Os Gêmeos

Os Gêmeos Pauline Alphen




Resenhas - Os Gêmeos


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Lucas 13/06/2012

Descobertas e muitas doses de Chococafe
Pauline Alphen conseguiu se destacar pelo enredo inovador que mostrou nas páginas de Os Gêmeos, mostrando um futuro diferente de tudo o que já foi visto. O ponto de partida inicial para os leitores viajarem até Salicanda.
O livro conta a história de dois irmãos gêmeos, Claris e Jad, que possuem personalidades bem distintas, das quais a autora consegue destacar bem. Acontece que a história se perde em acontecimentos desnecessários, alguns até divertidos, mas que deixam a leitura exaustiva.
O ponto forte do livro são as passagens das "Crônicas dos Tempos de Antes", que mostram de uma forma muito reflexiva como a humanidade foi levada a entrar em decadência e as mudanças que ocorreram após o grande apocalípse tanto do ponto de vista político, histórico, cultural e científico. O legal é que essas passagens fazem alusão ao século em que vivemos, já que a história se passa em 2259.
O livro merece um lugar especial na prateleira, mas para os amantes de histórias fantásticas. Um detalhe importante: ter lido ou olhado os filmes da saga O Senhor dos Aneis,Star Wars, Fronteiras do Universo e Harry Potter deixará a leitura de Os Gêmeos mais divertida.
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Dan 02/06/2012

Resenha: Os gêmeos
Muitos fatos acontecem e personagens aparecem, irei falar só um pouquinho do livro pra vocês entenderem. O livro é ótimo e o final me deixou ansiosa pelo próximo volume!
Uma leitura leve e gostosa, recomendo!

Nós estamos no século XXIII, e o que sobrou da humanidade vive de forma praticamente medieval. Isso tudo por causa da ambição humana que destruiu, quase que completamente, a fauna e a flora.

A ciência atingiu seu máximo, e se deparando com a extinção dos recursos naturais tentaram correr para salvar a natureza, mas já era tarde, leões, tigres e outros animais e plantas já não existiam mais. Então resolveram criar novos animais e novas plantas, mas o que fora extinto jamais seria recuperado.
Muitos humanos também sucumbiram, mas tudo isso aconteceu nos tempos de antes.

Claris e Jad são gêmeos, filhos de Ebem e Sierra. Moram em Salicanda, um reino próximo e afastado dos outros. O duque, Ebem, administra tudo para assim estabelecer sempre a paz no vilarejo.

“Um filme... Fazia muito tempo que não pensava nesse entretenimento dos Tempos de Antes, já ultrapassado quando ele era criança: o cinema. Salicanda desconhecia a tecnologia. Jors, seu sogro, tinha abolido tudo. Desapareceram motores, máquinas, robôs, tudo o que, de perto ou de longe, lembrasse um computador. Não havia mais carros nem telefones, não havia mais televisores, câmeras fotográficas ou de vídeo, não havia rádios nem aparelhos de som. Apenas livros.”. Pág. 58.

Com apenas três luadas (anos), na noite do baile, os gêmeos perderam a mãe de forma misteriosa. Jad também sofreu de uma enfermidade que atingiu seu coração e quase morreu.

Claris cresceu forte e ninguém era capaz de pará-la. Monta, luta esgrima e faz tudo o que os meninos fazem. Ela fica indignada, pois acredita que nas aventuras os maiores protagonistas sempre são meninos, e estava pronta para mudar isso.

Jad não pode montar, correr nem fazer nenhum esforço físico, pois se seu coração acelerar demais ele pode desfalecer. Para compensar suas limitações Jad tornou-se um grande estudioso, um garoto calmo e inteligente, mas triste, o que ele mais queria era ser normal.

Ele acredita que Sierra não os abandonou, Jad sente muito a falta da mãe, e Claris nem toca no assunto para evitar a dor.

Depois do desaparecimento de Sierra, Ebem se isolou, afundando na tristeza. Os gêmeos tiveram que crescer com a ausência de ambos os pais, mas tiveram muito amor de Chandra, a ama deles, que os criou com muito carinho e dedicação. E, Blaise, um velho sábio que dava aulas aos gêmeos e aos meninos do vilarejo. Blaise era tão velho que já não tinha noção de que idade tinha.

Os gêmeos apresentavam sinais de habilidades telepáticas, Blaise desconfiava que coisas importantes estivessem para acontecer, e tinha razão.

