Roda Viva

Roda Viva Chico Buarque




Resenhas - Roda Viva


4 encontrados | exibindo 1 a 4


Everton Vidal 10/01/2021

Vi uma adaptação da peça e deu vontade de ler o livro.
Um cantor de talento questionável é descoberto pelo show business e se transforma em um ídolo nacional. A moda passa e ele necessita mudar de nome e de estilo para continuar vigente, mas depois precisa se suicidar para ser uma lenda e continuar sendo um produto lucrativo para a indústria – que logo fabrica outra estrela para ocupar o seu lugar. É um assunto bem atual, e foi escrito em 67/68. A roda, nesse caso, é o poder (do dinheiro) e toda a estrutura injusta que gira em torno dele, com óbvias referências críticas à ditadura militar.
comentários(0)comente



TalesVR 20/06/2019

Caótico
Chico Buarque tem um nome muito pesado, então espera-se que ele seja um gênio no Teatro tal qual é na música, porém não é bem assim. Comparações acabam sendo inevitáveis: na terra de Ariano Suassuna, não dá pra fazer feio. E, me dói escrever, Roda Viva é apenas mediano, mesmo sendo interessante.

O ano é 1968, Chico ainda é jovem, cheio de sonhos e ideias, e a peça é um caos humorístico: tudo acontece extremamente rápido, o Anjo é um exímio brasileiro malandro que comanda a tragédia cômica. Percebe-se uma crítica ao imperialismo, visto que os personagens a todo momento se espelham nos EUA, falam inglês as vezes, tudo lá é melhor, etc. A figura do bem e do mal é relativizada, visto que o bem também é ''mal'', quase um anti-herói.

Se tivesse sido assinada por outro autor eu teria encarado como algo experimental, livre, mas como disse no começo o nome tem um peso, fazer o quê.
comentários(0)comente



Cheiro de Livro 18/07/2018

Roda Viva
Há 50 anos um grupo do Comando de Caça aos Comunistas (CCC) invadiu o teatro em São Paulo, agrediu e deixou nus na rua os atores da peça “Roda Viva”, entre eles Marília Pêra. A primeira incursão no teatro de Chico Buarque não é um a peça brilhante mas sua temática aliada a montagem feita por José Celso Martinez Correa gerou muita polêmica desde sua estreia em janeiro de 1968 no Rio de Janeiro. Infelizmente patrulha contra a arte não se tornou coisa do passado e continua mais viva do que nunca e precisa, como em qualquer época, ser combatida.

Sou uma grande fã de Chico Buarque e tenho sérios problemas em ler peças de teatro, com isso sempre esperava um remontagem das que Chico escreveu para poder assistir. Foi assim que adorei “Gota d’água” e fiquei mais fã das musicas do que do texto de “Ópera do Malandro”, é por isso também que não conhecia nada do texto de “Roda Viva”, Chico não gosta da peça e não permite que ela seja remontada. A trama é bem simples um cantor que para fazer sucesso tem que ser moldado pelo sistema e o sistema acaba matando-o. Tenho que dizer que concordo como Chico e acho o texto bem fraquinho mesmo.

Benedito Silva vira Ben Silver ao ser apadrinhado pelo Anjo, sua vida é toda moldada para que pareça algo que não é para as fãs e para que consiga ainda mais fãs. Enquanto o Anjo arquiteta a ascensão o Capeta articula a a queda através de manchetes escandalosas de jornal que minam a fama de Ben Silver. Tudo é uma alegoria sobre a sociedade do espetáculo recheada de criticas ao poder da televisão e como ela cria ídolos da noite para o dia. Tudo isso é contado com o apoio de um coro que faz o papel do povo que idolatra e maltrata Ben ao longo da peça. É na voz do coro que ouve-se um clássico da obra de Chico “Roda Viva”. É a música mais famosa da peça mas não a minha preferida, adoro “Sem Fantasia” música que é cantada por Ben e Juliana. Juliana é a esposa de Ben que ele tem que deixar de ter para ser mais atrativo para suas fãs.

A peça termina com o enterro de Ben sendo patrocinado por anunciantes e com Anjo começando a projetar a carreira da viúva Juliana mostrando assim o eterno ciclo da criação artificiais de ídolos pueris. A temática da peça é ótima e poderia facilmente ser explorada nos dias de hoje. “Roda Viva” é uma obras que deve ser lembrada sempre para que nunca mais permitamos que a arte e artistas sejam agredidos e perseguidos, talvez já seja tarde demais, infelizmente.

site: http://cheirodelivro.com/roda-viva/
comentários(0)comente



Gladston Mamede 08/01/2018

Há textos teatrais que, sim, desafiam a leitura como livros. Não é o caso de Roda Viva: melhor representado e cantado. Pareceu-me o caso de Roda Viva.
comentários(0)comente



4 encontrados | exibindo 1 a 4


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR