Til

Til José de Alencar...




Resenhas - Til


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Rhuana.Catarina 30/08/2020

Til
A literatura brasileira clássica é linda e infelizmente pouco lida. Eu mesma tinha receio em ler clássicos brasileiros. Seja por causa da escrita, ou pelo contexto em que se passam essas obras ou ainda e principalmente pela linguagem carregada, rebuscada e densa que os clássicos geralmente trazem.
José de Alencar foi um grande escritor. Nos presenteou com várias obras, entre elas Til, que foi o primeiro livro dele que li.
Til conta a história da realidade do Brasil colônia, da escrivão, dos senhores e sinhazinhas. Das moças que eram criadas e educadas para serem mimosas e rapazes que deveriam saber cortejar uma moça. Essa história se passa no interior de São Paulo. Conhecemos a vida de Til, uma garota meiga, delicada e sempre disposta em ajudar o outro. Juntamente com ela vamos conhecendo aos poucos personagens que expressam de forma significativa o modo de agir daquela época.
Essa leitura me surpreendeu de uma forma muito emocionante. Confesso que achei que encontraria nesse Livro um romance de época brasileiro e nada mais, porém me enganei-me direitinho! É sim um romance de época brasileiro retratando os conflitos, a sociedade, as festas, os modos etc. .Entretanto nessa história mergulhamos na vida dos personagens e descobrimos segredos particularmente macabros e o final do livro....meus Deus! Não esperava!
Resumindo, Til é um romance clássico brasileiro que vai te fazer questionar as atitudes dos personagens naquela época e vai te convidar a pensar se mudou algo nos tempos atuais, porque é impossível ler e não comparar.
Esse livro pode conter gatilhos sobre violência, ao mesmo tempo que promove a reflexão sobre as dores que cada um sente e como reage aos seus sentimentos.
clarinha 30/08/2020minha estante
uau! sua resenha foi tão boa que me interessei pela leitura!


Rhuana.Catarina 31/08/2020minha estante
obrigada!!!!fico feliz!


Laerton 21/03/2021minha estante
Rhuana, eu também tinha uma certa receio de ler, no meu caso aversão, não sei por que, em ler clássicos nacionais. Mas veio a pandemia e comecei a lê-los, pelo fato dos meus livros terem ficados em outra cidade. Sabe, estou amando a literatura brasileira. Terminei Til hoje. Simplesmente amei, por tudo que você falou na resenha. Uns dos meus favoritos pela beleza da escrita também, pelo contexto histórico bem escrito, pelas descrições e pela afetividade crescente que vai se formando entre o leitor e os personagens no decorrer do livro.


Rhuana.Catarina 21/03/2021minha estante
Que maravilha!!!!Muito obrigada!




Ju Lopes 20/01/2017

Muito bom!
Romance regionalista sensível e imprevisível. Fantástico! O melhor José de Alencar dentre os 5 que já li. Terminei o livro pensando como é que eu nunca ouvi falar desse livro, como não li antes?
Paula 20/01/2017minha estante
como faz para avaliar com quatro estrelas e meia?


Ju Lopes 20/01/2017minha estante
Oi Paula, no aplicativo do Iphone tem a opção de meia em meia.


Paula 20/01/2017minha estante
Ah, é que não uso o aplicativo! Obrigada pela resposta :)




Jeane 11/09/2009

Para ler este livro deve-se desconsiderar a narrativa floreada e carregada de sentimentalismo,com muitas descrições e adjetivos, características do estilo romântico.Não é um romance empolgante,tem uma narrativa um tanto arrastada, mas posso dizer que tem um enredo bom: segredos, assassinatos, romances ingênuos e o cotidiano de uma fazenda paulista no Século XIX.A história é centrada em Inhá,orfã criada pela família humilde de Miguel, que é apaixonado por ela. Inhá é tão boazinha, santa, que quer a todos bem e esquece de si mesma.Ao saber que Linda, a melhor amiga, é apaixonada por Miguel, procura de todas a forma juntar os dois...Não gostei da tanta abnegação, e as atitudes altruistas de Inhá já me indicaram o seu destino no final da história!Prefiro o personagem Jão Fera,mais real, que se revela aos poucos e dá ação ao romance: descobrir o porquê de sua transformação em um assassino frio e sua afeição por Inhá me fez continuar lendo o livro...
Vitória Laís 16/04/2013minha estante
inhá seria til?


