Mito e Realidade

Mito e Realidade Mircea Eliade




Resenhas - Mito e Realidade


9 encontrados | exibindo 1 a 9


Caneira Martins 07/02/2024

Livro ótimo para entender a evolução do mito ao longo da história e as suas implicações socio-culturais na sociedade humana.
Embora datado, creio ser um material ainda actual para entendermos a importância do mito na atualidade, bel como outros aspectos relacionados.
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Nemésia 21/01/2024

Um passo inicial denso.
É com certeza um livro pequeno em número de páginas, mas grandioso e denso em conteúdo. Não atoa levei tanto tempo para terminar a leitura. Mas é um livro fundamental para quem quer começar a estudar mitologia não como uma ilustração de filmes, séries e HQs, mas sim como uma parte integrante da humanidade e assim, quem sabe, entender a própria e de quebra a si mesmo.
Obs.: recomendo a leitura com algum tipo de dicionário ao alcance.
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Kaliane 09/06/2023

Excelente
Gostei da leitura, traz vários conceitos e exemplos de mitos e rituais, sempre com o cuidado de não parecer que está comparando e menosprezando as culturas.

Tem muitas referências durante a leitura e a escrita do livro é boa.

Conceitos principais: Mito, povo primitivo, realidade, rituais, cultura.

Quanto a estrutura dessa edição: Não é nada boa e a diagramação é horrível, adoraria que tivessem cuidado melhor desses detalhes, livro pequeno e letra pequena. Mas não vou avaliar com base nisso, sendo que o conteúdo foi ótimo.

É um livro curto e dá pra ler rápido.
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caio.lobo. 05/04/2023

Mito É realidade
Você irá passar, mas o mito não. Pode uma civilização acabar, mas seus mitos permanecem, são redescobertos ou suas estruturas se mantém com outras roupagens. Eliade demonstra muito bem seus conhecimentos através das fontes antropológicas citadas na obra, mas seu primor está e unificar e interpretar todos estes estudos de um modo que dá sentido profundo à existência humana e compreende o mundo atual. Eliade tem a perspicácia e inovação de explicar a realidade através dos mitos, mas não começando pelas grandes mitologias como a grega, hindu e nórdica, e sim pelos mitos mais antigos, como dos aborígenes. Além disso, começa pelo começo, através da criação e as diferentes cosmogonias e teogonias, mostrando que festas e ritos sazonais querem recriar este momento primordial para restabelecer a perfeição perdida.

Perceba que o mito tem sua própria temporalidade, ocorreu num ?tempo fora do tempo?. Quando eu era criança eu ficava imaginando em que época ocorreu os fatos da mitologia grega, imaginando que foram anteriores a toda essa história contada nos livros. E descubro com este livro que já os aborígenes, que existem há dezenas de milhares de anos, tem um pensamento semelhante, com o mito se passando no ?tempo dos sonhos?. Esse tempo sagrado é o mesmo que chamamos de mito e contam uma história atemporal que se manifesta de diversas maneiras nas múltiplas existências. Um exemplo é o deus, figura que se apresenta também nos heróis, salvadores e líderes; os estados totalitaristas comunistas e socialistas repetem temas religiosos como o maniqueísmo e luta final entre ?nós contra eles?, a queda do estado de perfeição primordial e o fim da história através de uma ?redenção?.

Um alerta que Eliade faz, e que serve muito bem atualmente, é sobre a perda da memória. Os antigos tinham memórias poderosas e graças a isso os mitos nos chegam. Esquecer o mito é esquecer-se um pouco de si, pois esquecemos o nosso Totem (antepassados), nossa cultura, e principalmente, esquecer a natureza humana. ?Perdendo a memória? o homem começa a se tornar homogêneo na multidão, ou seja, ?morrendo em vida?. Isso se demonstra bem hoje, onde nossa memória está mais num ?HD externo? (celular, computador, nuvem etc.) do que no nosso viver, e quando nos esquecemos de conceitos e palavras não temos mais tantas ?gavetas mentais? para resgate, mas fazemos uma pesquisa no Google e/ou perguntamos ao ChatGPT.

