Conan:

Conan: Robert E. Howard




Resenhas - Conan, O Bárbaro


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Eric M. Souza 10/11/2011

Logo nas primeiras páginas já se vê por que Robert Ervin Howard foi, talvez, o maior mestre da fantasia. Mesmo na ausência de Conan, é tudo tão fluente e cheio de ritmo, de filosofia mesclando com o fantástico, de vida. Um mundo imaginário toma forma como fosse real, e doeu no meu peito como no do antagonista a queda das torres púrpuras de Acheron, há 3 mil anos.
É impressionante como o autor criou um gênero, e foi tão imitado. Eis que, por exemplo, se fala neste romance da Mão Branca de Saruman... ops, da Mão Negra de Stygia. E a lista de obras que beberam da fonte de Howard ultrapassam a fronteira da fantasia: Conan se depara com uma vampira primordial em Khemi, na Stygia (Egito), chamada Akivasha. E Anne Rice (Crônicas Vampirescas) e sua Akasha.
As tramas e sub-tramas reservam boas surpresas, mesmo de início, um verdadeiro mundo hiboriano em que cão devora cão. E o Conan, mais velho e rei, é receoso como deveria, mas também impulsivo e temerário como um cimério.
Lendo, e acompanhando o repentino sucesso de Guerra dos Tronos por aqui, não consigo explicar o ostracismo dos escritos de Robert E. Howard no Brasil. O estilo da trama se parece com o de Crônicas de Gelo e Fogo, porém com muito mais agilidade no desenrolar dos fatos, e contada de outra forma - enquanto Martin foca em diversos lados de um conflito, Howard se centra no rei que foi traído por diversos nobres e, enfeitiçado, incapaz de liderar suas tropas, viu seu reino ser invadido. É uma fuga alucinada e uma luta para recuperar sua posição. O mais incrível é que os escritos de Howard estão no domínio público (o autor se suicidou em 1936, aos 30 anos, somente 4 após criar o maior personagem da literatura fantástica), mas não há muita propaganda em cima deles, que estão entre o que há de melhor em tudo o que é importante numa litfan: bons personagens, surpresas, ambientação, conspirações, feitiçaria e seres mitológicos. Conan foi construído em contos anacrônicos de sua vida como aventureiro, ladrão, mercenário e rei (o primeiro conto escrito é dele rei, já velho); neste romance, porém, a Era Hiboriana ganha muito em profundidade com a civilização perdida de Acheron e a descrição minuciosa do conflito entre Aquilônia e Nemédia, com os papéis de todos os estados envolvidos, e o jogo de interesses. E tudo sem Conan deixar de ser Conan (ousado, impulsivo, letal como uma lâmina e desconfiado como deve ser um rei), e sem perder a ação e a intensidade.
O romance "A Hora do Dragão" tem um desfecho satisfatório e poético, em certa medida, mas não é com ele que se encerra o livro. As três noveletas que se seguem se diferem muito entre si, e parecem apresentar o cimério em fases dististas de sua vida. Todas são violentas, cheias de ritmo e com conclusões agridoces, característica do estilo de Howard. Também são notórias por trazerem lugares inusitados da Era Hiboriana.
O livro, somado aos dois volumes já publicados pela Conrad há alguns anos, provavelmente terá tiragem limitada e se tornará item raro de colecionador. Um "corpus conanescum" que, embora bem conhecido e à disposição no estrangeiro, está à margem do mainstream no Brasil. Aos que apreciam uma boa literatura fantástica - com boas estórias, embasamento, maturidade e um mundo complexo e bem descrito -, a sugestão é que adquiram o mais rápido que puderem. Antes que se torne impossível.
angie 10/11/2011minha estante
Tem a guerreira Sonja em algum desses contos? Quem acompanhava a saga do cimério em quadrinhos sabe que ela é a paixão dele.


Eric M. Souza 10/11/2011minha estante
Não, a Red Sonja foi criação da Marvel. Nos contos, a grande paixão de Conan foi Bêlit, a Rainha da Costa Negra (ela também aparece nos gibis), presente aqui no Brasil numa noveleta lançada pela Conrad, da coletânea "Conan, o Cimério".
O romance A Hora do Dragão traz Zenóbia, que se tornaria, mais tarde, rainha da Aquilônia.


angie 10/11/2011minha estante
Que pena.


Franque 06/12/2011minha estante
As histórias deste livro são diferentes dos dois volumes de "Conan, o cimério" lançados pela Conrad?


Eric M. Souza 06/12/2011minha estante
São diferentes. Esse livro traz o romance "A Hora do Dragão", e os contos "Além do Rio Negro", "As Negras Noites de Zamboula" e "Os Profetas do Círculo Negro".


cid 05/06/2015minha estante
Sonja aparece no conto "A sombra do Abutre" de Robert E Howard.




