Todos os belos cavalos

Todos os belos cavalos Cormac McCarthy




Resenhas - Todos os belos cavalos


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Fábio Lobão 06/05/2021

Quando tomei a decisão de ler ?Todos os Belos Cavalos?, uma pergunta inevitável me ocorreu: ?Por que raios você que odeia cavalos e que não é afeto a obras de ficção vai iniciar a leitura de uma obra de ficção cujo título remete a cavalos??.

A resposta a esse questionamento não é tão simples, porque, afinal, a vida não se limita a ?sim e não?. O percurso é permeado de intempéries, é árduo, por vezes implacável. Você é moldado pelas escolhas que faz, pelas pessoas que passam pelo seu caminho, e, sobretudo, pela forma como você encara cada um dos desafios que a contingência, dia após dia, coloca na sua estrada. Sem reclamações. Apenas em frente e com a cabeça erguida.

Quando John Grady, então com 16 anos de idade, deixa o Texas em direção ao México acompanhado de seu primo Lacey Rawlings (15), cada um em seu cavalo, o único objetivo é: encontrar um local para trabalhar. Seu avô falecera, o rancho da família seria vendido por sua mãe, seu pai perdera o emprego. O caminho em direção ao Sul representava a manutenção de sua essência. O que eles vão encontrar nas paisagens áridas do sul definirá os respectivos destinos para sempre.

A partir de uma premissa relativamente simples, Cormac McCarthy cria um épico sobre o papel representado pelo ser humano no universo. A busca por sentido. A violência de seus pares. A dor do luto. A perda da inocência. O amor precoce e impossível. A natureza impassível. A indiferença dos poderosos. O sonho, quase sempre distante, de se encontrar paz e um propósito.

E talvez aí só sobrem mesmo os cavalos. Aquela conexão com algo que somente o transcendente consegue explicar (ou não). A bondade que só encontramos nas pequenas coisas. A eterna marcha em busca de sentido.
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Cristiano.Vituri 17/10/2020

O sacrifício, a honra e o não pertencimento...
John Grady Cole (16 anos) + Lacey Rawlings ( 17 anos) adoram cavalos, década de 50 em San Angelo, Texas, vão realizar uma epopeia pra de lado maluca/triste/fatídica.

Objetivo: Atravessar a fronteira em direção ao México, cavalgar pelo deserto e trabalhar em algum lugar.

Encontram outro norte-americano: Jimmy Blevins (14 anos) durante a cavalgada, destinos que se cruzam, em território hostil, México de pistoleiros, de cavalos arredios e tempo ruim. Durante todo o livro, os personagens SEMPRE vão contra as dificuldades - ELES NUNCA RECUAM - seus destinos parecem escritos há milênios, e entendendo isso, SEGUEM.

Há mortes! Há amores.
Alejandra encontra John. Cormac McCarthy descreve geograficamente o México ( fui no google earth, e estão lá todos os locais!) e descreve também uma parte da história mexicana! Revoluções, traições, famílias arrasadas.

"Os laços mais estreitos que algum dia conheceremos são laços de sofrimento". A mais profunda comunidade é a da dor" Pág. 224.

Presos, John e Rawlings conhecerão e aceitarão suas penas da forma mais dura. Briga de faca, sequestro, tiroteio e uma fuga espetacular...Mas e os CAVALOS?? A exemplo dos personagens de William Faulkner, aqui também tem tanto cabeça dura que sim!

Ele volta pelos cavalos! pela honra? pelo destino?





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Emanuel.Silva 07/07/2020

Yeah, I'm gonna take my horse to the old town road
Dizem, que o homem que não conhece o lugar de onde veio, está eternamento fadado a não saber para aonde ir.

Neste belíssimo romance de McCarthy, temos John Grandy, jovem rancheiro, partindo de sua cidade natal do Texas, rumo ao México. O motivo é que a fazenda onde passou toda a sua infância e adolescência será vendida, pois, com a morte do avô (proprietário), sua mãe (filha que ficou com o direito ao terreno) pretende vender tudo.

Esta decisão vai contra todas as vontades de John, que sempre sonhou em manter-se na sua terra, vivendo a vida que seu avô contou ter tido, se deparando com esta impossibilidade, parte à cavalo acompanhado de seu amigo Rowlins. Os dois iniciam a aventura e vão para o México, trabalham em uma fazenda de um ricaço, correm perigo, domam cavalos, bebem, conhecem outras pessoas e mundos completamente diferentes, não vou me alongar.

