Resenhas - Miss Brontë

Fe Sartori 01/07/2012

Agradável surpresa
Confesso que não tinha intenção de ler Miss Bronte de pronto.
Apenas passei a cogitar essa ideia depois de ler Jane Eyre que se tornou um dos meus livros favoritos.

Que agradável surpresa!! Me interessei demais pela vida das irmãs Bronte, e confesso que durante a leitura fui em busca de mais informações (que já acrescento que o livro é bem fiel a muita das coisas que descobri sobre elas).Acho que fui picada pelo bichinho das irmãs Bronte pois amei a leitura! E me apaixonei ainda mais por Charlotte Bronte e sua coragem e determinação! O mais engraçado é que mesmo falando de uma família que viveu a séculos atrás, consegui me identificar em muitas dúvidas, em muitos sentimentos.
É claro que estamos falando pessoas que existiram mesmo e muitas passagens foram bem tristes, mas ainda assim foi uma leitura gostosa, e muito prazerosa.

Fiquei com muita vontade de ler Anne Bronte (o que farei em breve) e dar uma nova chance a Emily e seu famoso O morro dos Ventos Uivantes (porque confesso que não cai de amores por ele na primeira vez).
Recomendo principalmente a aqueles que assim como eu tem em seus favoritos algum livro das irmãs Bronte, pois é gratificante ter o conhecimento de como as irmãs escreveram o seu sucesso.

Pra mim, favorito com certeza!

Thalia 26/09/2012

Cativante e absolutamente intenso!
SINOPSE:
Charlotte Brontë passou a infância em pequena vila em Yorkshire, Inglaterra, criando com os irmãos histórias de um mundo imaginário. Anos mais tarde, usou a mesma inspiração para escrever célebres obras, entre elas a primorosa Jane Eyre. Mas, apesar do crescente sucesso e da aclamação da crítica, Charlotte almejava algo mais. Integrar-se à glamourosa Londres e conhecer celebridades do mundo literário não era suficiente para preencher o vazio que corroia sua alma. O romance é uma história envolvente e reveladora, que mostra outro lado da família Brontë.

O que eu achei do livro:
No início foi uma leitura difícil pra mim, que não estava familiarizada com o tipo de linguagem usada pela autora, porém é um livro cativante, quase como se ele implorasse para ser lido, para ser descoberto. Um romance comovente, que deixa o leitor aflito, se sentindo impotente, com um desejo enorme de consolar e sussurrar um "eu estou aqui" ao personagem tão golpeado que mesmo assim se mostra firme, Miss Brontë não é uma narrativa em que você fica ávido por mais páginas, mas que faz você sentir o peso da história cada vez que as vira, uma após a outra.
A história retrata a risca o conceito de lealdade e fidelidade, respeito e os princípios mais dignos, mostra também como a vida assume contornos aos quais nunca fizemos esboços, nos permite conhecer o íntimo da interessante e dolorosa vida de Charlotte Brontë, e como suas características eram marcantes, e deixando claro que por sorte, estas ficaram impressas em suas várias obras.
Felizmente Juliet Gael não só possibilita um caminho até a intimidade de uma das escritoras mais cobiçadas pelo mundo, mas nos permite visualizar como era difícil e mal visto, naquela época, uma mulher de alto intelecto expressar suas opiniões, e como a obediência e submissão e o total comprometimento com os afazares domésticos eram superestimados e exaltados na educação de uma dama - por azar ou por sorte, Charlottë não abrigava totalmente tais conceitos em seu pequeno ser, contudo, foi respeitosa e leal a família e posteriormente ao marido até o fim de seus dias.
400 páginas capazes de deixar o leitor num estado emotivo e reflexivo por algum tempo.

(É a primeira resenha que fiz, por isso não sei se consegui transmitir o que li, mas com certeza recomendo o livro!)

