CarolM 21/06/2012Não sei nem por onde começar a resenha desse livro. Ele é daqueles que mexe com suas crenças, pois não existe um lado certo ou errado, apenas diferentes pontos de vistas e as situações são tão extremas que fica dificíl saber qual decisão tomar.
No livro conhecemos a história da família Fitzgerald e o drama que eles enfrentam desde que sua filha Kate foi diagnosticada com um tipo raro de leucemia aos dois anos de idade. Em uma tentativa desesperada de salvarem a vida de sua filha, o casal Sara e Brian resolvem procurar um geneticista na tentativa de conceber um outro filho que seja geneticamente compativel com Kate, para que esta possa receber um transplante de medula.
E assim nasce Anna, que desde seu nascimento foi submetida a vários procedimentos médicos para ajudar no combate a doença de sua irmã. Essa situação traz uma união muito grande entre as duas irmãs, mas também é a causa de muito sofrimento para todos na família. A mãe, Sara vive apenas para cuidar da filha sem perceber as outras pessoas a seu redor. O pai, Brian, busca se dedicar as lutas travadas em seu trabalho como bombeiro, numa tentativa de esquecer a batalha que precisa lutar todos os dias contra a doença de Kate. E também tem Jesse, o filho mais velho, que por não poder contribuir geneticamente com a cura de Kate, como Anna, é meio que deixado de lado pelos pais e acaba se tornando um delinquente juvenil tentando chamar a atenção para si.
O livro começa com Anna indo ao escritório de Campbel, um advogado famoso por vencer quase todos os seus casos. Ela quer obter o direito de escolher o que fazer com seu corpo, uma vez que sua irmã teve a perda das funções renais e sua mãe deseja realizar o transplante de um dos rins de Anna para Kate. Ela está assustada com a cirurgia mas, ao mesmo tempo, se sente culpada e infeliz pela situação da irmã.
Enquanto acompanhamos o desenrolar do processo na justiça, também acompanhamos a repercussão do caso na família e nas pessoas próximas. Cada capítulo é narrado sobre o ponto de vista de um dos personagens envolvidos - e também capítulos narrados por Sara - e neles podemos conhecer um pouco da luta que foi para todos, principalmente para Kate, o avançar da doença desde seu diagnóstico.
A história é linda e comovente. É impossível não sentir uma enorme admiração por Kate e o drama que enfrenta todos os dias com sua doença tentando manter sempre uma atitude otimista e corajosa, e também por Anna e os sacrifícios que ela tem de enfrentar desde tão jovem em benefício da irmã. Assim como é impossível julgar determinadas atitudes de Sara buscando, desesperadamente, salvar a filha a qualquer preço.
Resenha completa publicada no blog Vida de Leitor.
http://www.vidadeleitor.blogspot.com.br/2011/08/guardia-da-minha-irma-jodi-picoult.html