Resenhas - O Caçador De Pipas

Driele14 22/02/2024

Por você, faria mil vezes
Comecei esse livro sabendo spoiler de um acontecimento porque minha mãe assistiu o filme e me contou há muitos anos. Sabia que não seria um livro leve.

Mesmo assim eu consegui me surpreender com o que aconteceria em 95% do livro. Quando a gente pensa que a narrativa de um ponto de em diante seguiria por um caminho, ela toma rumos que a gente sequer acharia que fosse possível no início do arco anterior.

Ainda que retrate uma realidade dura. Seja no racismo ou no Afeganistão pós-golpe, o autor é de uma delicadeza na construção das relações que não foi impossível ter sentimentos bons durante a leitura.

A amizade de Amir e Hassan é a coisa mais profunda, mais poética. O quão leal Hassan foi a Amir. "Por você, faria mil vezes". O sangue é forte, dizia o general. Mas a relação deles foi muito além disso. Mesmo tendo se separado ainda na infância, sinto que Hassan esteve com Amir durante toda a sua vida. Impossível não se emocionar e refletir com isso.

Encerro dizendo que é uma baita experiência conhecer ao menos uma ideia do Afeganistão, de antes e depois. E deixo meu desejo que um dia esse e outros países tomados por fundamentalismos religiosos e guerras encontrem a paz tal qual o Afeganistão da infância de Amir.

Livia790 20/02/2024

Que livro envolvente mas triste, muito triste. Como é duro ver as diferenças de cultura e como atrocidades são cometidas em qualquer lugar. E como não devemos generalizar, afegãos não são o Talibã (palestinos não são o Hamas)?
Quanto culpa sentiu o Amir, que era um garoto atrás do amor do pai e que cometeu um erro que o perseguiu a vida toda ao incriminar o Hassan.
Quanto sofrimento deve ter sentido o Baba ao mentir a vida toda pro filho em prol de uma imagem.
Hassan e Ali, quanta devoção!
Que livro.

Bruna VJS 20/02/2024

Clássico Contemporâneo
Meu Deus, esse livro é um clássico!

Ele me fez sentir emoções profundas: culpa, raiva, remorso, felicidade, tristeza, saudade... E, mais importante, me fez repensar as minhas escolhas na vida.

Também é uma ótima introdução à História Contemporânea (1975 - 2003) do Afeganistão para aqueles que não conhecem muito do país (como eu).

Vale MUITO a leitura! Imperdível.

Josiane211 18/02/2024

Triste.
Foi uma história bem triste. Me peguei chorando várias vezes, como as pessoas podem ser cruéis.
Que lugar dominado pela morte, pela miséria e pela tragédia. O mais triste é saber que boa parte dessa história é realidade.
O livro só me mostrou de uma coisa que eu sempre acreditei, a traição de um amigo dói muito mais do que a traição de um amor.

Benicio 18/02/2024

Novelão
É um daqueles livros que todos precisam ler uma vez na vida. A história relatada nele é tão real, cruel, tocante e passa uma lição tão forte sobre perdão e cura necessária para todos.

Joao 17/02/2024

É um bom livro, mas é muito, muito, muito triste!

A história é narrada em primeira pessoa e a maior parte se passa no Afeganistão. Há um interessante contexto histórico e, de certo modo, se assemelha a um romance histórico, pois contextualiza as grandes mudanças políticas vivenciadas pelo povo afegão no final do século XX e início do século XXI.

Não adentrarei nos detalhes da história. De maneira geral, pode-se dizer que trata de uma história de amizade, de arrependimentos e, principalmente, de recomeços. Nos faz refletir sobre nossas atitudes; sobre como é necessário coragem para encarar nossos erros do passado.

julia.marzullo 15/02/2024

Uau
Não consigo nem explicar tudo que senti lendo esse livro.
os pensamentos do ali na infância, o crescimento deles, o preconceito com o hassan, o Afeganistão sob regime do talibã.
um livro extremamente necessário, denso, triste e real.
contém muitos gatilhos então tem que tomar cuidado antes de ler, mas todo mundo deveria ler pelo menos uma vez na vida.

Fabiana 14/02/2024

Leitura muito envolvente
O livro conta a história de dois meninos afegãos de etnias diferentes. Um é pasthum e o outro, Hazara.
O narrador é um dos meninos, só que mais Velho.
O livro é muito triste! Tem horas que precisa de estômago para prosseguir a leitura. Você sente tristeza, desprezo, nojo e tantas outras coisas.
A narrativa é bem envolvente. O narrador descreve tudo com bastante clareza, com a dureza que nos choca por conta da diferença entre culturas.
Já tinha lido ?a cidade do sol? do mesmo autor.
As histórias se entrelaçam trazendo todo o sentido e emoções necessários.
Vale a pena a leitura. É uma história de redenção moral. Onde o narrador busca se redimir de erros e mágoas de um passado mais que impactante.

Nicole779 12/02/2024

Amei,porém chorei horrores...
Como pode um livro ter uma história tão linda mas tão cruel que tem amizade,desigualdade e a a mais pura crueldade humana.
Um livro lindo mas que eu confesso que chorei e se dúvidar choro denovo só de lembrar porque inclúsive foi um livro com um acontecimento traumatizante sugiro pesquisarem os gatilhos mas também acho que deveria dar uma chance.

