Cordeluna

Cordeluna Élia Barceló




Resenhas - Cordeluna


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ricardo_22 28/02/2015

Resenha para o blog Over Shock
Cordeluna, Élia Barceló, tradução de Catarina Meloni, 1ª edição, São Paulo-SP: Biruta, 2011, 310 páginas.

Em uma época em que a atual Espanha estava dividida em vários reinos de cristãos e mouros, o jovem cavalheiro Sancho está acompanhando dom Rodrigo de Vivar, conhecido como El Cid, quando acaba conhecendo a bela Guiomar. A paixão proibida entre eles afeta pessoas próximas e uma delas se aproveita de uma maldição para interromper a felicidade do casal.

Quase mil anos depois, alguns atores de teatro partem a um retiro para vivenciar experiências semelhantes as das personagens que irão interpretar em uma peça baseada nas aventuras de El Cid. Como se por uma força do destino, Glória e Sérgio se aproximam, sem imaginar que podem ser os responsáveis por quebrar uma antiga maldição.

“Quando estendeu a mão para pegar a espada, que o pai lhe oferecia, Sancho sentiu que todos os seus músculos tremiam, como se tivesse feito um grande esforço. Quase teve de obrigar-se a brandir aquela arma, como se temesse que ela se movimentasse por vontade própria, mas, então, olhou para a pedra-da-lua e foi como olhar para um céu de verão sulcado por delicadas nuvens dançando muito altas” (pág. 18).
O nobre guerreiro Rodrigo de Vivar, conhecido como El Cid, se tornou uma lenda e sua história ultrapassou a barreira do tempo, se tornando uma figura importante para toda a Península Ibérica. Embora não o conhecesse até então, a autora espanhola Élia Barceló conseguiu, com apenas uma obra, despertar a curiosidade em relação a El Cid e todo o período histórico em que esse viveu, visto que é o pano de fundo para Cordeluna, ganhador do Premio Edebé de Literatura Juvenil

Considerar essa leitura como uma grande surpresa ainda seria insuficiente para descrever a obra publicada originalmente em 2007. Conhecida como a Dama Negra da literatura espanhola, Barceló narra uma inesquecível história de amor, bem como intrigas e magias que tornam tênue a linha que separa o passado do presente ou a ficção da realidade. Algo completamente oposto ao imaginado na primeira vez em que a obra chamou a atenção.

Para contar essa história, a autora se utiliza de dois cenários e tempos bem distintos entre si, mas que a cada página se unem através de uma perfeição quase mágica. Muito disso se deve ao simples fato de a autora ter como aliado o estilo de narrativa capaz de, ao intercalar os capítulos, ter duas características próprias. Ou seja, ao narrar a história de Sancho, sua escrita é mais formal, deixando os diálogos o mais próximo da realidade do século XI, enquanto que a história de Glória e Sérgio, que se passa quase mil anos depois, tem uma escrita muito atual — o que nem por isso deixa de ser incrível.

Mas essa não é a única diferença entre os dois períodos e a mais significativa é sem dúvida o envolvimento que temos com o enredo e as personagens. Isso porque, ainda que todas conquistem de alguma forma, as personagens medievais têm algo mais verdadeiro em suas atitudes, o que pode ser explicado pelo maior desenvolvimento das personalidades e de tudo que as cercam. São personagens emblemáticas, protagonistas de uma bela história, que acabam unindo as próprias personagens do presente.

site: http://www.overshockblog.com.br/2015/02/resenha-311-cordeluna.html
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Lucas 18/02/2015

Resenha | Cordeluna
Ganhador do Prêmio Edebé de Literatura Juvenil Cordeluna é uma novela infanto-juvenil que aborda uma história de amor e ódio da Idade Média, mesclando com os tempos atuais, e a repercussão deste amor que terminou em tragédia.
No primeiro momento somos apresentados a Espanha do séc. XI, e conhecemos a história de Sancho, cavalheiro medieval, seguidor de dom Rodrigo, mais conhecido como El Cid, que cruza com o caminho de Guiomar, condessa de Castela. Os dois jovens, como em um conto de fadas, se apaixonam, mas tem de passar por obstáculos como ódio e ciúmes, que resultam em uma maldição que os separam. Tal amor é condenado a esperar por mil anos até que surja nova oportunidade de se reencontrarem e assim poderem ser eternamente felizes juntos.
E é onde nos leva o segundo momento, já no séc. XXI. Paralelo a primeira narrativa, encontramos um grupo de jovens atores de teatro, que partem em um retiro em um mosteiro com a intenção de participar de uma seleção de atores para a peça que reviverá as conquistas de El Cid. Conhecemos Glória e Sérgio, jovens que inesperadamente se apaixonam, e junto com seus amigos se veem mergulhados nos eventos trágicos ocorridos há mil anos. Cabe a eles destruir a maldição e finalmente proporcionar aos jovens amantes a felicidade que tanto esperam.
Temos uma maldição, uma espada, item fundamental para a resolução da historia e um amor milenar buscando redenção. Em meio a tudo isso as histórias se misturam, com o passado e presente se entrecruzando.

