Lucas.Costa 15/04/2015
Maze Runner - Prova de Fogo - James Dashner
O final de "Correr ou Morrer" me deixou ansioso pela continuação. Confesso que recebeu 3 estrelas pela não possibilidade de fracionar, se não seriam 2,5.
Você torce pelo fim do clichê, mas por que arriscar né Sr. Dashner?!
CRANKS?!
Wtf? O principal "inimigo" dos clareanos, apresentados logo no primeiro capítulo, é extremamente mal construído. Não li o terceiro livro, mas acredito que não voltarão para explicar os cranks! O que comem? De onde vem? hj no Globo Reporter (Rs).
Ver os cranks no livro dá uma quase saudade dos verdugos do primeiro livro, que eram mais sombrios e mais bem construídos.
ANDAR EM CIRCULOS
Foi a sensação que tive lendo o livro, Ação até tem, mas nada objetivo!
Talvez a magia da clareira, a "mini-sociedade" criada, o fato de não se saber ao certo o porque dos clareanos estarem naquela situação, conduziam o livro de maneira mais fluida que o segundo volume, além de "prender" mais o leitor.
NARRATIVA E PERSONAGENS
Assim como no primeiro volume o livro é contado em terceira pessoa com amplo foco em Thomas, não há diferenças na narrativa dos dois primeiros livros.
Os personagens estão menos explorados neste segundo livro, que gira quase que sempre em torno de Thomas.
PONTOS ALTOS
- Narrativa simples e fluida (porém menos interessante que o primeiro);
- Resposta para algumas perguntas sobre o passado de Thomas.
PONTOS BAIXOS
- O livro por vezes é confuso e se perde, trazendo essa sensação ao leitor;
- Personagens mal construídos e/ou mal explorados;
- Sensação de que este é um livro que serve apenas para que se construa uma trilogia, sendo o elo entre o "onde tudo começou" para o "desfecho final", sem nada de muito relevante ou importante;
- Abusa de clichês;
- Sim, as malditas palavras estão de volta (Mértila, Trolho, Plong...), pelo menos em menor escala...
COMENTÁRIOS COM SPOILER (Se não leu o livro recomendo ir ao próximo tópico)
Pow Dashner, Teresa enchendo o saco e eu tinha começado a achar genial a ideia de uma personagem construída no primeiro livro, para ser claramente a mocinha de toda a história se voltar contra o protagonista, se revelar uma vilã, FUGIR DO CLICHÊ, ficar com Brenda, mas de repente tudo isso acaba, e o autor decide voltar ao tradicional final, "tudo fazia parte do plano" "eu tive de fazer isso Thomas", e a historinha entre os dois volta, como aquelas comédias-romanticas que, não importa o que aconteça, você sabe que o carinha vai ficar com a mocinha.
Thomas ainda é uma espécie de super-herói neste livro, o cara não tem medo de nada, vai pra cima de todo mundo, é o primeiro a desbravar tudo...
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O livro me deixou claramente menos entusiasmado que o primeiro, o que me fez abdicar de ler a continuação (Cura Mortal) logo em sequência. Ainda tenho a curiosidade de saber como acaba, mas essa curiosidade, a princípio, é menor que a vontade de embarcar logo em seguida nas aventuras de Thomas.
Não acho que o livro seja ruim, mas as expectativas criadas com o primeiro, e até mesmo usando-o como parâmetro de comparação, me levaram à certa frustração.
Recomendado a quem gosta de literatura infanto-juvenil, embora seja um livro um pouco mais maduro, e curte distopias.