Incidente em Antares

Incidente em Antares Erico Verissimo




Resenhas - Incidente Em Antares


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Carlos Nunes 27/08/2017

Simplesmente sensacional!
Surpreendente, bem-humorado, um livro magnífico! Apesar de um início que, à primeira vista, não tem muita importância na narrativa, mesmo sendo bastante interessante, quando terminamos a leitura, fazendo uma análise comparativa com a História do nosso país, entendemos direitinho as motivações do autor. E é aí que percebemos a magnificência dessa obra. Desde o preâmbulo (mais da metade do livro) até a resolução (aparentemente simplista) dos acontecimentos, é necessária uma leitura atenta, com muito mais nas entrelinhas do que aparenta à primeira vista. Porém, surpreendente mesmo é tentar entender como esse livro foi publicado, em plena Ditadura, sem que o autor fosse preso, exilado ou pior, morto...
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Debs @DeboraMaryn 04/07/2022

Esse livro é incrível. Esperava algo bom de Érico Veríssimo, claro, mas logo depois dos primeiros capítulos e já na metade do primeira parte comecei achar cansativo. É um livro tão atual, que poderia ter sido escrito a cinco anos atrás. Enfim a segunda parte é empolgante e eu amei os acontecimentos. Boas reflexões sobre a história e o presente do nosso país.
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Matheus.Vanin 18/10/2023

Na prateleira dos favoritos
Genial. Na primeira parte, narrando a história da formação de Antares, Veríssimo faz uma habilidosa cronologia de fatos históricos e políticos que tratam de forma muito emblemática a história da cidade e do Brasil. Na segunda parte, trazendo o mote da narrativa fantástica (a indignação de 7 mortos que não haviam sido sepultados por uma greve geral), o autor retrata a indignação das personagens com o status quo. Ao final do livro, e apesar do efetivo posicionamento de Veríssimo sobre a conjuntura histórica brasileira da década de 70, fiquei com a sensação de que, na verdade, o melhor está no que é indiretamente exposto. O romance ficcional em si é muito bom. Mas são os elementos externos, pretéritos e projetivos que dão a verdadeira densidade da obra.
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Alyne.Queiroz 14/12/2020

Esperava mais do fim
Sabe quando uma obra é estupenda e vc espera que o final vai ser tão espetacular quanto? Foi o que aconteceu comigo aqui, expectativa muito alta não atendida, eu fiquei pensando que fosse alguma falha do autor, uma acontecimento tão excepcional não podia terminar tão na mesmice, só depois de muita reflexão entendi que a falha foi toda minha, o autor falou exatamente o que queria falar, ele mostrou a mais pura realidade, o povo é uma massa manobrável e com memória curtíssima, depois de tanto escândalo e de tanta sujeira jogada no ventilador cada um cuidou de se limpar um pouco e voltar pra vida como se nada tivesse acontecido, recolocando as máscaras e seguindo o baile.
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Elziana.Sousa 04/12/2021

Vale a pena ler!
O livro, escrito em 1971, traz à tona ideias políticas que, infelizmente, perduram nos dias de hoje. Livro bastante relevante, que nos ajuda a entender um pouco do cenário político atual.
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Ediane.Siqueira 06/12/2021

Érico me conquistou mais uma vez, o romance apresenta a sociedade brasileira, a ditadura com uma pitada de humor que só ele sabe fazer.
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Cássia Agapito 09/04/2021

Érico Veríssimo sendo Érico Veríssimo
Maravilhoso, envolvente, viciante!
Tiago.Boaventura 09/04/2021minha estante
Ainda não li nada do Veríssimo, acredita ?


Cássia Agapito 09/04/2021minha estante
Recomendo, viu?!


Tiago.Boaventura 09/04/2021minha estante
Agradeço. Vou deixar anotado aqui. Recomenda algum livro específico dele ?


Cássia Agapito 10/04/2021minha estante
Este mesmo.


Tiago.Boaventura 10/04/2021minha estante
Obrigado




Williloy 08/05/2023

Há tempos eu não lia uma escrita brasileira. Érico Verissimo trabalha com muitos detalhes e uma narrativa fluida que desperta curiosidade.
O livro é bastante político e aborda várias situações que aconteceram no Brasil anos atrás, da forma como elas afetaram Antares é suas famílias importantes que mandavam na cidade. Em algumas partes acho o livro aborda situações bem complexas e pesadas.
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Jessiana 23/05/2021

Nossa que livro fascinante e importantíssimo para entender o Brasil e porque o tempo passa e estamos do mesmo jeito, com as mesmas política e as mazelas sociais e morais de uma sociedade que nunca aprender com o passado. Esse livro me fez refletir e senti agonia das pessoas. E essa frase me marcou bastante" acho que no Brasil devemos ser pessimistas a prazo curto e otimistas a prazo longo".
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AgathaGalama 10/07/2020

Sete corpos num coreto
Irônico, engraçado, crítico. A obra é dividida em 2 partes: antes do incidente e o incidente
O livro começa contando a história da cidade, focando nas richas familiares entre os Vacarianos e Campolargos, passando pelo império, guerras (Farrapos e Paraguai), proclamação da República e Estado Novo, uma richa familiar caracterizada por violência e controle da cidade até o aparecimento de Getúlio Vargas para apaziguar as briga em prol do bem do estado do Rio Grande do Sul. Dessa trégua surge a amizade entre os filhos primogênitos dos patriarcas que logo se tornam os chefes das respectivas famílias: Tibe Vacariano e Zózimo Camporlargo que se casa com Quitéria. As narrativas continuam durante os cenário políticos até o golpe militar de 64. No início da década de 60 um grupo de pesquisadores escolheram Antares como objeto de estudo e através do diário do professor encarregado e dos comentários revoltosos dos habitantes, temos acessos as descrições das partes mais pobres da cidade e como são negligenciadas pelos poderes vigentes.
Com um alicerce já estruturado de contexto e personagens para o entendimento do leitor, o autor dá início á narrativa do Incidente.