Todos os belos cavalos é um livro sobre a transformação, sobre a passagem para a vida adulta, vemos John Grandy saindo como um jovem até que rebelde, impossibilitado de viver o sonho que tanto quer, acompanhamos seu primeiro amor, seus primeiros conflitos, suas falhas e suas angustias. Tudo em busca da vida que ele sempre pensou que deveria ter, como um rancheiro, tomando conta de uma fazenda e por ai vai.

Acontece que a vida é cheia de muralhas, são tantas as pedras no caminho e John Grandy vai lidando com todas essas impossibilidades, para regressar ao Texas, não melhor, nem pior, mas diferente, mudado, em movimento.

Nosso impossível herói pensava conhecer o lugar de onde veio, e consequentemente para aonde queria ir, entretanto o mundo a vir é sempre diferente e o mundo do agora é sempre, impossibilitado, inconstante, e por isso nos restam os cavalos, "que tinham coração ardente e sempre seria assim e nunca de outro jeito."pg. 8
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Adriano 06/02/2020

Que livro! Que prosa!
Vontade de ler "Onde os velhos não tem vez" e "Meridiano de sangue" .
Não é tão que ele é considerado um dos principais escritores norte americanos do romance pós moderno.
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Beto 18/04/2021

Belo, seco e uma aula de subversão de linguagem
Gostaria que, ao menos uma vez na vida, todos pudessem ter um contato com a escrita de Cormac McCarthy. Seu modo de escrita não é apenas "diferente porque tem poucas vírgulas", é uma verdadeira aula de como subverter a linguagem para apresentar o que você deseja.

"Todos os Belos Cavalos" é a primeira obra que leio do autor e foi uma introdução digna de Oscar. Todos os aspectos do livro são incríveis: a introdução é singela, a trajetória de John Grady Cole é absurdamente profunda e todas as partes do livro são compostas por reflexões profundas que nos levam a pensar sobre os mais diversos temas.

Algumas passagens de McCarthy são tão belas que parecem poesia em forma prosa, e sua descrição dos eventos é tão incrível que chegar a parecer que você está observando as cenas de cima, totalmente envolvido com o projeto. Parece uma coisa boba, mas fui obrigado a tirar foto de algumas passagens - mesmo de raciocínios que discordo, como no diálogo final entre John Grady e a avó - simplesmente porque a narrativa de McCarthy entra dentro de nós e parece instaurar um terremoto. É devastador - e sublime.

Termino esse livro com saudades, mas também ansioso para adentrar o restante da obra deste escrito que já considero incrível. Aproveitem e se envolvam com esta maravilhosa obra.

"Passavam e empalideciam na terra a escurecer, no mundo a vir."
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Pequod.3 12/03/2021

Cormac McCarthy é um dos meus autores favoritos, onde os velhos não tem vez é na minha opinião uma das melhores histórias que li até hoje, todos os belos cavalos é um livro bastante singelo e envolvente, o final é de explodir a cabeça, devo confessar que apesar de várias pessoas que eu conheço que leram as obras deste autor, eu não acho ele muito fácil de ser lido, exige uma concentração maior, mas, a leitura é bastante gratificante.
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Juliano.Ramos 30/03/2020

O melhor livro que li em 2020, uma história simples mas densa, tudo é medido para não cair em extremos, personagens complexos e diálogos inteligente. Nota 10.
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Rodrigo 18/12/2012

Não é a toa que dizem que Cormac é o herdeiro da prosa de William Faulkner.
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Luiz E.Morais 25/07/2023

Término da leitura; 25/07/2023

Post-Its

a poeira cor de sangue soprava do sol. o pôr-do-sol sangrento como um animal em tormento sacrificial.
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Sebo Gato Bibliotecário 19/11/2022