Sueli 16/11/2012

O Resgate de Uma Vida

Ao contrário da grande maioria de minhas amigas leitoras, eu sei muito pouco a respeitos dos livros que escolho para ler. Estes são sempre selecionados por autores, títulos e confesso que em alguns casos, pela capa, e a capa e o título de Miss Brontë, foram decisivos na minha escolha apesar de ser uma biografia! Romanceada, mas mesmo assim uma biografia. E, apesar de não gostar muito de biografias, sou apaixonada por Charlotte Brontë e por fotografias.
François Forestier diz que para ser um bom biógrafo é preciso má índole, mas Juliet Gael foi generosa e resgatou para todos nós que amamos Charlotte Brontë, um pouco da felicidade que desejamos para nossos escritores preferidos.
Se o importante para o escritor é contar uma boa história, acredito que Charlotte Brontë e Juliet Gael contaram as melhores. E, indo contra a crença que para ser um grande escritor é preciso ser um grande mentiroso, temos Jane Eyre que nada mais é que as lembranças de uma vida, misturadas com o desejo de encontrar um grande amor e realizá-lo. Mas, apesar de ser uma mulher intelectualmente brilhante, Charlotte Brontë não conseguiu superar seus preconceitos e ver que sua felicidade morava ao lado.
Eu gostaria de entender o motivo pelo qual quanto mais nos encantamos com um livro maior é a dificuldade em se fazer a resenha. Porque é exatamente assim que me encontro... Sem contar que eu gostaria de dizer coisas que fizessem com que você saísse imediatamente à procura desse livro incrível, e cuja autora teve a coragem de contradizer uma biografia realizada por Elizabeth Gaskell, e que por muitos anos serviu como fonte de pesquisa para todos os amantes das irmãs Brontë.
Mesmo adorando, foi uma leitura muito sofrida, assim como foi a vida da família Brontë. Não é um romance fácil, mas é um dos romances mais lindos que já li! E, o melhor de tudo, é que foi tudo verdade!
E, nenhum dos personagens masculinos de ficção que li até hoje, chegam aos pés de Arthur Bell Nicholls! Esse sim um homem tudo de bom, do jeitinho que Charlote merecia e desejava, mas que com toda a sua erudição e preconceito foi incapaz de enxergar, até que estivesse completamente sem esperanças de encontrar o tão famoso “amor perfeito”....
Nunca uma declaração de amor foi mais apaixonada e sem esperança, e nenhuma mais emocionante. Chorei, aliás, penso que é impossível ler esse livro e não ficar um pouco desidratada.
A descoberta de Arthur por Charlote me lembrou muito o filme “O Despertar de Uma Paixão”, com Edward Norton e Naomi Watts. Foi preciso que Charlote fosse à Irlanda, que saísse de sua zona de conforto, para compreender o homem com quem havia se casado.
Um livro onde os fracos não terão vez infelizmente, pois estarão perdendo a chance de conhecer uma das escritoras mais incríveis e revolucionárias de seu tempo!
Thomas Campbell disse: “Viver nos corações que ficam, não é morrer.”
Portanto, leitor, ninguém mais presente em minha vida que Charlote Brontë.
Uma edição caprichadíssima, com papel de excelente qualidade e revisão idem. Um livro imperdível!

