its ranna 28/01/2024
Lindo demais
Muito carinho por esse livro e pelo Saulo. Já o acompanho há um tempo. Aqui, ele faz uma biografia de sua vida na projeção astral desde criança e dá uma verdadeira lição de como devemos amar ao próximo e ajudar através da espiritualidade. (Se você quer saber as técnicas para projetar, deve ir no site dele, o livro é mais um guia do porquê projetar).
Ri muito em alguns relatos dele fora do corpo, chorei em outros e aprendi muito a amar e ajudar em outros.
Chorei muito com o resgaste dos espíritos de negros escravizados na senzala, imaginei o ponto dos Pretos Velhos sendo cantado pelos mesmos, indo resgatá-los (imagino que o Saulo não conheça muito, por isso não aprofundou). Ele nos conta sobre Balthazar, um mentor que às vezes aparece com sua roupagem de índio e usando o nome de Pena Branca. Muito lindo essa conexão.
"Fui aos poucos parando de julgar as pessoas, não era melhor do que ninguém, apenas começava a enxergar um pouco mais. Era como se passasse a "entender" também a moldura do quadro da vida, apesar de saber que a vida era a mesma de antes, só havia mudado a forma de enxergá-la. Então, uma vontade tremenda de ajudar cresceu dentro de mim."
"Pouco depois, pagando uma conta numa lotérica, olhei para as pessoas ao redor e as achei todas lindas, as crianças, os velhinhos, cada uma delas, um ser eterno, uma consciência, aprendendo e melhorando seu jeito de ser.
No fundo, o que é a aparência? Nada... Nada... Nada..."
"Teste você: imagine você andando na rua, há uma pessoa deitada embaixo do viaduto, dormindo em papelão. Seja sincero com o que vou perguntar! Sente alguma coisa? Quase nada? Pode até sentir pena, mas não amor! Amor é difícil de sentir por quem não conhecemos, não se culpe, somos assim ainda, embora estejamos melhorando... Agora, pense na pessoa que mais ama! Um filho, a mãe, o pai, podem já ter desencarnado. Um amigo, a noiva, a esposa, enfim, não deve ser difícil. Pensou? Agora, imagine que naquele corpo que ali está deitado, lá dentro, está esse seu parente ou a pessoa em quem pensou. Visualize ela ali, deitada. É ela com outro corpo, mas é ela. Ali dentro é ela. O jeitinho é dela, os olhos são dessa pessoa, a forma de falar, o amor que sente por você é o mesmo, é exatamente ela ali, só
com outra "máquina", com outro corpo. Pergunto-lhe: O que sente? Uma vontade incrível de ir ajudar? Bem-vindo ao exercício do amor!
O lance é que estamos acostumados a só amar os nossos entes queridos, os nossos parentes, os nossos amigos, culturalmente somos
assim, está no nosso DNA, na nossa sociedade, está ainda na nossa alma. Contudo, isso está mudando. Essa é a visão do projetor no corpo, pense sempre assim e verá o quanto pode ser útil. Dizer que consigo
amar qualquer um é falso. Mas transfiro o amor que sinto para todos, quando saio do corpo, quando estou no corpo. Talvez não seja o amor na sua plenitude, na sua essência, mas é o que sentimos, e deve ser respeitado."
"Viva nossos espíritos, pois somos hoje os
negros de ontem! E ainda somos eles, pois eu me vi lá, senti a corrente no pulso, senti o cheiro da terra, senti o suor escorrendo na pele, senti a injustiça na alma!"