Jeane 17/04/2013minha estante
Isso mesmo Laís. Til é o apelido de Inhá.




Carol 26/08/2016

Til
José de Alencar é um dos meus autores favoritos. Embora muitos leitores acreditem que as histórias dele são de difícil compreensão, por possuírem uma linguagem mais rebuscada; basta um pouquinho de paciência para que você logo se apaixone por Berta, Iracema ou Aurélia.
Til foi o primeiro livro desse grande autor que eu tive a curiosidade de ler, no início fiquei meio perdida por não conhecer as personagens, mas com o passar dos capítulos não conseguia mais parar de ler, ansiando o surpreendente final.
Berta é uma garota simples, doce e amada por todos; tem um coração do tamanho do mundo e não hesita em deixar seus problemas de lado para ajudar o próximo. Um dos beneficiados de todo esse carinho e compreensão é Brás, um garoto com problemas mentais que é muito afeiçoado em Berta. Brás ao aprender o abecedário (depois de muitas tentativas) associa o símbolo til (~) à Berta, que o considera como um apelido.
Ao longo da história inúmeras revelações acontecem. Tais revelações resultarão em um final inimaginável, caracterizando o livro como um dos romances mais importantes da literatura brasileira.
Laerton 21/03/2021minha estante
É um texto muito gostoso mesmo. José de Alencar é ótimo


Laerton 21/03/2021minha estante
Um dos meus favoritos também




Karen Santos 29/12/2014

Encantador
O que esperar de uma obra envolta pelo tom do pessimismo, comumente disseminado por quem a julga como "chata" sem ao menos abrir uma página? Foi nesse ambiente que eu me apaixonei completamente por Til (ou Berta, como queira). Embora Iracema não tivesse retido tanto a minha atenção, passei a admirar José de Alencar por seu modo inteligente de construir um romance que traz, vez ou outra, uma crítica social, sem no entanto perder a suavidade e o tom adocicado da personagem principal. Essa que, por sua vez, passa ao leitor toda a força, coragem e determinação da mulher. Quanto ao vocabulário, Alencar, como um exímio escritor, constrói períodos profundos, reflexivos ou simplesmente apaixonantes, que diversas vezes me arrancaram suspiros de fascinação (sem hipérboles).
Deixo aqui duas frases que eu gosto muito e que marcam a variação de momentos encontrada em diversos capítulos da obra:

- "E assim é tudo nela; de contraste em contraste, mudando a cada instante, sua existência tem a constância da volubilidade."

- "Daí partiam pelo caminho d’água as expedições que os arrojados paulistas levavam às regiões desconhecidas do Cuiabá, descortinando o deserto, e rasgando as entranhas da terra virgem, para arrancar-lhe as fezes, que o mundo chama ouro e comunga como a verdadeira hóstia."
Lucas Brelaz 14/01/2015minha estante
Livro incrível não é? Eu também marquei a primeira frase com umas das minha favoritas do livro. Ela exprime toda a Inhá em poucas palavras. rs


Bia 03/05/2015minha estante
Eu também amei o livro, é incrível. Não entendo como pode ser tão desprezado por todos de quem ouvi falar que era "chato". Quero ler mais de José de Alencar.




Paula 22/09/2020

Nao posso dizer que o livro é maravilhoso, até porque é um clássico e eles nem sempre são bons. Os únicos clássicos que realmente são bons é os britânicos e os canadenses mas isso a gente releva kkkkk portanto o livro é razoalvel
Caio_Chat 22/09/2020minha estante
piada né?