Miria80 16/02/2018

Amiga de Charlotte
O que dizer sobre estas 400 páginas sobre as quais fiquei debruçada por 30 dias? Confesso que em minha mente tem muito mais do que conseguiria escrever!
Trata-se de uma biografia sobre a vida inteira das irmãs Brontë, focando principalmente em Charlotte, mas não é uma biografia comum. Para mim, o que li foi um romance muito bem escrito.
A autora conseguiu me transportar totalmente a época e desde a primeira página me peguei totalmente imersa na vida pessoal das irmãs. Senti-me plenamente inserida em seus lares e intimidade e o melhor, sinto-me como uma amiga ou até mesmo parte da família Brontë. E esse sentimento só existe porque a autora conseguiu me levar a isso por meio de seus diálogos simples e sua retratação profunda da alma de Charlotte. Foram 30 dias em que não consegui ir muito longe do livro; fiquei presa a história e como já disse, imaginei-me vivendo-a e sendo parte dela, ou seja, o mundo de Charlotte foi o meu por 30 dias. Essa leitura já valeu meu ano!
Gostei muito de conhecer a vida de cada irmã: Charlotte, Emily e Anne e como nasceram seus livros. Sempre fui apaixonada pelo "O morro dos ventos uivantes" e tinha uma curiosidade enorme por Emily, sua autora. Anne, apesar de possuir menos destaque, também foi brilhante e especial a sua maneira.
A única coisa que me aborrece é o fato de saber que elas não viveram bem e intensamente em suas curtas vidas. O final da vida de cada uma delas foi algo que me abalou e eu desejei muito que Charlotte tivesse tido uma vida longa e feliz como verdadeiramente merecia, principalmente depois de ter se casado e encontrado alegria no matrimônio. Queria que tivesse tido filhos, escrito mais livros e viajado mais. Se eu pudesse, como consolo, escreveria um final diferente para ela!
O fato é que agora só me resta procurar ler tudo o que conseguir encontrar das/sobre as irmãs e continuar a conhecê-las e apreciar seus trabalhos.

Lela Tiemi 25/11/2011

"Parecia que o próprio sonho se realizara como sempre se realizam, a seu tempo e de maneira inesperada". (p. 359)

Amor, fracasso e sucesso, perdas, laços e conflitos familiares. Todos os elementos que compõem a vida de Charlotte Brontë estão presentes neste livro. A autora de "Miss Brontë" se ateve ao máximo na história biográfica para compor esta obra que nos permite permear na intimadade da família Brontë.
Para mim, que tenho um enorme apreço pelas clássicas obras das irmãs Brontë, foi simplesmente delicioso me sentir tão próxima das autoras. Quase que o livro todo me pareceu verossímil, em muitos momentos mesmo aquelas partes em que são claramente imaginadas pela autora me pareciam próximas de serem verdadeiras. Com exceção das últimas cem páginas em que, na minha opinião, foram tão romanceadas que aparentaram claramente falsas, e ocorreram algumas mudanças que me pareceram bruscas no comportamento de alguns personagens. Também não posso deixar de comentar que o excesso de informação - que eram, para mim, muitas vezes interessantes - em alguns momentos deixa a leitura um pouco cansativa. Percebe-se que a autora tentou incluir o máximo de informações possíveis na história, mas ainda assim boa parte da vida da autora não é mencionada no livro que inicia sua trama com Charlotte já adulta.
Contudo, admito que me emocionei ao me perder nas páginas de "Miss Brontë", e que Charlotte me surpreendeu por ter sido uma pessoa tão forte e ter enfrentado tanta tristeza e dificuldade.
Adorei reconhecer as autoras e suas histórias no romances que escreveram, e lamento ainda não ter lido outras obras de Charlotte, além de "Jane Eyre" que eu amo tanto. Espero que "Villette" e "Shirley" sejam publicadas aqui no Brasil. Mas enquanto isto, vou à caça por estas obras em sebos ou por edições estrangeiras.
Enfim, eu gostei bastante e recomendo!

Karin 01/03/2013

Minha opinião
Quando gostamos muito de um livro é até dificil colocar em palavras a nossa opinião sobre ele. É um livro, que pra mim, trouxe um turbilhão de emoções e reflexões. Uma leitura que super indico.

laurinha lero 10/01/2023

Esse livro foi uma grata surpresa!
Minha irmã me obrigou a ler e disse que não tinha como eu não gostar e de fato, ela acertou em cheio.
Miss brontë tem uma dose de biografia e uma dose de romance, uma biografia romanceada Kkkkk
E você percebe pela escrita da Juliet, o quanto amor ela tem pela família brontë, em especial pelas irmãs.
Esse livro me emocionou muito e me levou a olhar as irmãs com outros olhos (graças a generosidade e respeito da autora) principalmente a Emily.
Finalizando, leia quando puder, compre pra ter em casa, principalmente você que é fã das obras das geniais irmãs brontë.
E para quem não conhece, esse livro aqui é uma boa introdução :)

Rotina Agridoce 01/05/2012

Miss Bronte
O livro retrata a vida de Charlotte Bronte, mas também fala sobre as outras irmãs, Anne e Emily, o pai, Patrick, e o irmão, Branwell.