– Pesa sobre vos uma poderosa maldição. Vagareis os dois eternamente, sem vos encontrardes jamais.
Pág. 236

Devo confessar que me surpreendi com o livro, recebido através do book tour realizado pela Editora Biruta. Procuro não conhecer muito do que estou preste a ler, e com Cordeluna não foi diferente, o que me fez ter algumas surpresas com a história que se desenrolava, mas acredito que mesmo conhecendo algo anteriormente, ainda teria tido algumas surpresas. Primeiramente por que não sabia que a história transitava por tempos diferentes, e essa foi uma sacada maravilhosa da autora, ainda que ela dê maior destaque ao passado, o que é compreensível, visto que é neste tempo que vão ocorrer às situações que gerarão os conflitos a serem solucionados. Também por que, mesmo sendo uma novela, não fica em nenhum momento atrás dos grandes romances e das grandes fantasias.
Todos os quesitos da história forma muito bem trabalhados, e percebe-se claramente que houve uma pesquisa apurada na hora de contar sobre a Espanha Medieval. O real se mistura a ficção e a fantasia; esquecia por vezes que alguns dos fatos ali contados não eram realmente verdade. De tão bem construída a trama, mergulhava nos eventos ocorridos, sem me importar se de fato a espada realmente existira, ou mesmo a possibilidade da conexão entre os personagens do passado e do presente poder ser real.
Falando na espada, devo citá-la como exemplo de um artifício que a autora usou em todo o texto, ao explanar um acontecimento ou item, de primeira poderia parecer desnecessário, mas a frente, se mostrava de suma importância para a trama.

– É Cordeluna (...) a espada dos nossos antepassados. Tem esse nome por causa deste emblema gravado na lâmina, vês? Um coração e uma lua que se sobrepõem. E a empunhadura tem uma pedra tão especial que parece feita do próprio coração da lua.
Sancho contemplou-a extasiado, sem se atrever a tocá-la: era uma pedra grande e ovalada, de uma cor leitosa. Sem que ninguém lhe explicasse, sentiu que era uma pedra viva, uma pedra mágica.
Pág. 17

– A espada que me deste, pai – disse quase sem atrever-se a olhar para ele –, sabias que era uma espada mágica, não?
– Sabia que Cordeluna era especial, já te disse.
(...)
– Cordeluna manda, pai. Uma vez desembainhada, ela te comanda e tens a sensação de ser invencível.
Pág. 74 - 75

Foi assim também com os personagens. Não senti – como sinto diversas vezes – que havia algum personagem que fosse dispensável a história. O livro conta com muitos, e todos são bem caracterizados, destacando os do passado - como já dito anteriormente - mas cada um a sua maneira tem um papel importante para o desenvolvimento da trama.
A autora construiu um romance que mistura de tudo um pouco do que a maioria dos leitores – assim como eu – gostam. Conforme avançamos na leitura presenciamos situações que combinam romance, magia, conflitos, história antigas, histórias modernas, tudo intrinsecamente ligado e correlacionado.
O recurso usado por ela de alterna entre os tempos e planos, para mim foi um dos grandes destaques da trama. Tudo foi muito bem pensado para fluir a historia de forma coerente e ainda manter o suspense de modo a aumentar as expectativas para o final do livro.

– Quando chegar o momento, no futuro, daqui muitos anos, haverá homens e mulheres de vosso sangue. Por meio deles, se tudo sair como esperado, podereis alcançar a paz.
Pág. 261

A escrita também merece destaque; de forma primorosa, a autora consegue, através dela, permear entre as histórias. Do modo informal ao rebuscado – ainda que de fácil entendimento - dos diálogos, percebemos a mudança das épocas, perceptível, mas sutil, sem pesar na narrativa.
Minha única observação negativa quanto ao livro, também se refere à escrita, que por várias vezes parava a narração para explicar minuciosamente os detalhes. Se por um lado, tais explicações não deixavam margem para qualquer dúvida que pudesse surgir, amarrando todas as pontas soltas, por outro, a forma didática como foram explorados todos estes detalhes - sem grande necessidade em minha opinião - deixaram a leitura por vezes, um tanto cansativa. Bem como alguns acontecimentos, que mesmo sabendo serem necessários para o desenrolar da história, a meu ver, se mostraram um tanto forçados. Em especial “os primeiros encontros” e a paixão instantânea dos personagens.
A edição é um caso a parte. Parabenizo a editora pelo capricho que foi dado ao livro. Percebe-se a atenção que foi dada, tanto a parte gráfica, repleta de detalhes; das letras capitulares decoradas, dos desenhos internos, dos mapas; quanto às notas de rodapés que explicam termos específicos e o posfácio bem interessante que ajuda a entender e entrar no período medieval. Sempre com a intenção de fazer o leitor mergulhar fundo na leitura.
Em resumo, Cordeluna é uma leitura mais do que recomendada, principalmente para quem procura uma fantasia bem construída, que entretém, e ainda te dá a possibilidade de vislumbrar conhecimentos históricos reais da nossa história.

Nota: 4/5

site: http://fanficsmemoraveis.blogspot.com.br/
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Emerson 01/11/2014

Resenha do Livro Cordeluna
Cordeluna relata a história de amor de um casal que viveu no século XI,na baixa idade média, Sancho, guerreiro de El Cid e Guiomar, condessa de Peñalba, que teve vários obstáculos em seu romance; não só por todas as diferenças óbvias, mas principalmente por conta da madrasta de Guiomar, Brianda, que também se encantou por Sancho e, ao descobrir que ele havia resistido aos seus encantos e tinha colocado os olhos em Guiomar, ficou enfurecida.

