O amor nos tempos do cólera

O amor nos tempos do cólera Gabriel García Márquez




Resenhas - O Amor nos Tempos do Cólera


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Márcia 09/06/2024

O amor nos tempos do cólera
Meu primeiro Gabriel Garcia Marques! Que texto fabuloso! Me apaixonei! Confesso que foi uma leitura demorada, porque a história é longa, são 431 páginas, mas o texto é tão brilhante que a gente continua, envolvidos no modo como o autor trabalha as palavras, como transporta nossos pensamentos ao local da ação e como faz com que nossos sentimentos se misturem aos dos personagens. O cara é realmente ?mágico"!

Em O Amor Nos Tempos do Cólera, Garcia Marques usa a história dos pais como fonte de inspiração para criar o romance, que se passa na transição dos séculos 19 e 20, na cidade fictícia inspirada em Cartagena de Las Índias, em um período turbulento marcado por guerra civil, levantes populares e um surto de cólera. Foi o primeiro romance escrito por García Márquez depois da premiação do Nobel de Literatura por Cem Anos de Solidão (que quero ler), em 1982, e marca o rompimento do autor com a sucessão de obras influenciadas pelo realismo mágico, segundo pesquisei.

Narra a história do amor de Florentino Ariza por Fermina Daza. E que história! Ele, um jovem funcionário de uma unidade dos Correios; ela, filha de uma família rica e reconhecida por sua beleza, graciosidade e gentileza. Ele começa a se corresponder com ela em tom poético, a partir de cartas, mensagens e telegramas, alguns até melosos em que declara o seu amor. Mas tem um pai no meio, que não gosta do relacionamento entre os dois e se muda com a jovem de cidade. Acometida por uma suspeita de cólera, Fermina conhece o médico Juvenal Urbino com quem se casa. A trama então passa a girar em torno da espera de Florentino em ter uma chance com a mulher por quem era apaixonado. Ele simplesmente passa 50 anos à espera de sua amada e, durante esse período, acompanhamos a implacável passagem do tempo. E, sim, o amor é concretizado.

A história parece simples, não? Nem um pouco! A trama é complexa, com personagens sendo descritos com suas forças e fragilidades, nos seus erros e acertos, na sua vileza, miséria, soberba, com suas diferenças no pensar e agir. Vemos como a vida é um suceder de acontecimentos, de percepções e sentimentos.

Leitura do @confybookclub
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Valéria Cristina 09/06/2024

Irresistível
O inigualável Amor nos Tempos do Cólera?, escrito por Gabriel García Márquez, é um romance que explora a natureza do amor e do tempo através da história de dois amantes separados por décadas.

A trama central gira em torno de Florentino Ariza e Fermina Daza. Florentino, um jovem poeta e telegrafista, apaixona-se perdidamente por Fermina. Eles iniciam um romance através de cartas apaixonadas. No entanto, Fermina, casa-se com o respeitado médico Juvenal Urbino, rejeitando Florentino. Mesmo assim, ele promete a si mesmo esperar por Fermina, nutrindo seu amor ao longo dos anos.

Após a morte de Juvenal Urbino, já em idade avançada, Florentino vê uma nova oportunidade para conquistar Fermina. A narrativa, então, revela como o amor de Florentino perdurou por mais de cinquenta anos e como ele lida com essa paixão que moldou toda a sua vida.

Gabo explora com maestria inigualável temas como amor e persistência, uma vez que a devoção de Florentino demonstra a persistência no amor, que contrasta com o casamento pragmático de Fermina e Juvenal.

Ainda, Garcia Marquez nos fala de tempo e memória, pois a passagem do tempo e o impacto da memória são centrais na história, influenciando a forma como os personagens percebem e vivem suas vidas.

O romance também aborda as convenções sociais e a moralidade, desafiando as normas de comportamento e casamento da época.
Gabo utiliza uma narrativa não linear, intercalando eventos dopassado e do presente para construir a história de forma rica e detalhada. Sua prosa é lírica, muitas irônica, irreverente e cômica, e cheia de imagens evocativas, capturando as emoções e os cenários com uma sensibilidade característica do realismo mágico.

O Amor nos Tempos do Cólera nos traz uma meditação profunda sobre as diversas formas de amor ? romântico, platônico, carnal e idealizado. A resiliência de Florentino pode ser vista tanto como romântica quanto obsessiva, e a complexidade dos personagens principais traz uma profundidade à narrativa. García Márquez desafia o leitor a refletir sobre a natureza do amor e suas implicações ao longo da vida.

