Agora Deus vai te pegar lá fora

Agora Deus vai te pegar lá fora Carlos Moraes




Resenhas - Agora Deus vai te pegar lá fora


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Paty 23/07/2014

Li esta obra com imenso prazer. CM tem uma forma de humor peculiaríssima, que tanto faz rir quanto pensar. Muitas de suas tiradas humorísticas são matéria para sérias reflexões sobre a vida.
Leia e releia.
Mari@ Fernand@ 10/09/2014minha estante
Fiquei curiosa! Vou ler.




Léia Viana 12/10/2011

“Nada une mais as pessoas do que o pão repartido na dificuldade.” Micaela
Fiquei sabendo desse livro através da escritora Martha Medeiros, não me recordo agora se foi citado em uma de suas crônicas, ou, se na época li em seu blog. Confesso que de primeira fui pega pelo título: “Agora Deus vai te pegar lá fora”, achei bem intimista e forte, além disso, o relato que ela fez da obra acendeu a curiosidade em mim, principalmente quando foi citada uma parte desse diálogo bem interessante sobre a felicidade de cada um:

“- Mas por que vocês não são felizes como todo mundo?

- Mas como o senhor ousa dizer que eu não sou feliz? O que o senhor sabe do que eu digo para o meu marido depois do amor? E do que eu sinto quando ouço Vivaldi? E do que eu rio com meu filho? E por que mundos eu viajo quando ouço Murilo Mendes lamentando: Deram-me um corpo, só um! / para suportar calado tantas almas desunidas / que esbarram uma nas outras / de idades tão diversas? A sua felicidade, que eu respeito, não é a minha, major.”

O livro é narrado em primeira pessoa, e, apesar de Carlos Moraes – autor do livro – afirmar que se trata de uma obra de ficção, boa parte da história é baseada em fatos reais, dos quais, traz um breve relato de sua vida, quando era padre durante o governo Médici, e foi preso por causa da ditadura, por acreditarem que ele era comunista. Como acho rico, em história e cheio de ato de heroísmo e magnetismo, o período de ditadura sofrido pelo nosso país, não tive dúvidas em começar a leitura desse livro, principalmente por ser narrado pela visão de um padre, o que aguçou mais ainda o meu interesse em ler.

Não achei a história nostálgica e nem tão pouco amarga, muitos nomes conhecidos na nossa história, por causa da ditadura, sequer foram mencionados. Mais foi falado em futebol e de um tempo vivido lá no passado, entre a infância e a adolescência, e pouco revelado a respeito de comunismo, poder e miséria (intelectual e de pão – tão sofridos e ainda vividos até então), o que acabou me desagradando um pouco.

O bonito mesmo do livro foram as amizades, tão antagônicas, formadas entre o padre e seus companheiros de prisão, os conselhos que eles lhe davam a respeito da vida, que pouco ele sabia por ter vivido tanto com os olhos alheios, apenas preso em suas missas e nas confissões dos fiéis, e como a religião é mais um estado de reflexão do que um ato cheio de normas, julgamentos e costumes.

“É tão doloroso, alegou, o sentimento de desamparo do homem diante da vida e da morte que a busca de um sentido e um Deus só pode se tornar um sonho igualmente forte. As religiões, nesse contexto, não passariam de diferentes formas de assobiar no escuro para vencer o medo da solidão e do nada.”

Recomendo a leitura desse livro apenas como reflexão de uma vida, e nada mais.
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raffaele 11/03/2009

Bom humor nos anos de chumbo
O que disser de uma história engraçada e bem humorada no auge dos anos de chumbo? É uma visão diferente das muitas narrativas que tem como plano de fundo o regime militar. Apesar da crítica sutil ao regime militar e de alguns aspectos sociais, o forte do livro é mesmo as boas risadas. Vale apena a leitura.
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