Ale Callari 28/08/2011

Esta é uma edição primorosa que chega no momento certo. O livro contém o romance A Hora do Dragão, único escrito por Howard (todo o resto foram contos, cartas, ensaios e poemas) e apresenta o escritor no auge de sua forma. É de longe a melhor história de Conan e me arrisco a dizer que a maior obra do escritor, talvez rivalizando com Vermes da Terra e A Torre do Elefante.
Howard era um visionário e hoje o que tornou-se clichê em histórias de fantasia, nasceu de sua cabeça. A força de suas palavras está impressa em todas as páginas e aqui encontramos um Conan muito diferente do que estamos acostumados; o cimério está mais velho e experiente e precisa lidar com o golpe de estado que arrancou-o de seu trono na Aquilonia.
É uma saga épica sem precedentes e repleta de reviravoltas. Obrigatório a todo fã do gênero.
De quebra, o livro ainda traz mais três contos do bárbaro que permaneciam inéditos no Brasil e um belo caderno de fotos do novo filme.
Laís Vianna 20/11/2017minha estante
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Anderson Tiago 22/02/2014

[RESENHA] Conan, o Bárbaro - Robert E. Howard
Conan, o bárbaro da Ciméria, já se tornou um personagem cult da cultura pop. Desde sua criação em 1932 por Robert E. Howard, Conan foi adaptado em livros, quadrinhos, filmes, séries, desenhos animados, RPGs, vídeo games e outras mídias. É inegável, no entanto, que a maior contribuição para a popularidade do guerreiro veio através do filme Conan, O Bárbaro; de 1982, e sua continuação, O Destruidor, de 1984, ambos estrelados por Arnold Schwarzenegger. Após um hiato de 27 anos, Conan volta ao cinema, dessa vez interpretado por Jason Momoa, e por mais que o filme tenha recebido críticas, é ele o grande responsável pelo lançamento do livro aqui resenhado.

O livro, lançado aqui no Brasil homônimo aos filmes de 1982 e 2011, é composto por um romance, o único escrito por Robert E. Howard, e por mais três contos do mesmo autor. A Hora do Dragão, também conhecido como Conan, O Conquistador, é a história principal do livro. Escrita em 1934, mostra o bárbaro em sua maturidade e de posse da coroa da Aquilônia. Apesar de amado pelo seu povo, o Rei é temido e odiado pelos inimigos, que recorrem ao feiticeiro Xaltotun para depor Conan. Uma vez deposto, vemos o Rei retornar à condição de mercenário em busca de recuperar o trono perdido. O cimério parte, então, numa jornada através de meio mundo para localizar a única arma capaz de derrotar o bruxo. O clímax são as batalhas, onde a superioridade numérica não se sustenta frente à força e à habilidade atlética do guerreiro.


“A bandeira do Leão balança e cai nas trevas assombradas pelo horror. Um dragão escarlate, nascido dos ventos da ruína, sussurra. Os brilhantes cavaleiros estão amontoados onde as lanças pontiagudas irrompem, e nas montanhas arrepiantes os deuses perdidos da escuridão despertam. Mãos mortas apalpam nas sombras e estrelas empalidecem de pavor; pois esta é a Hora do Dragão – o triunfo do medo e da noite.”


Além de A Hora do Dragão, a edição brasileira nos presenteia com três contos inéditos no Brasil. Além do Rio Negro, As Negras Noites de Zamboula e Os Profetas do Círculo Negro, são histórias anteriores à que dá ao início ao livro e se aproximam mais do Conan que conhecemos. Por esse motivo considero, que o grande atrativo dessa obra são exatamente esses contos. Neles, somos apresentados a um mais lado obscuro da Era Hiboriana criada por Howard, com seus demônios, feiticeiros, necromantes, sacrifícios humanos, canibalismo, o que faz com que considere o autor como um dos precursores da dark fantasy, estilo muito em voga hoje em dia.


“Seus olhos se afastaram dos olhares firmes de seus captores, e ele reprimiu um grito de horror. A poucos passos de distância, erguia-se uma pirâmide pequena e hedionda: era feita de cabeças humanas ensangüentadas. Olhos mortos miravam, vidrados, o céu negro. Entorpecido, ele reconheceu as feições que estavam voltadas em sua direção. Eram as cabeças dos homens que haviam seguido Conan para dentro da floresta. Ele não conseguia dizer se a cabeça do cimério estava entre elas. Só alguns rostos lhe eram visíveis. Parecia-lhe haver dez ou onze cabeças. Uma náusea mortal o atacou. Ele lutou contra a vontade de vomitar. Além das cabeças, jaziam os corpos de meia-dúzia de pictos, e ele sentiu uma exultação feroz àquela visão. Ao menos, os batedores da floresta haviam cobrado sua taxa.”