Charlotte, Emily e Anne, possuíam desde pequenas um grande talento para a escrita, o que mais tarde resultou na publicação de um livro de poesias escrito pelas três sob um pseudônimo. Após o fracasso do livro de poesias -só venderam dois exemplares- foi resolvido que cada uma escreveria seu próprio livro, desta vez um romance. Foram criados O Morro dos Ventos Uivantes e Jane Eyre. Charlotte foi a única que conseguiu ganhar dinheiro com seu romance...
leia o restante em meu blog:
http://lostgirlygirl.blogspot.com.br/2012/05/resenha-miss-bronte-por-juliet-gael.html

Li 18/12/2011

DESAFIO LITERÁRIO 2011 - DEZEMBRO - LANÇAMENTOS DO ANO *LIVRO 2*
Sinopse: Charlotte Brontë passou a infância em pequena vila em Yorkshire, Inglaterra, criando com os irmãos histórias de um mundo imaginário. Anos mais tarde, usou a mesma inspiração para escrever célebres obras, entre elas a primorosa Jane Eyre. Mas, apesar do crescente sucesso e da aclamação da crítica, Charlotte almejava algo mais. Integrar-se à glamourosa Londres e conhecer celebridades do mundo literário não era suficiente para preencher o vazio que corroia sua alma.
Miss Brontë: Um Romance é uma história envolvente e reveladora, que mostra o outro lado da família Brontë.

Depois do morro dos ventos uivantes, sempre procurei ler coisas das irmãs Brontë. Quando vi o lançamento deste livro, pensei em como adoraria lê-lo!

O livro é bom, segue bem o estilo mesmo dos livros das Brontë. Agora sei por que as histórias são tão cheias de lições religiosas, obscuros e sinistros, é bom saber mais sobre os autores para entender melhor seus trabalhos. Que vida triste os Brontë tiveram... Eu queria um livrinho leve para ler, achei que este seria uma boa pedida, mas é tão depressivo...
Mas como dizem, “ostra feliz não produz pérola”, talvez por isso elas tenham nomes tão importantes para a literatura mundial. O engraçado é que o mais famoso dos trabalhos das irmãs na época foi “Jane Eyre”, de Charlotte, e hoje o mais conhecido é “O morro dos ventos uivantes”, de Emily. Achei um fato bem curioso!
A autora usa uma vasta pesquisa para romancear uma bibliografia de Charlotte, englobando, óbvio, toda sua família. Este trecho é uma explicação sobre como foi feito o livro:

“Milhares de leitores, escritores e estudiosos foram cativados pelo encantamento das Brontë, como também ocorreu comigo durante um seminário de graduação, há mais de quinze anos. (...) No entanto, o que considerei tão interessante foi a verdadeira história da luta pessoal de Charlotte, a determinação em superar as circunstancias, até mesmo seu temperamento e sua natureza, para poder experimentar apenas alguns poucos esplendores da vida, suas emoções e beleza.”

É um bom livro para fãs das irmãs escritoras, mas se preparem para uma boa dose de tristeza!

M. Scheibler 19/08/2012

Quando me aprofundei na história, fiquei na dúvida se a trama tinha algum baseamento real sobre a família Brontë. Descobri que sim apenas na nota da autora presente no fim do livro.

A obra é interessante, pois se passa em décadas remotas e acompanhar os costumes da época nos traz "coisas novas". Com as facilidades trazidas atualmente pela tecnologia, é interessante ver como as coisas funcionavam antigamente.

Entretanto, a obra é monótona em quase sua totalidade, sem nada de aventura que possa dar um fôlego e prender nossos olhos à história. Dois pontos bons passíveis de citação são o mistério dos irmãos Brontë quanto à revelação de seus nomes verdadeiros nas composições dos livros e o relacionamento de Charlotte Brontë com o clérigo Arthur Nicholls, principalmente pelo fato de ela ser recatada e descobrir as delícias da sexualidade.

jacdeoliveira 03/12/2011

Este livro não é apenas um romance comum, é uma biografia emocionante.