A história é intercalada com um romance entre jovens, só que do século XXI, Sérgio e Glória, que se conheceram em meio a um grupo de jovens que viajam até o mosteiro para contracenar a história de El Cid. Ambos se apaixonam à primeira vista e sentem algo estranho que não conseguem explicar, mas no fundo sabem que nasceram um para o outro coisas clichês para eles, mas fazer o quê? O problema é que eles também terão um obstáculo: Bárbara, uma das professoras, está caidinha por Sérgio e, ao ver que ele resiste à ela e está sempre atrás de Glória, não fica nada contente.

O livro é narrado em terceira pessoa. Os capítulos ( que na verdade são partes), são bem curtos e se alternam entre os relatos dos acontecimentos da vida de Sancho e Guiomar na Idade Média, e dos eventos dos dias atuais ,no século XXI,vividos por Sérgio e Glória e o grupo de teatro. E é no século XXI que o amor vivido por Sérgio e Guiomar , na idade média ,poderá ser libertado.

Ah, e Cordeluna é o nome da espada que Sancho ganhou de seu pai ,que é passada de geração á geração em sua família,mas não é uma espada qualquer,digamos que ela tem um tipo de ''Magia'', nem boa , nem ruim ,Somente justa .


site: http://estanteliterarianews.blogspot.com.br/
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fabianebastos 08/10/2014

Resenha Cordeluna
Lembro vagamente que em algum momento de minha formação escolar, alguma professora mencionou algo sobre a disputas territoriais ente cristãos e muçulmanos na idade média. É exatamente nessa época em que se passa parte da trama de Cordeluna.

Leia a resenha completa no blog...

site: http://porfalarnisso.blogspot.com.br/2014/10/cordeluna.html
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Cláudia 27/07/2012

Cordeluna é uma espada poderosa que consegue influenciar o seu dono e as pessoas a sua volta. A narração em terceira pessoa apresenta duas histórias. Uma acontece em um passado distante – na Espanha, época do Rei Alfonso. A outra se passa no mesmo lugar, só que nos dias de hoje, nela um grupo de jovens atores vai para um retiro no campo para desenvolver um projeto que pode lançar as suas carreiras. A história que eles devem recriar é a de alguns guerreiros exilados pelo Rei Alfonso, incluindo a história de amor entre um dos líderes e sua dama. A trama vai e volta, alternado os capítulos entre o passado e o presente, mostrando ao leitor alguns pontos em comum entre as duas épocas.
No passado um casal de jovens (não o do projeto dos atores), um corajoso guerreiro e uma garota de boa família, se apaixonam perdidamente, mas uma pessoa mal intencionada faz de tudo para separá-los. O guerreiro é o dono da Cordeluna, uma espada que deve ser usada com cuidado, afinal como na história do Homem Aranha, com o poder vem a responsabilidade. Enquanto no presente um casal do grupo de atores começa a encontrar pistas sobre essa história, junto com as pistas, acontecimentos estranhos passam ser cada vez mais frequentes com eles e seu grupo de amigos. A narração vai desenrolando com um clima de suspense, os capítulos terminam em momentos estratégicos e como o próximo vai para outra época, deixa o leitor muito curioso. São alguns mistérios, qual a ligação entre as duas épocas, o que aconteceu com os amantes no passado, e como vai ser desfecho.

A leitura foi rápida, a linguagem é acessível, e a trama tem um jeito inocente. É uma aventura juvenil que indicaria para qualquer idade. Achei legal o ritmo, tem várias batalhas, conflitos e uma bela história de amor, lembra um pouco os contos de fadas, pois os personagens bons são íntegros e amáveis – totalmente bonzinhos, enquanto os maus são pura maldade, o que foge bem a realidade, sem meio termo. Uma boa leitura de entretenimento, o que poderia comentar como ponto negativo é que não vi algo que destaque esse livro entre outros do gênero, mas a história é bonita e bem contada.

http://www.concentrofoba.com.br
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Thais 02/10/2012

Esse é o segundo livro que leio em Booktour, e confesso que valeu super apena participar. Avaliei como BOM (três estrelas), mas não entendam isso como algo ruim, vou explicar melhor durante a resenha.

Imagine você, junto a outras pessoas que você nunca viu na vida, em pleno o século XXI, passando uma temporada em um mosteiro, construído na idade média, e ao mirar os olhos em um garoto, acaba se apaixonando intensamente, e como se isso fosse pouco, durante a noite começa a ter dores, sonhos esquisitos e reveladores, e ao sair do alojamento se depara com espíritos. Parece meio sombrio, concordam?! Pelo menos foi o que eu achei, mas foi tudo isso - e mais um pouco - que aconteceu com Glória, durante um projeto da oficina de teatro que ela participava.

A narração é feita em terceira pessoa e dividida em duas épocas diferentes, sendo elas o século XI e o século XXI, e que a principio são bem paralelas uma da outra. Élia Barceló, intercalou nas páginas de 'Cordeluna', o romance vivido por Guiomar e Sancho na idade média e o de Glória e Sérgio nos tempos atuais. A principio eu até me assustei, como que sem mais nem menos, o livro passava de uma época para outra? Cheguei até a me incomodar, mas do meio para o final as duas histórias ganharam uma forte conexão, e no decorrer da leitura já tinha me acostumado. Esse toque deu ao livro um ar bem misterioso, porém abriu espaço para que eu ficasse meia impaciente com a leitura.

