/https://skoob.s3.amazonaws.com/livros/209130/ESCOLA_OS_PIORES_ANOS_DA_MINHA_VIDA_1357833949B.jpg "Escola: Os Piores Anos da Minha Vida")
Resenhas - Escola: Os Piores Anos da Minha Vida
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Milla
16/02/2013
Autor versátil
Faz tempo que não me sinto tão animada para escrever uma resenha. Minha mente não parava de ter ideias enquanto eu lia Escola, os piores anos da minha vida e acho que fiz as pazes com James Patterson :)
O livro conta a história de Rafa Khatchadorian, um menino que está chegando no sexto ano e precisa enfrentar todas as mudanças. Narrado em primeira pessoa, o livro é bem engraçado e agradável.
Rafa é um menino comum e, para superar essa nova fase da sua vida escolar, ele decidiu quebrar todas as regras do Código de Conduta da Escola Municipal Hills Village criando uma espécie de jogo com seu amigo Leo.
Logo no primeiro dia de aula, ele começa a ser atormentado pelo valentão da turma, Miller. Sua mãe trabalha numa lanchonete em tempo integral. Seu futuro padrasto passa o dia sentado no sofá. E sua irmã mais nova é uma típica criança enxerida.
No começo, sua “Operação R.A.F.A” é um sucesso, ele consegue quebrar várias regras, sempre tem plateia, mas logo as coisas começam a dar errado e Rafa começa a decepcionar pessoas que se importam com ele. Continuar com a operação? Ou ser uma pessoa melhor?
James Patterson, se quiser voltar, tá perdoado. Depois de algumas desilusões com o autor, James Patterson me reconquistou com esse livro. Primeiro preciso dizer que senti fortes influências dos dois atuais clássicos infanto-juvenis Como treinar o seu dragão e Diário de um banana, mas isso logo passou quando o próprio Rafa diz “eu não sou um banana” (p. 14).
Rafa é um protagonista muito bom! Criativo, inteligente, com uma imaginação enorme e fértil. Mas ele não está enfrentando apenas a adaptação na escola, ele tem problemas em casa e problemas com sua própria imaginação. As ilustrações do livro acrescentam muito na história em diversos momentos porque elas traduzem o que está acontecendo dentro da cabeça do Rafa e é um filtro para entendermos como o Rafa vê as situações.
O tempo todo acompanhamos a história de um garoto que decidiu chamar atenção da forma errada e que se mete em uma confusão atrás da outra com seus atos impensados, mas é impossível não gostar dele.
Além disso, a trama tem um pequeno mistério: A mãe de Rafa não aceita que ele seja amigo de Leo. Mas Rafa deixa bem claro no começo que ele e Leo se completam, embora Leo seja caladão e se expresse melhor por imagens. Qual o problema de Leo além de meter Rafa em problemas?
O livro tem humor, tem ilustrações lindas, foi muito bem traduzido pela Ana Ban. É um livro bem escrito (nós sabemos que isso é fundamental em livros infanto-juvenis) e, claro, tem uma lição de moral no final que você quase não percebe por ser tão sutil. Trata de temas correntes nessa fase como paixonites, popularidade, comportamento, família, amizades e outros temas mais sérios, como bullying, dificuldades de interação social, expressão, que são muito importantes.
eu tenho um blog: www.amorporclassico.com
16/02/2013Autor versátil
Faz tempo que não me sinto tão animada para escrever uma resenha. Minha mente não parava de ter ideias enquanto eu lia Escola, os piores anos da minha vida e acho que fiz as pazes com James Patterson :)
O livro conta a história de Rafa Khatchadorian, um menino que está chegando no sexto ano e precisa enfrentar todas as mudanças. Narrado em primeira pessoa, o livro é bem engraçado e agradável.
Rafa é um menino comum e, para superar essa nova fase da sua vida escolar, ele decidiu quebrar todas as regras do Código de Conduta da Escola Municipal Hills Village criando uma espécie de jogo com seu amigo Leo.
Logo no primeiro dia de aula, ele começa a ser atormentado pelo valentão da turma, Miller. Sua mãe trabalha numa lanchonete em tempo integral. Seu futuro padrasto passa o dia sentado no sofá. E sua irmã mais nova é uma típica criança enxerida.
No começo, sua “Operação R.A.F.A” é um sucesso, ele consegue quebrar várias regras, sempre tem plateia, mas logo as coisas começam a dar errado e Rafa começa a decepcionar pessoas que se importam com ele. Continuar com a operação? Ou ser uma pessoa melhor?
James Patterson, se quiser voltar, tá perdoado. Depois de algumas desilusões com o autor, James Patterson me reconquistou com esse livro. Primeiro preciso dizer que senti fortes influências dos dois atuais clássicos infanto-juvenis Como treinar o seu dragão e Diário de um banana, mas isso logo passou quando o próprio Rafa diz “eu não sou um banana” (p. 14).
Rafa é um protagonista muito bom! Criativo, inteligente, com uma imaginação enorme e fértil. Mas ele não está enfrentando apenas a adaptação na escola, ele tem problemas em casa e problemas com sua própria imaginação. As ilustrações do livro acrescentam muito na história em diversos momentos porque elas traduzem o que está acontecendo dentro da cabeça do Rafa e é um filtro para entendermos como o Rafa vê as situações.
O tempo todo acompanhamos a história de um garoto que decidiu chamar atenção da forma errada e que se mete em uma confusão atrás da outra com seus atos impensados, mas é impossível não gostar dele.
Além disso, a trama tem um pequeno mistério: A mãe de Rafa não aceita que ele seja amigo de Leo. Mas Rafa deixa bem claro no começo que ele e Leo se completam, embora Leo seja caladão e se expresse melhor por imagens. Qual o problema de Leo além de meter Rafa em problemas?
O livro tem humor, tem ilustrações lindas, foi muito bem traduzido pela Ana Ban. É um livro bem escrito (nós sabemos que isso é fundamental em livros infanto-juvenis) e, claro, tem uma lição de moral no final que você quase não percebe por ser tão sutil. Trata de temas correntes nessa fase como paixonites, popularidade, comportamento, família, amizades e outros temas mais sérios, como bullying, dificuldades de interação social, expressão, que são muito importantes.
eu tenho um blog: www.amorporclassico.com