“...De modo igualmente drástico, o Fundador tinha proibido qualquer prática de ciências paranormais... Jors estabelecera regras muito estritas de sobrevivência que, com o tempo se tornaram poderosos tabus dos quais já não se conheciam as razões primeiras. Os salicandeses se esqueceram das ciências paranormais e voltaram a falar de “magia”.” Pág. 59.
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AndyinhA 11/05/2012

Trecho de resenha do blog MON PETIT POISON

Poderia enumerar as coisas que não gostei do livro e logo uma delas é a quantidade de personagens que existem. E poderia cortar metade deles, porque são daqueles que aparecem para fazer figuração, ganham uns 15 minutos de fama, mas todos os outros falam dele depois, aí você fica se perguntando ‘fulano quem?’. E nem vou falar dos nomes estranhos.

Segundo que a história era para se concentrar em 2 coisas – os gêmeos e o que aconteceu para acabar a tecnologia – mas nada disso acontece. Apesar de ter gostado da Clarys [ela me lembrou um cadim a Arya de Guerra dos Tronos] tinha horas que estava forçando demais. E as explicações sobre o que aconteceu no passado são tão vagas e no meio de mil diálogos sobre outras coisas que provavelmente passa despercebido alguns detalhes.

Demorei bastante tempo para ler este livro, pois o livro não tinha fluidez, eu lia um trechinho e empacava, parecia que a história não estava costurada de forma única. Como se fosse uma colcha de retalhos e de repente alguma coisa bacana surgia.

Para saber mais, acesse: http://migre.me/92DRr
Bruna 13/03/2015minha estante
Estou na mesma situação. Não consegui terminar ainda... E não consigo entender essas resenhas dizendo que o livro é fantástico. Você resumiu exatamente o que eu também penso!




Renata 20/04/2012

Que tal uma viagem para o século XXIII exatamente no ano de 2259? É para onde Pauline Alphen nos leva em Os Gêmeos! E o que você acha que vai encontrar por lá? Carros que flutuam? Computadores ligados diretamente ao cérebro humano? Não! Tudo isso já existiu, é isso mesmo, existiu, não existe mais! Em Salicanda se vive na era do Centauro, o tempo é dividido em decênio, lunação, luada e era! Voltamos aos tempos medievais e tudo o que se viveu antes do século XXII, ficou em um passado que os jovens dos tempos atuais já não conhecem mais!



Jad e Claris são gêmeos, filhos de Eben e Sierra que desapareceu quando os dois completaram 3 luadas. Hoje com 12 luadas, nenhum dos dois conseguem esquecer o que aconteceu e ainda alimentam a esperança de que sua mãe esteja viva! Ebem de Salicanda, mais conhecido como Duque e que de duque só tem o "apelido", possui uma enorme biblioteca em forma de farol, do qual guarda as maiores riquezas dos tempos atuais, sua farta coleção de livros, inclusive os dos Tempos De Antes, como é conhecido os tempos passados.

Uma Grande Catástrofe ocorrida no início do século XXII, fez com que toda uma geração desaparecesse durante um torneio Parapsíquico fazendo com que toda a humanidade se desmantelasse, isso ocorreu nos Tempos de Antes onde, as ciências do espírito dominavam o mundo e o mesmo eram divididos em trabalhadores e jogadores! Depois da grande catástrofe, Jors, pai de Eben, funda Salicanda que é baseada em regras naturais, o homem deve agir com a natureza como se fossem um só e são proibidas as ciências do espírito e as máquinas.

Porém, um jogo que foi proibido a muito tempo traz à tona as ciências do espirito e os Jad e Claris começam a perceber que tem poderes, os dois começam a desenvolver suas habilidades psíquicas que até então não eram exploradas por conta da proibição de Jors. O jogo dos mil caminhos, é o caminho para salvar a flores e encontrar a mão dos gêmeos.

Os Gêmeos é um livro pra jovens leitores que traz uma história muito interessante, porém com uma linguagem às vezes complexa para a idade que se destina! No início as coisas parecem um pouco confusas até pela quantidades de personagens que são apresentadas ao leito, porém, conforme vamos nos apropriando da história, a leitura flui com maior facilidade!

Eu me encantei com o livro que termina com um simples ponto de reticências, e nos deixa angustiados para saber como termina a ação que alí começou a ser narrada! Esse primeiro pareceu bem introdutório, apresentados bem os personagens que são muito bem construídos por Pauline.

Um ponto negativo me chamou a atenção no livro. Todo o tempo em que se passa o livro é descrito como decênio (semana), lunação ( mês), luada (ano) e era (século), porém em alguns momentos isso era esquecidos e o tempo era descrito normalmente como semana, ano, mês, não sei se foi erro de revisão ou foi intencional, mas achei fora de contexto.

