Bárbara Leilane 08/09/2014
A Grande Fábrica de Palavras de Agnès de Lestrade é mais um daqueles livros para ler em 10 minutos e que nos encanta.
Estava selecionando livros para expor em outubro quando comemoramos o Mês da Biblioteca Escolar e este estava fora do lugar, solto nas prateleiras. Pensei: " que coincidência! Será que fala do poder da leitura ou da escrita?" Na verdade, é da palavra dita. Já parou para pensar em quantas palavras pronunciamos durante o dia? Quantas palavras são jogadas ao vento, conversando sobre nada importante, nos declarando, gritando revoluções, ajudando um amigo, fofocando...
A comunicação é tão natural que é difícil nos imaginarmos sem pronunciar uma palavra sequer. Pense viver apontando, desenhando e tentando adivinhar o que o outro expressa? É tão necessária que até para quem não pode se comunicar do modo tradicional, pela fala, adota uma técnica: se bebê: choro; se surdo: libras; se mudo: braile.
Dá para imaginar o mundo como um jogo de mímica , imagem e ação? Pense nisso e reconsidere o valor que damos às palavras. No livro "Incendeia-me", de Tahereh Mafi, página 116 diz: "Nenhuma arma, nenhuma espada,nenhum exército nem rei um dia será mais poderoso que uma frase. As espadas podem cortar e matar, mas as palavras vão golpear e ficar, enterrando-se em nossos ossos para virarem corpos mortos que carregamos para o futuro, sempre cavando e sem conseguir arrancar seus esqueletos de nossa carne."
As palavras comumente saem de nossos lábios como o ar de nossos pulmões e quando percebemos já magoamos alguém ou perdemos nossa razão. A palavra realmente tem poder. Já reparou que quanto mais reclamamos pior a situação fica? E em quantos dias tudo o que precisávamos era ouvir uma palavra amiga, sincera ou positiva? Se as palavras são intrínsecas ao ser humano, seja ela escrita ou pronunciada, sejamos mais otimistas, cautelosos e gentis ao utilizá-las.
Tudo isso em um romancinho inocente, meigo e super fofo de pouco texto e muita ilustração.
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