TRECHO DO LIVRO: "- Estou começando a ter a certeza de que há mil anos aconteceu algo crucial nessas duas datas e que agora estamos nos aproximando do momento em que o passado tenta voltar." - Página 147

No outro lado do enredo, temos Sancho Ramires, um jovem guerreiro, guiado e protegido por sua espada magica, Cordeluna. Infelizmente o rapaz acaba despertando o desejo da viúva Brianda, e ao mesmo tempo se apaixonando loucamente por sua enteada Guiomar. Movida pelo ódio e pelas forças das trevas, Dona Brianda se envolve com magia negra, e acaba interrompendo e amaldiçoando a vida do casal. E é ai, mil anos depois, que ambas histórias passam a se encontrar, refletindo em Glória, Sérgio, Barbara, Sibila, Quique e outros dos nossos personagens do século XXI. Os espíritos amaldiçoados, de todos aqueles que estavam envolvidos no romance de Sancho e Guiomar, retornam em busca de uma ultima chance, e a narração passa a fazer bem mais sentido do que antes.

Para continuar lendo acesse: http://amigadaleitora.blogspot.com.br/2012/10/resenha-cordeluna.html
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Gabriele 31/05/2012

Cordeluna conta a história de um casal que foi separado por uma maldição há mil anos atrás. Eles se reencontram nos dias atuais, e talvez, dessa vez, eles consigam finalmente ficar juntos.
Comecei a ler sem muitas expectativas, não sabia muito que esperar do livro e me surpreendi. A narrativa da autora é muito bem trabalhada, eu me senti na Idade Média, me senti na pele dos personagens e eu simplesmente adoro quando isso acontece.
Eu demorei um pouquinho no inicio para entrar na história, para ver que rumo a autora iria seguir, mas logo depois, já não conseguia mais soltar o livro. A narrativa altera entre passado e presente e é viciante. É uma história maravilhosa, inteligente e diferente.
Eu adoro história, então ler algo ambientado na Idade Média, sendo essa época retratada muito bem, com todos seus costumes, foi algo muito bom.
Nunca tinha lido nada de autores espanhóis, e foi uma ótima primeira experiência. Foi como fazer uma viagem há mil anos atrás, uma ótima viagem.
Os personagens ao se reencontrarem no presente, sentem uma conexão inexplicável e começam a ter sonhos, onde elementos do passado tentam se comunicar com eles. Nessas horas eu simplesmente ficava vidrada nas páginas querendo saber o que iria acontecer. Sabe quando você senta para ler, não percebe o tempo passar e quando olha no relógio já se passaram duas horas e faltam pouquíssimas páginas para o livro terminar? Foi assim minha leitura de Cordeluna.
E vendo com um olhar estético, Cordeluna é também, um livro lindo. A diagramação interna é muito bem trabalhada, a revisão de texto, os desenhos, a capa... Tudo é lindo. Recomendo muito! É diferente do que eu estou acostumada a ler, mas vale muito a pena.
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Lizianesg 16/04/2013

Cordeluna
O romance tratado no livro Cordeluna é muito envolvente, pois mesmo depois de mil anos os protagonistas deste romance se reencontraram para poder finalmente viver todo o seu amor.
Sancho ganha de seu pai uma espada chamada Cordeluna, o que ele ainda não sabe é o quanto essa espada é especial e com ela ele será um guerreiro temido por todos.

“Tem esse nome por causa deste emblema gravado na lâmina, vês? Um coração e uma lua que se sobrepõem. E a empunhadura tem uma pedra tão especial que parece feita do próprio coração da lua.” Pág. 17

O amor existente entre Sancho e Guiomar, não pôde ser vivido por eles, devido à época em que se encontraram ser em que as mulheres não escolhiam com quem gostariam de ter um relacionamento amoroso, isso era feito pelos pais, o pensamento daquele tempo era que as mulheres serviam para dar filhos aos homens com os quais casassem e passavam horas bordando, tomando chá e conversando.

“- O matrimônio se realiza para fazer prosperar. O homem te dá uma posição, proteção, segurança e respeito. A mulher lhe dá filhos que possam manter suas terras e engrandecer seu nome. Nada além disso.” Pág. 66

Mas o amor entre Sancho e Guiomar nasceu assim que ele a viu, eles resolveram casar-se em segredo, pois sua madrasta não aceitaria esse romance. O que Guiomar jamais imaginou era que sua madrasta também alimentava uma paixão por seu amor Sancho.
A madrasta de Guiomar estava determinada a fazer tudo que podia para os dois ficarem separados e para Sancho voltar para ela, incluindo um pacto com um feiticeiro de magia obscura.

“Atarei suas almas ao tormento que não cessa e as entregarei aos meus amos para que as desgarrem. Estais disposta a pagar o preço?” Pág. 180

Guiomar não conseguiu resistir às torturas de sua madrasta, mas ela tinha algo especial pelo que lutar que já não era somente o amor de Sancho, mas sim um filho que ela conseguiu salvar com a ajuda de um padre amigo.