Uma obra-prima que mistura lirismo e realismo, apresentando um retrato nitido da paixão humana.
I
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morgan2 07/06/2024

Gostei muito
Eu gostei muito, muito mesmo. Comecei a ler em janeiro; surtei quando achei que tinha estragado na praia (foi mal, pai) e foi um dos primeiros que cataloguei na minha mais nova planilha gigantesca. Ele me acompanhou nas imensas viagens de ônibus (lindo). Foi uma boa jornada! Estamos em junho agora e eu definitivamente sou um Morgan diferente do de janeiro. Guardarei este livro com muito afeto (5 estrelas para qualidade, 4 para afeto), foi uma estreia e tanto de Gabriel García Márquez. Ressalvas para: interessante ver que Florentino Ariza, Fermina Daza e o Doutor Juvenal Urbino sempre apareceram com o nome completo. A prima Hidelbranda, por outro lado, foi apresentada apenas com o primeiro nome (ao menos, na maior parte do livro). A esposa do Doutor Urbino (filho) nem nome tem. Não consigo deixar de pensar na aula do poema "Quadrilha", do Carlos Drummond de Andrade (nome completo de novo!), da aula do meu professor de literatura do ensino médio. Os nomes são intencionais, com certeza. A esposa não é importante o suficiente para ter seu nome mencionado ali, a prima Hidelbranda é suficiente sendo apenas a prima legal e Fermina Daza, Florentino Ariza e o Doutor Juvenal Urbino são vistos sempre com nome e sobrenome. Em suas histórias, é impossível dissociá-los das famílias, das histórias de vida pregressas e das condições sociais e de fama. O Doutor Juvenal Urbino mais do que todos, já que na maioria das vezes há o "doutor" precedendo seu nome. Antes de ser um indivíduo singular, ele é um cargo e um legado (pessoal e familiar). Agora, encaminhando para os finalmentes, eu queria saber o que raios tinha naquela carta do Jeremiah Saint A'mour!!! Queremos justiça! Brincadeiras a parte, eu queria ter visto mais deste personagem, ele parecia ter muito potencial. E notas finais: a parte do desmatamento foi a mais triste do livro todo. E eu adorei as citações, vou colocar aqui minhas favoritas (sem spoilers significativos):


"'Não faltará por aqui algum louco de amor que lhe dê a oportunidade um dia destes.' E só ao dizê-lo percebeu que entre os incontáveis suicídios que lembrava, aquele era o primeiro com cianureto que não tinha sido causado por um infortúnio do amor. Algo se alterou então na sua maneira de falar.

? Quando encontrá-lo, preste bem atenção ? disse ao praticante: ? costumam ter areia no coração."


"Hoje, ao vê-lo, descobri que só nos unia uma ilusão".
camilabonse 08/06/2024minha estante
que lindo zari




Mila 02/06/2024

Um livro sofrido
Comecei a leitura com altas expectativas por conta das ótimas avaliações.
Gostei, embora tenha achado a leitura um pouco monótona no meio do livro. O final foi mais rápido e prendeu melhor minha atenção.
São capítulos extensos, isso talvez tenha tirado um pouco da minha empolgação.
É um bom livro.
@solracdantas 03/06/2024minha estante
"Cinquenta e um anos, nove meses e quatro dias..." ARIZA, Florentino.




guirbs 02/06/2024

Aos amores contrariados
Maria Bethânia já repetiu tantas vezes: ?(...), mas, afinal, só as criaturas que nunca escreveram cartas de amor é que são ridículas?. O Gabriel García Marquez conseguiu, nas mais variadas formas, elaborar essa ideia em uma narrativa densa e cheia de amor, só que, engana-se quem pensa em ler para encontrar um realismo mágico ? como dizem ser comum na obra do autor, como exemplo em ?Cem anos de Solidão? ? , o amor romântico é apenas um pouco do que se vê em ?O Amor nos Tempos do Cólera?, o foco é a relação de humanos sendo humanos, em diversas maneiras de amar, de ter paixões, de desapaixonar, de odiar, de ter ciúmes, de idealizar o amor, de reapaixonar etc. Aliás, é tão realista que consigo pensar em tantas músicas da galeria musical popular brasileira que poderiam definir tantas relações criadas aqui, inclusive de Florentino e Fermina o cérebro até cansa, porém, ?Sonhos? da Marisa Monte define com uma precisão quase imediata. Belíssima obra.