Charlotte, Anna, Emily e Branwell moram com seu pai que é reverendo, eles perderam a mãe quando criança e acabaram encontrando um lugar maravilhoso na escrita. Charlotte e Branwell eram bem próximos, enquanto Emily era a mais tímida das quatro.
Charlotte e Branwell escreviam poesias, mas depois que Branwell sofreu uma desilusão amorosa parou de escreve-las e somente as irmãs continuavam escrevendo.
Charlotte era a responsável pela casa agora, já que seu pai não podia lidar com essas coisas e não tinha sua mãe. Ao ver que tinha que arranjar um modo para sobreviverem ela começou a pensar em escrever um livro de poemas, já que todos escreviam.
Como pai das meninas estava muito doente, ele decidiu chamar para ajudar na paróquia Arthur, um homem que no inicio se mostrou bem rude e fechado, mas que depois de um tempo foi se mostrando ser um bom homem.
Logo Emily escreveu seu primeiro livro, o "O Morro dos Ventos Uivantes" (uma obra fascinante) e acabou sofrendo muitas críticas e preconceito. A sociedade daquela época era extremamente machista e por causa disso não conseguiam aceitar o fato de que as mulheres podiam sim ser ótimas escritoras.
Charlotte foi mostrando a todos sua inteligencia, e acabou sofrendo preconceito também. Sofrendo com a doença de seu pai e o sofrimento de ter perdido seu irmão, ela publica o livro "Jane Eyre" ( uma obra maravilhosa).


Não posso dizer que amei este livro... Infelizmente.
No inicio achei a história bem parada, não conseguia conseguir gostar, mas não deixei que a primeira impressão fosse a mais forte e continuei minha leitura com a esperança de que a história iria melhorar e posso dizer que ela melhorou, não da forma como eu esperava.
Como esse livro era uma biografia da história das irmãs Bronte a história é bem complicada, bem emocionante. A autora do livro colocou suas idéias no mesmo, mas mesmo assim a história das irmãs foi ainda maior.
Mesmo com um início que me decepcionou, o meio me emocionou. O decorrer de como as coisas aconteceram foi diferente. Adoro histórias de época, principalmente quando há um romance no meio da mesma.
Fiquei um pouco triste pois Anna não conseguiu se destacar como suas irmãs.
Charlotte me surpreendeu MUITO. Muito mesmo. E Emily também, mas não como a Charlotte.
Adoro a obra que ambas escreveram e após ler esse livro acho que comecei a gostar ainda mais das obras, pois pude saber o porque que cada uma escreveu e como foi a reação do público (mesmo já sabendo que as duas haviam sofrido muito preconceito).
Dei 4 estrelas para esse livro, pois não gosto muito de biografias e o final me decepcionou um pouquinho, mas isso não conta tanto, pois o decorrer da história foi bem melhor que um final desses,
Livro recomendado para quem gosta de biografias, mas ainda mais para quem é fã das "Bronte".

Cláudia - @diariodeduasleitoras 30/04/2024

Miss Brontë
?Quando éramos crianças, sonhávamos em ser autoras e, se fizemos algo importante na vida, foi isso: escrevemos. Se os outros sonhos fracassa-ram, não tem importância; se nunca nos casarmos, não será uma grande decepção para nenhuma de nós, mas não quero me arrepender por ter tido essa chance um dia e tê-la perdido.?

Miss Brontë é mais do que eu imaginei.

Escolhi essa ficção biográfica (Charlotte e suas irmãs são descritas nos diálogos como personagens) para celebrar o 208° aniversário das escritoras mais incríveis e revolucionárias de seu tempo: Charlotte Brontë. E, minha autora favorita nesse mundo todinho.