Jana 24/12/2020minha estante
Que complexo de vira lata lamentável




Guilherme 17/04/2022

Achei o livro de alencar mais penoso até entao... A historia parece que nao vai pra lugar algum, os personagens nao me cativaram e achei que a trama iria pra um lugar bem mais agradável. Nao leria dnv, pelo menos nao é essa minha opiniao no momento.
Maria Clara 12/09/2022minha estante
falou tudo que tava no meu pensamento


Guilherme 24/09/2022minha estante
Kakakakaka, retira esse "não" na última frase e ta perfeito kakaka




Samara 31/05/2017

Til
Resenha por fazer
z..... 31/05/2017minha estante
Kkkk! Fiz uma resenha assim tambem, mas vou corrigir brevemente. Foi so para ficar registrado o dia.


Samara 31/05/2017minha estante
Já viu quantas resenhas tenho assim kkk só estou registrando, mas quando tiver tempo faço todas kk




Mary D. 09/01/2014

Coloquei Til na minha meta de leitura de 2013 por conta dos vestibulares que tinham ele na lista de livros obrigatórios. Mas tentei levar a leitura como lazer e não somente como obrigação, Til foi um dos livros que mais gostei da literatura brasileira, além, é claro, de ter conseguido acompanhar toda a história sem me perder em algumas partes.
Esse livro é uma típica obra do Romantismo, idealizando uma heroína que é movida pelas emoções e sempre busca fazer o melhor para os outros.
Mesmo sendo um livro do século XIX, a sua linguagem é muito atual, facilitando a compreensão.
Um livro muito bom, com ótimos personagens e com uma história encantadora.
Recomendo.
Lucas Brelaz 14/01/2015minha estante
Verdade Mary! tinha levado por obrigação de ler esse livro para fuvest, mas acabou que eu me apaixonei por essa obra. Mesmo que logo nos primeiros capítulos o excesso de metáfora dificulta a leitura, depois que conhecemos todos os personagens a leitura flui de uma vez só. rs




Celso 29/08/2015

1º clássico que eu li
Li este livro quando estava no colegial, há muitos, muitos anos atrás. rs
Agora terminei de reler a história, que é muito boa se você tiver paciência de passar dos três primeiros capítulos que são bastante descritivos.
O livro tem uma trama boa com todos os elementos de uma minissérie de época: mistério, romance, aventura e aspectos históricos sobre o interior do estado de São Paulo. Gostei de ler sobre o relevo da região que hoje está praticamente escondida pelas construções e modificada pela ação do homem.
Thiago 29/08/2015minha estante
Eu até gostei da trama, mas poderia ser um pouco mais ousado.




Carina 11/09/2013

Quase uma novela das 21h
Til é o enredo de uma novela de época, sem tirar nem pôr. Há as traições, o passado revelador de alguns personagens, a mocinha pura, o triângulo amoroso, o personagem deficiente, o vilão, o suspense entre um capítulo e outro... só faltou mesmo o reclame do plim-plim.

Apesar do começo um tanto vagaroso, aos poucos a história ganha fôlego com os recursos folhetinescos, que prendem a atenção do leitor. Nenhum personagem é muito bem desenvolvido e a história peca pelos excessos românticos – nada muito diferente da Globo, não é verdade?

Considerado alta literatura, em algumas obras (como esta) José de Alencar só se destaca pela capacidade de contar bem uma história ruim.
Marceloqa 22/12/2016minha estante
Concordo com cada palavra escrita por você.




Raquel.Corteze 25/04/2020

Sempre José de Alencar
Trágico, romântico, o retrato do Brasil daquela época: uma sociedade de aparências e recato.
Eu gosto bastante, mas essas etiquetas, 'bons costumes' e outras características da época me incomodam demais. Era uma sociedade de falsidade, não se podia mostrar o verdadeiro caráter. Que espécie de prisão é esta que o ser humano se submeteu nessa época?
Lila 26/04/2020minha estante
Tb quero ler...




