Resenhas - Jane Eyre

lorestairs 04/11/2020

Jane Eyre é carne e osso.
Esse foi provavelmente um dos melhores livros que eu já li na minha vida. Jane Eyre é uma história sobre força e amadurecimento. O livro é tão bem escrito, tudo é tão bem incrivelmente narrado que eu fico passada.
A história fisga logo no começo, com a Jane morando com a família Reed. É SURREAL como a Charlotte conseguiu explicar tão bem as emoções de uma criança. Jane é uma personagem de carne e ossos. E eu conseguir aprender muito com ela e principalmente com sua amiga Helen Burns, que era provavelmente minha personagem favorita na história - apesar de achado ela com uma personalidade muito madura pra uma criança de 13 anos.
As críticas implícitas, o período da Jane no internado, todas as observações dela sobre sí mesma... cenas que vão me marcar por toda a vida. Não consigo tirar na cabeça a cena da Jane sendo humilhada pelo diretor e colocada no meio da turma, ela achava que nunca iria conseguir passar por aquilo, até que passou, e foi horrível mas ela conseguiu tirar forças e se manter firme. Ela pintando um quadro de comparação da sua imagem junto com a da Srta Inhgram... E várias outras cenas. Devo admitir que não gostei muito do Sr. Rochester, até que ele sumiu e apareceu o St. John Rivens... aí eu passei a adorar o Sr. Rochester, tudo o que eu queria era ele de volta e enfiar eu mesmo o John num barco pra Índia ou mandar-lo eu mesma pra os braços de Deus.

Enfim... amei tudo do livro. Demorei um pouco para termina-lo por que fui muito sugada pela faculdade, teve algumas partes paradas mas nada que diminuísse a qualidade do livro.

Lua 03/11/2021

Seu desejo deve decidir o seu destino
Jane é o puro exemplo da perseverança por dias melhores, já que vida fácil é uma coisa que essa jovem órfã nunca teve. No início, sente piedade por si mesma a todo o tempo, não acredita ser bonita, coloca-se para baixo com naturalidade e não se vê em uma situação diferente ou melhor do que isso.

É muito bom acompanhar o seu desenvolvimento durante a narrativa, a forma como deixa de pensar em vingança e passa a encarar tudo com olhos mais positivos, com base na Providência. Jane se contrói em meio a tantas adversidades, e para uma mulher daquela época, podemos certamente considerá-la como uma destemida heroína.

Considero este livro como um dos melhores (se não o melhor livro) que li em 2021. Eu já possuía o exemplar comigo pois sou muito fã de O Morro dos Ventos Uivantes, livro que a irmã de Charlotte, Emily Brontë, escreveu naquele mesmo período. Mas nunca havia dado de fato uma chance a ele? e que perda de tempo.

Jane construiu uma casinha no meu coração da qual nunca mais me esquecerei, é uma personagem eterna, e não à toa um gigante da Literatura Inglesa. Indico a leitura às meninas e mulheres de qualquer século que buscam pela sua independência mais do que tudo, às destemidas que desejam ser mais fortes, positivas e nunca abnegadas. Uma leitura para a vida, com certeza.

booklvred 28/04/2022

Excepcional e favoritado
"Desejei a liberdade, suspirei pela liberdade, rezei uma prece pela liberdade que me pareceu ser levada pelo vento leve que soprava. Então abandonei a oração e fiz uma súplica mais humilde por mudança, por estímulo. E esse pareceu também ser levado para o vazio."


Mais uma vez, tenho uma súbita crise de arrependimento quando termino um livro que deixei bastante tempo parado na estante, e depois me pergunto: por que não li isso antes?
Ainda que tenha mais de 700 páginas, não achei a leitura maçante, entediante ou repetitiva.
Acredito que a narração em primeira pessoa tenha me conquistado logo de cara e por isso devorei tantos capítulos em pouco tempo.
Me vi na pele de Jane Eyre tantas vezes, que comecei a sentir e tomar as dores por tudo o que ela passa durante o livro.
Ô bichinha que sofre viu? Nunca vi personagem pra passar por tanta dificuldade e humilhação.
Porém, apesar de a vida não ter sido tão justa com ela, é admirável como essa mulher é extremamente forte e deseja comandar o próprio destino e buscar sua paz e felicidade.
A construção desse romance é muito bem feita, Charlotte Brontë é cirúrgica em suas opiniões sobre a época em que vivia e principalmente sobre o papel da mulher na sociedade vitoriana. Meu maior desejo agora é conhecer as outras obras da autora e ter mais de sua genialidade.