No mais, é um livro que pode te fazer rir, se emocionar e ter inúmeras reações, mas a principal é que te deixa numa curiosidade que quanto mais você ler, mais irá querer saber. Meu primeiro contato com o Gabo e agora entendo totalmente a importância dele para literatura latino-americana! Vários vivas à essa literatura!

?(...), a memória do coração elimina as más lembranças e enaltece as boas e que graças a esse artifício conseguimos suportar o passado.?
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Matheus 28/05/2024

A paciência do amor
Duas pessoas que se amam, mas nos desencontros da vida, não vivem esse amor por cinquenta e três anos, sete meses e onze dias, com as respectivas noites. É um livro sobre pessoas que se amam e acabam também por amar outras pessoas, porque nem sempre quem amamos está pronto para nos amar de volta. E, nesse meio tempo, deixa-se o amor à deriva do tempo, aguardando alguém digno de o acolher. Entretanto, não raramente, o amor impossível hoje sobrevive ao passar dos anos e fica guardado em algum lugar dentro de nós, aguardando o amanhã que pode nunca chegar. E tal como uma casa antiga com muitos cômodos, chegamos ao fim da vida com muitos amores vividos ou não, cada um em seu respectivo quarto fechado por duras trancas. A cólera é justamente esperar, tanto tempo, para viver o que há de belo para ser vivido em nossas curtas vidas: um amor recíproco.
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João Pedro 27/05/2024

Protagonista, o amor
Sabe quando um livro te faz suspirar? É esse meu estado após a leitura de "O amor nos tempo do cólera". Um suspiro bom, de felicidade, de fé no amor e nas pessoas. Suspiro de esperança, ante a ideia germinada de que os percalços da vida não são capazes de eliminar a essência do amor. A literatura tem essa capacidade intrigante e tão pouco compreendida. Uma história escrita lá em 1984 me servindo de alento ao coração em 2024.

Creio que pouquíssimos livros me fizeram grifar tanto suas páginas como esse. Seja pela beleza da escrita de Gabo e sua capacidade deslumbrante de dar tratamento poético aos acontecimentos mais corriqueiros, seja pela ironia e acidez com que ele quebra as expectativas narrativas e arranca do leitor bons sorrisos e gargalhadas.

Um deleite do início ao fim, regado às tradições e à maresia da costa caribenha. Uma história de amor não convencional, costurada através do tempo, em que as personagens são meros instrumentos ao real protagonista implacável dessa trama: o amor.
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paula_ti_na_mente 25/05/2024

Clássicos
Como eu já imaginava, vindo de Gabriel García Márquez só poderia vir uma belíssima história. Essa é sobre espera. A espera de uma vida inteira. Alguns elementos a meu ver são bem datados como o preconceito escancarado aos negros (que não sei dizer se era aqui uma crítica à classe mais abastada), e Florentino, que diz amar tanto uma única mulher, mas sai transando com o resto da ilha. Sua última amante inclusive era uma criança quando colocada sob seus cuidados.
Eu não consigo enxergar amor verdadeiro nele a não ser por sua espera por mais de meio século para estar com aquela que o rechaçou em sua juventude.
Ademais, me enterneci pelo personagem de Juvenal Urbino e diversas passagens divertidíssimas dentro da história. Historinhas dentro do enredo maior, é isso que me encanta mais na escrita dele.
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mari 24/05/2024

[5] O amor nos tempos do cólera - Gabriel García Márquez
"Todo bom romance deve ser uma transposição poética da realidade." Era isso que Gabriel costumava comunicar. Aqui, o autor cria um potente romance que atravessa o tempo e expõe a potência e a força que há no primeiro amor.

O livro se passa em Cartagena, na Colômbia. A cólera foi uma das doenças mais nocivas para a sociedade colombiana, com surtos que dizimaram milhares de vidas. Com esse plano de fundo, Gabo reúne toda sua criatividade e poder de narrativa para contar os caminhos seguidos por Florentino e Fermina através dos 53 anos que se passaram desde o primeiro momento em que se viram. Os sintomas do amor são comparados ao da cólera, e é a Florentino que esse amor pertence. O personagem dedica sua vida a esperar por Fermina, enquanto experimenta os prazeres do mundo, conhece lugares e sofre por amor.