Somos seres ritualísticos, mitológicos em busca do sagrado, mesmo que esse sagrado seja profano. Ritualizamos nossas ações e ?mitologizamos? nossa existência, pois o rito cria transcendência e o mito se eterniza. Enfim, o mito dá início e matéria para aquilo que será fundamental a nossa existência: a religião. A ciência explica, e muito bem, como as coisas funcionam, porém não dá sentido às coisas, mas a filosofia, a religião e os mitos fazem tudo ter sentido. Dessas três, o mito e a religião se aprofundam num tema essencial: a morte. Graças à morte que temos a sacralização da vida, a vida é sagrada e vale a pena por causa de sua finitude e isso nos faz pensar além, transcender olhando para o horizonte...o horizonte da vida.
OshoTemRazao 05/04/2023minha estante
Faz uns séculos que quero ler esse livro kkkk


caio.lobo. 05/04/2023minha estante
Então a hora é agora!


caio.lobo. 10/06/2023minha estante
Como assim "visão extrema"?


caio.lobo. 11/06/2023minha estante
Vc diz as fontes de onde ele tirou as informações ou vc quer uma visão crítica?


caio.lobo. 13/06/2023minha estante
Bem, no fim do livro e mesmo durante o livro ele coloca várias referências, principalmente de nomes da antropologia. Através dos estudos antropológicos que ele obteve conhecimento de vários mitos de tribos, pouco conhecidos e de extrema antiguidade. Se quiser posso tentar copiar as referências e colocar aqui, mesmo sendo várias.

Fazer crítica é difícil, Eliade amarra os pontos muito bem. Um professor meu disse que em vida ninguém ousava debater com ele e só depois de morrer é que começa a surgir crítica rs. Um ponto que se pode falar, mas que era "a moda epistemológica" da época, que era o estruturalismo. Então algumas poucas vezes ele não relativiza algumas informações, e isso ao mesmo tempo é uma pequena crítica, mas também uma vantagem dentro do relativismo exagerado de hoje




Irla 18/04/2022

Demorei meses pra ler esse livro, mas não por ser ruim. Na verdade muito pelo contrário, uma dos melhores livros que já li na vida!
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Laurex 18/10/2021

Um bom começo
Bom começo para quem gosta de estudar sobre mitologia e suas influências nas sociedades.. Parecido com o estudo de Campbell em "o herói de mil faces", esse livro trás discussões muito interessantes sobre os pontos centrais de algumas mitologias "pré-cristãs" e também cristãs, do mundo.
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Yuri137 02/08/2021

Mal consigo acreditar que finalizei essa leitura. Longe de ser um livro com um nível de erudição estratosférico, mas é uma obra que merece ser digerida aos poucos, com a devida atenção e calma. Eliade discorre acerca dos objetivos cerimoniais religiosos e como estes se relacionam com o ambiente externo em questão. Logo no primeiro capítulo, o autor parte de um pressuposto explicitamente negligenciado na contemporaneidade: os mitos importam. Importam porque são imbuídos de mensagens soteriológicas, fornecendo o norte à vida do indivíduo; porque trazem consigo o tempo primordial, sagrado, e que é parcialmente recuperável através da execução dos rituais religiosos. Mas mais do que já supramencionado: os mitos importam porque exportam seus padrões comportamentais para a sociedade. E para elucidar esse ponto, Eliade irá fornecer exemplos de rituais e tribos orientais, principalmente na Índia e no Mediterrâneo, aonde a implicação desses comportamentos de natureza religiosa inflam e se tornam parte indissociável da identidade cultural em questão (vide o exemplo dos telhados na Guiné-Bissau ou a diferença do ato de cruzar os joelhos entre os homens e mulheres). Eliade disserta que a supremacia do mito na Modernidade não se faz presente devido à camuflagem do mesmo nas expressões de arte ou no espírito do indivíduo. São abundantes os exemplos a serem destilados, mas vale ser mencionado a essência exotérica que predomina nos romances do Século XX; estes, que para Eliade, projetam o leitor para fora do tempo profano (linear) e o incrusta em um tempo sagrado, onde a narrativa o dissocia do tempo comum e o convida para fazer parte de algo "primordial" (uma das características basilares do culto ao mito, sobretudo nas sociedades arcaicas). Excelente estudo.
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Tatiana221 19/07/2021

Para quem gosta de historiografia e mitologia, esse livro é um prato cheio para compreensão dos mitos e valores ainda enraizados em b9ssa psique universal
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Marcela Mosqueti 14/07/2020

Tempo sagrado
Que as histórias possam sempre nos ensinar e que tenhamos sabedoria para algum dia, quem sabe, retornar ao tempo primordial
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