No mais o livro é lindo, a capa dele tem tudo a ver com a história, a diagramação é ótima com folhas amareladas e letras em um tamanho bem agradável! Eu super indico a leitura de Os Gêmeos e estou super curiosa pelo Livro II!
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Jééh Dias 17/04/2012

DAC 2012 - Os Gêmeos
Esse livro foi um pouco complicado para mim ler, não sou muito chegada em livros que se passam em épocas medievais. Mas o que é mais interessante nele é que se passa depois do nosso tempo atual, o mundo sofre uma regressão, depois de ter vivido um mundo de grandes tecnologias voltou a práticas medievais, porque? Esse é o ponto que fez que eu continuasse a leitura. Os Gêmeos são Jad e Claris são muito diferentes, eu gostei muito de Jad apesar dos "problemas" dele, e acho legal ver que a Claris se preocupa com ele. Adorei Boris, e a mãe dos dois então *-*. O livro não tem ação, mas não é ruim, e tem um gancho legal. É interessante ver como eles ficam surpresos com as coisas que temos hoje, e me fez pensar, como viveria num futuro depois de acostumar com as facilidades que a tecnologia nos proporciona hoje. Por exemplo essa resenha que estou fazendo agora. Em fim, acredito que não é um livro que a grande maioria vá gostar, é uma questão de gosto, não faz meu estilo de literatura, mas mesmo assim achei interessante, quem sabe em uma outra oportunidade possa aproveitar melhor a leitura.
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Yasmin 26/03/2012

Fascinante, Diferente e Criativo

Segundo livro que recebi através da parceria com a Companhia das Letras, “Os Gêmeos” é um livro que viaja entre os gêneros, possui elementos distópicos, uma veia épica e fechando a lista uma pitada de sobrenatural ou seria melhor dizer uma pitada de ficção científica? O livro tem um forte caráter introdutório, mas isso nem de longe é um problema. Pauline Alphen construiu um universo rico com personagens muito bons e através de uma narrativa repleta de referências literárias conquista o leitor a cada novo capítulo.

Século XXIII, a terra passou por uma grande catástrofe e o que restou foram apenas comunidades esparsas em um planeta devastado. Do “Tempo de Antes” não restou nada. As pessoas vivem sem nenhuma tecnologia e várias coisas são conceitos de um passado distante. Televisão, cinema, celular, internet, tudo isso são coisas praticamente impossíveis de acreditar. Salicanda é uma das três aldeias situadas nos vales e seu fundador Jors proibiu qualquer resquício do passado. Virou tabu falar do aconteceu. Construída em torno de um velho farol Salicanda vivia em um clima feliz e tranquilo até a noite em que Sierra, filha de Jors, esposa de Eben e mãe de Claris e Jad desapareceu sem deixar vestígio. Nove anos se passaram desde a noite que ela sumiu. Os gêmeos nunca mais foram os mesmos. As características que os uniam se dissiparam naquela noite. Claris se fechou para as lembranças da mãe e se tornou uma garota ativa, fazendo tudo o que o irmão Jad não pode. Claris acha tudo tedioso, com toda sua impaciência não nota as mudanças e os poderes que tem. Jad ao contrário da irmã desde que a mãe desapareceu assumiu com toda a calma e paciência as dificuldades que a vida lhe impôs. O problema no coração que o impede de ser ativo fez com que desenvolvesse muito mais as habilidades da mente. Jad é muito maduro para sua idade e a forma com que disciplinou a própria mente é notável.

O início do livro é um pouco lento para quem gosta de ser tragado pela história logo nas primeiras páginas, mas esse ritmo cadenciado permite degustar mais cada novidade. São poucos os livros que possuem ao mesmo tempo uma ambientação benfeita e personagens fortes. Com toques de humor, referências diversas e personagens singulares Pauline Alphen escreveu um livro único. Um livro com vários elementos da fantasia e do épico, mas no futuro. É diferente parar e pensar que ao invés de passar por uma catástrofe e seguir mais modernos podemos regredir. Casas de pedra, forjas, espadas, arco e flecha, povo das árvores, profecias, elementais, universos paralelos, dons para psíquicos e aventura. São essas algumas das palavras que posso usar para descrever o que você vai encontrar.