Uma característica do autor que não posso deixar de comentar é o evidente racismo. Os povos mais bárbaros, capazes das maiores atrocidades, são sempre descritos como negros ou escuros. Isso não é uma crítica ao autor, uma vez que ele se enquadra no que chamamos de “produto do seu tempo”, tendo nascido em 1906 no Texas. Depois de sua morte em 1936, Conan passou pelas mãos de outros tantos escritores, entre eles; Poul Anderson, Leonard Carpenter, Lin Carter, L. Sprague de Camp, Roland J. Green, John C. Hocking, Robert Jordan, Sean A. Moore, Björn Nyberg, Andrew J. Offutt, Steve Perry, John Maddox Roberts, Harry Turtledove, and Karl Edward Wagner.

Resenha assinada por mim para o site INtocados.



site: http://intocados.com.br/index.php/literatura/resenhas/136-resenha-conan-o-barbaro-robert-e-howard
cid 05/06/2015minha estante
Muito bom.




samedi 14/03/2020

O racismo do autor atrapalha a diversão e mancha a obra.
Nos últimos anos soube que os livros do Conan que eu tinha lido na infância eram versões modificadas pelo Lyon Sprague de Camp, um cara q dizia ter os direitos sobre o personagem.

Resolvi então ir atrás dos contos originais, eu sabia que o autor era machista, no Conan sempre tem mulheres nuas em perigo prontas para serem salvas 🙄... Porém eu fiquei surpreso ao ver como o Robert Howard era RACISTA 😮

Eu não sei se nos contos modificados o racismo tinha sido amenizado ou na adolescência eu não reparei nesta questão ou se simplesmente neste livro da editora Generale eles trouxeram os contos com maior teor racista. Sei que as pessoas negras são tratadas como menos q gente, até mesmo pelo próprio autor. Por exemplo, um guarda branco é chamado pelo narrador por seu nome, caso o tenha, ou pela sua profissão, guarda. Um guarda asiático é chamado de guarda, agora um guarda negro, quase nunca tem nome e mesmo se tiver, sempre vai ser chamado de negro. Um homem branco é descrito como "o homem" um homem negro é "o negro*. Não importa o que o personagem negro faça da vida, ele não tem nem o direito de ser descrito pela sua profissão, sempre será o negro.

No romance a Hora do dragão tem um capitulo bem constrangedor onde o Conan liberta uns escravos em um navio e posa de "branco salvador", os escravos idolatram Conan mesmo q ele os trate com total falta de respeito.

O conto Além do Rio Negro é legal, mas tem aquela pegada de Homem branco civilizado querendo dominar um território selvagem na africa ou no USA, eles contam com a ajuda do Conan que é o mercenário que faz a ponte entre o selvagem e a civilização. Os vilões são os nativos Pictos, q segundo o autor, apesar de serem brancos não são considerados pessoas...

O conto Profetas do Circulo Negro é o meu favorito deste livro, se passa numa região estilo oriente médio, tem bastante magia, varias reviravoltas, é bem legal. Não tem racismo, mas tem mocinha q é sequestrada pelo Conan mas se apaixona por ele e depois é resgatada por ele... Mesmo assim é bem divertido.

Por fim o conto As Negras de Zamboula é o pior q já li do Conan até agora, extremamente racista, nem mesmo as pessoas como eu, filhos da mistura de branco com negro, escapam do preconceito do personagem e do autor. Seguem alguns trechos deste conto:

"Nesta maldita cidade que os stígios construíram e mais tarde os hirkanianos governaram, onde gente branca, marrom e negra se mistura constantemente, produzindo híbridos de toda classe, cor e condição, não há ninguém capaz de distinguir quem é um homem e quem é um diabo disfarçado" (velho no deserto)

"Os sacerdotes de Set o temem. É um mestiço, que governa graças ao medo e à superstição. Eu rendo culto a Set e os turanianos adoram a Erlik, mas Totrasmek realiza sacrifícios diante de Hanumán, o maldito. Os nobres turanianos temem sua magia negra e o poder que exerce sobre a população mestiça, e por isso o odeiam." (bailarina Zabibi)

"— Assim como você é o cão dele. — exclamou Conan — Bem, pois maldita
seja sua pele marrom, Baal-Pteor."

Não é a toa que Robert Howard e Lovecraft eram grandes amigos, tinham mt em comum, incluindo os preconceitos q tanto influenciaram suas obras.
samedi 15/03/2020minha estante
O nome d um dos contos é "As Negras Noites de Zamboula"* digitei errado na resenha.