O livro se passa em um lugar com uma cultura bem diferente da nossa onde tem muita gente pobre mesmo,as crianças sofrem,tem fome e tem muita guerra o tempo todo e em uma determinada parte do livro o protagonista imigrou com o pai para os estados unidos por causa desses fatores que foram muito prejudiciais para ele e para todo aquele povo.

Mas tem uma amizade muito fofa entre o protagonista e o outro garotinho que tem um nome bem diferente, o protagonista é de família rica e o outro é filho do empregado da família,e inclusive eu não tenho o livro aqui comigo para tentar colocar aqui o nome dos meninos pois o livro não era meu.

É isso,recomendo para todo mundo.

Luana283 11/02/2024

Meu Deus que história surpreendente, faz a gente ir ao céu e ao inferno ao mesmo tempo, mds, são muitos acontecimentos, fiquei um pouco triste com os acontecimentos, não esperava que seria dessa forma!! Mas a história é linda!!

Samuel994 11/02/2024

Gostei do livro, o seus capítulos finais é um turbilhão de eventos que vão acontecendo ao decorrer da leitura, você acha que está tomando um caminho e, do nada, BUM!

nick 08/02/2024

"... É a verdadeira redenção, Amir jan, quando a culpa conduz à bondade."

vou começar reclamando da edição, que não possui nenhuma nota de rodapé mesmo tendo várias expressões árabes que não são explicadas. poxa, não custava nada facilitar pro leitor que não conhece, é péssimo ter que ficar parando a leitura pra pesquisar na internet

quanto a história, ela é puramente construção de personagem e eu acho isso incrível. o Amir criança não é o mesmo do Amir do final do livro (que bom), ele erra e MUITO, mas será mesmo que seria correto julgar uma criança por ter fugido naquela situação? Eu sei que lealdade é importante e pensei em alguns modos de mudar a situação enquanto lia, só que eu com 12 anos conseguiria fazer algo diferente do que ele fez? Ele errou de várias formas, na maneira como tratava o Hassan antes (e mesmo assim eu consigo entender também) e, principalmente, como tratou depois. Não acho que ele precisava conversar com algum adulto, mas conversar com o Hassan era fundamental. Porém, de novo, tem como esperar uma boa comunicação de alguém com 12 anos e uma base familiar podre?
Ele demorou, mas aprendeu com os erros e se redimiu, de certa forma.

Queria muito que o livro mostrasse o Sohrab falando de novo, tava preparada pra chorar se mostrasse.

Inclusive, eu li esse livro logo depois de ler um que tratava estupro e pedofilia de uma forma muito porca, e fiquei feliz por aqui não ser. É tratado como é. Uma violência, algo nojento e nem um pouco banalizado. Não te induz a pensar que é correto, mostra que é asqueroso.

Aprendi muito sobre o contexto histórico do Afeganistão também, algo que eu nunca tinha ido atrás de saber. Mas que o livro mostra muito bem!

O começo do livro foi meio arrastado, mas depois melhorou bastante

Beatriz 08/02/2024

Por você, faria isso mil vezes.
Esse livro me emocionou tanto? muito marcante, cativa qualquer um. Em muitos momentos me peguei refletindo sobre as lições que esse livro traz. O peso da culpa, medo, vergonha, raiva? caramba! Em muitas partes também fui pega de surpresa, pois realmente não esperava que a história tomasse esse rumo!!! Muito emocionante, digo que foi um dos melhores livros que já li.
A história dos personagens, tão sensível, as vezes angustiante, te prende nesse livro de uma maneira muito interessante!

Mateus.Risso 07/02/2024

Um livro que te leva do inferno ao céu!
O que falar de um livro que quase abandonei nas primeiras 100 páginas? Não cogitei largar o livro por ele ser ruim ou mal escrito. Queria desistir de compreende-lo devido as sensações que ele me causava. Uma mistura de ódio e nojo tomavam conta de mim a cada página premicial que desvendavam as atitudes egoístas e subjetivas tomadas por Amir, uma criança traumatizada pela falta de afeto paterno.

Minha continuidade para com a leitura se deu basicamente pela minha teimosia e curiosidade de encontrar um sentido para tudo aquilo que já tinha lido... E que bom que não o larguei. Todo o processo de amadurecimento da criança/jovem/adulto apresentado no livro, toda dor e arrependimento, cada reviravolta recheiam esse clássico de sensações únicas.

Não o consideraria um livro conforto, muito menos um livro fácil de ler, mas sem dúvida estará em um lugar muito especial dentro das minhas memórias e do meu coração (principalmente o final, que acredito que foi um dos mais lindos que já li na vida).

Carol 07/02/2024

Por você, faria mil vezes.
"Alá é o único Deus, e Maomé é o seu mensageiro. Vejo agora como baba estava enganado: existe um Deus, sempre existiu. Eu O vejo aqui, nos olhos dessas pessoas deste corredor de desespero. Está é a verdade casa de Deus, e é aqui que os que perderam Deus vai encontrá-lo, não na msdjid branca com suas luzes brilhantes e minaretes imponentes. Existe um Deus, tem que existir, e agora eu vou rezar, vou rezar para que ele me perdoe por tê-lo negligenciado todos esses anos, me perdoe por tê-lo traído, mentido e pecado com impunidade, só para me voltar para Ele agora em minha hora de necessidade, rezar para que seja piedoso, benevolente e cheio de graça como o Seu livro sagrado diz que Ele é."