Livro de presente
Ganhei esse livro de um amiga da época da sétima série. É dividido em apenas quatro longos capítulos sem introdução ou posfácio e é o primeiro de uma trilogia. O autor é bem detalhista nas descrições e não usa travessão ou aspas para indicar os diálogos, deixando a leitura um pouco confusa mas depois se acostuma. O livro é ambientada no final da década de 40 e conta a história de um jovem de dezesseis anos, que decide ir até o México com seu primo. O jovem se chama john e é o último da linhagem de rancheiros do Texas. A Fazenda é vendida pela mãe e o pai é desempregado, com isso, john e seu primo Rawley viajam para o México a cavalo, trabalhando nas fazendas por onde passam. Lembrei do documentário "sob rédeas soltas" no netflix (não tem mais), onde um grupo de vaqueiros saem da fronteira do México e vão até a fronteira do Canadá, atravessando os Estados Unidos a cavalo. No México, John e Rawley trabalham domando cavalos selvagens que serão usados nas fazendas, e fora dos Estados Unidos, os dois amigos tem que sobreviver para se manterem. O início do livro começa arrastado, mas depois a leitura se solta e fica rápida sem atropelamento por parte da narração, diálogos e situações dos personagens. Só parei de ler quando as paginas acabaram. A trilogia continua em "a travessia" e finaliza com "a cidade das planícies".
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whendovescry 03/01/2023

Tinha mais expectativa
é legalzinho mas toda cena do protagonista com o interesse romântico dele era chaaaata, larguei no final pq encheu o saco
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Paulo Sousa 14/05/2018

Todos os belos cavalos, de Cormac McCarthy
Livro lido 4°/Mai//26°/2018
Título: Todos os belos cavalos
Título original: All the pretty horses
Autor: Cormac McCarthy (EUA)
Tradução: Marcos Santarrita
Editora: @editoraalfaguara
Ano de lançamento: 1992
Ano desta edição: 2017
Páginas: 270
Classificação: ????????
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"Dentro do arco das costelas entre suas pernas o negro coração pulsava segundo a vontade de quem e o sangue latejava e as entranhas se mexiam em suas maciças circunvoluções azuis segundo a vontade de quem e os fortes ossos das coxas e joelhos e canelas e os tendões parecendo amarraa de linho que puxavam e dobravam e puxavam e dobravam suas articulações segundo a vontade de quem envolta e abafada na carne e nos cascos que abriam rombos na neblina rasteira da manhã e na cabeça virando de um lado para outro e no grande teclado escravizante dos dentes e nos globos quentes dos olhos onde o mundo ardia" (Posição no Kindle 2348/42%).
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Todos os belos cavalos, do escritor americano Cormac McCarthy, pode ser considerado uma obra prima. Ambietado na fronteira entre o Texas e o México, narra a história de John Grady Cole, que parte a cavalo com seu amigo e companheiro Lacey Rawlins para o território mexicano na metade do século, em busca de algo que o compense de duas grandes perdas: a desagregação familiar e a derrocada de seu ideal de tornar-se rancheiro como seus antepassados. Exímio cavaleiro, ele se vê domando potros selvagens numa hacienda mexicana, perdidamente apaixonado por Alejandra, filha do proprietário e lançado numa aventura sangrenta em que só os mais fortes sobrevivem.
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A vigorosa prosa de McCarthy eu já tinha experimentado em outro romance seu, "Onde os velhos não têm vez", igualmente excelente, mas bem mais sangrento e que trouxe de volta o gosto pelos romances western. Mas, diferente do anterior, "Todos os belos cavalos" vai ainda mais além, tanto na beleza em si, na construção de personagens fortes, cuja sabedoria adquirida com o trato com a terra e os animais não deixa de trazer profundas reflexões sobre a vida. O leitor como que fica encantado com a ligação entre homem e cavalo, numa harmoniosa co-existência.
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Todos Os Belos Cavalos é o primeiro volume da Trilogia da Fronteira, formada ainda pelos "A travessia" e "Cidades das planícies". Nesse primeiro volume são tratados temas como o desencanto com o sonho americano, a busca pela sobrevivência, a descoberta do amor e o amadurecimento de um homem, tudo isso tendo como pano de fundo a natureza selvagem na sua mais pura rusticidade.
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É um livro perfeito. Aquela agilidade nas frases que quem já leu algum livro do McCarthy saberá a que me refiro. Repleto de passagens que merecem ser destacadas, tamanha a sua beleza marcada pela dor, pelo desespero, pela resignação e pelo apreço àqueles que vão promovendo tanto encanto como são os cavalos.
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"Cavalgou com o sol acobreando-lhe o rosto e o vento rubro soprando do oeste a terra noturna e os passarinhos do deserto voavam chilreando entre as samambaias secas e cavalo e cavaleiro e cavalo seguiam em frente e suas longas sombras passavam engatadas como a sombra de um único ser. Passavam e empalideciam na terra a escurecer, no mundo a vir" (Posição no Kindle 5465/98%).
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Lopes 17/11/2017

