marcelgianni 27/08/2016Troca de cartas edificanteNão se trata de um resumo ou sinopse do livro (para ver minha resenha completa, veja o link mais abaixo), mas sim de um relato do que me chamou a atenção no livro, e que pode influenciar outras pessoas na sua decisão de lê-lo ou não. Sem o uso de spoilers, faço uma análise sucinta da obra, justificando minha nota atribuída.
Trata-se de uma leitura bem rápida – o livro possui apenas 160 páginas -, que pode ser lido em um dia. No entanto, o ideal é ir lendo aos poucos, já que ele possui um contexto reflexivo muito forte. O autor nos faz refletir, por meio de um interessante romance, sobre diversas questões filosóficas e existenciais. A trama se passa de uma forma bem singular, sem uma narrativa propriamente dita, mas apenas por meio de uma troca de cartas entre dois personagens.
Vamos sendo apresentados aos pontos de vista dos dois, e conhecemos os seus sofrimentos e dilemas. De um lado, um jovem estudante de filosofia que, após sofrer uma desilusão amorosa, procura entrar em contato com um renomado filósofo e ex-professor, para tentar aprender a lidar com seu sofrimento.
Durante toda a leitura vemos duas personalidades bem diferentes, e à medida que a leitura vai chegando ao fim, vivenciamos um crescente aprendizado e conscientização do jovem estudante, após ser posto para raciocinar sobre diversos temas, para tentar entender e investir no seu tempo de esperas, necessário para o seu adequado florescimento.
Apenas por seu caráter instrutivo, o livro já valeria a leitura, mas somos surpreendidos com um interessante final, em que as pontas soltas são explicadas e temos um encerramento surpreendente – e comovente -, por estarmos, à esta altura, tão ligados a estes personagens.
Boa leitura, recomendada, mas atenção: é um livro de autoajuda! Não vá pensando se tratar de um intricado e complexo romance. Ele cumpre bem o papel a que se propõe, com um plus no final, de natureza contemplativa.
site:
https://idaselidas.wordpress.com/2016/08/26/tempo-de-esperas-o-itinerario-de-um-florescimento-humano-pe-fabio-de-melo/