Memórias do subsolo

Memórias do subsolo Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Memórias do Subsolo


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Matheus 30/01/2021

Forte
Uma leitura bem pesada e forte. Entendo a importância, mas não me envolvi.
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Sheilla Darlen 01/03/2022

O protagonista sem nome. A humanidade.
Por vezes meio deprimente mas extremamente realista chegando a ser até divertido de tão honesto que é esse protagonista. A gente vai lendo e vai pensando em tanta gente e em nós mesmos. Meus Deus!! Recomendo!! Muito bom!!
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Camila1856 18/05/2020

Denso e intenso!
A "vida viva", por falta de hábito, comprimira-me tanto que era até difícil respirar...

Este é o narrador-personagem desse livro. Sem nome, com um pesado histórico de vida, órfão, cresceu sem família, sem afeto, sofrendo bulling na escola. Se achava desengonçado e se refugiou por muito tempo nos livros. Tal ação o fez crescer convencido de que era mais inteligente, mais culto e portanto intelectualmente superior às demais pessoas.
Um homem deslocado da sociedade em que vive, e preso ao subsolo dos seus pensamentos cruéis e torturantes, numa narrativa, intensa, dramática, e emocionalmente forte.
Não se engane com as 147 páginas, é um livro muito denso, não dá pra ler de uma só tacada, nem absorver todos os ensinamentos em apenas uma leitura! Com certeza é necessário uma bagagem literária mais extensa à respeito da literatura russa Tornarei a ler quando eu tiver.
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skuser02844 11/11/2023

Memórias do subsolo
O livro foi meu primeiro contato com o autor e se eu pudesse dar um conselho pra quem vai iniciar pelo mundo de Dostoiévski, seria começar por Crime e castigo ou Noites brancas, que foram os meus preferidos. Memórias do subsolo nos trás um narrador com seus questionamentos existenciais, que analisa sua trajetória, se auto examina e tece críticas a sua própria maneira de viver, e trás a tona o que se tem de mais profundo e sombrio do ser humano. Comparada à outras obras de Dostoiévski, essa não é uma das mais fáceis de se ler, mas com certeza vale o desafio.
Emerson Meira 11/11/2023minha estante
???????




Brenda 29/12/2022

Xôxa, capenga, manca, anêmica, frágil e inconsistente.
Esse livro começa com várias reflexões interessantes sobre a natureza humana e, por vezes, você vai se pegar concordando com o Narrador/personagem principal. Contudo, toda o teatro da racionalidade e erudição se descortina quando, na segunda parte do livro, o mesmo compartilha memórias de sua vida. Que ser humano repugnante, detestável e completamente maluco. E, ao fim da leitura, Dostoievski arrasta o leitor para essa mesma sensação de completa insanidade. Gostei demais, recomendo.
monaiza 02/01/2023minha estante
dostozin é brabo




CabraL 20/03/2021

?Sou um homem doente..."
Foi o meu primeiro contato com a literatura Russa, já gostei muito.
"Memórias do Subsolo" é sobre a insuficiência humana e racinal de um personagem sem nome. O livro é todo escrito em forma de desabafo, onde o narrador despreza tudo e todos, porém ao mesmo tempo tenta se encaixar nesse mundo que ele tanto despreza, mas o livro vai muito além, ele é cheio de filosofias, com destaque pro niilismo e o existencialismo que se mostram as mais presentes.
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Carol 01/05/2021

O grande!
Dostoiévski é sem dúvidas um excelente escritor. Nesse livro, senti raiva do personagem principal. Ele consegue ter uma escrita limpa e profunda. Fantástico.
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Ana Sofia 15/01/2024

Complexo e envolvente!
Traz reflexões sobre a existência humana e suas contradições!

"E quantas vezes aconteceu de... bem, por exemplo, de eu me sentir ofendido de propósito, sem motivo nenhum; e no fundo eu até sabia que não tinha motivo para ficar ofendido, mas bancava o ofendido, e tanto eu me esforçava que, falando sério, acabava me sentindo ofendido de verdade."
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Diogo.Faria 01/05/2021

Leitura Densa
Dividido em 2 partes, a primeira: O subsolo apresenta um fluxo de pensamentos do personagem, onde ele relata toda sua frustração diante de seus relacionamentos, sociedade e principalmente de si próprio. A primeira parte tem um teor muito filosófico onde conseguimos começar a entender a complexa mundividência do Homem do subsolo.

Na segunda parte: A Propósito da Neve Molhada, o narrador relembra situações vividas no passado e que o marcaram. São situações em que é exposta sua total pobreza de espírito e de falta de rumo e valores na vida.

