A literatura em perigo

A literatura em perigo Tzvetan Todorov




Resenhas - A Literatura em Perigo


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Leonardo.s.lopes 27/04/2024

Revigorante
Um divisor de águas na minha vida de leitor. É um daqueles livros aos quais devemos nos voltar todas as vezes que a Literatura se tornar algo "ordinário". Todorov nos mostra a importância da Literatura para a compreensão de diversas áreas do saber humano. Noa mostra como ler Literatura para que dela possamos extrair conteúdos e formas que marcaram nossa caminhada humana.

"Sendo o objeto da literatura a própria condição humana, aquele que a lê e a compreende se tornará não um especialista em análise literária, mas um conhecedor do ser humano. Que melhor introdução à compreensão das paixões e dos comportamentos humanos do que uma imersão na obra dos grandes escritores que se dedicam a essa tarefa há milênios?"
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eupoetizo 26/02/2024

Uma leitura rica. ?A literatura pode muito. Ela pode nos estender a mão quando estamos profundamente deprimidos, nos tornar ainda mais próximos dos outros seres humanos que nos cercam, nos fazer compreender melhor o mundo e nos ajudar a viver.? ?
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Stefanny Barreto 09/02/2024

Amo amo amo amo amo a escrita de Todorov. Você não tem dificuldade para entendê-lo. Traz discursões essenciais. ?
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Gabriela 07/12/2023

Muito didático e pertinente
Neste ensaio, Todorov traça um breve histórico de algumas linhas de pensamento que nos guiam no debate literário, entrelaçando-os a experiências pessoais.

Já no prólogo, Todorov deixa clara sua postura de que ?a literatura não nasce no vazio, mas no centro de um conjunto de discursos vivos?, e é essa postura que conduz as reflexões propostas. Inicia falando do ensino de literatura nas escolas francesas, do reducionismo das obras literárias frente ao que os críticos falam sobre elas. Diante disso, expõe que o problema não está na escola ou nos professores escolares em si, mas muito além, visto que não há um consenso sobre como se deveria estudar literatura. Assim, dá continuidade ao criticar, de maneira contundente e respeitosa, a negação e depreciação do mundo exterior para a literatura no estruturalismo, no niilismo e no solipsismo.

Então, introduz o leitor ao nascimento da estética moderna e à estética das Luzes, bem como ao papel do Romantismo e das vanguardas na maneira de perceber a literatura.

Depois de tudo isso, lança a pergunta: o que pode a literatura? E a ela responde que ?a literatura pode muito?, pois viabiliza o conhecimento psíquico e social do mundo em que vivemos. Devido à capacidade da literatura e nos fazer pensar e sentir através da perspectiva de outrem, Todorov defende que a literatura deve ser encorajada por todos os meios, citando inclusive Harry Potter.

Excelente ensaio, escrito de forma didática e bem embasada, para enxergarmos as diferentes perspectivas e abordagens do texto não como inimigas/rivais, mas como complementares.
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carbononh 23/11/2023

Muito bom!
O livro reflete sobre os conceitos de estética, arte, bom (moral) e verdade relacionadas à literatura durante vários séculos por inúmeros autores e nos leva a repensar o papel da literatura, sua ligação com o mundo e a realidade e o seu próprio ensino bem como as problemáticas e como superá-las. Um trabalho incrível.
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Vivi 30/08/2023

O melhor livro teórico que li esse ano, a escrita de Todorov é muito fluida, quase como se eu tivesse lendo o diário dele. Com certeza uma boa indicação pra quem é de Letras ou gosta do assunto.
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Isabelle Lopes 09/08/2023

"Hoje, se me pergunto por que amo a literatura , a resposta que me vem espontaneamente à cabeça é: porque ela me ajuda a viver. Não é mais o caso de pedir a ela, como ocorria na adolescência, que me preservasse das feridas que eu poderia sofrer nos encontros com pessoas reais; em lugar de excluir as experiências vividas, ela me faz descobrir mundos que se colocam em continuidade com essas experiências me permite melhor compreendê-las. Não creio ser o único a vê-la assim. Mais densa e mais eloqüente que a vida cotidiana, mas não radicalmente diferente, a literatura amplia o nosso universo, incita-nos a imaginar outras maneiras de concebê-lo e organizá-lo . Somos todos feitos do que os outros seres humanos nos dão: primeiro nossos pais, depois aqueles que nos cercam; a literatura abre ao infinito essa possibilidade de interação com os outros e, por isso, nos enriquece infinitamente. Ela nos proporciona sensações insubstituíveis que fazem o mundo real se tornar mais pleno de sentido e mais belo. Longe de ser um simples entretenimento, uma distração reservada às pessoas educadas, ela permite que cada um responda melhor à sua vocação de ser humano".
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Flavio.Vinicius 17/05/2023

A literatura em perigo
Um livro belíssimo, verdadeiro canto de amor à literatura. Todorov, ícone formalista, usa o livro para criticar os formalistas, os quais, segundo ele, tendem reduzir a literatura aos aspectos técnicos.