Heitordealmeida 05/11/2012

Conan, como deveria ser
"E, no fundo das montanhas assombradas, os perdidos deuses negros acordam;
Mãos mortas tateiam nas sombras, e estrelas ficam pálidas de medo,
Pois esta é a Hora do Dragão, o triunfo do Medo e da Noite."

Antes de tudo, vamos esclarecer uma coisa. Conan de verdade só tem um! É o Schwarzza, o Governator, o cara que enfiou a porrada no Fred Mercury, sacou? Conan não usa maquiagem nos olhos, entendido Momoa? Agora monte no seu cavalo Dothraki e volte cavalgando para o lugar que é seu.

Como bem diz o artigo sobre o cara naquela enciclopédia eletrônica, criado por Robert E. Howard, Conan é o maior personagem da literatura de fantasia heróica — ou "espada & feitiçaria" (Sword and Sorcery) - e ajudou a definir o formato da fantasia heróica como subgênero da fantasia. Publicado originalmente na revista "Weird Tales", o trabalho de Robert E. Howard originou uma serie de imitadores, fazendo dele um dos grandes influenciadores no gênero da fantasia, apenas rivalizando com J.R.R. Tolkien.

Você acha que é mentira? Pois é... Eu também achava... Se você ainda tem dúvidas, tente ao menos ler o artigo sobre o homem na tal enciclopédia e você verá que além de praticamente definir um gênero literário, ele ainda escreveu contos de Horror, Suspense e SciFi. Ele criou um mundo único, interligando suas histórias de S&S (Sword and Sorcery) e garantindo a continuidade delas de forma que comece lá na pré-história e termine (de certa forma) "nos dias de hoje" de 1920-1930.

Robert E. Howard também era muito amigo de um outro senhorzinho muito estranho de nome H.P. Lovecraft, onde um contribuiu bastante para o trabalho do outro, sendo que algumas das criações de Howard até mesmo fazem parte dos Mythos de Cthulhu.

Mas vamos a Conan, o Cimério.

Acho que a melhor maneira de descrever Conan é usar o termo "Cara-Foda" ou se quiser "Badass Mothafucker". Conan é o cara. Guerreiro fodão, que enfrenta monstros, demônios, magos maniacos e tudo o mais somente com sua espada. Conan era contra a hipocrisia e a fraqueza da civilização. Ele dominava através da força e da coragem e, apesar de selvagem, era "razoavelmente" bom e justo.

Sobre o livro: A Editora Évora, aproveitando o lançamento daquela vergonha de filme lançou este livro contendo uma das histórias mais aclamadas do Cimério, "A Hora do Dragão".

Na trama, Conan, já rei da Aquilônia tenta recuperar seu trono, depois de ser traiçoeiramente "depostos" por um conluio composto po Amalric, barão de Tor, Tarascus irmão mais velho do rei da Nemédia, reino vizinho que está em guerra com a Aquilônia e apoiado pelo Valerius, "herdeiro legitimo" do reino onde Conan é rei.

Parecia simples, Valerius apoia rei da Nemédia, inimigo de Conan, ambos o destronam, Valerius assume a Aquilônia novamente. Ele, Almaric e Tarascus fazem um acordo, se juntam e dividem o resto. Fácil não? Mas tem um problema ai, percebeu? E o problema chama Conan. E se ninguém tem coragem e capacidade de enfrentar o cara na mão, o que fazer então? Recorrer a magia negra, claro!

Surge assim o plano mais non-sense da história: Usar uma jóia mistica de nome "Coração de Ahriman" e trazer de volta a vida o mago Xaltotum de Acheron para derrotar Conan. Mas é claro que, Xaltotum, depois de 3000 anos morto, não tem muita intenção de permanecer como pau-mandando de um monte de Zés-ninguéns.

Vejamos: Joia mistica: Confere.
Ressuscitar Mago do Mal fodão: Confere.
Dominar o tal mago: Hmm... Ainda em andamento.
Matar Conan: É... Não confere.

Já viu, né? Conan é deposto e supostamente dado como morto. Valerius assume o poder e ele, Almaric e Tarascus tentam controlar Xaltotum, que não está nem ai pra eles e só quer o Coração de Ahriman de volta, enquanto Conan, dando uma sorte tremenda, escapa e começa sua jornada para obter seu trono de volta.

E o filhadamãe é bom! Não só porque ele é um guerreiro imbatível, mas porque em muitos casos ele junta sua força e selvageria barbara com o uso de inteligencia, estratégia e instinto para vencer.

A narrativa é rápida e sem muita enrolação com muitas sequencias de ação. É uma história de fantasia com tudo o que se tem direito, guerras, magia, lutas de espada, mulheres em trajes mínimos e etc, digna do bárbaro mais famoso da história.

