spoiler visualizar@jurarys 30/05/2024
"Porque onde quer que eu estivesse, estaria sempre sob a mesma redoma de vidro, sendo lentamente cozida em meu próprio ar viciado."
!!!Possuí gatilho!!!
É tudo muito genial. O começo é confuso, ele alterna entre presente e pasado com alguns personagens do pasado no presnete,e com um pasado distante e outros nem tanto; isso sem uma quebra temoporal. A escrita é confortavél, há a quantidade de detalhes necessaria, eu amei a quantidade de páginas por capítulos; ao longo do livro o pasado deixa de ser presente e as coisas vão ficando mais claras e fazendo mais sentido.
Esther é tão bem construida que tantas vezes achei que era a propria Sylvia que estava nas págias; ela é tão real, com problemas reais. Percebi que Esther vive rodiada de pessoas que não vivem em uma redoma parecida com a sua, são mundos distintos e apesar dela ate querer e se esforçar para estar nele ela não consegue e se cansa de tudo e todos.
No momento em que ela pega o trem para ir pra casa é visivel tantos sentimentos e vontades, principalmente a de não ir; Esther veio de uma familía religiosa, então ela tem meio que uma conduta de garota certinha, seu pai faleceu qando era pequena (e detalhe) a sua mãe não os levou no enterro, a mãe parece ser meio inerte ao mundo que não seja o dela mesma e o irmão aparece pouquissímas vezes se tornando não presente.
A viagem, de volta para a casa da mãe é o gatilho que faltava para a depressão tomar conta de Esther, e a cada dia que passa ela morre mais um pouco, ate ser internada; e os pensamentos e a forma como ela reage diante o tratamento é sensacional, (ela melhora muito rápido). O que me fez pensar se realmente há uma clínica psiquiatrica ou apenas um transe mental, porque Esther reencontra tantos personagens da sua velha vida internados também ou reabilitados; que talvez ela apenas tenha entendido seu lugar na sociedade e aprendido a lidar com sua redoma durante o reencontro.
Uma personagem em especifico que intrigou demais, Joan, quando Esther está para receber alta, assim como Joan também, a personagem se mata; na minha interpretação séria a depressão de Esther indo embora, claro fazendo a associação dos personagens do passado semrem os gatilhos. Dooren também é interessante, apesar de muito irritante, durante a leitura dá a impressao que Esther quer se ela, pela liberdade, o conheimento de si própria e saber o quer do futuro, porem não consegue e se frusta tanto com si mesma e com Dooren.
Pra quem estuda psicologia e áreas similares é perfeito no sentido de entender o porque de Esther ter tantas reações inconsequentes e viver no presente, sem pensar muito no futuro. Ela está definitivamente cansada de ser quem ela é, se acha sem graça e se cansa facilmente de tudo e todos a sua volta, uma caracteriastica da depressão.