Todorov conta como sempre viveu entre os livros desde criança, e como precisou migrar para o formalismo como modo de se afastar da patrulha ideológica comunista (ele viveu na Bulgária comunista, na época dentro da Cortina de Ferro).

A crítica de Todorov se baseia no fato de que muitos dos analistas e estudiosos parecem centrar os estudos na forma, sem atinar para a capacidade da literatura de nos fazer aprender, amar, viver experiências.

Os três "monstros" criticados por Todorov são: 1. solipsismo: espécie de individualismo, representado pela auto ficção; 2. niilismo: forma de enxergar negatividade em tudo, não conseguindo perceber a beleza e as possibilidades da vida; 3. formalismo: que reduz a literatura a aspectos técnicos e formais, reduzindo as potencialidades do texto literário.

O livro é belíssimo. Apesar de ser um texto teórico, a leitura flui bastante. Fiquei curioso para ler os demais livros do autor.
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Raianny.Moraes 24/04/2023

Ensino excepcional
"Sendo o objetivo da literatura a
própria condição humana, aquele
que a Lê e a compreende se
tornará não um especialista em
análise literária, mas um
conhecedor do ser humano"

Tzvetan Todorov
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José Vitor 03/04/2023

"i want auroras and sad prose"
Preguiça de fazer uma resenha de livro que estou lendo pra faculdade mas vamos lá.
o autor debate diversos pontos acerca do ensino da literatura (principalmente no que diz respeito à frança) e a forma em que ela é conduzida, focada nas regras e principalmente no contexto, nunca na obra em si.
fui ensinado a ler desde pequeno e isso me possibilitou adquirir um gosto por literatura, uma vontade de ler. na escola, somos ensinados sobre as vanguardas europeias, as escolas literárias, as características do romantismo, classicismo, etc, mas nunca ensinados a ler, ficamos presos no contexto, nas particularidades de cada autor em determinada época, a obra fica pra quem se interessar, o que raramente acontece.
a literatura está em perigo e sempre esteve, ela deve ser sentida, lida e relida para que possamos começar a compreendê-la, o ensino deve visar a leitura, a vivência do texto para que assim possa ser ensinado as suas características, o contexto da época e de outras obras pertencentes ao mesmo período e possibilitar o leitor formar seu próprio senso crítico.
sendo um texto autobiográfico o autor relata sua história a medida que tece suas críticas, como ao ensino que teve na bulgária durante o período "comunista" e em como isso encadeou no exílio para a frança, retomando outros pontos como o conceito ideal do belo e o movimento iluminista, ligando ao ensino literário.
como uma ideia, um pensamento sobre o ensino de literatura o autor reflete pontos muito interessantes, mas diversas vezes acaba divagando em pontos não muito conexos, o que se dá pela mescla entre "biografia" e "estudo" em um mesmo livro, o que não tira o mérito de suas críticas e principalmente seu amor pela literatura, evidenciado ipsis litteris de todorov: "pourquoi j'aime la littérature, la réponse qui me vient spontanément à l'esprit est : parce qu'elle m'aide à vivre." (vou usar meu pouco estudo em latim e francês pra alguma coisa)
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Henrico.Iturriet 25/03/2023

O que é e o que pode a literatura?
Partindo do início, gostaria de apresentar esse texto assim como a sua premissa inicial: ser uma reflexão diante do objetivo do belo, do artístico e de tudo aquilo que se delimita como dialógico, ou seja, em contato perene com o outro.

Todorov se contradiz em algumas partes, em primeiro lugar a sua critica do marxismo-leninismo que confunde com estalinismo. Essa confusão não é prática para sua análise, aliás, é contraprodutivo. O regime soviético e a sua ?pseudo-coletivização? não teve no comunismo seu auge, mas sim, a burocracia como modelo estatal. Ao não perceber as amarras ideológicas que formulava a propaganda ideológica e as consequências dela para o ensino de literatura, Todorov carrega uma amargura que deixa suas cicatrizes expostas. Eu respeito isso. No entanto, esse simples erro me incomoda porque pauta as análises de conceitos historicamente construídos como banais e operativas apenas com um materialismo-ideal, ou seja, que não compreende dados empíricos e não responde suas contradições.