Durante a leitura, foi necessário muita persistência e concentração, o livro e muito denso, totalmente existencialista. Não se trata de uma obra qualquer. Ao final do livro, meu sentimento foi de que Dostoiévski retratou de forma magnífica o pensamento de várias outras pessoas vivem em um subterrâneo de suas emoções.
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GleLê 20/08/2023

Às vezes parece o outro, às vezes um espelho de nós mesmos.
Publicado em 1864, Memória do Subsolo inicia a maturidade de Dostoiévski como escritor. Um traço comum de suas obras é pensar o humano no limite de suas forças e dedicada construção psicológica das personagens.
Neste livro, a personagem principal, que não se identifica para além de um ex funcionário público, vive um inferno psicológico e narra suas memórias mesmo sem considerá-las importantes. A esta altura já observamos traços niilistas do homem do subsolo, muito comum nas obras do autor.
Dialogando com o outro, igualmente impreciso (indicado ora por vós, ora por vocês), percebemos embates de ideias contraditórias em relação ao que se pensa que é e ao que é no íntimo.
Longe de ser uma personagem simpático aos leitores, o homem do subsolo nos suscita empatia. Através da sua narrativa e confusão mental, nos reconhecermos. Ele é um misantropo, mas ainda que não se relacione com os outros; anseia pela aprovação social. Isso nos é evidenciado no encontro com ex colegas de graduação.
Neste encontro, o narrador destaca o descaso humilhante que lhe dispensam; ao mesmo tempo que reconhece sua situação degradante. O homem do subsolo permanece naquele meio e ainda encoraja algum tipo de interação; seja provocado uma briga ou mal estar no grupo.
Imerso em mágoa, ele desconta sua frustração em Lisa (uma prostituta que o acolheu sem o inferiorizar). É então que esta personagem assume seu lado maldoso, canalha e cínico; despejando em lisa seu discurso moralista e esperando causar nela o que ele sentira ao longo da sua vida.
Lendo Memórias do Subsolo me senti desconfortável por muitas páginas. Me incomodei com as humilhações que o homem do subsolo se permitia passar, assim como o esforço em nos convencer de sua indiferença frente tudo aquilo. De que era em si, apesar dos registros deixarem bastante claro que o homem do subterrâneo era totalmente para os outros ainda que nunca conseguisse ser.
Sendo um livro de memórias, tudo que observamos é através da perspectiva de uma personagem que vive neste “pendulo infernal” entre provar sua superioridade intelectual frente aos outros e depender emocionalmente da aprovação social para se sentir superior.
Desta maneira, o que me veio à mente ao ler este livro é questionar a legitimidade das queixas desse homem. Tal como em Dom Casmurro, temos a perspectiva de uma personagem tomado por sentimentos e certezas pessoais. Nunca saberemos se Capitú traiu Bentinho e se o homem do subsolo era tão humilhado e escrachado assim por seus amigos e conhecidos. Machado de Assis e Dostoiévski nos apresentam narrativas de mentes adoecidas pelos sentimentos do mundo. Uma obra maravilhosa e essencial.
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Fabiola Hessel 05/06/2021

O subsolo, a escuridão de cada um
Que livro potente, incômodo e angustiante, pra mim tem todos os elementos de Crime e castigo, mas de forma mais sintetizada e menos prolixa. O que ao meu ver torna o livro ainda mais intenso.

Sempre me impressiono com a capacidade que Dostoiévski tem de me envolver nos sentimentos e emoções dos personagens, as palavras se tornam uma ponte, que me leva diretamente ao coração angustiado deles, para mim é essa a mágica de ler Dostô.

As memórias do subsolo na verdade são uma tentativa do narrador de justificar a si mesmo e convencer o leitor de que o homem do seu tempo está fadado ao fracasso, existe um tom de desilusão com a humanidade e com o uso exacerbado da razão.
Ele acredita que a racionalização, a ciência e o conhecimento estão ditando o modo de viver das pessoas, que tentam suprimir seus instintos, vontades e sensações.

Para demonstrar toda essa descrença com o mundo e as pessoas o narrador, nada confiável por sinal, usa anedotas de sua vida, "causos" que ilustram a sociedade, como ele reagia a ela e o quanto isso o afastava dela, gerando aquele homem humilhado e ofendido tão comum às obras do Dostoiévski.

O narrador na posição de humilhado e ofendido, acaba agindo assim, humilhando, ofendendo e tiranizando quem pode, me causando uma aversão à ele e ao mesmo tempo fiquei compadecida pela situação, já que ele foi uma vítima, tanto das circunstâncias, como de si, principalmente de si e das suas escolhas.

Mesmo sendo uma releitura para mim foi mais intenso e impactante que a primeira leitura, acho que por ter mais contato com a obra do Dostoiévski (tenho lido a obra dele em ordem cronológica nos últimos anos) e maturidade para reconhecer as nuances.
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Sonic Judeu 15/06/2023

"Juro aos senhores que ter consciência demais é uma doença"
Um dos livros mais profundo da literatura, em questão de humanidade.