Ao fim de "Hora do Dragão", seguem outros três contos inéditos contando outras aventuras de Conan “Além do Rio Negro”, “As negras noites de Zamboula” e “Os profetas do Círculo Negro”. Todos seguem o mesmo ritmo e o mesmo estilo de narrativa o que facilita a leitura, já que mantém todo clima heróico do livro

A edição da Évora, embora tenha a capa do filme, está bastante boa. Houve um ou outro erro de impressão mas nada que prejudique demais a leitura. Uma coisa que muitos sentiram falta é de um mapa da Era Hiboriana para acompanhar os reinos e a viagem de Conan no decorrer das histórias. Há algumas fotos em alta resolução do filme no meio do livro e pra quem gosta até que ficou legal (embora o filme seja... passável).

E a conclusão que chegamos no fim é: Se pra derrotar um cara, você precisa apelar pra feitiçaria profana e ressuscitar um mago que morreu a 3000 anos, então é porque o cara é foda e seria melhor deixar pra lá...
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Ezequias 13/11/2012

Na verdade o livro é uma coletânea de contos do Conan, juntos com o seu único romance "longa metragem", que também não é muito longo.

O estilo de escrita do autor é um tanto engraçado, não é rico, é simplesmente direto ao ponto. Tem o espírito de uma obra "pump". Antigo, porém aceitável o livro pode ser lido tranquilamente, mas com este fato na cabeça.

No romance acompanhamos Conan já bastante maduro e rei deposto, vítima de um golpe maquinado com a ajuda de magia negra, volta a se aventurar para salvar seu reino e destruir o mal.

Não sou leitor de Conan (não sei nem onde começar, só vi os filmes) mas gostei bastante da obra. Um ponto negativo, mas que consigo entender "editorialmente" é o fato da capa conter a imagem da incarnação cinematográfica mais recente do Conan.

Não acho cabível, o personagem mostrado nos livros é bem mais amplo do que o que é visto nos filmes, seja pela interpretação do Momoa ou do Governator.

Enfim, recomendo a leitura para os entusiastas apenas.
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Bia 01/12/2012

Postada originalmente no blog http://www.escrevendomundos.com

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~ Resenha ~


Eu sempre tive curiosidade de ler algo sobre o Conan, mas até então não tinha tido a oportunidade. Em parceria com a editora Generale, adquiri um exemplar do livro que traz a história original, três contos inéditos, imagens do filme lançado a pouco tempo, entre outros materiais exclusivos.

A primeira parte do livro, A hora do dragão, narra Conan sendo destronado por Xaltotun, que ao invés de mata-lo, resolve prende-lo. Mas como estamos falando de Conan, ele logo arruma um jeito de fugir e parte em busca do coração de Ahriman, uma joia mágica que derrotaria o feiticeiro. Nessa busca somos apresentados a um mundo extraordinário, cheio de criaturas interessantes.

Cornan é de fato um bárbaro, decapita, esquarteja e mutila seus inimigos sem hesitar. Justiceiro e inteligente, ele nunca deixa de lado seus súditos. Fiquei extremamente fascinada pelo personagem, gostaria de tê-lo como meu guarda costa! kkk

O livro não acaba com o fim de A hora do dragão, ainda temos os três contos inéditos que eu havia citado anteriormente. Todos eles são repletos de batalhas contra forças do mal.

A narrativa é maravilhosa, você nem sente o quanto está avançando na história até parar para ver. Recomendo para todos que gostem de uma boa aventura.

~ Quotes ~

Conan, com o peito arfando e brilhando de suor, o machado vermelho apertado na mão, olhou em volta, como o primeiro dos homens deve tê-lo feito em algum amanhecer primordial, e sacudiu sua juba negra. Naquele momento, ele não era o rei da Aquilônia, mas o senhor dos corsários negros, que abrira o seu caminho para o domínio através de chamas e sangue.

Atualmente, seu rei é o guerreiro mais renomado entre as nações ocidentais. Ele é um forasteiro, um aventureiro que conquistou à coroa a força durante a eclosão de uma guerra civil, estrangulando o rei Namedides com suas próprias mãos, bem diante do trono. Seu nome é Conan, e nenhum ser humano o supera em batalha.

