Senhorita Júlia |  A Viagem de Pedro, o afortunado

Senhorita Júlia | A Viagem de Pedro, o afortunado August Strindberg




Resenhas - Senhorita Júlia / A Viagem de Pedro, o afortunado


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Nivia.Oliveira 01/07/2021

Impossível ler Strindberg – pai do teatro moderno – sem o formato de teatro. Eu adoro, ainda mais em tempo de pandeia, me imagino ali assistindo as cenas...;
Nesse livro há duas peças. A primeira, que dá nome ao livro, o trio amoroso Julia, João e Cristina nos conta como as relações amorosas podem ser perniciosas quando eivadas de interesses e que a moral não tem classe social. 😧
Achei incrível a metáfora da visão de mundo em sonhos: Julia (rica) vê de cima de um poste a impossibilidade de descer. João (pobre) vê deitado de baixo de uma árvore alta, a impossibilidade de subir. Nesse dueto, impossível de prever o final.
Na segunda peça, A viagem de Pedro, o afortunado, um jovem de 15 anos que morava numa torre de igreja é induzido a sair para conhecer o mundo “para além dos bosques”. Na companhia de uma mulher, deixa sua suposta “segurança” e vai se deparar com os prazeres da vida livre, mas também com as mazelas. Como Adão e Eva, que desfrutam da árvore do conhecimento, entendem que o bem e o mal estão na palma de nossa mão. Ao se envolver com diversos tipos de situações e pessoas, Pedro percebe como “tudo tem duração tão curta, aqui fora”, o quanto nada valemos e que a natureza é muito mais bela, quando vista do alto da torre.
É possível perceber o temor que o autor tinha das mulheres (“a mulher bate os homens no que toca a perfídia”) identificando como excessos a demonstração de liberdade feminina, propondo castigos para mulher que seduz um homem. E também o medo da morte que reflete suas paranoias e manias de perseguição.



site: https://www.instagram.com/niviadeoliver/?hl=pt-br
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