O Impostor

O Impostor Damon Galgut
Damon Galgut




Resenhas - O Impostor


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Bruno Malini 30/03/2023

Novos autores...
Romance evoca uma sociedade em permanente mudança pelas forças do dinheiro e do poder, um mundo cruel e claustrofóbico, carregado de dilemas morais.
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Dora.lopes 12/02/2023

É uma leitura um pouco poética, mas isso não faz dele um grande livro. Tinha caráter para ser político, mas mesmo essa crítica não pega as rédeas do livro.
Não foi muito cativante, o Plot no final era bem pouco.
É um livro de palavras bonitas, mas não tem exatamente um foco.
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jota 09/10/2014

Ervas daninhas...
Da África do Sul conhecemos bem os escritores Nadine Gordimer e J. M. Coetzee, ambos premiados com o Nobel de Literatura. Damon Galgut, autor de O Bom Médico e deste que terminei de ler, no entanto, encontra-se um tanto distante do patamar literário daqueles dois.

Isso não significa que O Impostor seja um livro fraco, ruim, absolutamente. Mesmo não apresentando em grau profundo as cores fortes do país de Nelson Mandela, pelo menos já começa com um problema típico daquelas bandas e que um dia pode chegar até aqui também, dependendo de para qual lado continuem a soprar os ventos políticos brasileiros.

Devido às cotas pós-apartheid estabelecidas no país, Adam Napier, o protagonista branco, beirando a meia-idade, perde o emprego para um estagiário negro bem mais jovem que ele. Mais à frente ele se envolve com uma linda mulher negra, Baby, casada com um rico herdeiro branco, Canning, que numa noite de bebedeira lhe tasca um beijo na boca. Não Baby, mas Canning, o impostor.

E a partir daí, mas não por causa desse beijo, sem sair muito do lugar, o livro se transforma numa aventura se não espetacular, pelo menos interessante e exótica o suficiente para prender a atenção do leitor até o final. Pelo menos foi o que aconteceu comigo. Mas cada leitor é um, não? Então...

Lido entre 29/09 e 09/10/2014.
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Andréia Cristina 10/01/2014

Enigmático

A narrativa é lenta e despretensiosa. O enredo tem como pano de fundo a África do Sul pós apartheid, com suas crises sociais, políticas, econômicas e principalmente raciais. No decorrer do enredo, a sociedade revela-se como uma savana composta por pessoas que tentam buscar o seu lugar (papel) nessa nova nação, ainda sem identidade definida. No estilo mais primitivo: vencer pela lei da selva.


Cheio de tramas que se entrelaçam através de Adam, um sul africano de meia idade, que não confuso quanto ao seu papel social nessa nova África, principalmente onde ele se encaixa dentro desses novos paradigmas: do que ele faz parte, ou do que ele não faz parte.


O livro ressalta as dicotomias, as lutas políticas, a corrupção, a construção de um sistema novo cheio de problemas antigos. Adam encarna o impostor quando veste a indumentaria poética cultuado o belo in natura, quando ele se coloca como parte dessa savana, quando deixa seu lado selvagem primitivo ter voz, e ser parte dele. Enfraquecendo a sua conexão humana e selvagem que ele se obrigou a ter: "grande lente distorciva, de perto a vida humana é um catálogo de dor e poder, mas passado tempo suficiente, tudo deixa de importar". O "selvagem" é tido a partir de duas óticas: o selvagem idílico, quase inocente, e o selvagem rude e cru, como ele é realmente.


Um romance de descobertas, construção, reconstrução e constatações de uma nação que se ascende, e aos poucos expõe as feridas e mazelas de sua identidade em construção.

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