Nota : ★★★★★
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Marcello 10/01/2013

Conan, Bárbaro como nenhum outro!!
R.E.Howard é um nome de peso, na verdade, "O Nome de Peso", no quesito espada e feitiçaria. Violento, descrição quase tátil e prática ao mesmo tempo, aventuresco, estimulante e com um impressionante senso de pudor para um material titulado de "Conan". Isso não chega a atrapalhar a história, não é positivo e nem negativo, é apenas um traço da saga do bárbaro. Tal livro vem ainda com três aventuras inéditas após "A Hora do Dragão", imperdível também a introdução temática logo no início dele. Nostalgia. A batalha da vida de Conan e o destino de sua nação!!!
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PorEssasPáginas 27/03/2013

Resenha: Conan, O Bárbaro - Por Essas Páginas
Conan, O Bárbaro foi o primeiro livro de parceria que recebemos da Editora Generale e posso dizer que foi um ótimo começo. Para quem aprecia literatura fantástica, estilo Tolkien (aliás, o autor Robert E. Howard foi um grande influenciador tanto de Tolkien, quanto de George R. R. Martin, de As Crônicas de Gelo e Fogo), o livro é um prato cheio. Esqueçam por alguns instantes os filmes de Arnold Schwarzenegger e mergulhem no mundo fantástico de Howard e seu personagem mais famoso: Conan.


Por que eu disse para esquecer os filmes de Schwarzenegger? Porque Conan, no livro, é muito mais que força bruta; claro que ele a utiliza em grande parte do tempo, porém ele também é inteligente e astuto. Para quem não o conhece, Conan já foi de tudo: bárbaro, pirata, saqueador, chefe de tribos, entre outros, e por fim, rei. Para chegar a esse posto não foi apenas sua espada que o ajudou; sua inteligência e carisma também foram fundamentais. Eu mesma tinha outra visão do herói e foi ótimo conhecê-lo de verdade e desconstruir essa imagem.

Já o autor, Robert E. Howard, na maior parte de sua obra, prefere contos a romances; porém, essa edição da Generale traz o único romance de Conan, intitulado “A hora do dragão”. Na história, Conan já é rei da Aquilônia e é destronado através de uma guerra maldita, planejada por seus inimigos utilizando-se de magia negra. A feitiçaria está fortemente presente em todas as histórias de Conan, sendo talvez o único ponto fraco do herói e seu maior obstáculo. Foi essa história que inspirou o filme mais atual do herói, produzido pela Califórnia Filmes em 2011, cujo pôster é a própria capa do livro.

Aliás, a edição da Generale está primorosa; é caprichada e em papel amarelado (fácil e confortável para leitura). Não encontrei erros de edição, revisão ou diagramação em parte alguma do livro. Logo no início, há duas apresentações à edição: uma do brasileiro Alexandre Callari, autor de Apocalipse Zumbi, também da Generale, e outra de Roy Thomas, responsável por adaptar as histórias de Conan para os quadrinhos. O destaque fica para a apresentação completamente apaixonada de Callari, que certamente os fãs adorarão. No final, há um encarte com fotos do filme coloridas e em alta resolução, para os fãs mais ardorosos do guerreiro.

O livro também traz mais três contos inéditos no Brasil: “Além do Rio Negro”, “As negras noites de Zamboula” e “Os profetas do Círculo Negro”. Tenho que confessar que, apesar do romance ser muito bom, prefiro o Howard como contista; acredito que esse é o formato perfeito para Conan e suas aventuras épicas, porém eu sou uma fã assumida de contos, devo admitir. Nos contos, a escrita de Howard é mais objetiva, o que me agrada. Já no romance, Howard tende a ser prolixo, muito parecido com o estilo de Tolkien (na verdade, Tolkien é que é parecido com Howard!), com várias descrições extensas e muitos adjetivos, o que por vezes é um tanto cansativo para o leitor que não está acostumado ou não gosta desse tipo de escrita. Meu conto preferido foi “As negras noites de Zamboula”, que foi rápido e objetivo, sem perder o encanto e a aventura características do herói, nem o estilo do autor. Nesse conto, somos surpreendidos várias vezes, principalmente por Conan, que demonstrou aqui sua astúcia e inteligência, o que me agradou imensamente.

Para os fãs do herói e simpatizantes do gênero espada e feitiçaria, o livro é uma excelente pedida. Também é recomendado para quem ama o gênero fantasia e já aprecia autores como os já citados J. R. R. Tolkien e George R. R. Martin. Abaixo, o trailer do filme inspirado no livro.

