Tristes Trópicos

Tristes Trópicos Claude Lévi-Strauss




Resenhas - Tristes Trópicos


13 encontrados | exibindo 1 a 13


mhsmaran 16/04/2024

O livro traz uma ótima perspectiva do pesquisador. Parece um diário de viagem. Tem relatos bem interessantes da experiência dele pelo Brasil. Vale a pena a leitura.
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Wagner 12/03/2024

COMO A BETERRABA
A humanidade está a instalar-se na monocultura; prepara-se para produzir a civilização em massa, como a beterraba . O seu regime habitual passará a ser constituído por esse prato único.

LEVI-STRAUSS, Claude.
Tristes trópicos.
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Marcos606 08/08/2023

Os relatos de seus encontros com os povos indígenas do Brasil ocupam mais da metade do texto. No entanto, o autor distancia-se do gênero do relato de viagem, por não pintar exotismo ou aventura, mas apreender uma realidade humana e questionar o conceito de civilização.

No final do livro, ele toma a civilização ocidental como objeto, compara-a sem indulgência com as culturas ditas mais "primitivas" e mostra que qualquer progresso tecnológico gera uma perda em outro nível. O livro é relativista: a civilização ocidental aparece como uma opção entre outras oferecidas à humanidade.

O autor se debruça sobre o significado do progresso e da devastação que uma civilização mecânica produz em seu ambiente e nas diferentes culturas com as quais entra em contato.

As bases do estruturalismo antropológico já aparecem aqui, especialmente quando o autor estabelece um vínculo entre a organização de uma sociedade e a disposição espacial da aldeia ou a geometria de seus desenhos.

Um livro que faz pensar.
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Marco.A.Antunes 08/08/2023

Tristes Trópicos
Difícil seria achar uma síntese melhor para esse livro do que a que me foi apontada por um monitor da minha escola quando eu disse que o estava lendo: ?É sobre as viagens de Lévi-Strauss.? É que a variedade de assuntos, histórias e temas para discussão é tanta que não cabe resumi-los de outra forma, de modo que extasia a sensibilidade.

Longe de se concentrar exclusivamente nos registros etnográficos dos povos indígenas brasileiros, ou mesmo da sua passagem pelo Brasil, Claude Lévi-Strauss abre um leque de narrativas que passam pela sua vida acadêmica, sua viagem pelo Atlântico, suas desventuras nos rincões amazônicos e suas memórias do Oriente. Trata-se de uma profusão de cores e sabores que o autor não se economiza em alargar ao máximo, muitas vezes com uma prolixidade apaixonada e prazerosa.

É verdade que muitas vezes me vi apenas passando os olhos por páginas e páginas, quase sem conseguir tocar no chão de tantas reflexões que ele trazia, talvez pela linguagem extremamente indireta e despreocupada com a objetividade do raciocínio, ou ainda porque eu estava muito pouco preocupado em de fato absorver todas as divagações do autor sobre os mais variados temas. Contudo, não deixei de me divertir muito com alguns comentários muito inteligentes que apareceram ao longo do livro e com o tom geral da escrita, que mais parece um diário pessoal e sincero.

Por outro lado, é de se espantar com o grau de displicência com o qual Lévi-Strauss trata das mazelas sociais do Oriente, não poupando seu vocabulário em estender críticas que, para mim, beiram à crueldade. Não se trata de uma represália ao autor, muito menos à obra, sobretudo por causa do baixo nível de compromisso que dediquei à leitura. É, na verdade, um aviso para não surpreender os outros que também queiram ler o livro.

No fim, foi uma leitura divertida e valiosa, a qual recomendo sem dúvida.
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Gustavo.Henrique 01/05/2022

Em tristes trópicos, Lévi-Strauss faz sua apoteose sobre o trabalho do etnógrafo. Com uma carga literária profunda sobre viagens e o desconhecido, ele nos insere dentro dos universos pelos quais caminha, uns tantos nos próximos, outros tão distantes. E faz um estudo sobre alguns grupos indígenas brasileiros, além de outros povos e localidades, mas, seu foco e na tristeza de nossos trópicos e a apresentação de uma futura decadência civilizacional. O capítulo 38 onde ele analisa os problemas de estudar e representação o Outro é de uma confissão tão íntima e inquietante, que me atormenta mesmo ao término da leitura. Algumas passagens principalmente a respeito da Índia me incomodaram pelas interpretações equivocadas e injustas, mas não desmerecem o caráter da obra, que de fato é um monumento.
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leo 25/02/2022

?o mundo começou sem o homem e se concluirá sem ele?, neste livro podemos perceber um lévi-strauss inédito em alguns sentidos, cosmológico em outros e etnográfico sob certos enquadramentos. recomendo a leitura, sobretudo para estudantes das ciências sociais, lévi-strauss coloca em cena um retrato de um brasil pouco visto nas estantes de nossas casas!
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Errante aprendiz 26/03/2021