O que cativa nessa história é a similaridade com a realidade. Não há romantismo exagerado; há tantos desencontros e erros que a semelhança com o real faz com que você queria urgentemente saber qual será o próximo capítulo da história do dois. Confesso que é um pouco cansativo, os capítulos são longos e, digamos que, se o Florentino vivesse na era do Twitter, ele facilmente seria eleito o rei da coitadolândia. Mas, acredito eu, que a vida seja exatamente assim para alguns. O último capítulo é muito bom.
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vivyannb 24/05/2024

O quanto dura o amor em tempos adversos
"O amor nos tempos do cólera" é mais uma das brilhantes narrativas do autor capaz de conduzir por reflexões e questionamentos acerca da natureza humana e, sobretudo, das intempéries com que se coabita ao esbarrar em um sentimento tão profundo como o amor, em tempos adversos para que possa florescer.

Na referida história, não se tem o começo, meio e fim de algo que parece predestinado e que cumpre as expectativas dos próprios personagens e de quem os lê.

Na verdade, trata-se da trajetória de duas vidas que se cruzam numa juventude distante e que tornam a se cruzar por anos a fio sem, no entanto, se entrelaçar de fato.

É daí que insurge a força de um sentimento que perdura por toda uma vida até ter o ímpeto de finalmente sair do plano da abstração. É inevitável, não se questionar, durante a leitura, quanto tempo pode durar um amor esperando que se materialize no mundo real?

O de Fermina Daza e Florentino Ariza aguardou inerte mas com toda a força inerente ao sentimento, por 53 anos, 7 meses e onze dias com as respectivas noites.
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Andressa 20/05/2024

Gabriel Garcia Marquez tem um jeito extremamente único de escrever, e nos leva ao relaxamento e reflexão mesmo nos acontecimentos mais simplórios. Comparado a Cem Anos de Solidão, O Amor nos Tempos de Cólera é um livro simples, mas extremamente denso e cativante. Leva o leitor a pensar sobre as diversas formas e manifestações do amor e sobre o seu desenvolvimento com a maturidade. Os personagens são realistas, bem trabalhados e desenvolvidos com toda a meticulosidade e irreverência do autor de acordo com sua forma pitoresca de contar histórias.
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Ilná 19/05/2024

Clássico
Um clássico, recomendo demais. Uma história de amor que atravessa décadas e trás maturidade aos personagens principais. Retrata também a civilização e as questões sociais da época, além da doença que se alastrava por todos os países, onde se dá ao nome do título.
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Cristina117 16/05/2024

O amor nos tempos do cólera
Não tenho palavras para descrever essa história. Muito mais do que um início real de amor, o livro trata da singeleza da alma no amor puro e sincero.
Muito embora os clássicos sejam um caso de amor e ódio, fiquei sabendo desse livro por uma professora que comentou sobre seu livro favorito.
Eu, como apreciadora de bons livros e de sugestões embasadas, decidi me aventurar em um clássico para ver se a minha opinião coincidia com a de quem sugeriu.
Pasmem! Sim, é um livro intenso, que te faz refletir e pensar até nos amores que deu errado ou que nem chegaram a ser amores. Você se questiona se existe de fato um amor transtemporal.
Leia, tire suas conclusões, mas como disse, clássico é um caso de amor ou de ódio, ou gosta ou não. Não existe meio termo, mas existe a possibilidade de ampliar sua visão.
Esse livro conta a história de amor que venceu o tempo, a distância social e mais ainda, a reputação. Como não observar o amor e o casamento sob outra óptica. Pode ser feliz sem amor? Ou o amor está escondido na cumplicidade da comunhão?
Leia e reflita.
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Lissa Marry 15/05/2024

O cólera ou A cólera
Começo expondo a minha dificuldade em terminar este livro pelos seguintes motivos:

1. Capítulos MUITO grandes, deixando-me fadigada.

2. Minha rotina não colaborou com a leitura. Veja bem, o autor fez um livro com o mais puro suco do realismo da humanidade, entretanto, ele gosta de florear, por meio da escrita, as coisas rotineiras.

Gabriel utiliza do amor como um verniz para esconder as podridões imbuídas na sociedade. O triângulo amoroso é construído com várias camadas ao longo de anos, onde vários amores se desenrolaram em torno dessas três pessoas, se encontrando e desencontrando, com um amando mais que o outro e tudo isso envolto do cólera e da cólera, dado que além da doença, as guerras civis estavam a todo vapor. O autor coloca várias partes cômicas durante o desenrolar da história e brinca com os leitores, pois quando achamos que é X, na verdade e B. Afirmo com toda a certeza que o livro é excelente!! O lerei daqui a alguns anos, sob uma nova visão da maturidade, pois tenho certeza que terei novas percepções. Esse livro é um que sinto a necessidade de reler.
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