Jotta_ 15/03/2021

Seja livre para ser você...
Instigante, reflexivo, contagiante, libertador... Esses são apenas algumas palavras para descrever esse livro incrível, aqui Charlotte Brontë não poupa dedicação e trabalho duro para nos apresentar a história de Jane Eyre e como é bem contada, aqui temos um livro sobre desenvolvimento de personagem e acompanhamos a vida de Jane desde de sua infância até a vida adulta e não pense caro leitor que este livro é um simples romance, não! Aqui temos uma personagem feminina forte, e que sabe seu valor, ela é livre e não um pássaro engaiolado ela é fogo e também é vida ela Jane Eyre e gaiola alguma a prende. Eccepcional!!!! Frases que te fazem refletir sobre a vida e como a sociedade pode ser injusta com as classes, enfim recomendo muito!!!!

Quem sabe eu traga uma resenha com spoilers!?

Paloma Oscar 12/07/2022

Doce fada!
Apesar de ser uma longa leitura, cheia de detalhes, o final vale muito a pena, definitivamente acho que foi a melhor parte de toda a história, entregando um desfecho satisfatório. Recomendo!

Claudiane 18/02/2020

Jane
Mais uma irmã Brontë, e eu ainda me surpreendo com a visão de mundo, reflexão da sociedade e construção de personagens de que elas são capazes. Jane Eyre é uma ótima história mesmo não concordando com todos os finais, incomodou muito em sua época e infelizmente nos lembra, hoje, que nem tudo mudou tanto assim.

Gabriella 16/12/2020

Incrível!
Nesse romance de formac?a?o, acompanhamos a trajeto?ria de Jane Eyre, uma o?rfa? que foi criada por sua tia apo?s seus pais falecerem. Observamos seu amadurecimento em diversos momentos importantes de sua vida: a sai?da de casa para se tornar aluna de uma instituic?a?o, sua experie?ncia como educadora e governanta em uma mansa?o, o encontro com seu grande amor - que veio acompanhado por um terri?vel segredo - e sua volta por cima.

O livro traz fortes cri?ticas sociais e reflexo?es a respeito de temas como ge?nero e classe. Foi incri?vel ter contato com essa personagem que, em momento algum, desconsiderou os seus princi?pios, se mantendo fiel a si mesma independentemente das circunsta?ncias.

Superando as minhas expectativas, a leitura na?o foi nem um pouco lenta e consegui me sentir imersa nesse universo criado por Charlotte Bronte?. Fiquei muito tempo ansiosa para ler o livro e valeu a pena. Me encantei com Jane Eyre, tive empatia por suas deciso?es e me senti completamente inspirada pela personagem.

Recomendo MUITO a leitura para pessoas que te?m interesse em comec?ar a ler livros cla?ssicos! E? uma experie?ncia e tanto e e? impossi?vel na?o sair da histo?ria mudado.

?Na?o sou um anjo; e na?o serei ate? morrer: serei eu mesma?

@nossosprefacios

Márcia Naur 12/01/2012

Imperdível
Jane é orfão e como tal tem de viver de favores. Sua tia não a quer e a envia para um orfanato. Lá, sofre com a solidão e os maus tratos, ao se tornar adulta abandona o orfto para ser preceptora. Está achando a estória chata e previsível? Se enganou, Jane é a personagem mais completa que encontrei, meiga,decidida,segura,inteligente. Consegue nos passar toda a segurança necessaria para se tornar uma forte candidata a morar em nosso coração para sempre. Todas as adversidades pelas quais ela passou a trasforam em ser fabuloso e com um carater imaculado, uma personalidade invejável. Mas não é só ela que nos presenteia com sua presença, a estória nos presenteia o Senhor Rochester, um homem enigmático que fará com que sua leitura se acelere cada vez que ele aparecer. Charlotte Brontë é uma bruxinha, como diz Rochester a Jane, nos encanta com esta obra primorosa e que fará parte de sua vida para sempre.

Queria Estar Lendo 27/12/2021

Resenha: Jane Eyre
Aos 45 do segundo tempo, fechei 2021 com meu último clássico que não tinha entrado para a listinha oficial, mas que chegou aqui em cortesia da Editora Zahar e: como resistir? Estou falando sobre Jane Eyre, da Charlotte Brontë.

Esse clássico da literatura inglesa foi relançado em edição de luxo pocket pela Zahar; para quem não conhece, a história acompanha a busca apaixonada de Jane Eyre por uma vida mais significativa e menos relegada ao que a sociedade oferecia às mulheres de sua época.

