Trilogia Suja de Havana

Trilogia Suja de Havana Pedro Juan Gutiérrez




Resenhas - Trilogia Suja de Havana


48 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4


TalesVR 19/08/2018

Ao Mestre, com carinho
Me permitam dizer uma coisa, mas tenham calma ao ler: Pedro Juan Gutierrez é o caso clássico de aluno que ultrapassou o mestre, que nesse caso é o Bukowski. Aqui não presenciamos somente o caos de um homem, mas de todo um povo, de um país. Regado à muito rum, os personagens se constroem por meios de contos recheados de uma sacanagem envolvente ambientada em uma Havana destruída pela crise econômica dos anos 90. É muito mais fácil de se identificar com a situação, com o calor, com a miséria, o torpor social. É Cuba, mas poderia ser Brasil.

Só faço uma ressalva: penso que o Pedro se perdeu na hora de terminar o livro. Tantas mulheres, rum e maconha consumiram o ardor criativo do final, mas nada que atrapalhe a obra.
comentários(0)comente



Dani 02/07/2018

Um belo retrato de Cuba nos anos 90. Eu li enquanto estava viajando por lá e foi muito louco passar pelos lugares que estava lendo no livro.
comentários(0)comente



Dani.Menezes 28/04/2018

Sórdido!
Rum, sexo sujo, miséria e misticismo.
Uma Cuba miserável na década de 90.
comentários(0)comente



Angel 10/07/2015

Trilogia Suja de Havava
Um livro espetacular! Resenha completa no meu blog.

site: http://cialetraseliteratura.blogspot.com.br/
comentários(0)comente



Raquel Lima 26/06/2015

Fiquei apática a todo o sofrimento...
Após algum tempo da leitura, ainda me é possível sentir a aversão a alguns trechos do livro... No entanto, este sentimento de quase um horror que ele faz sentir é estimulado por uma necessidade quase " Rodriguiana" de estar presente, de não fugir a toda a sujeira, pobreza, devassidão. Em termos de análise social, confesso que é difícil acreditarmos que uma sociedade aceita esta situação... Mas vivemos em um país, que apesar de tantos problemas é democrático, seja simplesmente para fazer campanha em facebook, ainda podemos...
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Ogro 13/04/2014

Sexo + palavrão + miséria = literatura visceral
Existem duas formas de encarar este livro,um conjunto de contos , ou talvez melhor chamá-los de historietas, mais ou menos amarrados como um "diário":

- a primeira, como um retrato, mais ou menos fiel , de uma parcela da população cubana durante a década de 90, mostrando os piores efeitos do embargo econômico contra Cuba . Quem for pró-Cuba poderá usar o livro para apontar os sofrimentos da população cubana porque é uma sucessão de misérias. Sob esse enfoque político-filosófico, quando em vez , algumas pérolas aparecem,tal qual essa:

Às vezes penso que ao pobre mais convém ser imbecil do que inteligente.

- já a segunda , é encará-lo como ficção ... bem, imagine Jorge Amado na ênfase em sexo , Nelson Rodrigues na parte de análise cínica da sociedade e Plínio Marcos na construção dos personagens, junte tudo isso e coloque 50% de saco-cheio da vida e dá para se ter uma ideia do que são os contos. Cito o exemplo do sublime final de um capítulo, em que o narrador, que está ao lado do amigo que acabou de falecer em decorrência do HIV, encerra da seguinte forma:

Uma mulher se aproximou, tocou meu ombro e disse: Tem de ser forte, meu filho, você tem fé?. Eu me virei e olhei com fúria para ela.Tinha um rosário e uma Bíblia na mão.

- Que forte, porra nenhuma minha senhora! Vá à puta a pariu e me deixe em paz!


Poético, não?

Se você for alguma alma inocente, meio semi-virgem da vida, que assiste documentário sobre vida na favela e prostituição, provavelmente porá a mão na boca pensando que horror,como alguém pode viver assim?

Se você for adulto, brasileiro e já passou por uma zona de prostituição ou por alguma região mais desfavorecida, trabalhando como uma ONG ou como professor de escola publica que teve contato com a realidade das famílias vai pensar "grans coisas!"