Os belos cavalos que somem
“Todos os belos cavalos”, eis um belo e potente nome para um livro tão íntimo e peculiar, que provoca sensações perturbadoras, mas acalanta nosso ser ávido por uma arte mirabolantemente simples. Cuidar e domar cavalos, um animal dócil, que experimenta nas personagens um vislumbre, seja no sentido de poder, ou na rápida sensação de olhar as paisagens intactas que os afogam em secas miríades. É a fronteira espiritual, material e de espaço que o autor encrava o enredo da obra, faz surgir uma trajetória cunhada na esperança de se encontrar, dentre diversas aventuras violentas – as únicas possíveis, ali – e do condicionamento das relações que atormentam de forma exponencial. A melancolia brota na palavra que compartilha o título da obra - belos -, é através deste adjetivo que se encontra a fronteira mais branda e completa. O belo é a solidão do que se perde em todos os instantes pelo que sente e não existe materialmente, e mesmo assim buscamos e achamos em nossos silêncios. É o pessoal, construído com a unicidade de todas as turbulências que essa beleza melancólica pode ser sentida. Essa intimidade mútua revela um exterior paisagístico incrível – mais trabalhada em “Meridiano de sangue” -, que nos deixa perplexos ao nos distrairmos pelo que o espaço relativiza, é como se essas paisagens se soltassem do enredo, criando uma nova dimensão, que excede a linguagem e leitor, extraindo um sabor arenoso e cuidadosamente macio e ainda sim cruel.
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Anthoni.Brunetto 18/12/2023

Todos os belos cavalos
Primeiro livro da trilogia "A fronteira".
O romance combina elementos do velho oeste tardio com uma prosa poética e uma reflexão profunda sobre a natureza humana.

A história se passa no final da década de 1940, no Texas e no México, e acompanha a jornada de John Grady, um jovem de 16 anos que decide deixar sua vida no rancho da família ao descobrir que a propriedade será vendida para se aventurar em busca de liberdade e autodescoberta.

Ao lado de seu amigo Lacey Rawlins, eles partem em uma jornada a cavalo em direção ao México, onde esperam encontrar um estilo de vida mais autêntico e emocionante.

Ao longo da narrativa, McCarthy nos apresenta uma visão crua e realista do Oeste americano, retratando a dureza da vida no campo, a violência e a brutalidade que permeiam a região. O autor descreve com maestria as paisagens áridas e desoladas, criando uma atmosfera melancólica e sombria que reflete o estado de espírito dos personagens.

E enquanto tudo se desenrola, enquanto pessoas vão presas, se matam e buscam vingança, os cavalos, que dão título ao livro, continuam sendo cavalos.
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Aguinaldo 02/02/2011