Criada em meio à hostilidade do lar adotivo, órfã desde que era pequena, Jane se encontrou em meio aos livros. Em sua solidão, ela cresceu com a literatura e tornou sua mente a maior defesa disponível contra o mundo.

Sofrimento e sobrevivência são duas palavras que permeiam a jornada de Jane, desde a infância até a vida adulta. Não apenas quanto às privações físicas e o constante senso de não pertencer a lugar nenhum, mas também de se encontrar depois de ser rejeitada por tanto tempo. Jane fortificou sua inteligência com os livros, e se preparou para desbravar o mundo com o senso crítico desenvolvido com eles.

Diferente do meu contato com Emily Brontë em O Morro dos Ventos Uivantes, que foi um desastre completo, aqui eu encontrei uma jornada intensa e perturbadoramente devastadora que me fisgou página a página e me manteve imersa na história até o fim. Jane Eyre é, sem sombra de dúvidas, um livro poderoso.

Fala sobre uma garota maltratada que não aceita o pouco que a vida tem a lhe oferecer. Também mostra de maneira escancarada um relacionamento abusivo que arranca dela o pouco que conquistou, no sentido emocional e psicológico; é atual porque conversa com casos amorosos que fazem mal por simplesmente existirem na vida da mulher.

Rochester não é nenhum Mr. Darcy, perfeito e compassivo e cavalheiresco, e é bastante claro desde o princípio. A autora não tenta mascarar a personalidade dele ou seus trejeitos abusivos. Não tenta esconder o que ele faz a Jane e como ela se submete a isso em prol daquele amor tão sonhado e nunca experimentado. E tem toda a questão com o segredo terrível, também, que eu não me lembrava e ganhei de surpresa na revelação!

Jane não é uma personagem perfeita, longe disso; ela é um contraste óbvio a Elizabeth Bennet e outras mocinhas de romances de época daquele período. Jane é sombria, no sentido raivoso; ela é marcada pelo terror que foi seu passado, e carrega essas marcas como parte da sua armadura. Ela sobreviveu, mas a um custo. Ela não leva desaforo para casa, em poucas palavras.

Essa edição de bolso da Zahar é primorosa em todos os mínimos detalhes, e eu me apaixonei absurdamente pelos detalhes da capa e pela diagramação confortável; a tradução de Adriana Lisboa faz jus ao texto original.

Jane Eyre é, com certeza, um clássico para ser louvado e reverenciado. Ele passa rasteira em questões importantes e surpreendentemente atuais, e de quebra ainda entrega um romance perturbado que torna impossível parar de ler.

site: https://www.queriaestarlendo.com.br/2021/12/resenha-jane-eyre-charlotte-bronte.html

Mariane385 12/12/2019

Jane Eyre
Não é uma resenha, mas uma observação quanto a edição do livro que li.
Livro cheio de erros de grafia, fato que me deixou extremamente decepcionada, pois não é um livro barato e é de uma editora conceituada.
Entrei em contato com a editora, espero que eles façam uma correção dos erros.
Trata-se da 3 edição, editora Nova Fronteira, 2018.

argni 26/06/2022

Não da
Tinha tantas expectativas, mas foi tudo por água abaixo.
Não gostei desde o início desse amor a primeira vista sem pé nem cabeça, irremediável e profundíssimo. Ainda mais entre pessoas tão diferentes, não só pela idade, mas por estilo de vida, experiências e tudo.
A Jane criança do começo me deixou cheia de orgulho quando bateu de frente com a madrasta e disse o que pensava, tão inteligente.
Mas a Jane crescida, apesar de ainda ser cabeça dura e extremamente decidida do que quer, não pareceu mais tão esclarecida quanto ela era. Ficou cega de repente por um cara que nem fez nada pra merecer seu amor e ainda mentiu pra ela.
Teve a clareza de sair correndo pra longe dele, mas depois voltou igual uma boba, ainda morrendo de amores. Não da.
Desculpa, Charlotte, mas não fez nenhum sentido.
Apesar de tudo ainda quero assistir o filme.