É nesse ambiente que conhecemos personagens fascinantes. Uma narração tão boa e repleta de descrições que fica impossível não sonhar em viver num lugar como Salicanda. A autora conseguiu construir um cenário interessante e criativo. Os personagens secundários são tão bem desenvolvidos quanto os protagonistas e todas as pequenas tramas são interessantes, todas receberam a devida atenção. Um dos personagens mais interessantes é Blaise, o professor dos gêmeos, um ancião que estava com Jors quando ele fundou Salicanda. Alternando o foco entre os gêmeos e as andanças de Blaise a narração vai ganhando contornos até o final do livro. A cada nova informação uma pergunta surgia e a forma como Claris e Jad estão relacionados a profecia e ao sumiço de Sierra só vamos descobrir no próximo livro. É curioso o modo como muitas das perguntas de Blaise são também as perguntas de quem lê. Estou ansiosa para saber como Claris e Jad vão ficar depois dos acontecimentos do final do livro.

Não posso esquecer-me das diversas citações de “O Senhor dos Anéis” e “Star Wars”. Foi engraçado demais Claris e Jad achando que Star Wars era um livro ou pior achando que no passado (séc. XXI e XXII) realmente tínhamos a Força, naves e Jedis. A análise de Blaise e Ugh de “O Senhor dos Anéis” também foi perfeita. Para quem adora livros que falam de outros livros com tanta naturalidade é perfeito. A análise de Claris das “princesas passivas” também foi ótima. O jeito que ela fala de Arwen é muito, digamos acertado.

A edição da Companhia das Letras é ótima, o livro ficou tão bom de pegar, eu sei que parece loucura ou besteira, mas é um livro macio, de toque agradável. Não encontrei erros na edição e gostei muito da diagramação. Um livro ótimo em (...)

Termine o último parágrafo em: http://cultivandoaleitura.blogspot.com.br/2012/03/resenhas-os-gemeos.html

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tiagoodesouza 17/03/2012

Os Gêmeos | @blogocapitulo
Os Gêmeos conta a história de dois irmãos que vivem num futuro onde a tecnologia está praticamente ausente. Jad é um garoto mais na dele, preocupado com coisas que exijam mais a paciência para se obter algum resultado. Ele gosta de cuidar de bonsais, por exemplo, e sofre por constantes enxaquecas. Já sua irmã, Claris, é movida pela impetuosidade. Ela não aceita essa história das princesas dos livros não poderem viver as grandes aventuras que os mocinhos empreendem. Ela quer aprender a usar a espada e montar a cavalo.

– PP?
– PP: princesas passivas. Passam a vida dormindo, esperando, sonhando... Ficam arrastando a beleza e os desmaios pelos livros sem nunca serem o motor dos acontecimentos! – exaltou-se Claris. – Elas apenas “estão” nos livros.
Pág. 24.

Os irmãos cresceram sem a mãe. Sierra sumira numa noite tempestuosa sem deixar nenhum sinal. Por conta disso, Eben, o pai, se isolou há muito tempo da vida dos filhos até que alguns sinais começaram a surgir, indicando mudanças importantes. Por que Sierra desaparecera? Por que há objetos esquecidos no castelo? E por que a tecnologia deixou de existir no mundo?

– O problema é que o silêncio não apaga o passado.
A essas palavras, Eben estremeceu e olhou para Maya como se estivesse vendo um fantasma.
– Nada apaga o passado. Nunca. A gente faz de conta, só isso.
Pág. 150.

O interessante do livro é que ele vai contra o que normalmente vemos numa distopia. Não sei se de fato o livro pode ser visto como uma, apesar de conter elementos distópicos como a supressão de um governo, ou líder, sobre a vontade do povo. Há nesse livro elementos da conhecida literatura fantástica, como elfos, ondinas, salamandras e outros elementais e poderes parapsíquicos.

Como todo bom livro juvenil, durante a leitura nos deparamos com momentos de sabedoria e reflexão enquanto os personagens dialogam. Gosto muito quando essas passagens são bem contextualizadas, tão bem inseridas no texto que não fica tão óbvio a intenção do autor.

– Você sabe por que vive melhor nos sonhos?
A resposta veio rápida:
– Porque neles meu corpo imperfeito não me incomoda. Porque, nos meus sonhos, em espírito, eu sou perfeito. Posso correr, montar a cavalo, lutar sem que meu coração ameace explodir. É um espaço onde posso me refugiar, ser eu mesmo.
Pág. 131.

Um dos pontos que não me agradou, mas que parece ter se tornado algo muito comum na literatura atual, é a história ser contada pelo ponto de vista de vários personagens. Eu particularmente fico um pouco perdido e sinto uma desaceleração na leitura. Porém, a narrativa assim mostrada apresenta uma gama maior de informações a respeito da história. E a gente vai entendendo, aos poucos, como o mundo dos gêmeos se tornou o que atualmente é.