O Incidente
Greve geral encabeçada pelos trabalhadores das fábricas. Os mortos levantam: um advogado, uma matriarca, um sapateiro, um bêbado, uma prostituta, um pianista e um cidadão injustiçado, e decidem descer para a praça da cidade e requerer que sejam enterrados. Em plena praça, os mortos despejam nos vivos, juntamente com o cheiro pútrido, informações que podem destruir relacionamentos e carreiras, mas principalmente daqueles que representam o poder público, a justiça, a polícia, o coronelismo, os bons costumes, a cultura. Os ratos surgem e reina o caos na cidade ás margens do rio Uruguai.
Na manhã seguinte, uma pequena revolução popular a pedras, tijolos e garrafas, liberam o coreto da praça.
Uma comissão é aberta para se decidir se seria publicado o artigo do jornalista a respeito do incidente e logo é decidido que eles irão fazer de tudo para aquele incidente cair no esquecimento popular como diz o delegado de polícia "viram o quê? Ninguém viu nada, porque nada aconteceu, compreende? E você também vai esquecer o que 'pensa que viu'... Está compreendendo?". E com o tempo eles conseguem contornar a situação de repórteres, alguns concluem que o incidente não se passou de um delírio coletivo, alguns dos que presenciaram morreram ou deixaram a cidade... Mas nas memórias dos mais novos o incidente ainda vivia.
"Um povo como o nosso adora as meias soluções, as compressas d' água quente. Nada é sério mesmo nesse país" d. Quitéria

O autor é crítico em várias partes do livro, mas em minha opinião as partes mais críticas do livro são quando os chefes da cidade estão reunidos para criticar o livro que retrata a sua cidade, na troca de informações do coreto e na reunião para decidir da publicação ou não do artigo. Nesses três pontos o autor consegue concentrar os principais defeitos da sociedade brasileira e criticá-la com ironia e golpes certeiros.
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stella87 08/05/2022

um dos livros mais intrigantes que já li
as obras de érico verríssimo nunca decepcionam.

não sei o que dizer sobre essa leitura, ela é política, mas também tem a preocupação de criar personagens complexos por suas vivências?ela aborda a vida e a morte de modo que o autor reconhece que nada sabemos sobre ?o outro lado?.
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ciliane.ogg 28/03/2023

Uma leitura bem humorada de um Brasil deixando de ser agrário, onde a maioria da população era campesina, para se transformar em um país urbano, com novas ideias, valores.
Vemos em Antares tudo isso sendo descrito, como os donos do poder agem e o sofrimento ( bem como uma humanidade maior) entre os pobres.
Divertido, com uma leitura fluída e fácil.
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roberta | @robertabooks 10/05/2022

QUE LIVRO BÃO
Já começo dizendo que esse se tornou, de longe, o melhor livro brasileiro que eu já li na minha vida, e duvido que algum outro irá ocupar esse cargo tão cedo. Sério, QUE LIVRO!

Uma pacata cidade no interior gaúcho sofre uma greve geral e 07 pessoas, de camadas sociais e econômicas diferentes, ficam insepultas. Indignados com a situação, os 07 mortos voltam do além para exigir que o enterro ocorra ou irão espalhar para toda a cidade todos os podres que sabem de todas as pessoas possíveis.

Só essa breve sinopse já foi o suficiente para me atiçar a curiosidade, mas eu não esperava que o livro fosse ser simplesmente MARAVILHOSO!

Ele é dividido em duas partes. Na primeira temos todo o contexto histórico, político, social e econômico da cidade desde a situação criação, bem como sua relação com o Brasil do final do século XIX até os anos 1960. Pode parecer que será tedioso, mas não é. É uma parte densa, cheia de detalhes, mas é surpreendente, de modo que vemos como não avançamos tanto assim na história.

Na segunda parte, temos o incidente em si, seu desenrolar e suas consequências - no pule a primeira parte, ela é super importante para entender todo o incidente, as histórias de segundo plano, os personagens principais e outros que são citados.

O livro todo tem um tom irônico e sarcástico que é maravilhoso de acompanhar. Tem uma escrita tranquila, mesmo que em alguns momentos seja necessário pensar um pouco além para entender o que foi dito.

Na parte do incidente mesmo, fica difícil de largar. Sabe quando tem aquele barraco na vizinhança e todos saem para a rua para ver o que tá acontecendo e ficam tomando partido? Torcendo para sair mais tretas de onde veio essa? Querendo saber mais fofocas da vida dos outros? É esse o sentimento durante toda essa segunda parte.

Enfim, leiam. Não tenham medo do estilo de escrita, nem da densidade do livro, pois ele vale a pena.
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luizaslike 15/05/2022

Veríssimo em: a volta dos que não foram (enterrados
Uma das obras mais icônicas da literatura brasileira, sem dúvidas. É o primeiro livro do Érico Veríssimo que leio e INCRÍVEL como ele une um vasto contexto histórico político-brasileiro com críticas expressas e um humor/perspicácia tremendos. Diante de uma greve geral em Antares que priva os mortos do sagrado sepultamento os cadáveres voltam pra reinvindicar seu descanso, causando furor e grandes confusões na pequena cidade de Antares. É uma história cheia de personagens icônicos que parecem, cada um a sua maneira, traduzir com peculiaridade a diversidade de figuras presentes na sociedade brasileira (inclusive suas mazelas e contradições). INCRÍVEL, INCRÍVEL, QUE SAUDADE QUE EU ESTAVA DE LER UM LIVRO FANTÁSTICO DESSES!!!
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