Karina 21/05/2013

Til - José de Alencar
Clássico de José de Alencar, Til é uma obra lançada em 1872 que retrata a linguagem e os costumes da vida rural na época em que foi escrito. Retratando com detalhes a vida campesina, que faz parte do regionalismo de José de Alencar.
O autor retrata os personagens de uma forma extremamente idealizada, uma das principais características do movimento artístico e intelectual do romantismo.
Til é o apelido de Berta, a personagem principal do livro. Berta é a representação da heroína romântica, devido à sua beleza, contada diversas vezes pelo autor, sua compaixão e sua empatia para com o vilão Jão Fera.
Til é uma menina que foi rejeitada quando nasceu, sendo criada então por uma viúva chamada Inhá Tudinha, a qual tinha um filho chamado Miguel.
Til era linda, pequena, esbelta, uma garota que todos adoram, e por quem a maioria dos rapazes suspiram de amor. Ela e Miguel sempre foram grandes amigos dos filhos de Dona Ermelinda e Luís Galvão. Afonso e Linda.
Afonso e Miguel são apaixonados por Berta, e Linda esta apaixonada por Miguel. Porém Berta trata a todos como irmãos. Luís Galvão também cuida de um sobrinho, órfão de pai e mãe, chamado Brás, um garoto que tem problemas mentais. Luís faz de tudo para enviá-lo para a escola, porém o menino não consegue aprender, o que leva seu professor, o Domingão a bater-lhe muito. Til fica louca, ela realmente se compadece com a situação de Brás, que se convulsiona em prazer e alegria ao ver Til. Portanto ela resolve ensiná-lo, e assim ela relaciona cada letra do alfabeto às pessoas que Brás conhece, sendo que ela representa o til.

Jão Bugre, mais conhecido como Jão Fera, é um temido matador de aluguel da província de Santa Bárbara. Ele nutre um carinho especial por Berta, e sempre observa a garota quando ela vai visitar a negra Zana, que vive em uma casa caindo aos pedaços. Zana também tem problemas mentais e tem um grande terror quando chega perto do quarto da casa, onde parece eu ela revive uma terrível lembrança. Jão Fera foi contratado por um estrando chamado Barroso, para matar o fazendeiro Luís Galvão. Quando Til descobre isso, impede Jão Fera de concluir sua atrocidade, salvando assim a vida de Luís. Mas Jão Fera sabe um grande segredo de Luís Galvão, mesmo Til tendo impedido que a morte do fazendeiro fosse concretizada, Jão Fera irá se vingar mais cedo ou mais tarde.
Jão Bugre tinha grande respeito por Luís Galvão, chegando até a livrar o mesmo de várias brigas que ele arranjava. Mas ambos se apaixonaram por Besita, a moça mais bonita de Santa Bárbara. Quando Jão descobriu que Luís estava também apaixonado pela moça, ficou louco e seu sentimento de amor para com Luís mudou.
Besita, no entanto, não correspondia ao amor de Luís Galvão, devido à sua má fama de mulherengo e aproveitador. Ela também sabia que Jão a amava, porém ele pediu para que Besita aceitasse Luís. O pai dela não aceitou o pedido de casamento de Luís Galvão, e enganou a filha, dizendo que ele não queria nenhum compromisso. Por fim Besita casou-se com Ribeiro, filho de um rico fazendeiro da região.
No dia do casamento Ribeiro disse que precisava resolver uns negócios em Itu, a respeito de uma herança que recebera. Ribeiro perseguiu o administrador de seus bens até o Paraná, a fim de receber sua herança e depois disso caiu na gandaia.
Nesse meio tempo, em uma noite, Luís Galvão enganou a negra Zana, que cuidava de Besita, e se passou por Ribeiro. Luís passou a noite com Besita, que ao amanhecer, viu o erro que cometera. Ficou grávida e deu à luz uma menina. Somente Zana e Jão Bugre sabiam desse segredo.

