traz personagens femininas interessantes e que conduzem a história para a boa resolução.

A personagem principal é a jovem Emily, noiva do acusado de cometer o homicídio, que não mede esforços para investigar o caso. Ela usa de seu poder feminino para reunir informações e tentar livrar seu noivo da prisão.
Emily tem que lidar com uma vizinhança extremamente fofoqueira, com investidas não solicitadas e com vários herdeiros do morto que teriam motivos suficientes para cometer o crime. É bem divertido!

Me senti assistindo um filme clássico do 007, msm não tendo a temática de espionagem. A ambientação é semelhante a dos filmes, a mocinha não é estúpida e quando se revela o que realmente aconteceu é (mãozinha)ABSOLUTE CINEMA(mãozinha).?

Li a edição da L&PM e não tenho do que reclamar. A tradução é muito boa e vale o investimento.

Joice (Jojo) 06/09/2009

Mulheres fortes de Sittaford
É difícil comentar um livro de suspense sem estragar o final, por isso vou escrever o mínimo necessário. Um dos aspectos desse livro - além da história excelente - é notar a força da protagonista. Agatha gosta de escrever sobre mulheres inteligentes e independentes. Como esta, uma muito similar pode ser encontrada em O Mistério dos Sete Relógios.

Coxinha 06/05/2024

Uma boa primeira impressão de Agatha Christie
Este foi o primeiro livro que li da mestre do crime, e posso dizer que foi muito prazerosa. A trama tem um bom desenvolvimento, com muitas pistas, que nos jogam em várias direções diferentes. O plot principal é bom, com o assassino sendo alguém inesperado, mais achei o plot secundários mais legal, pois foi muito inesperado. A protagonista Emily é sem dúvida a melhor personagem do livro, além de ser o principal fio condutor da investigação, fazendo isso de uma maneira impressionante. Já nessa primeira experiência minha com a autora, deu pra ver como ela é incrivelmente hábil em construir um mistério, e mesmo eu tendo lido com bastante atenção não esperava pelo final. Por mais, estou com muita vontade de ler mais histórias dela, pois esse trope de "quem matou" é um que eu gosto muito e como disse antes, a Agatha Christie sabe fazê-lo como ninguém.

Lili Machado 26/04/2012

Seria uma brincadeira macabra?
Numa casa escondida no meio da neve de Dartmoor (a mansão Sittaford), seis pessoas sombrias se reunem a volta de uma pequena mesa, para uma sessão espírita.
A tensão cresce à medida que os espíritos soletram, através da mesa Ouija, uma mensagem aterrorizante: O Capitão Trevelyan está morto! Assassinado!
Essas sessões com mesa Oija eram muito populares no início do século XX. Essa seria uma brincadeira macabra?
O único modo de ter certeza era localizando o tal Capitão Trevelyan, dono da casa, alugada para a viúva Sra. Willett e sua filha Violet.
Infelizmente, a casa dele ficava longe e com a neve, as estradas estavam bloqueadas – alguém teria de caminhar a pé até lá.
As duas mulheres que tinham alugado a mansão Sittaford eram da África do Sul e insistiram em experimentar um típico inverno britânico – a ponto de convencer Trevelyan a se mudar para uma pequena casinha perto de Exhampton.
O major Burnaby, uma amigo de Trevelyan, apesar de não acreditar em espíritos, decide checar a informação e encontra o amigo assassinado.
A irmã de Trevelyan, dois sobrinhos e uma sobrinha – todos tem o motivo e a oportunidade de cometer o crime. Todos possuem um segredo.
Além deles, um prisioneiro escapou de uma prisão próxima e é acrescentado à lista de suspeitos, juntamente com as misteriosas Willetts.
No lugar de Poirot e de Miss Marple, temos o inspetor Narracott e a heroina Emily Trefuss, namorada de Jim Pearson, sobrinho do Capitão.
Detalhe: o título da edição norte-americana é Murder at Hazelmoor.
Um leitor de thrillers que se preze deve, de vez em quando, voltar aos livros da grande dama do crime – o problema é encontrar um título ainda não lido.

Rafaella 06/09/2010

Mais um livro de Agatha Christie que usa o sobrenatural, com maestria como usualmente o faz. Pessoas estão reunidas em uma sessão semelhante a nossa 'brincadeira do copo', como passatempo em meio a uma nevasca, quando um espírito anuncia um assassinato. Curioso é que o riquíssimo dono da mansão realmente foi assassinado, no horário do anúncio.

Um casal de detetives amadores, Emily Trefusi e Charles Enderby, procura pistas e chega a uma solução mais intrigante do que a própria identidade do autor do crime.

Bom livro, com personagens cativantes e história bem elaborada.

Cabeça 31/10/2012

O incrível acontece em 20 páginas
O livro é muito interessante, sim de fato, não só por ser desse gênero, e sim pela eficiencia da autora, Agatha Christie consegue manter, durante todo livro, o leitor sem nenhuma opinião fixa e concreta. Mas há pessoas que acham que isso é normal, eu não acho. O leitor durante livros desse gênero vai criando expectativas e opiniões sobre quem seria o criminoso, porém nesse, é impossível. Agatha vai mostranto seu talento, ela simplesmente deixa você apenas como um "leitor espectador", e só. Não o faz "participar das investigações". Você, a cada página que lê, percebe que TODOS TÊM MOTIVOS para o delito. Até que chegam as últimas 20 páginas e você é surpreendido com o final em que tudo é exclarecido. Bum! Agatha nos ensina que devemos mater os olhos abertos em tudo e em todos.

Kysse 22/02/2013

O mistério de Sittaford
uma leitura um pouco tediosa no início, mas que no final te revela o últimos dos suspeitos de cada leitor como sendo o assassino real.
não vamos falar aqui quem será, até porque vai perder a graça para quem possivelmente vai le-lo, mas no final das contas, fiquei com aquele velho gostinho de por que já acabou, podia ser um pouquinho mais comprido...
como sempre, mais um clássico de Agatha Christie