Mil anos depois, um grupo de jovens estudantes de teatro foram para o mosteiro, lá coisas começam a acontecer e então os jovens acabam descobrindo que estão ligados aos fatos que ocorreram naquele local mil anos atrás.

“Todos pareciam dormir bem, menos Glória, que se levantava com uma dor forte na cintura, que ia desaparecendo durante o dia; Sérgio, que começara a ter sonhos angustiantes de que não se lembrava ao despertar; Sibila, que continuava com seus pesadelos e tinha decidido não contar nada mais a ninguém até que conseguisse explica-los a si mesma.” Pág. 124

Os jovens entenderam que tudo poderia ser resolvido se eles encontrassem a espada e também as pedras da lua que Sancho havia retirado e uma delas ele deu a Guiomar e a outra ele carregava consigo.

“Soube, naquele instante, que para eles era a última possibilidade, que depois de mil anos de sofrimento vagando sobre a terra, seus espíritos seriam por fim libertados, se conseguissem reunir-se. E só poderiam se reunir se a espada voltasse a ser uma.” Pág. 191
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Camila 18/03/2013

Resenha postada em: http://meulivrocorderosa.blogspot.com.br/

Como fiquei feliz por ter tido a oportunidade de ler esse livro. Ele é um daqueles livros pouco divulgados e que encantam qualquer leitor.
Cordeluna conta a história de um amor intenso que atravessou os séculos. É uma história de amor e maldição.
Sancho Ramírez, um guerreiro de El Cid (D. Rodrigo de Vivar) ganha de seu pai uma espada muito especial: Cordeluna. Essa espada dá a Sancho inúmeras vitórias em nome de seu senhor El Cid, porém ela carrega consigo uma maldição que mudará para sempre a vida dos personagens desse livro.
Em uma das missões ordenadas pelo seu senhor, Sancho conhece Guiomar e entre os dois logo nasce uma amor intenso. O que eles não esperam é que a madrasta de Guiomar, Brianda, esteja apaixonada por Sancho e planeja tê-lo a tudo custo.
Paralelo a essa narrativa conhecemos Sérgio e Glória, dois jovens atores que dedicam suas férias a um projeto para recriar a história de El Cid. Quando eles se encontram pela primeira vez, de cara se apaixonam. Surge entre os dois uma ligação muito forte, como se eles se conhecessem a muito tempo, de uma outra época. Para infelicidade do casal, a professora e uma das coordenadoras do projeto, Bárbara, está atraída por Sérgio e fará de tudo para separar o jovem casal. Coincidência? De forma alguma, há uma grande ligação entre as histórias.
O livro alterna as narrativas das histórias, mas com muita clareza, sem deixar furos. Os personargens são muito bem construídos, a vilã faz jus ao seu papel, o mocinho é um guerreiro forte e corajoso, e a mocinha uma legítima donzela em perigo. Apesar desses clichês a história é super criativa, tem bastante de História Medieval, o que adoro.
O livro em si é lindo, me apaixonei por ele sem nem começar a leitura. A arte é bem bacana, com várias xilogravuras, lindo!
Valeu a leitura... Dana (Blog Bookaholic), obrigada pela oportunidade de ler essa preciosidade.
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Moonlight Books 09/09/2012

Cordeluna
Por Cida Oliveira

Leia mais resenhas em http://www.moonlightbooks.net/
O casamento perfeito entre a era medieval e os dias atuais.
Apaixonante novela que combina história e fantasia, amor e maldade, bruxaria e religião.


Nem sempre os livros mais divulgados e polêmicos são os melhores, existem certos livros que são como pedras preciosas, estão bem escondidinhos e precisamos garimpar, cavar bem fundo para encontrar, como uma caçada ao tesouro, quando terminamos temos em mãos algo de valor inestimável. Cordeluna é um destes livros, pouco divulgado, não são muitas as pessoas que o conhecem, mas para os que tiveram este prazer, depararam com uma história fascinante e inteligente.

O cenário é a Espanha, em duas épocas distintas, a medieval e os dias atuais.
Na era medieval, conhecemos o amor dos jovens Sancho e Guiomar, ele um jovem e corajoso guerreiro do grupo de El Cid, ela uma bela donzela da nobreza espanhola, criada por sua cruel madrasta, Dona Brianda.
Temos aqui aqueles amores que nascem de um primeiro olhar, contagiantes e totalmente insanos; amores que levam os amantes a jurar lealdade com a própria vida, que vão contra as convenções de uma época e despertam a inveja de muitas pessoas, tornando -se assim um amor proibido.

Ele é apenas um guerreiro, sem linhagem nobre e fortuna, não pode ser o escolhido para o marido de Guiomar, que de acordo com os desejos da família deve casar -se com um homem mais rico que ela, afim de unir duas enormes fortunas e mais poder. Além de não ser o noivo perfeito, Sancho desperta os desejos de outra mulher, que ao ser rejeitada pelo rapaz, busca uma vingança.
Quem deseja Sancho mais que tudo no mundo, é Dona Brianda, sentindo - se desprezada pelo rapaz, ela busca os conhecimentos de um poderoso bruxo afim de impedir a felicidade do jovem casal, tomada pela inveja e pela raiva, Brianda vende sua alma e liberta uma terrível maldição sobre o casal, mas além de Sancho e Guiomar, todos os que estão ligados a história de amor deles, inclusive Brianda, são amaldiçoados.
Uma eternidade sem descanso, para a alma de cada personagem desta história e três chances em 1000 anos para reverter tal maldição.