Todos os belos cavalos
Descobri noutro dia que don Ronái e eu lemos quase simulteneamente "A estrada", de Cormac McCarthy, que já resenhei aqui. Os livros sabem sim proporcionar bons encontros e conversas. Dividimos um café animados e discutimos sobre o quão opressivo e verossímel é o livro. Depois falei com entusiasmo do outro único livro que havia lido de McCarthy, ainda em meados dos anos 1990. Como "Todos os belos cavalos" é o primeiro volume de uma trilogia (da qual não li os dois volumes restantes) resolvi relê-lo agora. Difícil não se apaixonar pelo estilo de McCarthy. Ele usa uma pontuação muito particular para construir os diálogos e isto dá uma vivacidade especial ao texto. O tom é contido, seco, mas com isto acompanhamos a história como se ouvíssemos mesmo os personagens. O enredo da história se concentra no nordeste mexicano, perto da fronteira com o Texas, uma região muito dura, onde os elementos e os animais selvagens apenas toleram a presença do homem. Achei um mapa e acompanhei a história com ele. Isto foi muito útil. Descobri também que esta região tem um passado geológico muito rico e uma diversidade de espécies, em lagos e rios, particularmente distinta. Bom, vamos a história. John Cole, um rapaz de seus dezessete anos vive o que acredita ser uma idílica vida no campo. Mas trata-se de um mundo condenado à transformação (o texto se passa em 1950, a vida de vaqueiro já é um anacronismo). Com a morte do avô (último membro de uma família com várias gerações de criadores de cavalos) e a separação dos pais a grande fazenda é vendida, impedindo que ele continue fazendo a única coisa que ama: domar e criar cavalos. Cole e um amigo/primo, Rawlins, decidem fugir juntos. Assim, dois garotos montados em seus cavalos entram no México, encontram um terceiro jovem, Blevins, sem dinheiro ou comida que se junta a eles. Este novo garoto é provavelmente um ladrão de cavalos, mas os dois amigos decidem acolhê-lo mesmo assim. Ao passarem por uma cidade este terceiro garoto se mete em uma confusão dos diabos e perde seu cavalo, separando-se dos dois amigos, que continuam sua jornada. Em função de suas habilidades em domar cavalos são admitidos em uma grande fazenda mexicana, por um "hacendado". Este tem uma jovem filha, Alejandra, que vez por outra vem da cidade do México visitá-lo e o romance entre o jovem rapaz e esta menina é inevitável. Como em toda narrativa que tenha a pretensão de épica após a ascenção segue-se a queda. O pai da garota os denuncia à polícia mexicana, que os prende, sem perspectiva de julgamento ou denúncia formal. No meio do caminho eles reencontram Blevins, o garoto que os acompanhou, igualmente preso, mas com o agravante que ele matou duas pessoas para recuperar seu cavalo perdido. O capitão mata Blevins e abandona os dois amigos, Cole e Rawlins, em uma prisão. Lá eles têm de brigar muito para sobreviver e eventualmente Cole mata um homem, ficando bastante ferido. Como em um passe de mágica após se recuperar ele é solto da cadeia, junto com Rawlins. Ficamos sabendo que a avó da garota, matriarca sofisticada da família do hacendado, pagou por sua liberdade. Cole tem uma longa conversa com esta avó, e aí ficamos sabendo um tanto da desgraçada história do México, sua sucessão particular de déspotas e sanguinários governantes. Rawlins volta aos Estados Unidos e Cole decide reencontrar Alejandra. Ela prometera a avó jamais revê-lo e após um final de semana juntos ela volta à cidade do México, abandonando-o definitivamente. Cole decide recuperar seus cavalos (roubados dele e de Rawlins quando foram presos). Para isto primeiro ataca o capitão que o prendeu e através dele localiza os sujeitos que estão com seus cavalos. Após um embate realmente vibrante, mesmo bastante ferido, consegue recuperar seus cavalos. Um grupo de mexicanos o ajuda e leva o capitão preso, como um prêmio, para um destino incerto. Cole volta para os Estados Unidos. É preso como ladrão de cavalos, mas em juízo convence um velho juíz da veracidade de sua mirabolante história, mostrando todos seus ferimentos e cicatrizes. Libertado, mesmo procurando muito não consegue descobrir de quem é o cavalo roubado pelo garoto Blevins. Volta com os cavalos para sua cidade natal e descobre que seu pai já é morto. Sua avó de criação, uma mexicana de origem indígena, também morre. Devolve o cavalo de Rawlins. A história termina com as intensas reflexões sobre o destino, o deserto, a força dos cavalos e a vida. Este é mesmo um livro poderoso, um romance de formação típico, onde um sujeito aprende algo de si mesmo, amadurece, que se transforma duramente em um curto mas intenso período de tempo. O mundo encantador dos filmes de Hollywood não existe neste belo livro. A geografia, os hábitos das pessoas e dos animais, a natureza, tudo é descrito de uma forma incrível neste livro. É mesmo tempo de continuar por esta curiosa triologia. [início 23/03/2010 - fim 28/03/2010]
"Todos os belos cavalos", Cormac McCarthy, tradução de Marcos Santarrita, editora Companhia das Letras, 1a. edição (1993), brochura 14x21 cm, 272 págs. ISBN: 85-7164-341-5
Alanis 30/01/2024minha estante
Que spoiler!!!!
Comecei a ler o livro e acredite, já desanimei em continuar a lê-lo - o bom de quando se lê um livro é não saber nada, ou muito pouco daquilo que irá encontrar pelo percurso de leitura...
Já perdi o tesão e para se ler Cormac McCarthy, uma boa dose de tesão se faz necessária, pois é um escritor atípico que não agrada a todos os paladares...rsrs
Li dele O Passageiro que tem uma outra abordagem e é um soco no estômago.
Sou fã das suas resenhas, mas essa me decepcionou e me irritou ...rsrs




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