Exemplo disso é quando levanta o ponto: ?toda obra de arte trabalha com a verdade, com o autor e sua respectiva obra, portanto, sempre é uma interação, mas que permite reconhecer o bom e o Belo? isto quer dizer ?a moral?. Aí que está, se temos essas concorrências durante os movimentos de interpretação literária durante a história europeia, temos que ter uma consciência de quando as coisas começaram a ser influentes tanto dentro quanto fora das obras. Não quer dizer que seu livro é ruim para uma introdução, mas o viés crítico é demandado principalmente para não confundirmos o que ele chama de ideologia e seu impacto na percepção.

Veja, se a obra de arte, seja qual o respectivo de sua produção atinge o espectador/perceptor/consumidor independente de provar ou não sua sincronicidade com a verdade absoluta, isto é, a verdade do autor e da obra em si, e em diálogo com o externo, não podemos compreender as consequências de determinada obra sem analisar suas capacidades de afirmação e mobilização. No momento em que uma obra como o ?Manifesto do Partido Comunista? influi sobre a consciência de muitos e transforma estruturas, tais quais influenciam pensamento como ?Utopia? de Thromas More, fico refletindo até que ponto a pseudo-individualidade das obras de arte serão ou não reconhecidas como transformadoras ou interacionais.

Se devemos ensinar, abarca-de uma moral, se há moral há estruturas e processos, além de conflitos. O bom é historicamente entendido e construído, fluido, transformasse. Se a imaginação não pode ficar na pendência de um mundo novo mas a ele recorre a construção de uma coerência interna de obra, a que conflito ou diálogo interno isso responde?

São perguntas que sempre se interpelam e voltam uma a outra em conflitos com a obra, o autor e suas respectivas condições sociais de produção artística e cultural. Ora, não seja por isso que o valor individual é eliminado, afinal, é dele que extraímos a experiência e a beleza literária da arte.

Li esse texto para a cadeira da faculdade e fico feliz por estar sendo submetido a tais reflexões. Então, fica a pergunta:
O que é literatura?
Para mim, literatura é relação.
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JAlia 22/03/2023

Hoje, se me pergunto por que amo a literatura, a resposta que me vem espontaneamente à cabeça é: porque ela me ajuda a viver (...) em lugar de excluir experiências vividas, ela me faz descobrir mundos que se colocam em continuidade com essas experiências e me permite melhor compreendê-las. Não creio ser a única a vê-la assim. Mais densa e mais eloquente que a vida cotidiana, mas não radicalmente diferente, a literatura amplia o nosso universo, incita-nos a imaginar outras maneiras de concebê-lo e organizá-lo. Somos todos feitos do que os outros seres humanos nos são: primeiros nossos pais, depois aqueles que nos cercam, a literatura abre ao infinito essa possibilidade de interação com os outros e, por isso, nos enriquece infinitamente. Ela nos proporciona sensações insubstituíveis que fazem o mundo real se tornar mais pleno de sentido e mais belo. Longe de ser um simples entretenimento, uma distração reservada às pessoas educadas, ela permite que cada um responda melhor à sua vocação de ser humano (TODOROV, p. 23-24)
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memel 19/10/2022

voltei a ter encanto pela literatura
adorei. é uma leitura leve, linguagem até que simples pois se trata de um ensaio em que ele relata suas experiencias e perspectivas com a literatura. acredito que todos que gostam de literatura deveriam lê-lo e tambem é uma boa introdução ao escritor.
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Karuê 22/09/2022

Literatura??
Uma ótima reflexão sobre o estudo e ensino da literatura, mas não só isso, uma defesa da necessidade da literatura na atualidade
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Dime 27/06/2022

Necessário aos Professores
Por indicação da minha professora do Mestrado, comecei a ler esse livro pois estou escrevendo um artigo que discute o ensino de Literatura nas aulas dr língua portuguesa. Para meu deleito e minha satisfação, encontrei nessas páginas o que eu precisava para defender um ensino de literatura coerente, que não fique somente na teoria e na análise histórica. Recomendo a todos, todas e todes profissionais da educação a leitura desse livro.
Verso Singelo 22/08/2022minha estante
Bom dia!
Gostaria de ler seu artigo


Tukinha.Alves 20/04/2024minha estante
Bom dia! Gostaria de ler o seu artigo. Como posso ter acesso?




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