Cultura
É um dos meus livros favoritos no sentido de aprender. Foi a partir dessa leitura, que foi bastante difícil, que eu adquiri gosto para saber mais sobre os indígenas.
A linguagem dessa obra é muito difícil, porém, com dicionário e persistência dá para ler de boa. No meu caso, além disso, tive que ler porque foi "imposta" a leitura para uma prova de faculdade rsrsrsrsr.
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Artur.Luiz 01/01/2020

A melhor viagem que já fiz!
Eu mal via a hora de chegar à parte em que começaria a ler os primeiros encontros com os indígenas. Mas a leitura da 1ª e 2ª partes eram deveras difícil. Lévy-Strauss divagava em filosofia de difícil leitura.
Finalmente o pantanal, o cerrado e a selva! Até chegar no Estado em que resido e no vizinho Mato Grosso. Foi muito bom ler os relatos etnográficos feitos à habitantes em tão primitivo estado! Isso era o que eu esperava e o que mais me impressionou. Na 9ª Parte, em O REGRESSO, ele tira do leitor o prazer daqueles encontros sem acabar a viagem, voltando a divagar, desta vez na essência da etnografia. Mas é o fim. Voltarei a fazer essa viagem.
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Pateta 06/09/2018

CRIME IMPUNE
O livro não é “só” sobre isso, mas também é sobre isso: o genocídio de populações indígenas cometido pelos europeus que “descobriram” o Brasil e por aqui espalharam suas doenças, ganância e crueldade. Um crime contra a humanidade que sequer foi reconhecido, quanto mais reparado. Perto disso, o incêndio do Museu Nacional foi um evento “light", embora tenha na origem o mesmo descuido e desrespeito para com as raízes do Brasil - só que agora praticada pela elite governante descendente daqueles mesmos assassinos.
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Pedro 17/12/2016

Tristes trópicos: um retrato do brasil que até mesmo o brasileiro desconhece, trancado em sua urbanidade ocidental. O francês chega ao brasil para nos revelar nossa herança desconhecida e esquecida pelos diversos anos de repressão a nossa cultura. Em seu livro, a etnologia é o caminho para olharmos melhor para nossas almas e, a partir desta analise, recebermos o que tem de melhor em nós. Somos crioulos, mestiços, quilombolas. Somos homens brancos, que engenham e constroem edificios de pedra, e primordialmente somos indios, giramos em torno da supertição com naturalidade, e rejeitamos a natureza em nos pela sua proximidade. Seja na cidade ou nas regiões mais remotas do garimpo das gerais, é nitido nossa herança ancestral com a natureza e nosso rejeito a ela. A natureza é de pixe, e o brasileiro é o mosquito que não consegue se livrar de sua prisao ancestral, nao importa o quanto se debata. Claude Lévi-Strauss é um estrangeiro, francês europeu, com residencia a milhares de quilometros deste país. Porém, se torna um dos poucos mestres que conseguiram retratar eficientemente a alma selvagem brasileira.
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Pedro Sombra 21/07/2016

Tristes estruturas destes tristes trópicos.
O antropólogo Claude Lévy-Strauss - tal como na música do Caetano - nos leva a um Brasil que provavelmente já não existe: um Brasil da primeira metade do século 20 que continuava a esquecer suas origens indígenas e a trucidar toda uma cultura local pré-existente à colonização. Não apenas um ensaio antropológico, a narrativa nos convida a uma perspectiva analítica do viajante etnográfico. Com uma leitura melancólica, não deixamos de nos sentir à vontade com o modo que o autor nos situa entre os Bororo, Cadiueu, Tupi-Cavaíba e Nambiquara, mesmo com os ritos religiosos (que se tornam ritos sociais) indígenas que à primeira vista parecem absurdos e primitivos para uma mente "ocidentalizada".
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karinna adad 22/01/2016

Mais que um relato de viagem
Meu primeiro livro do Lévi a ser lido na sua inteireza. O início pode soar meio complicado e inusitado, quando ele divaga sobre o processo de viagem para o Brasil. Passado isso, já depois da centésima página, o livro é uma surpresa deliciosa com seu bom humor, seu relato meio de observador, mas meio de participante, seus desenhos e seus questionamentos sobre tudo o que fazia naquele momento, sobre a vida, a antropologia, o papel etnográfico, sobre a sociedade, nossa sociedade e sobre nós.
Um livro pra ser lido com calma e apreciado como se fosse um relato de viagem contado pessoalmente para nós.
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Ju Padilha 17/03/2009

No imaginário!
Sei que não posso fazer uma resenha de um livro que ainda não li, mas falo sobre o tamanho do espaço que este livro ocupa em meu imaginário! Li "Saudades do Brasil", que na verdade se vê, muito mais do que se lê, é o livro de fotografias resultantes do trabalho de campo de Lévi-Strauss que resultou em "Tristes Trópicos" e por isso, que há alguns anos, que espero o momento perfeito para lê-lo, momento em que ele possa ser compreendida na íntegra e nas entre-linhas!
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