Jão Bugre só não matou Luís naquela hora porque Besita implorou para que ele não fizesse isso. Depois de dois anos, enquanto Jão Bugre estava fora da fazenda, Ribeiro volta para casa e fica louco de raiva ao ver sua esposa com a criança, que ele sabe não ser sua filha. Ribeiro começa a enganá-la, quando chega Jão Fera para tentar salvá-la. No seu último suspiro, Besita pede para que Jão preteja sua filha, e Zana chega ao quarto no momento em que a moça morre. Ribeiro foge para Portugal e Jão tenta cuidar da menina. Inhá Tudinha chegou a fazendo e leva a menina para criá-la. Jão fica transtornado com a morte de Besita e torna-se um matador.
Agora após quinze anos, Ribeiro volta de Portugal, mas conhecido como Barroso, e deseja terminar a sua vingança.
Indo direto para Santa Bárbara ele contrata Jão Fera para matar Luís Galvão. Nenhum dos dois se reconhece, mas Luís é salvo por intermédio de Berta. Vendo seu plano inicial fracassar, Ribeiro planeja uma vingança mais detalhada, matar Berta e Luís Galvão e tomar o lugar dele como marido de Dona Ermelinda. Para isso, conversa com dois escravos de Luís, Faustino e Monjolo, para na noite de São João, trancarem os negros na senzala e atearem fogo no canavial.
Assim que Luís saísse para apagar os incêndios, eles o jogariam ao fogo, Ribeiro apareceria para salvar a plantação e tentaria conquistar o amor de Dona Ermelinda. Jão Fera então descobriu a trama e , na mesma noite quando Luís tentava apagar o incêndio, matou Monjolo, Faustino e outro jagunço contratado por Ribeiro, salvando assim a vida de Luís Galvão.
Ele então perseguiu Ribeiro que só sobreviveu por intermédio de Berta e Miguel. Ribeiro fugiu, mas quando retornou para matar Berta, Jão já o estava esperando, salvou então a moça e matou Ribeiro sem piedade. Berta então sem saber de toda a história ficou horrorizada com tal acontecimento.
Dias depois de todos os terríveis acontecimentos, Luís Galvão e sua família vão para a festa do Congo na vila de Piracicaba, para onde Inhá Tudinha, Miguel e Berta também estavam a caminho. Afonso escapa de seus pais para ir falar com Berta, porém aparece um estranho dizendo que o pai de Afonso havia matado sua mãe. E olhando para Luís Galvão o estanho disse que o sangue mal quer o sangue bom de Luís.
O estranho era Jão Fera que havia escapado da cadeia. No caminho de volta, Luís Galvão conta acerca de seu passado à esposa, e depois Berta descobre o seu passado.
Berta não aceita como pai Luís Galvão, por conta de tudo o que ele fez no passado, e diz que o único pai que ela conheceu fora Jão Fera, que sempre zelou por sua segurança e sempre a respeitou. A única coisa que ela pede é que ele aceite que Miguel case-se com Linda, contra a vontade de Dona Ermelinda. Luís ainda tenta convencer Berta a ir com ele para serem felizes juntos, mas ela, por amor à amiga, não o faz.


Titulo: Til
Autor: José de Alencar
Ano: 1872
Páginas: 238
Editora: Martin Claret
Nota: 03



Boa Leitura

Casa de Livro Blog

Karina Belo




- Sangue de gente, ou sangue de onça, todo é um; tem a mesma cor, e a mesma maldade. Já estou acostumado com ele. Sente-se a fumaça do churrasco. Eu gosto! Disse o sicário dilatando as narinas, como se esquisito aroma lhe prurisse o olfato.