Devo antecipar que Juliet Gael foi generosa e resgatou para todos nós, que amamos Charlotte Brontë, um pouco da felicidade que desejamos para nossos escritores preferidos. A história é baseada na vida de Charlotte (pouquíssimas coisas foram adicionadas pela autora que realmente não aconteceram ou não existiram). Sendo assim, podemos considerar uma espécie de biografia romanceada, mesmo que tenha mais detalhes somente da fase adulta da Charlotte. Há cartas seguindo o desenvolvimento da história, que por sua vez, são apaixonantes, poderosas, não apenas pela gramática empregada, cortesia do século dezenove, mas pela maestria de Charlotte (não consigo imaginar que algum ser humano foi capaz de tentar persuadi-la a não escrever!).

A ambientação, de uma beleza quase selvagem, guarda a semelhança dos romances históricos. O que me conquistou ainda mais. Somos transportados para as charnecas e seus ?ventos uivantes?, para o aconchego das conversas em frente a lareira da humilde casa Brontë, e para todo o sofrimento e perda precoce da vida da personagem.

Mesmo adorando, foi uma leitura muito sofrida, assim como foi a vida da família Brontë. Não é um romance fácil, mas é um dos mais lindos que já li! E, o melhor de tudo: foi tudo verdade. A parte que narra a morte de Charlotte (isso não é spoiler. Ela viveu na época vitoriana ok?!) me destruiu. Muitooo comovente. Mesmo!

Por fim, estendo meu convite não apenas sobre essa obra da vida da Charlotte Brontë, mas todos os seus livros. E também os de suas irmãs. Impecável é a palavra de excelência.

Você já leu alguma obra das irmãs? Qual a favorita?

Literatura 22/04/2013

A contadora de histórias
Ler: exercício diário que milhões de pessoas no mundo fazem por prazer ou por obrigação. Bom, existem vários tipos de pessoas; aquelas que são ávidas por leitura, que necessitam de um ou mais textos para entreter a sua vida cotidiana e transpassar os mundos imaginários; aquelas que leem porque precisam ler, pois precisam estudar e precisam de uma nota – veja bem, eu disse nota, não conhecimento – para passar em algum curso ou matéria qualquer; e aquelas que, além de ler, nos ensinam sobre a Literatura ou o algo referente ao texto escrito. O mundo é literário, quer queira ou não.

O livro que falarei hoje é um livro que me inspirou. Eis então Miss Brontë – Juliet Gael (Editora Larousse, 399 páginas, tradução de Cristina S. Boa.) Um livro com uma escrita deliciosa e delicada, algo que não via há muito tempo.

De antemão eu tenho que confessar: nunca chorei tanto em uma obra. Não eram lágrimas superficiais, mas lágrimas de tristeza, de agonia. Eu senti o que o livro queria me passar e junto com essa mensagem eu entrei em pranto.

Algumas pessoas devem estar se mordendo agora e soltando jargões diversos para mim, mas não me importo. Pois estou para falar da minha melhor leitura do ano de 2013. Importam-se se eu for sentimental em demasia?

Miss Brontë, merece todas as portas abertas e todas as oportunidades do nosso mundo Literário.
O livro nos conta da pacata vida da Família Brontë, mais especificamente de Charlotte Brontë (Autora de Jane Eyre), Emily Brontë (Autora de O Morro dos Ventos Uivantes.) e Anne Brontë (Autora da Inquilina de Wildfell Hall) e como vivem – viveram - dentro dos moldes “machistas” de sua época.

Veja resenha completa no site:
http://migre.me/ee9mv

Maria Tereza 17/04/2014

Emocionante, envolvente, romântico. A doce história de Charlotte Bronte nos faz querer ler mais e mais!!!

Nathália 14/01/2015

As irmãs Bronte são perfeitas. Foi ótimo conhecer um pouco da personalidade de cada uma. Agora passei a compreender melhor " O morro dos ventos uivantes" e se antes "Jane Eyre" já era um dos meus livros favoritos , hoje, é o melhor. Me apaixonei pela narrativa, personagens e o enredo. Chorei,ri e torci bastante por Charlotte. Um livro inesquecível com uma história cativante.