JoaoVictorOF 26/04/2022

Muito estimulante, lindamente escrito, mas desafiador pela extensão
Jane Eyre me fisgou logo nos primeiros capítulos. É impossível não criar um carinho imediato pela protagonista, levando em conta as suas origens tortuosas. Você quer e espera que as coisas deem certo para ela depois de todo o sofrimento na casa da tia e na escola e é isso que te faz encarar as mais de 400 páginas do romance: a esperança de um final feliz o qual, felizmente, a autora não nos nega.
O começo é eletrizante e trágico. Na metade, há um mistério que instiga o leitor, além de um romance complexo, cheio de nuances e tons cinzentos. Mais pro final, o livro acaba esfriando e confesso que foi complicado arranjar energia pra encarar as 100 últimas páginas, mas a paciência é bem recompensada ao fim.
Muito bem escrito, muito diferente do que já li desse período e de outros romances. Vale o esforço, com toda a certeza. Mal posso esperar para ler mais livros semelhantes a esse.

Tenny 27/06/2022

ESTE LIVRO ME SURPREENDEU
Jane Eyre ensina muito sobre fé, que coisas boas acontecem aos que são fiéis aos seus princípios, que toda história tem dois lados. O final é especialmente emocionante, chorei lendo.

babitix 12/06/2012

Jane Eyre livro e minissérie
Jane Eyre prova que as pessoas sem atributos físicos considerados essenciais pela sociedade, também tem o direito de amar.
Numa época onde as mulheres eram educadas a conseguirem um bom companheiro, cuja riqueza iria garantir suas vidas para sempre, Jane luta para conseguir uma posição profissional, e não apenas sentimental, em sua vida.
Ao contrário dos pensamentos limitados das mulheres de sua época, Jane se aventura a conseguir um emprego como educadora de uma jovem menina. Lá ela conhece Edward Rochester, cujo comportamento irônico a deixa confusa.
Com o tempo, Jane aprende a lidar com o humor de seu patrão e vive um dos momentos mais felizes de sua vida naquela casa, porém se recusa a se deixar apaixonar por seu patrão. Em vão.
Jane deve lidar com seus ideais, sua recusa à um amor platônico que começa a brotar dentro dela e com um possível noivado de Mr. Rochester e Miss Ingran, uma bela mulher.
Jane sabe que não há a possibilidade de Mr. Rochester corresponder ao seu amor.



Em 2011, uma tia me indicou uma minissérie produzida pela BBC, cujo o nome era o mesmo do livro. Me encantei pela riqueza de detalhes nos ambientes, diálogos e personalidade dos personagens, o que me fazia lembrar muito "Orgulho e Preconceito", "Razão e Sensibilidades", dentre outros títulos de Jane Austen.
No mesmo ano ganhei de aniversário o livro, porém adiei a leitura.
Comecei a ler no final de janeiro de 2012, só acabando no meio de abril do mesmo ano. O motivo principal da "não empolgação" são as longas páginas de descrições de ambientes, pessoas, sentimentos, o que colaboram para que uma minissérie como a da BBC seja tão rica, mas que cansam os leitores mais preguiçosos (como eu), que preferem muito mais diálogos.

O livro é bom, a minissérie é ótima.
Indico que leiam, sim. Para vocês verem como a BBC foi fiel ao livro, não deixando que nada de essencial faltasse.

Gabriela3420 27/10/2020

Jane Eyre
Neste clássico romance de formação acompanhamos Jane Eyre narrando as suas memórias de uma vida repleta de reviravoltas. Jane Eyre foi uma menina órfã que conheceu muito cedo os sofrimentos mundanos, porém nunca perdeu a sua força e resiliência. Foi educada em colégio religioso de Lowood , e de lá tornou-se professora até que decidiu dar um novo rumo a sua vida buscando emprego de preceptora em Thornfield Hall. Neste novo emprego conheceu o amor e por causa dele passou por uma grande provação para se manter fiel aos seus ideais.
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As crianças podem sentir, mas não podem explicar os seus sentimentos.
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Jane Eyre é aquele tipo de livro que só cresce com o decorrer das páginas e que no final me deixou totalmente rendida pela personagem. Uma mulher forte, independente e muito a frente do seu tempo, uma verdadeira feminista numa época em que esse termo nem havia sido cunhado.
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Mesmo que você ache que não aguentaria isso, não o poderá evitar: é tolice e covardia a gente dizer que não aguenta aquilo que o destino quer que aguentemos.
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Tive uma excelente experiência de leitura com esse livro, me emocionei com a jornada de Jane, ri com o "sincericídio" da sua língua afiada, vibrei por ela sempre se impor e torci pela sua felicidade junto com Mr. Rochester. Enfim, um calhamaço que faz jus ao seu título de clássico por seu tema atemporal e que merece muito ser lido por todos.
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"Desejo florir e não fenecer, fazer jus à gratidão e não causar lágrimas de sangue, não! Nem de fel! Minha colheita há de ser de sorrisos, de afeições, de doçuras. Assim o desejo."