Tu és um monstro! Disse Berta afinal com uma explosão de horror. Quando te pintavam como um assassino, autor dos maiores crimes e capaz de cometer toda a espécie de atrocidade, eu não queria crer; porque duvidava que um homem pudesse transformar-se em um tigre carniceiro; e também porque tantas vezes te vi tão sossegado e cuidados comigo, e eu não podia imaginar que se pudesse ter esse rosto bom e tranquilo, tendo-se dentro do coração uma caninana.

Nos gestos de Berta, durante esses cuidados, já não se notava a travessa alacridade que cintilava de ordinário em seus movimentos; e era, pode-se bem dizer, a radiação de seu gênio. Sua graça então era séria; havia em seu lindo semblante uma serena efusão da ternura que lhe fluía dos olhos meio vendados e dos lábios descerrados por um riso gentil.

É verdade que muitas vezes, como confessara a Miguel dissuadindo-o de tais idéias, costumava ela encontrá-lo naquelas mesmas paragens, durante as longas excursões que fazia pelos campos. Mas, recordando-se do aspecto e modo com que nessas ocasiões lhe aparecia Jão, reconheceu que nessa manhã trazia o capanga no vulto e no semblante o que quer que fosse de soturno e ameaçador.
vinicius.lamber 07/12/2014minha estante
gostei muito!!




Matheus 09/01/2013

O livro é um inteiro uma lista de exemplos de clichês hollywoodianos. Pode ser que tenha feito sucesso na época em que foi lançado mas é absolutamente entediante ler esse livro nos dias de hoje. Gosto muito de literatura brasileira, mas reconheço que a prosa do nosso período romântico é lastimável. Principalmente porque o romantismo surgiu com a revolução burguesa e com o fim do absolutismo, o que não aconteceu no Brasil, tornando o período um tanto artificial aqui. Completamente inverosímel, José de Alencar sequer se deu o trabalho de visitar o interior paulista antes de escrever Til, tendo preferido pesquisar de longe sobre o cenário do romance. Além disso, as personagens e o enredo são completamente superficiais se comparado com romances românticos de outros países. José de Alencar conseguiu criar uma obra romântica do modo tão açucarado e insosso que eu tremo só de pensar que há quem esteja sendo introduzido ao romantismo por esse livro. Só espero que esses pobres coitados ainda tenham a coragem de ler os Alexandre Dumas antes de desistirem do romantismo.
joaomflores 26/06/2016minha estante
"O livro é um inteiro uma lista de exemplos de clichês hollywoodianos".

Bicho, o livro é de 1842 (MIL OITOCENTOS E QUARENTA E DOIS).




Fabi 05/06/2013

Um Pontapé
Bem, esse foi o primeiro clássico da literatura brasileira que me lembro de ter lido. Confesso que no começo do livro achei entediante sua leitura me fazendo parar varias vezes de lê-lo, e isso fez com que eu demorasse quase dois meses para ler um livro pequeno como esse, mas isso pode ser explicado por eu não nunca ter lido nenhuma obra romântica antes e pela escrita de época.
Com o desenrolar da história eu fiquei mais interessado no livro e achei interessante o-achei interessante. Acho que isso acontece com todos que o-leem, a partir do meio do livro com o desenrolar da história e os fatos do passado a história se torna bem mais envolvente e se mostra bem construída,e isso me prendeu a atenção de certa foma.
Gostei muito de ter tido a oportunidade de sair dos livros de ficção e romance para ler uma obra clássica como essa, isso me despertou o interesse a vir conhecer outras obras de autores brasileiros. Diria que foi um pontapé para uma nova linha de leitura que quero seguir para expandir meus conhecimentos literais e culturais.
Patricia1009 22/07/2013minha estante
Eu também demorei um pouco para acabar de ler, no começo parece ser um livro bem entediante, mas me surpreendi com a história no final e a recomendo!




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