Resenha original em http://poressaspaginas.com/resenha-conan-o-barbaro
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Matheus 21/04/2013

Conan é um personagem clássico, criado há tantas décadas, mas continua causando fascínio a cada leitura. Em seu único livro escrito, Howard mostra porque as histórias do bárbaro cimério são tão famosas e atemporais. Misturando guerra, brutalidade, magia, jornada a lugares distantes e diferentes, tramas politicas, tudo isso costurado por um personagem que reúne tudo aquilo que acaba sendo caracterizado como “literatura para macho”, Howard cria uma história simples, mas instigante ao mesmo tempo. Acompanhamos Conan de bom grado em sua retomada do trono, enfrentando os desafios junto com o personagem, mas é interessante, pois Howard também nos mostra os pensamento de outros personagens, num estilo narrativo que em certos momentos chega a lembrar do estilo de George R. R. Martin. O único problema da escrita de Howard é a dificuldade que ele parece ter para criar diálogos. Muitas vezes ele passa páginas sem escrever nenhum diálogo, e isso acaba deixando a leitura arrastada em certos momentos, pois ao invés de deixar os personagens nos falarem as coisas através dos diálogos, o autor escreve nos explicando, deixando a leitura monótona em certos momentos. Isso incomoda depois de certo tempo. Mas, tirando esse detalhe, de resto a leitura é bem prazerosa, e nos deixa com muita vontade de acompanhar Conan em outras aventuras. Por enquanto, não posso falar sobre os contos presentes no livro, pois não os li ainda, mas não vejo a hora de voltar a acompanhar as andanças de Conan por aí.
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dricagallo 01/08/2013

Resenha - Conan, O Bárbaro
Conan é sem dúvida o personagem mais conhecido dos HQs, livros e principalmente no cinema. Recentemente Conan ganhou uma nova versão cinematográfica e provavelmente algum de vocês já devem ter visto o filme, onde no mesmo ele é caracterizado como "O Bárbaro", mais sem entrar já entrando no mérito do filme, foi graças a ele que pudemos ter o romance do caracterizado bárbaro publicado no Brasil, pela Editora Évora com o Selo Generale. E graças a mesma pude ter a oportunidade ler esse romance épico!

A história é bem fluente frente a leitura, só podemos perceber que estamos avançando quando paramos um pouco. Para os leitores que já se aventuram com histórias épicas como a de Guerra dos Tronos ou até mesmo Senhor dos Anéis não irá se arrepender da leitura desse clássico.

O bárbaro perde o seu trono de rei por uma armadilha feita por Xaltotun, fazendo com que o mesmo refaça o seu caminho de volta, reconquistando o seu antigo exército e tendo que descobrir uma maneira de derrotar a magia negra de seu inimigo para que possa voltar ao posto de rei da Aquilônia.

O trajeto do personagem já é bastante previsível, mais é bastante interessante ver como o bárbaro enfrenta as adversidades durante a narrativa. Se você procura uma narrativa sem a pegada épica de As Crônicas de Nárnia e de O Senhor dos Anéis, essa é uma boa pedida.

Durante o livro ainda são apresentados 3 contos inéditos sendo eles: Além do Rio Negro; As Negras Noites de Zamboula e Os Profetas do Círculo Negro. Adorei o livro e todo o trabalho da Editora, tanto com a capa como com a diagramação ótima! Super recomendo a leitura para amantes dos contos épicos citados anteriormente e para uma leitura fantástica.

site: http://umbestsellerchamardemeu.blogspot.com.br
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Paulo 03/04/2014

Excelente
Os quadrinhos beberam em ótima fonte. Excelente livro!
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Thalita Branco 14/03/2016

Resenha ~ Conan, O Bárbaro - Robert E. Howard
O livro é composto pelo único romance publicado sobre Conan mais três contos inéditos no Brasil. O bacana é que no romance Conan já é Rei da Aquilonia enquanto que nos contos ainda não. Gostei muito da oportunidade de ver o bárbaro em diferentes posições de poder e perceber que, sendo rei ou não, Conan mantem seus ideais.

No romance, chamado de “A Hora do Dragão”, Conan se prepara para a batalha quando é acometido por uma misteriosa paralisia. Temeroso sobre a reação da tropa, envia um sósia em seu lugar que infelizmente sucumbe em um desabamento de rochas. Quando a força retorna a seus membros é tarde demais. O exército se dissipou acreditando que o Rei estava morto. Conan é capturado e se vê cara a cara com Xaltogun, um poderoso feiticeiro trazido a vida por meio da pedra preciosa conhecida como Coração de Ahriman. O bárbaro então entra em uma alucinada busca pela pedra a fim de tentar destruir Xaltogun e reconquistar o seu reino.

Em “Além do Rio Negro” vemos a história da perspectiva de Balthus. O rapaz é salvo por Conan, que vasculha a floresta em busca de pictos. A tribo é uma ameaça as pessoas e a um forte próximo, portanto o cimério e seu novo amigo precisam protege-lo. No “As Negras Noites de Zamboula” Conan se vê em meio a um mistério. Viajantes somem quando pernoitam em uma determinada estalagem. Instigado a descobrir o que acontece, dá de cara com Zabini e resolve ajudar a bela moça. E por fim, em “Os Profetas do Círculo Negro”, o bárbaro precisa salvar sete companheiros e para tanto sequestra a Divina Yasmina a fim de usa-la como moeda de troca, até que se vê em uma encrenca maior do que imaginava.

