Feanari 24/06/2011
Uma das melhores leituras de 2011
No mês passado, a Editora Bússola entrou em contato com o blog divulgando o lançamento do primeiro livro do seu catálogo: O Cavaleiro da Ilha do Corvo, do lusitano Joaquim Fernandes. Eu li o release (clique aqui para ler também!) e, apaixonada por romances históricos como sou, perguntei se a editora poderia me encaminhar um exemplar. Para a minha sorte, recebi o livro alguns dias depois. Que leitura!
A narrativa começa de forma bastante despretensiosa, com o autor afirmando que o livro é de ficção, apesar de “…nela se incorporam e entretecem acontecimentos, fatos e personagens reais…”. Somos logo introduzidos ao Cavaleiro da Ilha do Corvo, que nada mais é do que uma estátua antiga com a qual os portugueses que chegaram à ilha no século XV se depararam. Com traços característicos do norte da África, a estátua representa cavaleiro que aponta a América.
O autor passa então a narrar a descoberta da estátua, como ela foi descrita ao rei de Portugal e como este ordenou que a estátua fosse levada a ele. Conta também da placa que foi descoberta próxima à estátua, com caracteres antigos que nem mesmo o mais letrado presente conseguia desvendar.
Eis que entra a personagem principal: professor de uma renomada universidade americana, esportista, fiel usuário de casacos de tweed. Michael Serpa poderia ser Robert Langdon, o herói dos livros de Dan Brown, mas este americano tem um pé na terrinha*, e seu sobrenome lusitano é apenas mais um dos elementos que o diferenciam do personagem de Brown.
*Terrinha é um termo que portugueses e descendentes usam para se referir a Portugal, uma espécie de apelido carinhoso. (Pronuncie devidamente usando o sotaque: Trinha)
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