Já nos dias atuais, temos um grupo de jovens artistas, que trabalha na montagem de uma apresentação sobre a época de El Cid e para melhor caracterização dos personagens, viaja aos locais que El Cid viveu.
Entre eles, temos Glória e Sérgio, que desde seu primeiro encontro, percebem que tem uma estranha conexão. Quando cruzam seus olhares, são tomados por algo desconhecido e agem como se fossem outras pessoas, são inundados por fortes sentimentos.

"Tinha sido… Como tinha sido? Como encontrar-se com alguém que existe na própria imaginação, como ver na vida real a figura de um sonho, como recuperar algo enormemente valioso que se achava perdido para sempre, como… como apaixonar -se, simplesmente…"


Hospedados em uma antiga casa religiosa, os jovens encontram vários símbolos de um passado distante, peças de uma tragédia marcante, que trazem consigo a história infeliz de dois amantes, segredos e uma força tão grande, que causa pesadelos e mudanças de comportamento no grupo de atores.
Cercados por algo além da imaginação, envolto em muito misticismo, eles percebem que algo muito estranho aconteceu ali, que existem almas perturbadas gritando para serem libertadas de uma maldição e cabe à cada um deles, desvendar os mistérios escondidos naquele local, afim de libertar à todos de tanta dor e sofrimento.

A construção desta história é perfeita, até a metade do livro, a escritora conduz as duas épocas paralelamente, fornecendo diversos detalhes, que podem parecer sem sentido, mas ao unir as épocas cada um encontra seu lugar no enredo, esclarecendo cada situação ocorrida e guiando tanto leitor, quanto personagens à desvendar os segredos da trama.
Os dramas vividos pelos amantes são comoventes, não há como segurar as lágrimas; a coragem dos jovens atores, nos contagia e faz ter vontade de ajudar na busca de uma solução, o que faz de Cordeluna uma leitura muito viciante.

A história é narrada em terceira pessoa, apresenta fatos históricos muito bem descritos, é um romance de primeira, bem ambientado, poético, dramático, envolvente.
Não posso deixar de citar a diagramação do livro, desde uma capa de um tom azul magnífico e uma textura gostosa de manusear, até as belas ilustrações, as divisões internas até a forma como as páginas são numeradas, na lateral, não no rodapé e no mesmo tom azul da capa.
A linguagem utilizada é muito rica e não encontrei nenhum erro de revisão.


Mas e Cordeluna? O que é Cordeluna?

Me perguntei as mesmas coisas, e confesso que enriqueceu a leitura a busca por estas respostas, foi proposital a omissão disto na resenha, pois gostaria que a descoberta de Cordeluna fosse para vocês tão mágica, quanto foi pra mim.

Amei este livro, além de 5 estrelas, entrou para os meus favoritos.




Livro premiado pelo Prêmio EDEBÉ de Literatura Juvenil
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Tatiana 03/01/2013

Desde a primeira que li sua resenha no Bookaholic, eu fiquei curiosa por esse livro. Quando anotei meus comentários ao final de sua leitura no Skoob, eu disse que fazia muito tempo que não lia algo do gênero da fantasia tão bom quanto esse livro. Mas me equivoquei: faz muito tempo que não leio fantasias! Como pude deixar isso acontecer? Só sei que, se eu encontrar livros como esse, com certeza a fantasia entrará à minha lista de gêneros queridinhos.
A empolgação pra começar a ler esse livro era enorme, mas conforme os primeiros personagens foram apresentados, fui pega de surpresa por um grande desânimo: eram TANTOS personagens que eu achei que precisaria montar uma árvore genealógica ou coisa do gênero! Acho que esse foi um dos principais motivos da leitura ter demorado um pouco pra me conquistar de vez. Quer dizer, foi isso e o fato do tempo histórico se alternar. Não me levem a mal logo, mas eu fiquei um pouco confusa no início! Entretanto, conforme a história de Sérgio, Glória, Sancho e Guiomar foram se desenvolvendo, essa narrativa me fez ficar ainda mais louca para chegar ao desfecho da história.
Inicialmente, somos apresentados a Sancho Ramírez, um guerreiro do século X, que acabara de voltar de uma viagem com seu senhor, dom Rodrigo, expulso do reino por causa de uma intriga que eu não vou saber explicar agora. Mas antes de seguir viagem, Sancho ganha de presente de seu pai uma espada mágica chamada Cordeluna, que além de ser muito diferente das espadas comuns, ainda exala uma força muito grande e um brilho azul que ninguém é capaz de explicar a origem.
Anos mais tarde, conhecemos um projeto, no presente, de um grupo de teatro e alguns de seus atores, como Glória e Sérgio, que estão indo para um antigo mosteiro para aprenderem mais sobre a história e a cultura do glorioso El Cid.
Tenho medo de contar muito mais que isso, porque quando li o livro, já não lembrava direito a sinopse do livro e, por ser tudo basicamente desconhecido, a surpresa que tomamos ao longo do desenvolvimento tornam a história ainda mais intrigante. Mas posso dizer que, conforme a história é contada, eu ficava me perguntando se tudo aquilo do passado era realmente no passado – é meio confuso de explicar, mas eu ficava o tempo todo me perguntando se aqueles acontecimentos não eram simultâneos, separados apenas por alguma dimensão, ou coisa assim. Não vou contar se as minhas suspeitas estavam certas ou não, mas posso garantir que aprendi que tudo tem seu tempo e que, apesar de sofrermos com o que acontece, é impossível não se questionar se as coisas são como são porque deveriam mesmo ser assim. E acho que a única conclusão clara que cheguei é que nós somos donos do nosso destino, mas que também podemos contar com muitas outras coisas que aparentemente não estão ao nosso alcance.
Um dos destaques da história, pelo menos na parte medieval, é o papel que a fé tinha na vida dos personagens. Eu já estudei essa parte da História muitas vezes, mas nunca tinha visto “tão na prática” como funcionava a cabeça das pessoas, dos guerreiros, e como a fé era fundamental para quase tudo. Em um momento do livro, percebemos como isso é diferente do nosso presente, e é um barato ficar pensando no que aconteceu desde o século X para que as coisas ficassem como estão.
Também tenho que parabenizar a autora pelas descrições das cenas e dos personagens, porque apesar dela ser clara quanto a algumas características, para quem é muito detalhista algumas descrições ficaram soltas ao ar – o que não chega a ser ruim, porque nos dá a oportunidade de criarmos a nossa própria fantasia!
Foi um prazer ter a oportunidade de ler esse livro! A história de amor é muito bonita e trágica, com aquele gostinho de “me deixem ajudar!”, e com certeza é um livro que será lembrado!
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Samantha 20/12/2012