Os Gêmeos é um livro recomendado para todos aqueles que buscam um livro que pede uma leitura mais lenta para ser apreciada, como se você estivesse ao redor de uma fogueira e alguém estivesse contando a história.

Acredito que cada indivíduo possui um reservatório de conhecimento que ele próprio ignora. Ele sabe o que é melhor para ele, o que deve fazer com a própria vida, por que nasceu, como viver em harmonia com o planeta. Se somarmos o que cada um sabe, temos um potencial infinito de sabedoria e conhecimento! Além disso, acho que essas informações podem circular de uma alma para a outra, de um coração para outro, acredito que elas possam ser trocadas.
Pág. 132.
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naniedias 25/02/2012

Os Gêmeos, de Pauline Alphen
Século XXIII. As coisas não são mais como antes. Nem ao menos parecem uma evolução natural. Aliás, não são. Algo deu tremendamente errado nos Tempos de Antes e as coisas parecem ter regredido. Não há mais tecnologia.
Em Salicanda, cidade fundada por Jors, até mesmo falar daquela época é um tabu.
Mas os gêmeos, Claris e Jad, são curiosos e vão acabar descobrindo detalhes preciosos. Porque as coisas estão mudando mais uma vez.

O que eu achei do livro:
Os Gêmeos é um livro incrível! Pauline Alphen construiu um universo extremamente rico e, aos poquinhos, vai revelando-o para os leitores. É uma delícia ir descobrindo a cada capítulo detalhes do mundo atual e de como ele saiu do mundo onde vivemos e chegou ao ponto onde a história se encontra.
Não sei se podemos considerar Os Gêmos um livro do gênero distópico. Apesar de alguns elmentos comuns a esse gênero - como uma sociedade futurista, onde há o controle de um governo autoritário que tira parte da liberdade dos cidadãos em prol da segurança e da vida perfeita - é totalmente diferente dos demais livros que eu já tenha lido. Saber que algo deu errado foi surpreendente (ou talvez nem tanto assim), mas o mais incrível é perceber que a autora utilizou elementos cada vez mais presentes no nosso cotidiano para descrever as mudanças.
Os personagens criados por Pauline também são realistas, cativantes e muito bem explorados! Acho que nunca vi um livro onde todos os personagens fossem tão bem aproveitados na trama. Não há como dizer que eu gostaria de ter conhecido mais de um ou outro personagem, porque a autora se utiliza de todos - os gêmeos são os protagonistas, mas o tempo inteiro estamos acompanhando outros personagens e suas aventuras.
A linguagem do livro, apesar de ser um juvenil, não é simplista e a leitura é mais lenta. Para mim, que gosto desse tipo de coisa, isso não se configura um problema, mas já deixo avisado porque sei que muitos leitores não gostam de histórias cujo ritmo é mais parado.
O único ponto negativo do livro para mim foi a quase ausência de um clímax. Somente bem no final existe algo que se encaixe nesse perfil e mesmo assim acontece muito rapidamente - confesso que senti a falta de algo um pouco maior.
Claro que a autora não contou todos os segredos e guardou muitas coisas para as continuações das Crônicas de Salicanda. E eu mal posso esperar para ler os próximos livros.

PS: Um dos personagens mais interessantes do livro é um cego. E uma das falas dele é simplesmente inesquecível e eu não pude deixar de compartilhar.
"Bem, no meu modo de... hum... ver as coisas, sou antes de tudo um homem. Sou também um marido, um pai, um irmão. E também sou alto, bonito e tremendamente inteligente. Está achando graça? Isso quer dizer que eu também sou engraçado, às vezes. O que mais, vejamos... Minha mulher diria que sou um mau jogador, um roncador... e outras coisinhas mais, e melhores. Porque eu também sou um rimador! Está vendo, ser cego me caracteriza, mas não me define."

PS2: A autora é filha de uma brasileira com um francês. O livro foi escrito e publicado em francês, mas a versão brasileira foi traduzida com auxílio da autora. Ou seja, a tradução deve estar o mais perfeita o possível.

Nota: 8
Dificuldade de Leitura: 8


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karlota 19/04/2012minha estante
Eu o vi hoje numa feira de livros,e bem,está altamente caro.Tentei pechinchar mas não consegui,então vou lê-lo mais para o futuro.Mas de agora,como sei o ritmo dele,como você mesma disse,um pouco lento,gosto disso,nada impede de haver aventurinhas e partes emocionantes.Espero ler logo,e daí,poder retificar que o livro é bom mesmo.
Sua resenha está encantadora.
Beijos,obrigada
Até mais


naniedias 01/05/2012minha estante
Karla, se você não se importa como ritmo mais lento, com certeza vai adorar essa história :)




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