Achei chato e terminei de teimoso ; mérito, acredito eu, é pela linguagem explícita, às vezes escatológica e a crueza de caracterização de uma sociedade vivendo em um ambiente de profunda repressão econômica e vista como modelo por uma parcela significativa da intelectualidade brasileira.
comentários(0)comente



Amarildo 14/11/2013

Fantástico
Pedro Juan é um dos meu autores preferidos pela forma direta como escreve, jogando a maçaroca da realidade na folha de papel, como ele mesmo diz. E esse livro não é só sobre a Havana da crise dos anos 1990, agravada no país caribenho por conta do desonroso embargo à economia da Ilha: é sobre toda uma série de países, o Brasil entre eles, que sofreram durante esses anos com problemas econômicos graves. A diferença é que, ao que parece, aqui no Brasil ou as pessoas possuem parcos conhecimento de nossa história, ou são tão dissimuladas a ponto de não reconhecerem que também aqui ocorreu (e ainda ocorre) muitas dessas situações que Trilogia Suja de Havana apresenta.
comentários(0)comente



Cesare 10/09/2013

Puta merda, que LIVRO!
Este livro é um dos melhores que eu li. Apesar de relatar toda a luta pela sobrevivência em meio a uma Cuba desesperada que passa por uma crise tremenda, Pedro Juan consegue nos acrescentar fragmentos maravilhosos.

Com uma maneira desbocada, crua e imunda de narrar a realidade onde vive, o autor consegue ser engraçado, mesmo em situações precárias.

É uma leitura indispensável!
comentários(0)comente



Thais Nicolau 09/09/2009

CUBA, PAÍS DE CONTRATES
Iniciar a leitura de qualquer livro é como estar disposto a conhecer o mundo sobre uma bicicleta - é preciso estar disposto a embarcar na aventura.
Ler a obra de Pedro Juan Gutiérrez é conhecer Cuba distante das suas questões meramente políticas, é embarcar na natureza humana sem qualquer pudor de sexo ou religião.
Esta é a obra que nos apresenta o homem, Cuba, seus drinques, belezas e podres.
Recomendo !!!!
comentários(0)comente



Dose Literária 23/07/2013

A linguagem 'suja' de Gutiérrez...
Nascido em Matanzas - Cuba, em 1960, Gutiérrez é um famoso escritor, pintor e jornalista. Famoso por sua forma de narrativa, já trabalhou em diversas funções ao longo da vida, antes de se tornar escritor, inclusive já cortou cana e foi locutor de rádio. No jornalismo, tem 26 anos de carreira. Apesar das dificuldades pelas quais passou, é um grande escritor de prosa e poesia. Vive em Havana e suas atividades hoje são exclusivamente a pintura e literatura. Além de Trilogia Suja de Havana, outros livros publicados seus são: O Rei de Havana, Animal Tropical, O Insaciável Homem-Aranha, Carne de cão, Nosso GG em Havana, O ninho da serpente: memórias do filho do sorveteiro e Coração mestiço. Há ainda o conto Melancolia dos Leões e umas obras em Poesia.

Com uma linguagem suja [como o título sugere], perversa, cheia de sexualidade depravada e decadente dos habitantes de um prédio com risco de demolição, na cidade de Havana, Pedro Juán nos faz embarcar num universo cheio de degradação, pobreza, desesperança e, apesar de tudo - aceitação.
Continue lendo... http://www.doseliteraria.com.br/2013/03/trilogia-suja-de-havana-pedro-juan_20.html
comentários(0)comente