"-É Cordeluna- disse Ramiro Láinez com leve tremor na voz-, a espada dos nossos antepassados. Tem esse nome por causa do emblema gravado na lâmina, vês? Um coração e uma lua que se sobrepõe. E a empunhadura tem uma pedra tão especial que parece feita do próprio coração da lua..." Página 17.

Sancho morava em Castela com sua mãe, pai e irmãos, era um cavaleiro de Dom Rodrigo. Certo dia, Dom Rodrigo foi acusado de roubar o rei Afonso e condenado ao exílio. Deu opção à seus cavaleiros: juntarem-se à ele, ou ficarem e cuidarem de suas famílias. Sancho foi com Dom Rodrigo. Antes de partir, Sancho recebeu de seu pai Cordeluna, uma espada muito especial de seus antepassados. Ele não imaginava que em sua viagem, iria se apaixonar por Guiomar, que Cordeluna era uma espada com um passado sombrio e que seriam vítimas de uma maldição...

Glória acabara de pegar o ônibus em Madri, iria participar de uma montagem de uma peça teatral sobre El Cid e a Alta Idade Média. O diretor do projeto, Bernardinho queria que os jovens se sentissem no século XI, por isso eles ensaiariam em um mosteiro. Quando chegam lá, Glória conhece Sérgio e se apaixona por ele, Sérgio também se apaixona por Glória. Mas o romance não será tranquilo, forças do passado os perseguem...

"Tinha sido... Como tinha sido? Como encontrar-se com alguém que só existe na própria imaginação, como ver na vida real a figura de um sonho, como recuperar algo enormemente valioso que se achava perdido para sempre, como... apaixonar-se, simplesmente?" Página 46.

Achei o livro bem interessante, foi a primeira vez que li uma história desse tipo, que altera a narrativa entre o passado e o presente, gostei bastante disso. Durante a leitura a gente começa a perceber a semelhança entre as duas épocas, pequenos detalhes que farão toda a diferença no final!

Das duas narrativas, a que eu mais gostei foi a do presente, talvez porque eu goste de teatro e do lance dos amigos se juntarem para desvendar um mistério, ou viver uma aventura. Mas a narrativa do passado também é legal!

Minha cena preferida foi a hora em que Glória vê a imagem de uma anciã enquanto está no banheiro, sozinha e de noite. Ela lembra do que o pai dela havia lhe dito sobre o medo:

"O pior é ter medo do medo, Glória. O medo é uma reação natural do ser humano diante do que não compreende, não conhece e acredita que pode ser perigoso. (...) Se não há nada, ótimo alarme falso. Se há alguma coisa ou alguém, só poderá vencê-lo sabendo o que é e enfrentando." Página 97.

Recomendo para pessoas que gostam de um romance histórico, adolescente e misterioso!

Veja resenha completa em:
http://sopramenores.blogspot.com.br/2012/12/cordeluna.html
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Jaqueline 02/12/2012

O começo da leitura desse livro foi bem difícil pra mim, acho que por culpa de uma ressaca literária que resolveu me fazer companhia por esses dias. O livro faz parte do Book Tour que a Gabi organizou *--* Obrigado pela oportunidade, Gabi.

Cordeluna é um livro muito marcante e intenso. Conta à história de um casal do século XI (Sancho e Guiomar), que vê seus planos ser levados por água abaixo por culpa de uma tal Brianda, essa mulher não é gente, sério.

Sancho, um cavaleiro do grupo de El Cid, acaba conhecendo primeiro Brianda, e essa tenta convence-lo a casar-se com ela, pois é viúva e precisa de um homem pra manter o controle de suas terras. Mas o cavaleiro se apaixona perdidamente por Guiomar, sua enteada, e então quando ela descobre que perdeu o “seu homem” pra garota, ela não se da por satisfeita.Brianda recorre à magia negra, e com a ajuda de um feiticeiro acaba jogando uma grande maldição no jovem casal.