Dostoiévski busca em suas paginas buscar o de mais real, angústiante, infame e humano, em seu narrador, o homem do subsolo. E o mesmo é um personagem muitas vezes irritante, desprezível, mas é isso que nos faz se identificar tanto com ele, justamente por que ele não é um heroi , mas uma pessoa que erra e muito assim como nós mesmos.

Sua imersão em pensamentos sobre a sociedade e em si. Seus tormentos, a carência de querer amar, mas ao mesmo tempo o medo, enquanto o mesmo diz e se contradiz, a solidão, o ódio das pessoas, O tédio da vida.

"Mas não vão me perguntar por que eu mutilava e torturava tanto a mim mesmo? Resposta: porque era maçante demais ficar parado, de braços cruzados; então eu saía por aí fazendo essas extravagâncias."

O sentimento de se achar superior aos seus companheiros mas ao mesmo tempo inveja-los

"É claro, eu invejava todos os funcionários da nossa repartição, do primeiro ao último, e também desprezava todos, porém, ao mesmo tempo eu parecia ter medo deles."

Tudo isso formando seu subsolo. O seu refúgio para o sofrimento, o próprio sofrimento.

É um livro que precisei ler duas vezes para conseguir compreender melhor e focar no que o autor tentar passar, mas não deixa de ser uma leitura fluída e marcante.

Fiódor é realmente extraordinário
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Jardim de histórias 31/12/2022

Um talento cruel
Considerada pela crítica, não só um ataque a filosofia do egoísmo racional ou o racionalismo, como também uma crítica pungente ao intelectual e escritor Nikolai Gavrilovitch Tchernichevski e no efeito causado pelas obras do autor.
Um apontamento a consciência que Dostoievski tinha das profundezas irracionais da alma humana, que consideram esse livro, especialmente, como precursor do existencialismo. Memórias de subsolo, é filosófico, denso e visceral. Escrito em um período conhecido pelos fãs de Dostoievski como pós-Siberiano onde ele se encontrava em plena maturidade literária. Repleta de angústia, masoquismo e culpa, muita culpa. Aliás, a culpa tanto nas notas em que o narrador expressa suas impressões, como também o momento em que vivia Dostoievski, com a enfermidade e morte de sua esposa (Maria Dmitrievna). Um verdadeiro extravasamento do eu, autorizado pela real deliberação, mesmo que o pensamento que te aposse seja efêmero, porém, contundente. Normalmente, Fiodor abre a janela que nos permite acessar a alma de seus icônicos personagens, desta vez, é a alma do autor que está acessível e permeando com propriedades nossas percepções.

Uma verdadeira obra Dostoievskiana!
eu, eu mesma e os livros 01/01/2023minha estante
Realmente, cruel é uma boa palavra para esse livro. Comecei julgando o autor e suas memórias, principalmente aquelas com a prostituta, mas ao final fui eu quem tomei um belo tapa na cara com as palavras do autor.


Jardim de histórias 01/01/2023minha estante
Tive essa percepção inicial também! Dostoievski sendo Dostoievski, e nós, recebendo esses presentes que só engrandece nossa estrutura literária. Obrigado pelo comentário, que só demonstra o quanto nós, apreciadores de uma boa leitura somos sensíveis e nos conectamos com o autor.




spoiler visualizar
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Jordana Borges 01/06/2024

É sempre um privilégio ler Dostoiévski, o que ele faz com as palavras é magnífico, é um sentimento de ?estar em casa?.
O livro nos faz viajar pela mente do personagem principal, a primeira parte é um fluxo de consciência onde ele faz digressões psicológicas, filosóficas e existencialistas, questionando a sua significância, cheio de contradições e discussões internas.
A segunda parte são memórias e acontecimentos que ele vivenciou antes destes 40 anos vivendo no seu subsolo. Dostoiévski sempre tem o poder de nos fazer questionar, a escrita dele faz com que nós coloquemos no lugar do seu personagem, muitas das vezes concordando e dividindo o mesmo sentimento que ele. É assustador o quanto podemos nos ver em certas ações.
Matheus656 01/06/2024minha estante
Acho q um completamente bacana para sua leitura é um vídeo do canal Quadro em branco, o título do vídeo é ?Dostoievski e Scorsese num táxi para o subsolo?. Recomendo dms!!


Jordana Borges 01/06/2024minha estante
Ahh obrigada Matheus, eu to nesse momento no youtube procurando alguns vídeos sobre o livro mesmo, vou procurar esse com certeza!!


@alex_bookaholic 02/06/2024minha estante
Ótima resenha. Este livro é brilhante, como a escrita do gênio. Tudo o que ele escreve é reflexivo e nos faz assimilar nossa própria natureza. Ótima leitura.




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