Gostei muito do personagem. Conan pode ser um bárbaro sanguinário e rude, mas sua conduta e ideais muitas vezes são superiores aos dos homens civilizados. Falando em sangue, o livro é perfeito para quem curte batalhas e aventura. O elemento fantasia é apresentado de forma natural tanto para o leitor quanto para os personagens no livro.

Mas a leitura não fluiu da forma que eu gostaria. O autor é extremamente detalhista e faz uso sem dó de adjetivos. As vezes leva um parágrafo inteiro para descrever algo que consumiria meia frase, o que deixa o texto desnecessariamente denso. Mas por outro lado a densidade da leitura dá brilho a obra. O que algumas passagens tem de cansativas outras tem de extremamente empolgantes, como por exemplo a tomada de um barco por Conan. Mais um pouco e eu estaria gritando Amra junto dos escravos!

A edição da Generale ficou muito bonita. As páginas do miolo tem boa impressão e são bastante grossas. No fim do livro existem algumas fotos coloridas e em ótima resolução do Conan interpretado pelo Jason Momoa. Falando no filme, assisti e gostei. Apesar de não se utilizar diretamente de nenhuma história do romance, contar com atuações razoaveis, alguns personagens caricatos demais e efeitos especiais medianos, o longa pega a essência do livro e entrega uma boa adaptação.

site: www.entrelinhasfantasticas.com.br
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Bruno1041 29/11/2017

[RESENHA] CONAN - O BÁRBARO
CONAN, O BÁRBARO narra uma aventura do herói insano da fantasia. Com Conan você não pode esperar cenas diplomáticas, mata qualquer um que se meta em seu caminho quando decide destruir alguém.
Foi muito difícil concluir essa resenha pois o enredo me foi, por boa parte do tempo, incompreensível. Constatei que a obra não é para alguém que desconhece o cimério, é para os fãs que não possuíam suas aventuras em formato de livro aqui no Brasil. Perceber isso me causou um tremendo desconforto, fiquei sem saber a sua origem, o que fez Conan adotar sua atitude violenta e paranoica, tive que aceitar o que era mostrado, tive que tentar entrar no clima e me apegar as cenas presentes e esquecer o passado que não me foi entregue. 😓
Nessa obra topamos com um inimigo imortal que foi adormecido há 3 mil anos. O seu nome: Xaltotun.
Xaltotun foi acordado por um grupo de homens que querem usá-lo com o único fim de tomar o reino de Aquilônia que tem, lógico, como rei o Conan. Na história, é de compreensão geral que para se ter uma chance de destruir o cimério tem que apostar em magia, só assim para parar esse bárbaro que não tem medo de enfrentar ninguém e usa a vontade a sua força descomunal para esmagar qualquer cabeça!
A edição ainda nos delicia com outros dois contos desse bárbaro que eu torcia para que um deles contivesse a origem do cimério, mas infelizmente não têm, são outras aventuras a parte.
Para quem não sabia existem adaptações cinematográficas de Conan e a presente obra possui perto do seu fim cenas da película de 2011 que foi a que assisti anos atrás e que me deixou ciente da existência desse cimério valente.
Com páginas amareladas, a obra tem a capa do filme de 2011, capítulos relativamente grandes, e letras confortáveis para os olhos.
Recomendo a leitura para todos aqueles que já são fãs do rei de Aquilônia e buscam ter aventuras adicionais para a sua bagagem biográfica do herói. Caso queira conhecê-lo pela primeira vez sugiro que leia outras mídias, dê uma pesquisada no google e só depois se aventure nessa obra.
No início da trama temos um panorama geral da guerra da Nemédia contra os aquilonianos. É possível localizar Conan no contesto dessa guerra e qual papel ele tem na trama sangrenta que se arrasta faz anos.
Durante uma batalha Conan é acometido por um mal-estar e não pode lutar, o seu exército perde e todo o seu reino quebra. A partir dai começa a saga do cimério para esmagar silenciosamente todos aqueles que conspiraram para ter Aquilônia.

Não vou dizer que não gostei de Conan, com o seu temperamento forte e brutal pois ele me rendeu várias cenas sangrentas! A força dele foge da nossa realidade, nenhum ser humano pode ser assim, mas o autor tenta mostrar uma criação peculiar do personagem para justificar sua força inumana. Por debaixo de todos os músculos Conan possui um coração bom e isso se reflete ao salvar uma guria da morte e libertar escravos de uma embarcação.

site: http://www.refugioliterario.com.br/2017/06/resenha-conan-o-barbaro.html
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