Já no século XXI um grupo de jovens vai pra um mosteiro para participar de um grande projeto medieval, e a peça se passa no ano de 1081 data do primeiro desterro de El Cid.

Glória e Sérgio após chegarem ao mosteiro passam a sentir coisas estranhas, sonhos estranhos. Eles em alguns momentos passam a se comportar como se estivessem mesmo no ano de 1081, eles encarnam mesmo os personagens.

A história trágica de Sancho e Guiomar se passou há mil anos atrás, e só agora Glória e Sérgio poderão da um fim na maldição, trazendo assim paz para as almas dos apaixonados.

Como eu falei no início, esse foi um livro que ao começar a ler eu senti um pouco de dificuldade, por causa da ressaca e porque os personagens do século XI têm suas falas bem complicadas, por se passar a mil anos atrás. Isso foi no início, depois que você começa a juntar as coisas você fica louca pra entrar na história e tentar ajudar, você sofre por não poder fazer nada pra ajudar o casal. A história é tão trágica, mas tão bonita.

Esse livro foi uma grande surpresa, eu não esperava tanto, ele conseguiu me prender, me emocionei bastante, eu senti muita raiva, e muita vontade de agir. Infelizmente eu não consigo me expressar tão bem, mas uma coisa eu digo, esse livro vale a pena ser lido.

E por que o livro se chama Cordeluna? No decorrer da história você irá descobrir, mas já adianto que é uma espada, e ela não é uma espada qualquer, ela tem um grande poder de vingança. Só posso falar isso rsrs

Esse foi o primeiro livro com tema medieval que eu li, e confesso que adorei a história. *--*

Leia ,você não irá se arrepender!
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@APassional 27/09/2012

Cordeluna * Resenha por: Elis Culceag * Arquivo Passional
Sancho Ramírez era um jovem guerreiro medieval de 18 anos, que servia fielmente ao seu senhor Dom Rodrigo. Após cumprir sua 1ª missão oficial, retorna a seu lar para despedir-se novamente de sua família, já que Dom Rodrigo (conhecido futuramente como El Cid), foi injustamente condenado ao exílio pelo Rei de Castela (Dom Alfonso), e Sancho, como um cavaleiro honrado e fiel, decide acompanhar o amo na tristeza ou na glória.

Antes da partida, seu pai lhe confere a posse de Cordeluna, uma espada ancestral que possui um coração e uma lua gravados na lâmina, uma pedra especial e misteriosa em sua empunhadura, acompanhada de um par de pedras menores, não menos intrigantes.

Logo no primeiro capítulo, mergulhamos no mundo medieval através dos olhos de Sancho e vislumbramos sua vila, família, hábitos, obrigações e costumes da época.

Paralelamente, também no início da história, conhecemos Glória, uma estudante do século XXI, que aproveita as férias escolares para participar de um projeto de teatro, a montagem de uma peça sobre El Cid e a Alta Idade Média. Seu destino, juntamente com o dos demais participantes do projeto, é a cidade de Burgos, na Espanha, em um antigo Mosteiro Medieval chamado "Nossa Senhora das Pedras", onde o diretor Bernardino deseja recriar a atmosfera do século XI, para que os atores possam construir seus personagens da melhor maneira possível.

Da mesma forma que no passado Sancho conhece e se apaixona por Guiomar, causando a inveja e a ira de Dona Brianda, no presente Glória conhece e se apaixona por Sérgio, despertando o ciúmes de Bárbara, desencadeando uma série de acontecimentos iniciados há mil anos atrás, e a possibilidade de quebrar de vez ou não uma maldição que persiste há séculos.

É incrível a forma como a autora descreve os personagens do passado e do presente, ao mesmo tempo tão diferentes em suas culturas e experiências de vida, mas possuindo os mesmos tipos de sentimentos, amplificados pela presença dos espíritos amaldiçoados de seus ancestrais.

Nessa história temos amor, ódio, beleza, feiura, luta, resignação, espera... alcance. Não há heróis perfeitos, mocinhas sem defeitos ou vilões sem argumentos. Todos erram, e pagam o preço de suas escolhas, pelo tempo que for preciso.

A narração é feita em 3ª pessoa, e os capítulos curtos alternam entre a Espanha medieval e a Espanha contemporânea. Os personagens principais e coadjuvantes, tanto os do passado como os do presente, são plenamente desenvolvidos em suas características físicas e psicológicas, funções dentro do enredo, e todos possuem finais bem delineados. As histórias estão entrelaçadas o tempo todo, o que acontece no presente tem sua origem no passado, e influência direta da maldição milenar.

Um livro juvenil que nenhum adulto conseguirá parar de ler. Ricamente trabalhado, sem diálogos gratuitos ou cenas supérfluas, tudo tem um porquê e não restam pontas soltas no final.

Cordeluna é uma história especial e mágica, como a espada que leva o seu nome.

Recomendo!
Beijos... Elis Culceag.

Resenha publicada no Blog Arquivo Passional em 26/09/2012:

http://www.arquivopassional.com/2012/09/resenha-cordeluna-de-elia-barcelo.html
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