Aerton 22/02/2012

Bem escrito porém,,,
Pedro Juan Gutiérrez retratou um período difícil do povo cubano. Os anos 90. Nota-se grande talento em escrever. Dei duas estrelas devido a repetição desnecessária de temas que são excessivamente abordados. Atrevo-me a dizer que há até uma propaganda enganosa. Na contra-capa do livro encontramos frases como: " Com uma linguagem direta, aborda temas como sexo, fome, desencanto, luta." Na orelha do livro diz "esta é uma narrativa sensual e poderosa". Essas descrições não são fiéis ao que a obra apresenta. Sensualidade é uma coisa, pornografia é outra. O leitor que tenha um mínimo de pudor ficará chocado com essa obra. Enfatiza-se demais a sexualidade apresentando-a de um modo promíscuo e sujo. Palavras do mais baixo calão são descritas como "linguagem direta". Posso ser apedrejado por estar dizendo essas coisas. Muitos comparam a Bukowski.As obras de Bukowski são hinos de igreja comparadas a Trilogia. Nada contra o autor, mas es sinopses deveriam ser mais francas ao apresentar a obra. Enfim, considero a obra um livro erótico com pano de fundo social. A proporção dos temas é:
Sexo 75%
Fome 10%
Desencanto 10%
Luta 5%
tetê 18/07/2013minha estante
o que transforma a sexualidade numa coisa "suja" na sua opinião?


Elenai 16/08/2013minha estante
tetê, sexualidade é uma coisa, sexo é outra!
Entendi que na resenha do Aerton, quis dizer que a forma em que o autor apresenta o tema é "suja"!




spoiler visualizar
comentários(0)comente



Danni Flauto 25/01/2011

A Trilogia Suja de Havana
O livro mostra muitíssimo bem como as pessoas viviam em plena revolução cubana.
O autor mostra como as pessoas se viravam na crise e até como eram nas suas intimidades.
Nos trás a história sem “maquiagem”. Sem muito mais o que dizer, apenas indico.
comentários(0)comente



brunoimbrizi 17/08/2010

Duas irmãs e eu no meio (pág. 23)
Foi o que fiz. Atravessei aquele bairro de gente muito pobre, mas pelo menos me respondiam e me orientaram bem naquele labirinto de barracos de lata e madeira podre e pedaços de tijolo e entulho jogados fora pela fábrica. Quando cheguei ao casebre de Hayda, ela estava tomando banho. Veio abrir a porta de calcinha e sutiã, meio molhada, e quase nem falamos. Foi uma boa foda. Deixei que ela tivesse seus orgasmos. O primeiro foi com a minha língua. É incrível, mas sempre acontece com ela. Só de sentir a língua raspando clitóris acima já dispara o primeiro orgasmo. E continuei, sem pressa. Gosto dessa mulher. Vira de costas para que eu coma a sua bunda. Já tinha me falado que com o marido - ela tinha casado três anos antes - não conseguia. O negro tem uma pica de negro e isto impedia algumas acrobacias. Suamos muito. É uma casinha muito pequena, com o teto bem baixo, dois quartos e um banheiro. Afinal não agüentei mais e gozei. Como sempre. Eu grito e me desespero nos orgasmos. É como se voasse pelos ares e despencasse lá do Sol. Igual a Ícaro quando caía depenado em direção ao mar. Ufa, terminamos, Ficamos um tempo olhando para o teto, exaustos. Eu exausto. Ela nem tanto. Nunca se cansa, mesmo que tenha dez orgasmos quer mais e mais. Mas o calor era sufocante, Ela disse: "Aproveita que tem água e toma um banho." Não havia sabão. Perguntei.
— Não tem sabão, Pedrito. Já nem lembro da última vez que vi sabão aqui.
— Então você toma banho só com água?
— Claro, que remédio!
Joguei umas latas de água no corpo. Fiquei do mesmo jeito. Sem sabão não se eliminam o cheiro, a unidade, o suor. Então me enxuguei e botei a roupa. Ela também, e nos sentamos para conversar um pouco.
— Vou pra putaria em Havana. Não posso continuar assim.
— Está doida, garota? Você é muito ingênua para isso...
— Olha só: só tenho duas calcinhas, e as duas rasgadas. Um lixo. Sem sabão, sem comida, sem nada. Eu continuo trabalhando na policlínica por inércia. Nem sei pra quê. Caramba, não dá para suportar... E o imbecil do meu marido... Ah, eu não agüento.
— Ele não é imbecil, Hayda. Os tempos estão muito duros e é difícil arrumar uns dólares.
comentários(0)comente



48 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4